Pub SAPO pushdown

É (quase) Natal, é (quase) Natal!

segunda-feira, novembro 25, 2013
(a minha música natalícia preferida, sempre na versão Frank Sinatriana)


Quando eu era miúda, como todos os miúdos, adorava o Natal. Para aí em Setembro já andava a pensar naquilo. Com o aproximar da data, ficava doida com os anúncios de brinquedos que davam aos fins-de-semana de manhã, nos intervalos dos desenhos animados. Sonhava com Nenucos, Barbies, Barriguitas, Pequenos Póneis, Pini Pons e sei lá eu mais o quê. Depois eram os catálogoss dos supermercados, que eu papava de uma ponta à outra, pondo uma cruzinha naquilo que queria receber. Tenho muitas, muitas saudades dessa época. A nossa árvore de Natal era do mais pindérico que podia existir - um pinheiro natural, que se ia comprar a cascos de rolha, com fitas farfalhudas e penduricalhos variados - mas eu achava-a espectacular. Eram assim as árvores nos anos 80. Passava a vida a rondar a árvore, na tentativa de desvendar os embrulhos. Apalpava-os, chocalhava-os e, não raras vezes, levantava a fita-cola com muiiiiiiito cuidado para ver o que tinham dentro. Claro que dava sempre asneira, o papel acabava rasgado e eu acabava a levar um raspanete. Foi assim, com a técnica de levantar a fita-cola que descobri que aquela caixa que parecia mesmo, mesmo, mesmo de uma Barbie, afinal era uma Nancy, uma Rebecca, uma Linda ou outra genérica qualquer. Que desgosto. Depois lembro-me da excitação da véspera. O dia parecia interminável, nuncaaaaaa mais se chegava à meia-noite, era o dia mais comprido do ano. Às dez para a meia-noite lá começávamos a pedinchar se já podia ser, se já nos podíamos atirar à árvore, mas nunca podíamos.
Se era à meia-noite, era à meia-noite. Entre peúgas, pijamas e Ferrero Rocher lá vinha este ou aquele presente que eu queria mesmo muito. Nunca recebi muita coisa. Dos meus pais só um presente, depois outro dos avós, de um ou outro amigo, e estava feito. Não só porque não havia dinheiro para receber este mundo e o outro, mas porque penso que nessa altura ainda não havia esta política de entupir os putos com prendas. Claro que hoje as coisas são mais acessíveis (na minha altura as Barbies custavam sete ou oito contos, hoje compram-se aos molhos e a cinco euros), mas acho mesmo que na minha época era diferente. E também acho que era por isso que eu dava verdadeiro valor ao Natal. As coisas que recebia não iam parar a um canto ao fim de três dias, eram usadas com entusiasmo durante muito, muito tempo (lembro-me de um Tetris que só deixei de usar quando morreu de desgaste). É triste, mas sei que nunca mais na vida me vou sentir tão feliz com um Natal como me sentia em miúda. E também é triste pensar que a maioria dos miúdos de hoje  não sabe o que é esperar muito por uma coisa (um ano, se fosse preciso), têm praticamente de tudo e de mão beijada (e é por isso que não ligam a nada). Este é só o primeiro Natal do Mateus, não vai fazer a mínima ideia do que é que se está a passar, mas já comecei a avisar que não quero quero que lhe dêem 350 quilos de presentes. A única coisa que pedi para ele* (sim, na minha família começa-se a tratar do tema Natal mais ou menos em Agosto!) foi um livro de histórias, com muitas histórias, porque estou absolutamente apostada em fazer deste miúdo um amante da leitura. Sei que quando ele crescer vai ser mais difícil. Que vai pedir isto e aquilo. Que vai recorrer à chantagem barata ("mas ó mãe, TODA a gente tem um telemóvel, porque é que eu não posso ter?" Eerrr...porque tens três anos, será??). Que se calhar vai ser difícil resistir à vontade de ter a árvore a abarrotar de presentes só para ver a alegria da criança a abrir embrulho atrás de embrulho. Mas eu queria mesmo muito que ele desse valor às coisas, que ansiasse por elas, que percebesse que as coisas custam dinheiro e que não dá para ter tudo. As coisas que demoram a vir ter-nos às mãos têm, sem sombra de dúvida, outro sabor, e era isso que eu gostava que o Mateus sentisse (sem, obviamente, me transformar numa tirana castradora). Não sei se vou ser bem sucedida na missão, bem sei que uma coisa é o que se diz e a outra (às vezes, tão diferente) é o que se faz, mas vou tentar.

Entretanto, esta noite vou montar a árvore de Natal. Eu sei que a tradição diz que é a 1 de Dezembro, mas eu acho que a época natalícia é tão curta que prefiro aproveitá-la mais uns dias.  Para grande tristeza do meu homem. Por ele montava-se a árvore a 24 de Dezembro e desfazia-se a 25. Ou não se fazia de todo .E se puder ser no sítio mais recôndito da casa (no quarto de hóspedes ou atrás de uma porta) então ainda melhor! A única coisa que lhe peço é que vá ao cimo da arrecadação buscar a desgraçada da árvore, depois eu trato de tudo o resto. Não percebo esta aversão. Mas pronto, esta noite será. Fui comprar bolas novas (já tinha as mesmas, todas prateadas há uns cinco anos), este ano apetece-me variar, por isso vamos ter bolas de todas as cores do universo, uma espécie de homenagem à árvore-pimba da minha infância.

*não vale a pena dizerem que sou horrível, que só pedi um livro de histórias para o miúdo porque quero que gastem todo o dinheiro comigo, porque lá em casa funcionamos em regime amigo secreto (cada adulto só dá e só recebe só um presente. O ano passado o valor era 50 euros, este ano é provável que baixe). É só por causa das coisas. :P

85 comentários:

Taras e Manias disse...

«*não vale a pena dizerem que sou horrível, que só pedi um livro de histórias para o miúdo porque quero que gastem todo o dinheiro comigo, porque lá em casa funcionamos em regime amigo secreto (cada adulto só dá e só recebe só um presente. O ano passado o valor era 50 euros, este ano é provável que baixe). É só por causa das coisas«
Gostei desta parte e é uma optima politica :)
Tambem quando tiver um filhote gostava de lhe incutir o verdadeiro espirito natalicio...vamos ver...


Sonia
Taras e Manias

Anónimo disse...

oh.... O que me foste lembrar... Que saudades que tenho do Natal em criança! Era tudo tão especial.. Apesar de já não ser a mesma coisa, continuo a adorar o Natal!!! Para mim, a festa mais bonita de todas!

Anónimo disse...

Acho deprimente falar-se do Natal quase ainda no Verão... e não és caso único! Perde-se a magia aquele encantamento... enfim Natal passou a ser sinónimo de filas, confusão gente aos molhos e da minha parte a não ser a Ceia não ligo a nada ao resto.
Catarina Alves

Jo disse...

Essa descrição do Natal da tua infância encaixa perfeitamente naquilo que também era o meu Natal em pequenina, apesar de já ser dos anos 90 ;) Com a diferença que a minha técnica em abrir presentes antes do tempo só para espreitar e voltar a embrulhar era melhor, que acho que nunca rasguei nenhum papel. :P

Laissez-Faire disse...

podia ter escrito este texto!
sinto o mesmo...ainda não tenho um filho, mas irrita-me solenemente esta política de encher os putos de presentes até aos olhos. acho que eles nunca vão saber e sentir a essência do Natal.

Lluz disse...

gostei muito do que escreveste. também concordo que as crianças agora não dão valor às prendas porque tem tudo quando querem, ao longo do ano. por outro lado, acho que fazes muito bem em incutir a leitura ao Mateus, é uma das melhores coisas que ele pode ganhar :')

margarida disse...

Ser emigrante e ir a casa no Natal é uma alegria quase tão grande como ser criança. Mas se for só por isso não vale a pena ;)

Anónimo disse...

Aqui em casa também adoramos o natal!
Fazemos o mais tradicional possivel até porque adotpamos dar uma educação catolica aos nossos filhos e esta epoca é mais uma ocasião perfeita parareforçar tradiçoes e costumes.É verdade que custa um pouco as crinças aceitarem o facto de só abrirem os presentes no dia de reis, enquanto os colegas do colegio e os media o fazem dia 24 á meia noite..pareçe que durante estes dias d espera algo d terrivel pode acontecer e os presentes irão desaparecer como por magia..(uma das mil teorias que arranjam para nos persuadirem a quebrar a tradiçao), por isso optamos por no dia 24 oferecer uma lembrança..e depois dia de reis os tao aguardados presentes!!para nós este costume ja vem de familia e como tradição é dos valores mais importantes para a formaçao de uma criança temos muito orgulho de continuar,mesmo que tenhamos que nos adptar um pouco ás necessidades dos nossos filhos e cedermos um pouquinho para todos vivermos em harmonia esta epoca de celebração da familia.

Anónimo disse...

Essa visão do Natal não tem a ver com o facto de teres sido criança nos anos 70, 80 ou 90... Tem a ver com o facto de teres sido criança! Eu tive pais que me encheram de presentes até ao tutano (porque podiam e queriam) e vivia exactamente com a mesma intensidade que descreveste o Natal. Hoje em dia, se não fossem os meus pais, quase que me esquecia que o Natal existe. Como não sou religiosa só celebro estas ocasiões por uma questão de respeito familiar. Mas não acho que as crianças não sintam exactamente o que eu sentia há umas décadas atrás.

Anónimo disse...

mas ainda estamos no Verão? ia jurar que ontem estavam para ai uns seis graus e que dezembro é para a semana! mas se calhar estou toda baralhada das ideias...

Anónimo disse...

Pipoca como queres incutir habitos anti-consumismo se tu passas os dias com coisas novas, sapatos novos etc e tal? Devias pensar nisso...

Anónimo disse...

Olá Pipoca!
Também tenho saudades dos meus tempos de criança, quando o Natal era celebrado de forma mais jenuina. No dia 1 ou 8 iamos sempre apanhar um pinheiro. Vivia no campo com muitos pinhais por perto :). Hoje tenho um artificial, mas antigamente era mesmo assim, colhiamos um verdadeiro , bonito e redondinho, antes de voltarmos para casa colhiamos musgo para fazer o presépio. Iamos todos contentes para casa montar o presépio e decorar a árvore, com fitas farfalhudas e algumas bolas, porque o dinheiro era pouco e não se podia gastar nessas coisas. Punha o meu sapatinho na chaminé, para que o menino Jesus trouxesse o meu presente. Só recebia o meu presente no dia de Natal de manhã. Recebia poucos briquedos durante o ano mas no Natal ganhava sempre uma boneca grande, loura ou morena e com roupas muitas giras! Ficava feliz de verdade.A minha mãe colocava sempre uma sombrinha de chocolate no sapatinho. Na véspera de Natal comiamos sempre o bacalhau com couves e no dia de Natal borrego assado ou um galo do campo assado no forno. Já passaram 40 anos mas estas memórias continuam aqui quentinhas. Hoje perdeu-se muito dos valores e fico triste por isso. Vejo pelo meu filho que hoje é um homem e não liga nada ao Natal, apesar de sempre termos festejado o Natal em familia. Beijinhos
Sílvia

Anónimo disse...

Concordo, plenamente.
Deus nos livre que as crianças que têm o direito de o ser, com ou sem muitos presentes, não sentissem, ainda hoje, o Natal como sentimos.
Para o meu filho o Natal, talvez por essa banalidade de presentes a toda a hora, não é apenas sinónimo de presentes, mas essencialmente de família reunida, por isso é uma festa, sempre!
Quanto ao que aqui esclareces, Pipoca, permite-te uma perguntinha: este texto serve como desculpa às ofertas que fazes ao teu filho, sempre que completa um mês ou procura confirmar o que em tempos disseste e que te levou a ser vaiada por metade da blogosfera?
É, apenas, uma questão. Respondes e publicas, se quiseres.

Conto de Fadas disse...

Adorei a descrição inicial, revi-me mesmo. Na minha casa cada pessoa recebe prendas de toda a gente. Eu tenho umas 20 prendas para comprar, na noite de Natal seremos cerca de uma dúzia lá em casa e, apesar de as pessoas mais novas da família sermos eu e a minha irmã com 25 anos, a alegria e excitação é taaaaaaanta! Mascaramo-nos de Pai Natal e estamos uma hora a abrir prendas... "Esta aqui é para o Manel!" e toda a gente vê o que é e bate palmas... comemos como lordes, jogamos loto a 0.05€ a partida... AMO o Natal e amo estes dias com toda a gente que mais adoro à mesa e à lareira.

Espero que este Natal seja muito especial para vocês, tenho a certeza que será.

Anónimo disse...

Uauu este teu post está muito bonito:) e sinto o mesmo que tu. Hoje em dia já não se dá muito valor as coisas, os miúdos já não ligam as barbies, legos e afins... Que saudades do meu tempo de miúda e do natal da época de 90.

Anónimo disse...

Só falta um pormenor para a tua árvore ser igual à minha na infância, os chocolates pai natal, as moedinhas... os vários chocolatesy que nunca mais foram iguais! Saudades.

apipocamaisdoce disse...

Ofertas que faço ao meu filho? Refere-se aos livrinhos que lhe compro, um por mês? Acho importante que ele comece a fazer a sua biblioteca, desde pequeno. E acho que cada cêntimo gasto em livros é muito bem gasto. Quanto ao resto, não faço ideia a que se refere.

apipocamaisdoce disse...

A ideia não é deixar a criança passar fome para eu poder ter uns sapatos novos. A ideia é ele perceber que não pode ter tudo o que quer. Porque eu também não tenho. E o que tenho é porque trabalho para ter. Quando o Mateus trabalhar ou começar a ter o seu próprio dinheiro logo decidirá como o quer gastar.

disse...

Eu também recordo imenso os "Natais" da minha infância, porque mais felizes não podiam ter sido. A família juntava-se toda na casa da tia com a casa maior e era um arraial pegado. 40 pessoas a conviverem, a rirem, a jogar à sueca e ao bingo! Depois eu e os meus primos recebíamos imensos presentes de todos os tios e chegávamos a casa com sacos cheios de brinquedos (podiam não ser os mais caros ou mais modernos, mas eram muitos e a quantidade entusiasmava na mesma). Hoje admito que não ligo tanto ao Natal, mas fui uma privilegiada e só posso agradecer as felizes memórias familiares que a aquela época me deixou e que recordo com saudade :).

Paulo disse...

Outro clássico das árvores de Natal: pedaços de algodão

Sahara disse...

Revi-me em tudo o que disse. TUDO. Já fiz no sábado a minha, árvore, presépio e todas as decorações natalícias. Estou neste momento a comentar o post à luz das iluminações e velas (pois, às montanhas). Os meus filhos já são adultos mas fico feliz pois consegui passar-lhes toda a magia que enche o meu coração nesta altura. Graça

Daniela disse...

Como te compreendo Pipoca! Eu também esperava receber uma Barbie e recebia sempre outra boneca genérica! :P

Há poucos dias eu andava a ler umas notícias internacionais e li que actualmente o presente mais comum de Natal para as crianças nos States é o Kindle Fire. Estamos a falar de um Tablet que custa entre 150 e 400 dólares, dependendo do modelo. E nem podemos chamá-lo de e-Reader porque tem mil e um jogos e aplicações. -- Além disso, nas mãos das crianças aquilo dura tipo 1 ano antes de avariar ou ser roubado. Depois é altura de comprar um tablet ainda melhor para o rebento.

Fiquei mesmo triste. Não basta as crianças receberem as coisas de mão beijada, mas também recebem este «incentivo» para ficarem coladas à internet todo o dia.

Bem, para mim no Natal eu digo sempre aos amigos e família que se quiserem oferecer alguma coisa então que me ofereçam livros.

Anónimo disse...

Certamente que sim. Eu leio ao meu filho desde o 4º mês.
Mas, acredite, Pipoca, que há quem tenha sido estragado com mimos e prendas e não seja um adulto ruim.
Refiro-me ao texto que escreveu sobre o Natal, a crítica às criancinhas e pais destas e, finalmente, o conselho dos embrulhos. Não me diga que esqueceu um dos seus posts mais polémicos, Pipoca!

SBarreiros disse...

Só uma achega Natal=festa do nascimento de Jesus. Não venham com coisas a dizer que é a festa da família, que não o é, nem etimologicamente nem culturalmente. Se bem que infelizmente está a passar a ser esta última. Se as pessoas não sao católicas porque é que é que "celebram" o Natal? Já agora o hanukah ou coisa que o valha??

Anónimo disse...

Sabes Pipoca, eu tenho essa imagem do Natal. Eu ficava completamente atravessada da cabeça na semana anterior ao Natal. E foi-me incutido o Pai Natal. Até que a magia se foi. Mas agora o que me encanta mesmo é a união da minha família apesar de uma ausência de peso, a do meu pai. No matter what, no Natal e Ano Novo estamos sempre juntos. Mesa grande, muita gente, e não preciso de presentes. Mas é dificil para algumas perceberem isto. Quando digo mesmo que não me importo de não receber presentes, não importo mesmo. Não posso, não consigo nem quero abdicar é da lareira, da família e dos doces, claro xD

A Bela deixou o monstro disse...

Eu também tinha uma árvore dessas, verdadeiras e pindéricas, enfiada num balde cheio de terra, mas tudo escondidinho com papel de prata para disfarçar que a dita cuja não cresceu mesmo ali. Com o passar dos anos, tornou-se mais prático ter uma artificial, até porque, como a pipoca diz, vamos crescendo a magia e o valor que damos nunca mais é a mesma coisa. Felizmente, há recordações que, passe o tempo que passar, nos irão sempre aquecer o coração.

Anónimo disse...

Quando a criança tiver idade para ler, já não vai querer saber desses livros. Cometi essa mesma asneira há 18 anos e a maior parte nunca foram abertos e a minha garota é uma leitora compulsiva. Só que não quis aqueles livros. E essas teorias em relação ao bébé vão todas cair por terra. Vê-se bem que és mãe de primeira viagem. Se houver um segundo, tudo ou quase tudo será diferente. Coitadinho do bébé que ainda só tem meia dúzia de meses e já falas em trabalho. Vai com calma, vive um dia de cada vez

Unknown disse...

Adorei!! Identifiquei me bastante com o que disseste, tirando a parte de abrir os presentes a meia-noite...aqui em casa desde que me conheço abrimos os presentes sempre no dia seguinte de manhã!!!
A árvore de cá de casa ainda continua pimba, com penduricalhos de mil e uma cores e feitios!

Bom natal!! =) hehehe

a.sales disse...

Embora nunca tenha gostado do natal em particular por n ter uma "família" no verdadeiro sentido da palavra, era apenas eu e a minha avó que SMP se esforçou por me dar aquela boneca que vi numa lojinha local( nunca Barbies nem nada do género) e embora soubesse SMP qual era prenda havia smp aquela excitação :) Penso que actualmente é tudo diferente e não necessariamente melhor... quanto a mim e agora que tenho a minha família e sou mãe vivo o natal com mais intensidade.. e não passa pelas prendas mas pelos valores que devem predominar n apenas no natal mas todo o ano e concordo que desde cedo se deve "refrear" os desejos das crianças de forma a que percebam que o natal nao é igual a presentes.
Na minha casa a árvore já está feita e já faltou mais para comprar camisolas com renas para usar matchy-matchy hehehe just kidding.
Gostei do texto pipoca...

Ana disse...

É verdade Pipoca, a minha mãe diz sempre: "um livro nunca se nega a um filho".

Ana disse...

Muito bem Pipoca! Concordo plenamente!

Unknown disse...

Revejo-me na maioria do teu comentário, no que diz respeito à tua infância. No entanto, vejo pela minha vida, que a época em que os miúdos recebiam tudo o que queriam e o que não queriam já passou. Devido ao desemprego os pais (como eu e mta outros) têm que seleccionar o que podem oferecer e perceber o que é que os filhos mais desejam. Talvez as crianças valorizem mais o que recebem. Para mim, enquanto mãe (professora desempregada há mais de 1 ano), custa-me explicar a perda de tantas coisas aos meus filhos. Mas é a realidade e não posso mentir! Felicidades para o futuro.

Vizinha dos Saltos Altos disse...

Ontem fui deixar a minha mãe no aeroporto (o meu pai já estava á espera dela a muitos quilómetros daqui...foram trabalhar)! Fiquei cá eu e a minha irmã a rezar para que tudo corra bem! É o primeiro natal que passamos separadas deles! Eu e a minha irmã somos de épocas tão diferentes: eu anos 80 e ela ainda a entrar na puberdade! Eu tive sorte: em todos os natais recebia sempre "a prenda" que estudava minuciosamente com uns bons três meses de antecedência e com a promessa de juizinho o ano inteiro! Lembro-me tanto da Cátia Beijinhos! Fiz os meus pais correrem as ruas todas do Porto á procura da boneca beijoqueira! Por outro lado, a minha irmã, apanhou a pior fase da nossa família e agora ouvimos "tenham paciência, este ano é muito complicado" e simplesmente não tem havido prendas dos meus pais. Já não nos importamos muito! Recebe sempre qualquer coisa das tias, melhor que nada! As primas lá em casa recebem portáteis, tablets e essas coisas do "agora"! É uma realidade que não conhecemos...Ela fica triste claro, é uma criança praticamente...mas passa assim que abre as prendas e se depara com uma camisola gira, um pijama ou até umas cuecas, é sempre "olha que bom, dá sempre jeito"! A minha irmã sabe dar valor ás pequeninas coisas, é muito carismática e diferente do que vou vendo por aí.

Uma coisa é certa: o melhor natal é aquele que passamos com as pessoas que gostamos. É cliché, eu sei. Só este ano estou a sentir que os clichés até fazem algum sentido. Muito sentido até;)

Unknown disse...

Acho que cada um fala do Natal quando quer. Por mim era Natal o ano inteiro.
Pipoca não sei se a tradição é fazer a 1 de Dezembro mas o ano passado dia 1 de Novembro já estava feita =) E só tirei em Fevereiro. Tenho um problema... mas não me importo nada! É uma época feliz e, supostamente, em que a maioria de lembra do amor, amizade, compaixão e solidariedade. Como são sentimentos que às vezes andam escondidos durante o resto do ano o melhor é aproveitar.

Feliz Natal a todos =D

apipocamaisdoce disse...

É-me indiferente que quando ele começar a ler já não ligue aos livros de bebé. Parece-me normal. Aos 18 também já não vai querer saber dos livros que lia aos 6. Mas os que eu lhe compro agora ainda serão lidos muitas e muitas vezes. E em cada um deles escrevo uma dedicatória a explicar porque é que lhe comprei aquele livro. Com sorte, talvez passem para os meus netos. Isto não tem a ver com ser mãe de primeira ou de 15a viagem. Farei o mesmo com todos os meus filhos, caso os venha a ter.

apipocamaisdoce disse...

Querido anónimo, há sempre alguém que considera os meus textos polémicos, por mais banais que sejam, por isso é-me impossível saber sempre a que texto é que as pessoas se referem.

Ana disse...

Porque a nossa cultura esta embebida na tradição católica, sendo a religião "dominante" no nosso pais. Não sou religiosa de todo, mas uso expressões como "Deus do céu!" e assim, porque é o que ouvi as pessoas dizer enquanto crescia. Fazemos o presépio todos os anos porque as peças eram dos meus avós e divertimo-nos a fazer isso em familia. E já agora, antes de ser a festa do nascimento de Jesus esta época era festejada pelos pagãos pelo solesticio de inverno, os cristãos é que convenientemente sobrepuseram as suas celebrações às que já eram praticadas pelos "hereges". Portanto isso tem muito que se lhe diga.

Laura Neves disse...

Que recordações este texto me trouxe! :) Lá em casa também havia a árvore e as decorações pirosonas.. Aqueles dias de Natal eram uma alegria, sempre a comer e a cantarolar as músicas da época. Como somos 4 irmãos e o dinheiro era muito pouco, ficávamos bem contentes com uma prenda cada um, queríamos mesmo era tar em família, pois eram os únicos dias do ano em que os meus pais ficavam em casa.. Éramos tão felizes!! :)
Em relação aos livros.. Leio para a minha filha desde os seus 6 meses, hoje com 19 mesitos a minha pequenina adora a hora da sua "tóia". Vai gostar de ler quando crescer? Se calhar até não, mas enquanto tiver paciência, vou ler-lhe todas as noites e tentar ao máximo passar-lhe este gosto.
E este Natal vamos estar todos unidos novamente, com muitas prendinhas para os pequeninos, muita converseta prós crescidos e muitooooo muito amor!! :)) Opah.. Eu gosto mesmo muiiiito do Natal :P

Anónimo disse...

Eu não sou católica mas celebro o Natal porque a minha mãe me convida para ir a casa dela. Acha que lhe devia dizer 'Epá não me apetece nada estar com a família e comer comida da boa. Vou ficar em casa a ver TV e a cozinhar pra 1 porque não acredito em Deus. Mas tenham uma boa noite, sim'?

Anónimo disse...

A sério?!
O que me diz, agora, fazerem ao seu filho o que aqui aconselha?
É capaz de publicar as suas palavras?
Olhe, guarde-as:

"No que toca à criançada, sou uma grande defensora de que não devem receber mais de dois ou três presentes. É perguntar-lhes o que é que querem mesmo, mesmo, mesmo, mesmo muito receber e, dependendo dos preços, dar-lhes só essas duas ou três coisas (se for uma coisa muito cara, tipo uma consola ou assim, junta-se a família toda e recebem só isso). Ideal, ideal, era receberem só um brinquedo e o resto seriam coisas úteis e nas quais os pais gastam fortunas (roupa, calçado, material escolar, etc e tal). A quantidade de prendas que recebem a cada ano é um absoluto disparate. Os putos não ligam nada, só querem rasgar papel, pelo que sugiro que este ano se voltem a embrulhar os presentes do ano passado (de certeza que já não se lembram) ou que lhes sejam oferecidas caixas vazias. Assim como assim, só acham graça à parte de desembrulhar, mal olham para o que está lá dentro e já estão a perguntar pelo próximo. Acho que também não era má ideia ter uma conversa pedagógica com eles (na nossa família têm todos mais de cinco anos, já percebem as coisas), explicar-lhes o que custa a vidinha e porque é que este ano não vão ter 30 presentes cada um, como é costume. Ah, isso e obrigá-los a escolher os briquedos que usam menos para dar a crianças que precisem mais. Claro que convencer pais, tios e avós a embarcarem nisto é muito mais complicado (toda a gente acha muita graça a dar cinco presentes à criança), mas pronto, fica a ideia."

Cláudia Azevedo disse...

Este texto esta mesmo real! Identifico-me tanto com o que li que até me arrepiei. Tenho muitas mas mesmo muitas saudades desses Natais completamente mágicos, em que ficava dias e dias a contar as horas os minutos e segundos para "aquela" noite. Eramos 15,16,17 pessoas numa só mesa, onde o barulho predominava, onde eu e os meus primos morriamos de excitação á volta dos embrulhos e muitas mas muitas outras coisas que me aqueciam o coração. Agora é diferente, não mau, muito menos melhor, apenas diferente. Já não somos 15, somos 3 e já não há embrulhos nem criançada às gargalhadas! Os meus pais separam-se e é o 3º Natal que vamos (eu e o meu irmão) passar a outro pais (onde vive a minha mãe)! É sempre muito bom, os serões são mais intímos, mais nossos, vividos com outra magia e outra intensidade.. mas olhando pra trás dá sempre aquela saudade de quando o Natal era só a melhor época do ano. Agora damos valor a outras coisas e chego à conclusão que o melhor que podemos dar e receber, é o amor! :)

Ps.: Espero ansiosamente pra ver como ficou o seu pinheirinho!! Eu adoro decorações de Natal, desde sempre!!!!

Raquel disse...

Que parvoíce o comentário do anónimo! Tenho imensos livros de quando era criança (que criaram o meu bichinho pela leitura) e apesar de hoje não os ler, não me consigo desfazer deles. Tenho um carinho especial por eles e talvez, um dia, os meus filhos venham também a folhear aqueles livros.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

eu guaro com muito carinhouma biblioteca cheia de livros( toos eles ofereçidos pela minha mae ...mae solteira..por isso esforço enorme para mos ofereçer á mais e vinte anos atras...eram os meus presentes...) e agora que tenho um filho com 4 meses todos esses livros serao dele...por mim foram lidos milhares de vezes...espero que por ele tambem..

Claudia s.

apipocamaisdoce disse...

Tirando a parte de lhes dar caixas vazias ou os brinquedos do ano interior, que era obviamente ironia, mantenho tudo o resto. Qual é assim a grande admiração?

Anónimo disse...

"...Que se calhar vai ser difícil resistir à vontade de ter a árvore a abarrotar de presentes só para ver a alegria da criança a abrir embrulho atrás de embrulho."

Pela minha experiência com 3 filhos posso garantir que isso não lhes trás mais alegria que abrir OS DOIS presentes que queriam mesmo. Eu tento sempre controlar os presentes (um nosso, um dos avós) mas às vezes há sempre mais um dos tios e dos outros tios e nos Natais em que isso aconteceu (principalmente quando os mais novos ainda não tinham nascido), às tantas já nem sorria nem se emocionava. Abria mais um, deitava-o para trás das costas e pegava no seguinte embrulho. Ela não foi mais feliz e eu senti-me terrivelmente. A partir daí nunca mais deixei que isso acontecesse.

Por outro lado, o do meio, diz que vai pedir na carta uns ténis impermeáveis porque lhe fazem falta (aqui chove muito). E a mais velha precisa de um estojo novo para a escola e vai ser uma das duas prendas. Depende dos pais criarmos filhos pedinchões ou não.

Annabelle disse...

É verdade que quando somos adultos o Natal perde um pouco da sua magia. Talvez porque com a infância também se vai a inocência e a ingenuidade. Mas quando há crianças por perto, acabamos por reviver esses bons momentos do nosso passado, e não são precisos os bens materiais. Agora que tens o Mateus, vais de certeza voltar a sentir a magia do Natal. Também concordo com a parte de incutir o gosto pela leitura. Quando a minha mãe estava grávida de mim, o primeiro presente que comprou assim que teve a notícia, foi um livro de histórias, e durante toda a gravidez foi comprando livros que acabaram por formar a minha biblioteca de criança, durante toda a minha infância li e reli todos esses livros, hoje adoro ler e ainda tenho todos esses livros, e vai ser um prazer transmitir essa colecção de livros cheios de histórias bonitas ao meu filhote que está quase, quase a chegar. E espero passar com ele e com os livros, momentos tão bons como eu passei com a minha mãe, laços de cumplicidade que vão ficando mais fortes ano após ano :).

Anónimo disse...

O teu Natal era em muito, semelhante ao meu. Que saudades do pinheiro natural e das bolas de todas as cores. Também só recebia um presente. E lembro-me num Natal, em que os meus tios estavam ambos sem receber ordenado, as minhas primas receberam um saquinho com chocolates e eu uma bicicleta. No dia 25, não andei na bicicleta, tinha 10 anos e percebi exactamente o que se estava a passar.

Anónimo disse...

Ouve esta versão de Glee: http://www.youtube.com/watch?v=5uMVxycHO_8

Acho fantástica.

Anónimo disse...

Eu concordo também tenho um filho pequeno e ver que os nossos filhos dão valor às coisas como eu dava era o que gostava.... As pessoas só sabem criticar....



Anónimo disse...

A sério?! E você usa leggings pq toda agente usa? Dentro da minha casa passa-se aquilo que nós queremos. E ainda que não sejamos católicos praticantes e muitos de nós nem somos crentes, festejamos o Natal como uma união de família sim. E quem se quiser juntar a nós é bem-vindo, como tem acontecido todos os anos. Se for preciso arranja-se uma tenda para armar no jardim. E ninguém tem nada a ver com isso. Assim como a passagem de ano é em família. Estou-me a marimbar para a etimologia e para as tradições culturais da coisa. A da nossa fanília é esta e somos muito felizes assim! Ora essa!!!

Anónimo disse...

Nada bate o que eu vivi.Durante muitos anos, na noite de Natal, a minha avó distraía-me enquanto o meu pai ia à porta de casa deixar um saco com as prendas, tocava à campainha, voltava a entrar muito depressa e me dizia "Vai abrir, é o pai natal" (obviamente, que eu acreditava muito naquilo).Com 6 anos apanhei o meu pai naquele ritual do toca à campainha e entra muito depressa para casa...e comecei (na minha inocência de criança) a "fazer contas de cabeça", "Pera lá, é ele que me vai ali tocar à porta e em alguns natais ele não esta cá e noutros tem que sair a meio (o meu pai trabalhava por turnos), o meu pai é o PAI NATAL" - Alguém tem ideia do que é para uma criança acreditar durante 2 anos que o seu próprio pai é o pai natal? LOL (o que não deixa de ser a verdade, porque ele é que gastava o dinheiro).Fui gozada na escola com esta minha teoria, até que me explicaram toda a verdade...mas não tem preço o orgulho que senti do meu pai, que saía nas noites de natal para ir oferecer presentes a todos os miudos do mundo LOLOL

Anónimo disse...

Ironia?
Ó Pipoca,o seu amor por crianças é conhecido por todos.
A única de quem gosta é da sua, que lhe ensinará, certamente, a gostar outra vez do Natal, como o apreciava na sua infância. Ou não, se essa nostalgia não for superior ao que agora vive.
Fique bem.

Gaia disse...

Revi-me plenamente neste post, lá em casa também não haviam muitos presentes. Um brinquedo dos meus pais e depois era uma peça de roupa ou calçado da madrinha ou avós. Era uma criança feliz apesar de não haver a mesma abundancia de presentes que temos hoje em dia.
Quanto ao facto da Pipoca pedir um livro para o seu pequenito, acho que é um excelente ideia. Mantive o habito de comprar à minha filhota um livrinho na feira do livro todos os anos e hoje em dia aos 13 anos, ama ler e guarda com muito carinho todos os livros infantis. Ás pessoas ressabiadas que andam praí a comentar : Parem de destilar veneno por tudo e por nada. Cada um dá a educação que entende aos seus filhos. Podem não concordar, mas aceitem que alguém não partilhe a vossa opinião. Deixem de serem ursos.

Dona Micas disse...

Adoro esta musiquinha...

Também adorava levantar a fita cola dos presente, antes do tempo... mas era sempre descoberta e a verdade é que depois quando os recebia não era nada emocionante...

Anónimo disse...

Olá Pipoca,
Revejo-me a 100% neste post... desde a árvore de Natal pirosa aos presentes e à minha curiosidade em saber o que era :) e sinto, relamente, falta desse espírito.
Existia mesmo o "espírito natalício" o que agora, infelizmente, não acontece com as crianças desta nova geração, que só pensam em abrir mil e um presentes (e quanto mais caros forem , então melhor)!!
Todos os anos é a mesma coisa, as crianças da família pedem tanta coisa e cada uma mais cara que a outra, que nem percebem a verdadeira importância do Natal! Há dois anos peguei no meu afilhado e levei-o a uma instituição de crianças para ele perceber que aqueles meninos não tinham familia, nem iam receber dezenas de presentes, nem iam ter uma mesa cheia de comida e que no entanto estavam ali com um sorrisso nos lábios e felizes por estarem a receber presentes e roupa já usada. Acho que ficou sensibilazado durante uns dias, depois passou :(
Este ano estou grávida (pela primeira vez), ainda é recente, mas já dou por mim a pensar que não é isto que quero para um filho meu... quero que ele/ela perceba que o Natal não são os presentes. Mas sei que não é uma tarefa fácil... os avós e tios e primos não vão facilitar muito esta tarefa... acho que vou começar JÁ este Natal a ter esta conversa e a tentar sensibilizar as pessoas :)
Gostei memso do que escreveste :)

Ah, o meu homem é igual ao teu :) está sempre a refilar com a árvore de Natal. Sabes que mais?? AZAR O DELES :)

Beijinho
Rita

Anónimo disse...

ohhhh os Natais da minha infância também foram assim! Revi-me tanto na sua descrição.
O verdadeiro Pinheiro de Natal, enorme e com muitas decorações (que agora considero) pirosas era montado em casa dos meus avós maternos; também se fazia o Presépio, com muitas imagens (que infelizmente se foram partindo ao longo dos anos) e musgo verdadeiro... Os meus avós reuniam os filhos e os 8 netos, os (nossos) bisavós e até, tantas vezes, vizinhos que estavam sozinhos. Era sempre uma emoção esperar pela meia-noite para recebermos as prendas; mas era sobretudo muito bom (e essa é a parte das recordações que ainda hoje me aquece muito o coração) estarmos TODOS reunidos, sentirmos os pais mais condescendentes, os avós super felizes por terem toda a família com eles...Enfim, hoje os nossos Natais são diferentes, com menos gente mas continuo a adorar esta época. Já o meu marido não tem memórias desse género e não liga nada ás celebrações do Natal, aliás, pelos vistos, é como o Ricardo - por ele a árvore fazia-se a 24 e desmontava-se a 25, ou nem sequer se fazia - pffff, tristeza. De qualquer forma, tento incutir no meu filho o gosto pelo Natal, pela celebração do nascimento de Jesus (mas confesso que também lhe explico a parte pagã da questão), pela reunião familiar e tentamos lutar contra o consumismo e a loucura das prendas. Ele tem só 4 anos, e ainda não pede muitas coisas (talvez porque lhe expliquemos que não pode ter tudo, apesar de "devorar" os catálogos das Imaginarium's e Toy'r'us desta vida), o problema são os nossos amigos, e até clientes nossos, que acham muita piada em oferecer "qualquer coisinha" e o puto fica atulhado em coisas...
Raquel

Rita disse...

Penso exactamente da mesma forma que a pipoca e revejo-me no texto todinho, com a diferença que eu nasci no fim dos anos 80 (e não fui por isso mais privilegiada com kg de presentes). O meu pai sempre foi adepto de nos fazer "suar" para ter o que queríamos. Não bastava pedir, tínhamos de merecer...
Quanto ao texto "polémico" do outro ano, eu também assino por baixo. Muita criança se abrisse o mesmo presente do ano anterior não ia reparar. Espero resistir e não me tornar numa entope-puto-com-presentes. Também é o primeiro natal do Dinis...

Coquinhas disse...

Não desfazendo pipoca, mas os comentáriosdos teus anónimos (quase) que são mais interessantes que o texto do post. Caramba, esta gente preocupa-se c cada coisa que até enerva. É mesmo presa por ter cão e presa por não ter. Se pede só um livro é uma mãe horrível, se pedisse mil brinquedos seria igual ahah quanto ao suposto texto polémico, sinceramente, até me deu para rir.só discordo das caixas vazias, sendo que entendi ser ironia. Quanto aos brinquedos do ano passado essa, ate certa idade, ate me parece bem ahahah :P enfim. Aqui em casa damos pequenos mimos apenas pk somos muitos e chega bem :D beijinho pipoca

Simplesmente Ana disse...

Viajei no tempo com as tuas recordações. Ainda hoje me lembro da alegria que senti quando vi que tinha na Árvore de Natal um presente há muito desejado. Os meus pais tinham possibilidade de me dar presentes o ano todo, mas, de facto, não havia o hábito de comprar a não ser nos aniversários e Natal, por isso esta época era realmente especial. E ainda me lembro de ir comprar a minha primeira Barbie. Não trouxe a que queria, porque era um balúrdio, mas vim felicíssima na mesma e usei-a até gastar. E não havia cá casas da Barbie. Inventava móveis com coisas que andavam lá por casa e estava feito e eu era feliz! A minha família é enorme. Optámos por presentear as crianças, claro, e só há trocas de presentes entre pais/filhos, maridos/mulher. Quem não tem, arranja-se forma que receba presentes na mesma, claro. Foi o melhor que fizemos: não só pelo dinheiro, como pelo stress que se evita. Todos recebem, faz-se a festa na mesma e não há exageros. Só no caso das crianças, mas enfim...

Maria Afonso disse...

Eu concordo totalmente contigo mas tenho avós, tios e amigos que enchem os miúdos de presentes e não há nada a fazer... eu praticamente não compro presentes aos meus filhos. Quanto ao habito da leitura sempre tentei que eles gostassem de livros mas nada fóbico..! Agora com 5 anos o mais velho não se deita sem ouvir uma história e o que eu adoro esse momento.
http://osmeusosteusosnossos.blogs.sapo.pt/

Anónimo disse...

Os melhores natais foram aqueles em que ainda acreditava no Pai Natal e pedia prendas para mim e para os meus pais (como era uma inocente de primeira, só descobri com 8 ou 9 anos e apenas graças à Mónica Sofia uma colega da escola primária...
Também nunca tive barbies ou nacys ou bonecas de "marca" fosse ela qual fosse. Passava o Natal em casa de uma tia com outros familiares e as minhas primas recebiam tudo: casas da barbie, carros, roupas, etc... Ficava contente por poder brincar umas horas (se elas me deixasse, claro...) com aqueles brinquedos que só em sonhos podia aceder.
No meu tempo não havia Ferrero Rocher mas aquelas figuras de Natal em Chocolate da Regina (acho): pai natal pequeno, pai natal maior, bolas de natal etc... A minha mãe pendurava alguns na arvores e eu com cuidado abria e ia comendo aos poucos o chocolate que substituía por algodão para ninguém perceber lol .... Para mim o Natal começava com aquele anuncio (era sempre o primeiro) das fantasias de Natal (vou procurar no youtube, deu-me uma nostalgia boa...)
Obrigada!

Anónimo disse...

É verdade que a magia do Natal era outra quando era criança, infelizmente ter essa magia em adultos não depende só de nós...
Eu valorizo imenso o Natal pelo convívio e pela partilha, mas infelizmente nem toda a gente da minha família dá o mesmo valor e sentido ao Natal, penso que algumas percas e desilusões ao longo dos anos tenham contribuído para isso.
A magia do Natal só depende da importância que as pessoas lhe conferem, para mim decorar a casa de Natal é sempre uma alegria e vai continuar a ser sempre, e o Natal será sempre especial mesmo que à minha volta as pessoas não pensem o mesmo. Bom Natal ;)

Sonia disse...

sou louca pelo natal-adorooooooo mesmo e com 3 miudos pequenos mais ainda-aqui o natal começa a 1 de dezembro- com bolo. com chocolate quente e com a confusão de 3miudos a ajudarem .
mas por aqui tb temos a politica de poucas prendas -uma roupa um livro e um brinquedo .
Sou apologista de que não têm de ter coisas caras, para terem um natal feliz-aos meus filhos não lhes dou tudo oq ue pedem e explico o porquê e eles percebem dentro do que a idade lhes permite.

Anónimo disse...

Penso que cada um deve viver o natal como quiser. Cumprindo as velhas tradições ou criando outras novas para si e para os seus. Comprem-se os presentes que se quiserem, abram-se os mesmos quando bem entenderem, com família alargada, nuclear ou amigos mais chegados.
Sim, é verdade que, nos dias que correm, muitas crianças são mimadas pelos pais e demais família e, por essa razão, não dão valor ao que lhes é oferecido, pelo contrário, exigem mais. Mas vamos fazer atenção às generalizações, que a História ensina que não são muito boas...
Tenho uma menina de quatro que é tudo para mim. Faço questão de a presentear, com alguma regularidade, com coisas pequenas e de pouco valor, que sei que gosta. Se são mimos de mãe? Com certeza que sim. Canetas, pequenos cadernos, pulseiras, anéis e demais coisas pertencentes ao universo de menina que prontamente ela utiliza.
Contudo, a minha filha brinca efectivamente com tudo o que tem: a primeira parte das manhãs de fim-de-semana estão reservadas para os puzzles e jogos de tabuleiro, as bonecas vêm passear para a rua, os livros são lidos vezes sem conta, o quadro e o giz ajudam a brincar às escolas, a mala de médico a curar os bonecos doentes e os lego a fazer as suas construções. Tem mesa e cadeira à sua altura, uma caixa com lápis e canetas para as suas pinturas e um computador infantil para "treinar" as letras e os números, como a própria diz. A minha menina entretém-se durante horas, sozinha, connosco ou acompanhada das amiguinhas, e é fascinante ver como o tempo que dedica à brincadeira é realmente tempo de pura aprendizagem, em que imita comportamentos, repete expressões, desenvolve capacidades.
Os brinquedos caros, foi-lhe explicado há muito tempo, ficam para os aniversários e o natal. E sim, desembrulha-se tudo num minuto ou menos, pela ânsia de saber no mesmo instante o que se "ganhou". A curiosidade é mesmo assim e leva sempre a melhor. Depois de tudo aberto, então sim, brinca-se. E brinca-se muito nos tempos seguintes também. Porque lhe foi ensinado que os brinquedos bem tratados duram muito mais e, se forem arrumados no final, nunca se perdem ou vão para o lixo por engano ;)
Por tudo isto, acredito que o valor que as crianças dão aos brinquedos e o cuidado que têm com o que lhes pertence de um modo geral - roupa e material escolar - pode e deve ser trabalhado em conjunto com os pais.

Sol em Dezembro disse...

Nós guardávamos as pratas dos chocolates do ano anterior, alisávamos tudo e depois pendurávamo-las na árvore :) :)

Anónimo disse...

Ficou feliz? Essas palavras fizeram-na uma pessoa mais feliz? Menos azeda? Mais assertiva?
O que será que o anónimo(a) faz de bom na vida, para dizer estas coisas?? Por amor de Deus!!!

Anónimo disse...

E já agora... estava eu tão feliz com o post da Pipoca que me trouxe tantas recordações boas, e tantos comentários giros com as recordações de cada um, vem esta ave rara estragar tudo!! opá!!!!

Anónimo disse...

Por falar em livros... Sra. Dona Pipoca, sabe por acaso onde se pode emcontrar aqueles livros de pano para crianças que havia no nosso tempo? Compartilho totalmente da sua estratégia de leitura mas queria tb que ele "sentisse" os livros. Ideias?

Anónimo disse...

"É triste, mas sei que nunca mais na vida me vou sentir tão feliz com um Natal como me sentia em miúda."
Não é verdade Pipoca! Vai ver que quando o Mateus for mais crescido o Natal volta a ganhar toda a magia de outros tempos.
Eu tenho duas meninas e comprar o presente especial para cada uma delas, enfeitar a árvore, decorar a casa e fazer bolachinhas em forma de pinheiros... tudo isso devolveu-me o Natal da minha infância!
É mágico ver a carinha delas à espera "daquele" presente epecial :-)
E sim, compro só um, mas faço questão que seja especial porque - lá está - estão um ano à espera dele!
Um Natal muito feliz!

Anónimo disse...

Tenho 19 anos e tenho boas recordaçoes do natal. Ainda hoje o passo em casa da minha avo materna, apesar que a minha familia nao "liga" ao natal pq o meu avo morreu nessa noite. Mas desde criança, sempre passaram a mim e as minhas primas, alegria e amor e nunca foi preciso encherem-nos de presentes e muito menos caros. Ainda hoje é assim.
Ah, e aqui por casa ainda se faz a arvore de natal "pirosa", com o pinheiro natural (ando ha anos a dizer aos meus pais para comprarem uma artificial, mas ainda nao mando ca em casa) e o presepio com musgo verdadeiro :)
Margarida

Anónimo disse...

Tenho 347 anos anos e o meu Natal (e da minha familia) ainda é assim! e eu gosto tanto... (tirando a parte do pinheiro que agora tb é artificial), mas pomos os sapatinhos e tudo :)

SN disse...

Com os filhos o meu natal voltou a ganhar magia. Na árvore não há presentes e a noite de dia 24 é para fazer festa: cantar musicas e representações. Vão deitar-se e dormir porque, afinal, o Pai Natal só vem deixar presentes durante o seu sono. E quando acordam eu revivo recordações de infância e rezo para que na memoria dos meus filhos fiquem tatuados sentimentos de muita felicidade.
As crianças recebem muitas coisas? Sim recebem. Não ligam a nada? Não é bem verdade. Elas ficam baralhadas com a quantidade de coisas e dispersam-se. Mais vale escolher dois ou três e guardar os restantes para outro dia.
É difícil evitar que recebam muitos brinquedos. Avós, tios, amigos têm genuíno prazer em oferecer. O que constatei com os meus filhos é que não podem ter muita tralha espalhada pelo quarto porque eles não sabem para onde virar-se. Guardar brinquedos e faze-los regressar passado uns meses provoca-lhes um "aaahhh, já não me lembrava!" . Parece que ganharam um brinquedo novo! Não há que levar a mal se uma criança não se interessar por um brinquedo! Os anúncios são "pros" em criar falsas expectativas nas crianças. As barbies parecem dançar, voar, mas quando chegam às mãos das crianças estão cadáveres ;) Ficam desiludidas se recebem um nenuco? Se já tinham 1 é provável que não delirem.
Afinal, os adultos também não recebem coisas que não gostam? Mas nós pomos o nosso ar mais polido e sai-nos um "ai que giro! Obrigada."
Dá muito trabalho escolher brinquedos. Mas são ótimos instrumentos para estimular a imaginação das crianças, desenvolver competências e mante-los entretidos.
Mal ou bem ter muitas coisas é "normal". Temos muita roupa, livros, gadgets, perfumes, acessórios... Cabe-nos dar o exemplo. É de certeza o nosso maior instrumento educativo.

Inês disse...

Este texto trouxe-me à memória os meus Natais na infância, e bem parecidos que eram com os teus. Não tenho filhos, mas sinto a falta do tempo em que vivíamos sem este consumismo de loucos, de dar 30 prendas porque a criança quer. Daí concordar com a "política" das prendas do Mateus, bem como o post do ano passado (ainda bem que o foram buscar). Vivemos uma crise económica e uma crise de "valores". E aqui cabe aos país e à família explicar e incutir aquele espírito de natal que veio da nossa geração e de outras.

Anónimo disse...

Eu ADORO o Natal e a minha árvore já está na sala desde o dia 11 de Novembro! (aproveito o feriado municipal cá do sítio). Na minha família já algum tempo que se decidiu que só as crianças recebem prendas e o nosso Natal só ganhou com isso! É realmente uma festa de comunhão em família. Quanto à tradição cá de casa, desde sempre que o meu filho sabe que na noite recebe as prendas da família, mas a verdadeira emoção é na manhã de Natal quando corre para a árvore à procura da prenda que o Pai Natal lhe deixou durante a noite. E é com emoção que vê que o Pai Natal bebeu o leite de chocolate e comeu as bolachas (todos os anos o meu filho pergunta ao Pai Natal do CC Colombo o que é que ele quer para a ceia!) e que as renas deixaram marcas de dentes nas sobras das cenouras. Ainda por cima o guloso do Pai Natal deixa sempre, além da prenda surpresa (nada da lista dos "discos pedidos" da família), uns chocolatinhos fantásticos. O meu filho tem 8 anos e ainda acredita no Pai Natal. E diz aos colegas que não acreditam que eles não sabem o que é a magia do Natal. Eu tenho 42 anos e também acredito no Pai Natal. E também temos um presépio, mas não é o Menino Jesus que dá as prendas. O menino nasceu "só" para trazer paz e amor aos nossos corações. Feliz Natal, Pipoca!

Helena

Anónimo disse...

É um vampiro? :)
(Como é que se vive até aos 347 anos?)

Anónimo disse...

pipoca, apenas te quero dizer que todos os livros que a minha mae me ofereceu ou eu pedi quando era criança, foram lidos por mim dezenas de vezes! Ainda agora, aos 27 anos, os guardo e recordo com muita saudade e carinho!
Aline

Teresa M. disse...

E "A minha Agenda", não fazia parte da tua lista de Natal, Pipoca? Eu adorava, todos os anos pedia uma!!!! "No Natal, o meu presente eu quero que seja: a minha agenda, a minha agenda, lá lá lá lá lá!"

Unknown disse...

Acho que a velha máxima "O Natal é para as crianças", a mim aplica-se na perfeição. Em miúda também delirava, eram provavelmente a noite e a manhã mais felizes do ano, hoje é-me indiferente. Ou melhor, é uma boa desculpa para juntar quem gosto à mesa e comer, muito. Lembro-me bem da relíquia que era ter uma barbie. Eu só tinha tuchas que só quem nasceu nos anos 80 conhece. Ainda no outro dia no supermercado vi como hoje as barbies são acessíveis e até me apeteceu comprar uma para colmatar o trauma de infância.

Anónimo disse...

Cara SBarreiros se não sabe, deveria saber que este tipo de rituais se celebram em todas a culturas. Na verdade a festa tem origem nas celebrações do Solstício de Inverno e desde Judeus a Chineses todos têm uma festa importante nesta época (uns dias mais cedo ou mais tarde). Tendo nós na Europa uma forte tradição católica (bom pelo menos na Europa do Sul) acabamos por adoptar o ritual mesmo que nem todos sejamos religiosos. Há muitos outros exemplos deste tipo de coisa. As pessoas também se casam e isso acontecia antes do Cristianismo bem como depois.
Raquel

Anónimo disse...

Pipoca, adorei o teu post! Revejo tanto o meu natal na tua descrição! Foi uma ótima viagem ao passado. A minha mãe não fazia um grande presépio, mas a vizinha fazia um enorme, cheio de bonequinhos, moínhos, ovelhas, rio, até fanfarra tinha! :) Era um regalo para os olhos! No nosso pinheirinho também havia os chocolatinhos, mas nunca chegavam ao dia de Natal! :) As prendas eram sempre uma excitação, embora nunca recebesse nada daquilo que via nos anúncios aos fins de semana pela manhã. Roupa ou calçado fazia sempre parte dos presentes porque era o que mais falta fazia na altura. Somos 3 filhas e só quando a minha irmã mais velha começou a trabalhar é que recebi a 1ª e única Barbie original. Foi uma loucura, brinquei tantos anos com ela, ainda hoje a tenho. Na altura eram caríssimas! E só por causa das coisas, hoje faço coleção de barbies para poder ter aquelas bonecas lindas que não tive na infância. :) Claro que não brinco com elas, que esse tempo já passou, mas dá-me muito gosto em adquirir as dos anos 90 e relembrar como eram lindas.

Rita Ferreira disse...

Adoro o Natal, a Partilha e a Paz que transmite. São horas passadas em Família que nunca cansam e que por mim nunca irão cessar. Parabéns Pipoca por todas as palavras certas que utilizou no seu Post!

Anónimo disse...

So queres comerrrr rawrrrrr

Mafalda M disse...

Olá Ana adorei o seu texto. Tenho de lhe confessar que quando começei a ler pensei logo "ainda bem que ela pensa desta maneira, porque realmente os miudos já não dão valor a nada" mas depois lembrei-me de mim.. Eu tnho 21 anos e fui daquelas crianças que tinha uma torre de prendas praí de 2 a 3 vezes o meu tamanho, pq a familia adorava ver a minha cara de louca abrir os presentes. A minha vida foi assim praí até aos 10/11 anos. Até q começou a subir os preços das coisas, os ordenados a baixar, veio a crise.. E eu passei a receber uns 6/8 presentes no Natal. E o que isto me dá é a mesma nostalgia que a Pipoca tem. Lembro-me daquela minha felicidade, o nervoso de acordar dia 25 e ver a montanha de prendas que o pai natal me trouxe. Não é ter menos agora que me fez dar mais valor a quando tinha mais, mas ainda bem que tive. Prefiro-o a sempre ter recebido pouco e não sentir o que sentia quando via o que estava ao lado da arvore só para mim.
Isto para lhe dizer que, se lutarmos muito, os filhos dão sempre valor. Mas é difícil, eu sei, tenho uma irmã mais nova e ela não sente o mesmo que eu. Acha tudo facil de comprar e de chegar a ela. Não vê o sacrifício q os nossos pais fazem.

BeatrizCM disse...

Depois de ler esta onda de comentários acerca dos livros e das crianças, tenho a dizer que tenho imensos livros que me foram oferecidos quando era criança, porque eu quis e pedi ou porque mos ofereceram na melhor das intenções, e alguns nunca foram lidos. No entanto, tenho-lhes carinho. Gosto de livros, simplesmente, e esses livros "intocados" (BDs e livros de aventuras, em maioria) criaram por mim esse sentimento. Sou uma leitora compulsiva muito em parte por causa deles e por causa de quem mos ofereceu, mesmo sabendo que eu não lia para aí uns 25% ou que lia as primeiras páginas e depois não tinha fôlego para mais.
Portanto, Pipoca, continue a construir uma biblioteca para o Mateus e, se ele não quiser pegar nos livros quando tiver idade, faça com que, pelo menos, essas histórias não fiquem por contar, nem que o tenha que prender à cama para o conseguir fazer. Ele irá agradecer, por mais que não seja por lhe ensinar o bichinho curioso que é ter livros.

Beijinhos e felicidades!

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis