Pub SAPO pushdown

Pernas, cabeça e coração: foi assim a Meia Maratona

domingo, outubro 05, 2014

Estão a ver a Lei de Murphy, aquela que diz qualquer coisa como "tudo o que puder correr mal, vai correr mal?". Pois, foi mais ou menos assim a minha primeira aventura na Meia Maratona de Lisboa, percalços atrás de percalços. Às oito e pouco da manhã estava no Hotel D. Pedro para apanhar o autocarro que nos levaria para a linha de partida, na ponte Vasco da Gama. Tudo muito bem, tudo muito bonito, tirando o ligeiro nervosismo que me acompanhava, assim como às minhas colegas de corrida. Falávamos de tempos, de expectativas, de não sabermos se íamos conseguir chegar ao fim... enfim, o normal. Levava comigo um casaco, porque estava um frio de rachar, e um saco com algumas coisas para o final da corrida: uma t-shirt para mudar, bateria para o telemóvel, etc e tal. Tinha lido algures que havia sítio para deixar os nossos pertences, por isso levava uma data de tralha comigo. Surprise, surprise, afinal não! Perguntei a um membro da organização onde podia deixar as coisas e ele disse-me que não havia recolha de equipamentos. Oi? Não? Como assim? A explicação que me deu foi que eu tinha um dorsal VIP, mas esse serviço só era fornecido aos dorsais Special VIP. Caraças, que até nestas coisas das corridas há filhos e enteados, com uns VIP mais VIP que outros! Comecei logo a ver a minha vida a andar para trás. Como é que ia correr 21 km com um casaco atado à cintura e um saco cheio de tralha?
Liguei à minha melhor amiga, que mora na Expo, e o telefone estava desligado (aparentemente há pessoas que gostam de dormir às nove da manhã). Liguei para o marido e lá me atendeu à terceira. Pedi-lhe encarecidamente que se encontrasse comigo algures no percurso, à saída da Ponte, para lhe deixar a tralha. Felizmente ele estava em casa e podia. Problema resolvido. Next.
Os dorsais VIP partem ligeiramente à frente dos outros, talvez uns 50 metros. De qualquer forma, e como nestas coisas já sei que há quem vá sempre a abrir, assim que deram o tiro de partida encostei-me imediatamente ao separador, à esquerda, para deixar passar quem viesse mais rápido. Tinha corrido uns 100 metros quando sinto um encontrão nas costas e fui imediatamente ao chão com toda a violência. Senti logo dores em todos os lados. Olhei para os joelhos, o esquerdo estava esfolado, o outro transformou-se imediatamente numa enorme bola de sangue. A mão esquerda também não ficou bonita. Apeteceu-me pontapear o gajo que me atirou ao chão, mas não ia adiantar grande coisa, por isso disse-lhe para continuar. Encostei-me ao rail, cheia de dores e com as lágrimas a quererem saltar. Quando as minhas amigas passaram por mim, disse-lhes o que tinha acontecido, mas decidi continuar. A minha vontade imediata foi desistir, não sabia como ia aguentar o percurso todo com os joelhos naquele estado, mas estava tão raivosa e enervada que decidi canalizar essa energia para a corrida. Não queria estar a parar para receber assistência médica, porque tinha medo que demorassem uma vida, por isso limitei-me a seguir em frente. Pensei que se os putos passam a vida a esfolar os joelhos e está tudo bem, eu também não ia desistir ao fim de 100 metros de prova, depois de me ter esforçado tanto. Percebi que não era nada de muito grave e lá fui. Quando caí, e não sei muito bem porquê, o iPhone deixou de dar música. E eu não consigo correr sem o impulso da música, ainda por cima uma prova tão longa. Abrandei o ritmo e fui ali uns longos minutos a tentar resolver o drama do iPhone que não dava música. Felizmente resolveu-se e pude retomar o ritmo. Por pouco tempo. Lembrei-me que tinha pensos no saco que levava às costas e decidi tirá-los, para pôr nas feridas assim que passássemos pelo primeiro abastecimento e eu pudesse limpá-las com água. Assim que tentei tirar o saco das costas percebi que estava todo enrolado nos phones e foi um 31 para conseguir separá-los. Que inferno, senhores, que inferno! Quando consegui resolver mais esse problema, estava já na saída da ponte e comecei a ansiar por ver o meu amigo para lhe deixar as coisas. O saco e o casaco estavam a incomodar-me cada vez mais. Entretanto, passei pelo primeiro abastecimento e pedi duas garrafas. Uma para beber e outra para limpar as feridas assim que encontrasse o meu amigo e pudesse parar um bocadinho. Porreiro, mais duas garrafas para carregar! Ao fim de um quilómetro avistei a minha melhor amiga com um cartaz e aquilo deu-me logo um boost de energia. Atirei-lhes as minhas coisas, limpei os joelhos o melhor que consegui, e lá voltei à estrada, com as feridas a arderem comó raio! Achei que era má ideia estar a pôr pensos, por isso limitei-me a correr. À medida que aquecia as dores passavam. Tirando a ferida da mão, que ardia sempre mais, as dos joelhos ficaram mais ou menos estabilizadas. Ia deitando água e a coisa acalmou. Pude, finalmente, começar a apreciar a corrida. E os primeiros 15 quilómetros foram espectaculares, nem dei por eles. Foram um passeio no parque e ia com um ritmo óptimo, a correr a uma média de 5,30/6 por minuto, algo espectacular para mim. Bati o meu recorde dos 10km (1h01min) e sentia-me mesmo, mesmo bem e comecei a pensar que, se calhar, ia conseguir acabar e num tempo abaixo do previsto (sempre a tentar não olhar muito para os joelhos, para não desmoralizar). A coisa começou a ficar mais difícil nos últimos três quilómetros. O meu máximo eram 16, por isso a partir daí era tudo desconhecido para mim, mas foi ali entre os 18 e os 19 que começou a custar mais. O último quilómetro, então, pareciam 10, não tinha fim à vista. Felizmente, os últimos dois quilómetros foram também os que tinham mais público a assistir e a puxar por nós. Quase desatei a chorar quando vi a Catarina Beato ou sempre que alguém gritava por mim e me incentivava. As pessoas não fazem ideia do que isso significa para quem já vai ali em esforço há tanto tempo, é um impulso brutal. Quando avistei a meta deixei escapar uma lágrima de emoção e terminei com 2h21min. Talvez pudesse ter feito melhor se não tivesse tido tantos acidentes de percurso, mas ter terminado abaixo das 2h30, que era o que eu tinha previsto, para mim foi um feito ímpar! Claro que assim que parei fui imediatamente atacada pelas dores, mas ainda fui comer o geladinho a que tinha direito. Depois fui receber assistência médica e agora tenho um lindo penso no joelho e Betadine espalhado por sítios vários. Não vou mostrar fotos das minhas feridas, para não vos enojar, mas não estavam bonitas, garanto-vos. Fiquei à espera das minhas colegas da Meia e foi uma emoção receber cada uma delas. Todas, TODAS conseguiram cortar a meta, ninguém desistiu, o que prova que isto tem muito a ver com a cabeça e o coração, muitas vezes mais do que com a condição física. A sensação de dever cumprido é indescritível, assim como a sensação de ter conseguido superar-me e atingido um objectivo que, há poucos meses, me parecia uma impossibilidade. E vendo agora, com algumas horas de distância, até me parece que foi facílimo (esquecendo as feridas que continuam aqui a chatear). Não foi, só parece. E agora é descansar e começar a pensar no próximo desafio. Talvez a Maratona, quem sabe? =)


Os maravilhosos cartazes que o Correr Lisboa deixou ao longo do percurso. 

74 comentários:

Anónimo disse...

Dever cumprido? Não acha exagero de linguagem? Objetivo atingido, desafio superado, sim, mas dever? O que vai chamar a um verdadeiro dever?
Quanto ao resto, desejo-lhe sinceramente as melhoras do "atropelamento" por uma "besta" sem cuidado. E força para os próximos desafios.

Anónimo disse...

Eu estive lá, perto da meta, e gritei "Força, Pipoca". :D

Anónimo disse...

Estou a preparar-me para voltar às corridas, finalmente, depois de uma recuperação de cesariana complicada. Hoje passei a tarde à espera de novidades aqui no blogue sobre a tua prova, porque é mais um incentivo, entre muitos outros que tenho arranjado (uns ténis novos e uns trapinhos giros incluídos). Os meus parabéns, Pipoca!! =) E agora, bora treinar para a Maratona! ;)

Beijinho,
Maria

Anónimo disse...

O exagero da linguagem é logo torneado com as belas das "" (aspas). Assim se fala bom português!

Teca disse...

Muitos parabéns Pipoca... sinceramente emocionei-me a ler o teu relato! Se tu consegues, eu também vou conseguir :) depois de ter menos uns quilinhos, hei-de conseguir!!! As tuas leitoras que realmente gostam de ti (ou dos teus textos), incluindo eu, ficaram muito, mas mesmo muito, orgulhosas!

Anónimo disse...

Muitos parabéns ;) és a maior.

Anónimo disse...

Parabéns Pipoca, mission accomplished, mesmo!

Unknown disse...

Parabéns!! :)

Anónimo disse...

Grande mulher!! És uma inspiração. Este ano estive na mini mas para o ano estarei de certo na meia! Se tu consegues, nós também :) Parabéns! E obrigada por incentivares o mulherio a mexer o rabo!

Anónimo disse...

Eu quero um Correr Porto, tipo, já!!!! :)


Parabéns! :)

Anónimo disse...

Claro. As aspas servem, neste caso, para o emissor indicar a consciência do próprio exagero. Mas lá que a Pipoca foi quase atropelada não restam dúvidas. Rápidas melhoras (e parabéns por não ter desistido), Pipoca.

Andreia disse...

muitos parabens!

Anónimo disse...

Chamar besta a alguém que provavelmente faz tempos de atleta e que simplesmente estava a querer iniciar a sua prova com um bom ritmo e teve de se desviar de 1240097 pessoas como a Pipoca,que só ali estão à frente porque são "VIP", é que é um exagero de linguagem...

Anónimo disse...

Parabéns Pipoca, muitos parabéns! Com tanto precalço e dificuldades a vitória ainda te soube melhor!

Inês Ferreira

d* disse...

confesso que me emocionei com o testemunho. imagino o orgulho. um dia também vou correr uma meia maratona! forcinha para o próximo objetivo.

Anónimo disse...

Depois de ler este testemunho tão incrível decidi que para o ano faço a minha primeira meia-maratona e saio da minha zona de conforto, os 10 km.
Muitos parabéns! Nada a fez desistir! Agora é rumo à maratona :)

Beijinhos e força!

Anónimo disse...

E as aspas, senhores? Claro que a "besta" é exagero. Mas também é um pouco irónico, sem mal. E uma prova desportiva em que pessoas com "tempos de atleta" e outras que não os fazem correm juntas não é apenas para todos aproveitarem um bom momento? Se não fosse assim, a prova teria de ter outra organização, não é?
Mas parece-me que já estamos longe da questão linguística, ou não? O ponto do primeiro comentário parece ser o de que hoje se tende para uma utilização hiperbólica da linguagem (o uso do adjetivo "espetacular" está por demais comentado); e a Pipoca, que sabe usar o termo justo, como comunicadora com tantos seguidores, pode contribuir para uma maior contenção (e precisão). Ela não tinha, parece, um dever a cumprir - antes um desejo, um gosto, uma vontade de superação. E se se constituiu como um exemplo de persistência para os seus leitores, como os comentários provam, também se torna exemplo de uso da língua portuguesa.

Anónimo disse...

Parabéns Pipoca!!! :D
Quando te leio tenho sempre imensa vontade de correr, e até já comecei a aventurar-me!!!

Bi disse...

Muitos Parabéns Ana!! Confesso que para mim, que ainda há pouco tempo me arrastava no sofá tal conto tu, tens sido uma inspiração!! É mesmo caso para sentir muito orgulho!! ;) um beijinho

Lua disse...

Caro anónimo das 20:14. Um atleta "a sério" que tem tempos de atleta, também tem fair-play e não passa, literalmente, por cima das pessoas!
Um verdadeira atleta não se faz só de tempos.
Um verdadeiro atleta olha aos tempos, mas respeita todos.

O que tenho para vender disse...

Admiro imenso pessoas que conseguem correr maratonas, meias maratonas, etc...
A sério, eu acho que não conseguiria...
Parabéns=D

mysupersweettwenty disse...

Então alguém que faz tempos de atleta tem o direito de mandar pessoas ao chão, é isso?

The Luso Frenchie disse...

Parabéns Ana! Como o escrevi ontem, não tinha dúvidas de que ias conseguir, és um exemplo de determinação a seguir.

http://thelusofrenchie.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Excelente post. Quem arranja cem justificações para não fazer as coisas, ou quem vê cem obstáculos ainda antes de dar um passo, quem acha que estás onde estás por sorte, olha para isto e pode ver: O teu percurso profissional, movido por esforço, criatividade e cabeça no lugar; o teu percurso familiar, com as dúvidas, as fúrias, os erros dos vintes a irem dar a um casamento sinergético, com as mudanças de amadurecimento da tua promoção a Mãe. Tudo isto fica representado na simplicidade de uma corrida de 21.1km, onde te atiram ao chão, onde sentes as dores, a chatice dos nós, a falta de música, e vais sempre arranjando soluções até chegares ao fim. Tu, a correr 21km, quando há uns anos escrevias sobre a tua preguiça com algum orgulho.

Tornaste-te uma pessoa de muito mérito, sem dúvida.

apipocamaisdoce disse...

Obrigada a todos pela força! =)

Anónimo disse...

Parabéns, aqui se prova quem "Quem quer passar além do Bojador / tem de passar além da dor". Tanto azar só valorizam este feito.

Anónimo disse...

Este post é ridículo, vires "pedir" elogios... realmente! Parabéns pronto por teres corrido esfolada .

Joana Lírio disse...

Nunca duvidei! Sabia que ias conseguir! Tens muita força de vontade! Transmites isso.
Muitos Parabéns Pipoca!
Já corro há 7 anos (antigamente detestava), e nunca fui a uma prova.
O meu máximo foram 16 km no ano passado lol (quase que morria)
Hoje fiz 10 km em 01h00 e foi... ufa ufa
Andas a colocar o bichinho dentro de mim, para ir a provas :-p
Vou começar já a treinar para a meia eheh
Faz imensamente bem à nossa cabeça e corpo, correr.
As melhoras para os "dói-dói" :-)
Beijinhos

Anónimo disse...

Pipoca, achas que se o teu marido não fosse também um corredor nato terias pachorra para te dedicares às corridas? Pergunto isto porque, para quem não é muito disciplinado (como eu), acho mesmo difícil começar a correr e sentir-se incentivado! Falta-me alguém que puxe por mim, pq honestamente não tenho força de vontade suficiente para este tipo de coisas! Parabéns pela sua corrida desta manhã!

Anónimo disse...

Inspirador, parabéns!

apipocamaisdoce disse...

Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah!

apipocamaisdoce disse...

Ajuda, foi ele que me pegou o bichinho, mas estamos em campeonatos diferentes! O melhor para começar é juntar-se a um grupo de corrida.

Catarina disse...

❤️

SB disse...

Parabeeeeens :) eu, que mal corro 15 minutos e fico logo estafadinha, adorava um dia conseguir correr vários quilómetros seguidos e quem sabe, a meia maratona. Um dia, um dia... Parabéns pela força de vontade e por teres conseguido :)

Ivânia Barbosa disse...

muitos parabéns, admiro a tua força de vontade e logo com todos esses contratempos, oh meu deus deve ter sido frustrante
beijinhos

Anónimo disse...

Boa resposta Lua! As pessoas usam todas as desculpas para justificar a falta de civismo e a má formação! Um verdadeiro atleta também se rege por princípios de respeito, entreajuda e lealdade para com os seus companheiros! Há espaço para todos e estas iniciativas têm no seu âmago uma participação competitiva mas saudável de todos os participantes! Sejam mais cívicos e menos selvagens por favor!

Anónimo disse...

Parabéns Ana! Um post escrito do coração e que me conseguiu emocionar!
Fantástica inspiração!

Carla M disse...

Disse tudo!

Parabéns Pipoca, por tudo! Muita admiração por ti, sem dúvida :)

Anónimo disse...

Parabens Pipoca! Confesso que esperei com alguma ansiedade por novidades da Meia e fico contente por ti. Nao imagino a sensacao de cortar a meta passados 21km. Acho que so alguem de mentalidade muito pequena nao percebe que se trata de uma transmissao de testemunho, motivacao e inspiracao. Um post que mostra que qualquer pessoa pode "correr" atras de objetivos sejam eles quais forem. Forca Pipoca continua a inspirar e motivar este país.

Anónimo disse...

Parabéns, Pipoquinha! Eu também corri a minha primeira meia-maratona no inicio do ano, é uma sensação espectacular. Quem não corre não faz ideia. Conselho: agora, depois da "prova superada" e "dever cumprido" é fácil cair na preguiça, arranje já outro desafio, nem que seja de 10km para não parar, que foi o que me aconteceu, depois custa tanto a voltar. Parabéns, mais uma vez!

Anónimo disse...

opah a sério?? esta malta não tem mesmo mais nada que fazer!
Pipoca gabo-te a paciência!

Ana Costa disse...

Parabéns Pipoca, é preciso coragem para não desistir com tanto azar!!

Classe Cappuccino disse...

Caramba Ana, Muito Bem!
Parabéns, eu parece que meu corpo, ou lá está, se calhar como tu dizes, até é a mente...
pára aos 5kms :):)



Sónia
www.tarasemanias.pt

lúcia disse...

este post é muito bom,vires relatar que todas pensávamos que eras uma mulher e afinal tens um valente par de tomates...realmente!Parabéns (pronto?) por teres corrido esfolada e por mostrares que nada te detém,nem as quedas!!!! Só prova que as dores psicológicas,como as dor de cotovelo,doem mmmmmuuuiiiitttoooooo mais!!!!!MUITO MAIS!!!!!!Ca ganda moca,pipoca!!!!!

TLouro disse...

Muitos parabéns Pipoca! Grande tempo!

Sónia R. disse...

Parabéns Ana! Isso é que é força de vontade. Valente.

Annabelle disse...

Parabéns :)
E rápidas melhoras.
http://coeurdartichautbyannabelle.blogspot.pt

cristina disse...

Parabéns Pipoca. Percebo perfeitamente o que sentiste. Só corro há 7 meses, fiz a minha primeira mini ( 10kms) há 2 semanas e a sensação é indescritível! Tenho 47 anos e sinto-me melhor que nunca! Claro que agora só penso na meia. A corrida entranha-se na pele e na alma e é como tu dizes é tudo uma questão de cabeça e coração!

Pipocante Azevedo Delirante disse...

Parabens pela prova, é complicado fazer a meia (custa bem mais que o dobro que os 10km), teve azares (podia ser pior, um estiramento a meio era a morte da artista), mas acontece.
Há coisas que me deixam banzado... os vips (só esse conceito... enfim) partirem à frente por alma de quem? Tanto esta prova como a da 25Abr estão sobrelotadas. Demasiada gente. Nunca atropelei ou fui atropelado, mas já fiz mais de 1km a passo devido ao excesso de gente, e claro, às selfies e fotos de família, que impedem o fluir do tráfego. Ou a organização reduz o nº de pessoas, ou aumenta a distância entre secções. Claro que algumas pessoas não se sabem comportar em corrida, isto do civismo tem muito que se lhe diga, ora correm aos ziguezagues, ora param e aceleram, ou grupos grandes ocupam a estrada...
Pelo texto presumo que as suas colegas fizeram piores tempos, e que correu sozinha. Aconselho-a a, na próxima vez, arranjar um/a parceiro/a para fazer a prova, mesmo que lhe custe uns minutos na marca pessoal.
Ah, e reduza a tralha que leva... limite-se ao que conseguir levar nos bolsos ;)

Anónimo disse...

É impossível conter a lagrimazinha ao ler este texto!
Fantástico :) so proud pipoca**

Sandra G disse...

Uauuuuuu, assim é que é, não desistir!! Corajosa a menina!! Parabéns por teres atingido o teu objectivo, fazer e chegar ao fim da meia-maratona.

P.s E eu que no sábado era para te dar uma palavrinha de força para a corrida e esqueci-me completamente. Esta cabeça sempre foi assim, devia ter posto um lembrete no telemóvel. :)
Beijinhos

Anónimo disse...

Parabéns Pipoca. A força está em nós! :)

Anónimo disse...

E traseiros. Todos bonitinhos!
Seriam as melhores lebres que eu poderia imaginar para me porem a correr.... uma maratona :-)

Anónimo disse...

Mostrei a foto da tua t-shirt ao meu namorado que tb foi fazer a corrida, e disse-lhe "Se vires esta t-shirt, já sabes que é de uma blogguer que sigo", e não é que ele veio todo contente a dizer-me que viu a Pipoca 21 :)...A minha alcunha tb é Pipoca, e ele diz que eu é que sou a Mais Doce :)) :P
Para terminar, sigo há mto tempo este blog e identifico-me com a "preguiça", por isso, Muitos Parabéns! És linda!

Pedro disse...

Parabéns Pipoca e as melhoras.
Manda cumprimentos à Carolina que parece estar muito bem de saúde!! :)

Blog da Maria Francisca disse...

Confesso que me emocionei ao longo do texto. Parabéns Pipoca! Tens mostrado que és persistente, lutas por aquilo em que acreditas, por isso sou tua seguidora há tantos anos. Bjs e as melhoras

babymf.blogspot.pt

Anónimo disse...

Adoro as meias da Pipoca !

Mustache disse...

A ver se não sou mal interpretado.
Este ano fiz a minha primeira maratona, exatamente esta de Lisboa, no passado domingo, 5 de outubro. Até este dia, tinha feito várias meias maratonas (tanto da vasco da gama, como da 25 de abril). Se na maratona o arranque foi lento até passar o pórtico da partida, a partir daí pude ir sempre ao meu ritmo, isto porque o numero de pessoas são muito menos. Já nas meias maratonas, como quem primeiro chega, primeiro arranca (excepto alguma elite e os vips), os primeiros kms são sempre aquela complicação para arrancar e irmos ao nosso ritmo. Isto é ainda pior quando à nossa frente vão grupos de pessoas que apenas ali estão para brincar, que vão lado a lado, com carrinhos de bebé e afins. Quem quer correr e fazer bons tempos acaba por não o conseguir fazer, enquanto não se livrar destas pessoas. A Pipoca, devido ao mediatismo (ou porque o comprou) teve direito a um dorsal VIP, o que no meu entender, é mau para si e para quem ficou atrás de si mas que ia com aspirações a bons tempos. A Pipoca, ao partir mais à frente, acabou por atrapalhar estas pessoas que se tentam escapar aos 'lentos', ziguezagueando por entre eles (como eu próprio o fiz tantas vezes). Depois, apesar de se ter apercebido que viriam pessoas mais rápido por detrás de si, teve o cuidado de se desviar para um lado, infelizmente para o esquerdo. Tal como na estrada, os mais lentos devem seguir o mais à direita, deixando a esquerda para os mais rápidos. Possivelmente, quem a derrubou ia no momento de ultrapassagem e não reparou que ia alguém mais lento na parte esquerda. A verdade, como aqui já disseram, estas provas estão sobrelotadas e a organização peca por não ter partidas por tempos, como a maiorias das provas de 10kms têm, o que leva a muitas situações destas.
De qualquer forma, parabéns pela primeira meia maratona. É sempre uma emoção grande cruzar as metas (só quem lá está sabe o que é)! Quanto ao público na parte final, foi sem dúvida uma ajuda enorme para recuperar o ânimo! Foi o que me deu o alento final para acelerar a partir dos 40kms e acabar a minha primera maratona em menos de 4h! :)

apipocamaisdoce disse...

Mustache, eu percebo o que diz. Foi a primeira vez que corri com um dorsal VIP, mas não fazia grande questão de o ter. Foi porreiro porque a minha equipa toda tinha e pudemos ir juntas, e também porque tínhamos transporte directo até à linha de partida. Mas não éramos só quatro ou cinco gatos pingados, eram 600 pessoas (segundo dados da organização), incluindo muitos atletas "dos bons". Se bem que a elite e os atletas de competição partiram ainda mais à frente do que nós. Quem vinha atrás de mim até podia ir para fazer bons tempos, mas dificilmente iria competir para ganhar, porque os verdadeiramente bons são muitos e partem à frente de toda a gente (e acho perfeitamente normal que assim seja). E também não acho que numa corrida longa seja imperativo ir a abrir logo ali nos primeiros momentos. Há muito esforço para dosear ao longo de muitos quilómetros, nada se decide ali, nos primeiros metros. Não é uma corrida de mil metros, por isso o que é que se ganha em ir ali aos encontrões? E com 30 ou 40 mil pessoas em cima da ponte também é difícil decidir se se vai para a esquerda ou para a direita. Havia gente por todo o lado e eu estava mesmo encostadinha ao rail, para não chatear ninguém. Já fiz muitas corridas, sempre me encostei para deixar passar (mesmo quando parto lá do fundo) e nunca me tinha acontecido. Mas vejo sempre gente a ter este tipo de comportamento e acho de lamentar. Sobretudo nas minis há muita gente que só está ali a empatar, a tirar fotos, a ver a paisagem, mas nunca me passou pela cabeça dar um encontrão em ninguém. Contorna-se como se pode. Mas pronto, para a próxima irei para a direita, pode ser que ajude =)

IS disse...

"Liguei para o marido e lá me atendeu à terceira. Pedi-lhe encarecidamente que se encontrasse comigo algures no percurso, à saída da Ponte, para lhe deixar a tralha. Felizmente ele estava em casa e podia. Problema resolvido."
(...)
"Quando consegui resolver mais esse problema, estava já na saída da ponte e comecei a ansiar por ver o meu amigo para lhe deixar as coisas."
(...)
"Uma para beber e outra para limpar as feridas assim que encontrasse o meu amigo e pudesse parar um bocadinho."


Mas... não era o marido?

Anónimo disse...

Pipoquinha, leio-te desde o primeiro dia e acho que só comentei uma vez, mas hoje tinha de ser. Ou sou eu que estou demasiado sensível ou não sei... emocionei-me imenso com este texto, até me veio a lagrimita aos olhos. Senti um orgulho como se fosses uma grande amiga, muitos Parabéns!!! beijinhos

apipocamaisdoce disse...

O marido da minha amiga. Que é meu amigo também.

IS disse...

Certíssimo, tinha percebido o "liguei para o marido" como se fosse para o seu marido e não estava a fazer-me sentido :)
Entendido, obrigada!

lúcia disse...

olha olha queres ver que a rapariga vai correr maratonas pra encobrir um affair????este comentário é uma grandessíssima m#"rda!!a frase começa:"Liguei à minha melhor amiga,que mora na Expo e tinha o telemóvel desligado......."ah pois é,não há amizade desinteressada entre homens e mulheres!!!!!não se vá tratar não......

Anónimo disse...

Já cá faltava o estrangeirismo da praxe!

Anónimo disse...

O seu comentário não podia ser mais exagerado, pois não?

Sandra Manso disse...

Só de ver e pensar...já estou cansada! :-D Mas têm todas uma excelente figura, sim senhora!

Manjerica disse...

Adorei o texto :) muito bom. E inspirador, sem dúvida. Vou pegar nessa força para mim também :)
Beijinhos Pipoca

IS disse...

What?! LOL Cara Lúcia, certamente quem precisa de tratamento é quem vê maldade numa pergunta como a que eu fiz, e que até tive o cuidado de explicar à Pipoca para não se criarem mal entendidos...

Quando ela disse "liguei para o marido" achei que se estava a referir ao próprio marido (O Arrumadinho), já que muitas vezes o escreve assim. Não percebi que tinha falado com o marido da amiga, daí não entender quem era o amigo que depois aparecia. Achei que tinha havido algum erro e pedi um esclarecimento completamente normal.

E veja lá que até me dei ao trabalho de lhe explicar isso de novo, só para não ficar a achar que o mundo é só maldade e que a minha pergunta era uma insinuação de que a Pipoca tem amantes..Antes de dizer que os comentários são uma "grandessíssima m#"rda", leia duas vezes. Ficava-lhe bem e escusava de caçar discussões ;)

Solange disse...

Parabéns pela determinação! Emocionei-me quando referiste que o apoio que as pessoas vão dando ao longo do caminho é muito importante para quem está a correr. Afinal não era eu que estava a ser lamechas quando no domingo fiz a viagem de comboio com lágrimas nos olhos ao ver a reacção dos participantes à buzina do comboio em que seguia.

TLouro disse...

Tempo de atleta? Que parvoíce pegada.... " Na corrida não há operários nem doutores, somos todos corredores"

lúcia disse...

caçar discussões?????o blog nem é meu,só cá venho fazer o que sua Excelência também faz:comentar o que me apetece. Fica ao critério da "dona" do blog publicá-los ou não.Pelo que,se publicou,é porque está tudo bem para ela! E o mesmo conselho lhe dou a si:leia duas vezes o que se escreve antes de "pedir" esclarecimentos(LOL)...Francamente,gastar tanto latim pra "pedir esclarecimentos" quando devia ter dito simplesmente....Parabéns. Caçar discussões...enfim.

Anónimo disse...

Para quando um triatlo deistancia longa?

IS disse...

Disse exactamente... 5 palavras. Não devo ter gasto muito latim :)

E agora vou parar de alimentar o troll, passe bem!

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis