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"É muito compensador"

segunda-feira, outubro 21, 2013

Agora que sou mãe, confirmo aquilo de que sempre desconfiei: não é preciso ter-se um filho para se poder dar uma opinião sobre o maravilhoso mundo infantil. Nem é verdade que ter um filho nos faz mudar tudo aquilo que pensávamos sobre as criancinhas. Sim, continuo a achar que há muita criança mal educada e mal comportada por aí, sim, continuo a achar que os pais também têm a sua dose de culpa, sim, continuo a não ter paciência para a berraria alheia, sim, continuo a achar que grande parte dos miúdos só estão bem a asneirar. Aquela coisa do "quando fores mãe logo vês", dita quase sempre com a mão no peito e olhar de sofrimento misturado com incompreensão, é bonita, mas não é totalmente verdade. Não é preciso ter 18 rebentos para se poder achar isto ou aquilo. O que os pais não gostam é que os outros achem isto ou aquilo sobre a SUA criança angelical. Até podem ser os primeiros a dar palpites sobre a sobrinha que é uma peste, sobre aquela coleguinha do infantário que só está bem a distribuir chapadas, sobre o filho da amiga que, obviamente, é um monstro sem educação, mas ai de quem lhes diga o que seja sobre os seus. Aí temos o caldo entornado. Parece-me normal. O Mateus só tem três meses, ainda está naquela fase em que toda a gente lhe tolera o choro ou as birras. É pequenino, não tem a mínima noção nem nenhuma outra forma de se expressar que não seja aos gritos/choro. À medida que for crescendo e que já for possível começar a incutir-lhe algumas noções de regras e educação para que não se transforme num pequeno ditador, aí tenho a certeza que começarão os palpites alheios. Sei que vão olhar de lado para ele em restaurantes quando lhe passar pela cabeça atirar um garfo à criança da mesa do lado. Ou quando se lançar para o chão num supermercado a espernear porque quer um desses bonecos horríveis que os miúdos agora gostam. Estou a preparar-me mentalmente para isso, para lhe aturar as birras, para o orientar para ser um tipo decente e para lidar com a crítica alheia. Espero ter o discernimento de não achar que é tudo normal só porque é meu filho (algo que falta a muitos paizinhos), mas se calhar vou ter de contar até 329 quando alguém se sair com um "isso é mimo a mais", ou "lá em casa não lhe devem dar educação", ou ainda "se fosse meu filho já estava a levar uma palmada no rabo para chorar com razão". Acredito que haja dias mais fáceis de lidar com isto do que outros. Se já estivermos uma pilha de nervos imagino que deva dar vontade de largar ao estalo a toda a gente que ousar abrir a boquinha para tecer comentários sobre a nossa criança. Já reparei nos olhares de soslaio que lançam ao Mateus quando se lembra de abrir a goela num restaurante, por exemplo. Não fico chateada. É uma coisa que também me incomoda. A malta quer ir almoçar/jantar descansadinha da vida, se calhar até deixaram os putos em casa para poderem aproveitar o momento, por isso imagino que a última coisa que lhes apeteça seja passar uma refeição tendo como banda sonora o filho do casalinho ali do lado. É verdade que os bebés choram porque sim (às vezes é porque não), é uma coisa incontrolável, mas também é uma coisa que fica ali a moer nos ouvidos e no sistema nervoso, por isso prefiro levantar-me e ir dar uma volta com ele até se acalmar do que estar ali a infernizar a vida a toda a gente.

Mas bom, dizia eu que mantenho a minha teoria que não é preciso ter filhos para falar de crianças. É claro que é diferente, que a experiência nos traz outra compreensão, mas se temos opinião sobre tudo nesta vida, porque não sobre crianças também? Possivelmente vamos mudar a nossa forma de pensar quando tivermos os nossos lindos rebentos angelicais (ou vamos reforçar aquilo que já achávamos), vamos dar por nós a fazer tudo ao contrário daquilo que dissemos, vamos engolir muitos sapinhos, mas pronto, é a vida. A única coisa que eu acho que não dá para explicar a quem não tem filhos é o amor que se sente por eles. Isso, meus amigos, é que eu acho que não se consegue. Podemos gostar muito da nossa sobrinha, do nosso irmão mais novo, da nossa afilhada, etc e tal, mas do nosso... isso não tem explicação. Lembro-me de ouvir da boca de várias pessoas coisas como "dá trabalho, mas é muito compensador", e nunca percebi isso. E quando perguntava de que forma é que era compensador, ninguém me sabia explicar. Só me diziam "quando fores mãe logo percebes". Assim de repente, não conseguia ver a parte compensadora. Quando nascem são chatinhos, não interagem, não dormem, berram pelo simples facto de existirem. Depois começam a andar e é preciso ter 30 olhos em cima deles para não se espetarem contra tudo e não andarem sempre de cabeça rachada. Depois vem a fase das birras, de se tornarem desafiadores, de não obedecerem. Depois começam a ficar parvinhos, a dizer "daaaaah" e a achar que são donos da razão. Depois entram na adolescência e ficam insuportáveis, dramáticos, desinteressados de tudo, ensimesmados, sempre com cara de frete, não abrem a boca em casa e, se pudessem (e se tivessem como se sustentar), punham-se em fuga. Depois começam a ser uns interesseiros do pior, sempre a cravar dinheiro para viagens, e saídas e copos e roupa e sei lá mais o quê. Basicamente, só ficam normais lá para os 30, quando também eles são pais e reconhecem tudo o que os progenitores fizeram por eles. Enfim, a lei da vida. Daí não perceber onde estava a tal parte compensadora. Até ter o Mateus. É uma coisa inexplicável. Eu não estava preparada para nada (por mais que nos digam e nos expliquem nunca estamos efectivamente preparados), mas sem dúvida que a parte do amor superou todas as minhas expectativas. Ouvia falar, tinha curiosidade em saber o que era esse tal amor diferente de todos os outros, mas nunca pensei que fosse assim. Uma coisa que nos enche a alma, o coração, a cabeça, as mãos, uma alegria sempre cá dentro (de mãozinhas dadas com uma preocupação constante), uma ansiedade quando não estou com ele, a vontade de o engolir só para ser todo meu outra vez. É verdade que berra, é verdade que há noites do cara%*#, é verdade que faz cocó até aos olhos, é verdade que às vezes há aquele micro-nano-segundo em que sentimos falta de ter a nossa vida só por nossa conta, mas depois tudo o resto é... compensador. Esquisito, tendo em conta que o texugo que habita cá em casa só tem três meses e ainda não faz assim muita coisa gira. Mas para nós, pais babados e orgulhosos, tudo é lindo. É rir-se à gargalhada quando nos vê (ou quando acorda a meio da noite, espreito por cima do berço, ele topa que eu estou ali e começa a rir como se fossem duas da tarde e fosse uma hora óptima para pormos a conversa em dia). É fazer boquinhas maravilhosas. É adorar que lhe cante músicas inventadas sempre que lhe mudo a fralda ou o visto. É tentar lamber o creme que lhe passo na cara. É adorar colo e ficar ali todo enroscado. É deitá-lo na nossa cama e ficar ali a dar-lhe conversa. É a alegria e a rapidez com que devora biberons. É fazer beicinho quando a vida não lhe corre de feição. São aquelas pestanas maravilhosas, e aquelas pernas gordinhas, e aquelas bochechas, e aquele cabelo loirinho, e aquela barriga boa, e aqueles pés, e aquele cheirinho que é só assim o melhor cheiro do mundo (excepto quando dá puns). É o adormecer agarrado à fralda ou ao peluche. É a roupa querida. É agarrar-me no dedo com toda a força que tem.  É a vontade de o arrancar da cama a meio da noite só para um abracinho. É enchê-lo de beijos a toda a hora, coisa que ele não  adora particularmente, mas é a vida, tem de aguentar. Todos os dias se gosta mais do que no dia anterior e isso é uma coisa assim espectacular. Todos os dias lhe digo que o amo daqui até à lua, que é lindo de morte, que é a melhor coisa da minha vida, que vou fazer tudo para nunca lhe falhar. Ama-se de uma forma que, às vezes, quando se pensa muito nisso, chega a dar dores de estômago. É que um amor assim tão grande também implica grandes responsabilidades. Que se lixe. Ao fim do dia, e feitas as contas, é sempre compensador.


108 comentários:

  1. Gostei muito deste post.
    Um murro no estômago.
    Tentamos educar os filhos e só so vemos a desobedecer, a ignorar o que lhes dizemos, achamos que são mal-criados. Depois vão para casa dos amigos, são super bem educados e recebemso elogios pelo seu comportamento.
    É desconcertante mas mostra que estamos a fazer alguma coisa bem feita!
    vidademulheraos40.blogspot.com.

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  2. Ohhhhh é só o que tenho a dizer! ;)

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  3. Isso é tudo muito bonito ( sem ironia ) mas um dia estarás tu preparada para levares um pontapé no traseiro quando ele te trocar por qualquer coisa importante assim como... uns copos com os amigos foleiros, com as namoradas pirosas?? ah pois é! Sandra

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    1. Não, acho que nunca se está preparada...

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    2. Como assim 'trocar'? Há o papel de filho e há um papel de amigo. Qual é o problema?

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    3. Trocar???? Os filhos não são nossa propriedade!! São seres independentes com vida própria! Esse sentimento de posse é tão feio.

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    4. É mesmo! irrita-me esta noção que algumas pessoas tem por ai de que os filhos tem de vir ao mundo com uma função. Por vezes ser mae/pai é um acto egoista sim.
      e qual é o mal se o filho quando for mais velho for beber um copo com os amigos? A Sandra quando foi (ou ainda será, nao faço a minima ideia) jovem também nao foi? Sim, os filhos tem vida própria! Para mim, os pais deveriam ser mesmo assim, reconhecer que num certo ponto da vida dos filhos terão que largar, aliás, deverão incentivá-los para que se tornem adultos que assumem riscos e vivem e não seres cheios de medo que não fazem nenhum (mas claro, estes dao muito mais jeito para ter sempre la em casa, não é?) e por fim, apoiá-los, caso falhem.

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    5. Eh lá calma manjericas ! Eu disse isso até mais naquela de brincadeira q.b provocação. Paz e Amor! Sandra ou whatever...

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  4. E se ele se revelar um ser da pior espécie?? Vais amá-lo na mesma? Eh pá desfaçam-me este tabu que eu gostaria de perceber ( não tenho filhos ).
    Madalena M.

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    1. Sinceramente, não faço ideia. Acho que a maioria das mães está sempre do lado dos filhos, independentemente daquilo que façam. Não sei se estão certas ou erradas, o amor de mãe tem razões que a própria razão desconhece...

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    2. Não é à toa que chamam a este amor de "incondicional". Porque é diferente de todos os outros amores. Porque apesar do desgosto, da desilusão que um dia eles nos possam dar, o amor de mãe está sempre lá.

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    3. Por muito que custe perceber à maioria das pessoas, um ser da pior espécie não surge assim do nada. Não se nasce um ser da pior espécie, nem é preciso esperar que as crianças cresçam para se revelarem. "Ufa a mim calhou-me um bonzinho", isso é coisa que não existe. A construção do carácter, a transmissão de valores faz-se desde cedo e exige trabalho, tempo, paciência e muito amor. Um ser da pior espécie é, quase de certeza, alguém a quem faltou tudo isso, assim só para começar. Portanto essa pergunta não faz sentido nenhum.

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    4. Vais amá-lo na mesma. Mas vais te zangar com ele e ficar triste. Vais achar que não o educaste adequadamente, apesar de o teres feito.
      vidademulheraos40.blogspot.com.

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    5. Anónimo das 22:33 lamento discordar mas os psicopatas por exemplo nascem assim... são inaptos para sentirem amor ou valores benignos por quem quer que seja, claro que não estou a referir-me ao bebé Mateus, mas por vezes há mesmo disturbios comportamentais que nada têm a ver com a educação que se dá.
      Carla Brito HSM

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    6. Sara, que disparate...

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    7. Ama-se na mesma com magoa, desgosto e tristeza.

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    8. Anónimo das 00:21, se prefere acreditar nisso força. Chamemos os exorcistas.
      Anónimo das 01:11, é disparate porquê? Disparate é acreditar que não se tem um papel na vida dos filhos, que temos que esperar pela nossa sorte, tadinhos de nós pais, tanto nos pode sair um traste como um santinho. Ora pelo amor da santa.

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    9. Sara das 11:12 exorcistas? Que eu saiba a medicina e os problemas de foro psiquiátrico nada têm de bruxedo... a ignorância é muito atrevida, de facto! A psicopatia é inata e pode ou não manifestar-se durante a vida de um individuo e por muito boa educação que seja dada... quem é psicopata ( e há vários níveis) ) não tem cura. Infelizmente é assim para estes casos.

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    10. Sara, não são os exorcistas... São distúrbios psicológicos que nada tem a ver com a falta de amor ou de educação ou do que quer que seja. São doenças mentais. Não são traumas. E há pessoas que têm esses distúrbios (como por exemplos psicopatas ou sociopatas) por nenhum motivo específico.

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    11. Obrigadinho anónimo das 13:06 por clarificar e ajudar-me nesta ideia!
      Carla Brito HSM

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    12. Anónimo das 13:06, mas isso é outra coisa. Ainda assim, continuo a achar que não se nasce psicopata.
      Oh anónimo das 12:43, em primeiro lugar, vá chamar ignorante à sua mãe. E a julgar pela sua "sabedoria", acredito que fale por experiência própria que de psicopata nota-se que tem bastante. Lamento a sua sorte, espero que entretanto descubram uma cura, se não for para a sua psicopatia, que seja para a sua maldade e estupidez.

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    13. S. falar de psicopatia não significa que o seja... mas apareça pelo HSM que explico-lhe melhor ;)

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  5. Simplesmente lindo Pipoca...também gostei da fotografia :-)

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  6. Adoro os teus exageros cómicos quando descreves uma situação: "é verdade que faz cocó até aos olhos" LOLL Demais!

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  7. Texto DELICIOSO!! Subscrevo tudo o que a pipoca disse, e o engraçado é que pensamos sempre que a fase em que eles estão é a melhor de todas! Aos 5 meses quando a minha Luana se sentou eu só dizia "ai esta é a melhor fase dela!". Quando fez um ano e começou a andar voltei ao mesmo "opáh que linda.. Esta é assim a melhor fase, sem dúvida!". E agora que ela está com 18 meses e já faz as suas conversas e birras de teimosia interminaveis.. Sao os melhores momentos de sempre! Quando engravidei o pai da minha filha quis que eu abortasse.. Ainda bem que nao o fiz, porque esta princesa foi o melhor que me apareceu na vida! Sou uma mae solteira muito orgulhosa e FELIZ! E o mais compensador, é aquela hora do dia em que ela corre pra mim me segreda ao ouvido "t'amo mamã!" :D

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  8. fantástico texto.... de um amor puro..... parabéns e muitas felicidades

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  9. É o meu post preferido. Nunca tinha lido uma declaração de amor a um filho tão sincera! De certa forma percebo mas não totalmente.. lá está "quando fores mãe percebes"..



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  10. Texto mais lindo que já li. Nem sou mãe nem nada que se pareça (só tenho 22 anos! Ai de mim!) e achei o que escreveu lindo! Quer me parecer que vou adorar ser mãe. Mas cada coisa a seu tempo eheh

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    1. Tenho 23 anos, e 1 filho com 14 meses, e AI de mim, se nao o tivesse :)

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  11. Pipoquita, muito feliz por ti, de coracao :)

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  12. É mesmo isto, um amor que ultrapassa todas as expectativas e aumenta de dia para dia e nós que amávamos já outras pessoas nem fazíamos ideia do que era amar desta maneira e nesta dimensão! :)))
    Beijinhos em si e no texuguinho!

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  13. Texto maravilhoso, declaração de amor linda. Ele vai adorar ler daqui a uns anos e vai agradecer a mãe ter registado estes momentos. Vai sentir-se a pessoa mais amada e querida do mundo. E vai ter momentos na vida em que estes textos vão ser um grande apoio. Gostei muito, textos destes podem ajudar a levar a natalidade no mundo! ;)

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  14. Um texto espetacular, é nestas alturas (e em muitas outras) que sabemos que há uma Ana e uma Pipoca...
    Eu tenho uma Maria Gabriela há 1 ano...antes de a ter, era apenas uma rapariga e uma educadora de Infância...que saberia lidar com todas as situações e criticar outras tantas.
    Cada vez que presenciava cenas de putos, só me apetecia dizer aos pais: educação, não há lá em casa?
    Há pouco tempo fui com a Gabriela a uma feira medieval, no anfiteatro dei-lhe uma bolacha , a gaja começa a pedir outra, digo-lhe que não, arma uma birra, grita como se não houvesse amanhã e eu...eu...(se fosse filha de outra dizia: quem manda não é a criança), mas como a mãe era eu e estava ali sem saber o que fazer: dei-lhe a outra bolacha que ela queria! Uma coisa aprendi: a nunca mais criticar, sem primeiro passar pelo mesmo. ;)

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  15. Gostei muito deste texto. Quanto às birras vou dar a minha opinião honesta de pessoa sem filhos.

    Muitas vezes vejo mães nos shoppings a ir ver o toys'r'us ou na secção de brinquedos do supermercado, sabendo perfeitamente que não podem comprar nada e quando dão essa informação às crianças começa o drama.

    Nunca entendi porque vão a sítios desses se em princípio não podem comprar. Não acredito que ninguém seja tão fraco de inteligência para saber que uma criança num sítio cheio de brinquedos vai querer algo. Algumas crianças têm desde cedo a noção de que os pais não tem dinheiro, mas mesmo assim ficam tristes.

    Nem vou falar dos pais que deixam de dar coisas aos filhos para poderem comprar o presente para o filho da prima de 3º grau porque parecia mal não dar uma prenda boa (e sim também já vi casos destes).

    Se alguma mãe me conseguir explicar isto, agradecia. Sei que é muito fácil ser-se racional quando não se tem filhos, mas para mim não tem mesmo lógica levar a criançada para sítios onde o "alerta para possibilidade de birra" é enorme.

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    1. As vezes temos que ir a sítios para comprar coisas para outros, ou para os nossos mas não tudo o que eles desejem. Também é bom eles aprenderem que há muita coisa mas não podem ter tudo. Na vida vai ser assim. Há Euromilhões, há milhares de coisas e não o podemos ter. E também não podemos deixar de fazer a nossa vida e ir a sítios ou abandonar os filhos porque eles podem ir fazer uma birra. A solução é fazem birra vamos embora fica para a próxima e manter o nao ê não.

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    2. Sem lógica mesmo é deixar de ir a determinados sitios com medo das birras! O meu filho foi habituado desde muito cedo que não pode ter tudo o que quer.Até aos 3 anos fez algumas birras que tiveram as devidas consequências e que o fizeram perceber que era uma perda de tempo e que com birras o que ganhava eram castigos e nada mais! Eu também gostava muito de ter um carro melhor e não é por isso que deixo de ver stands ou revistas de carros.Também não deixo de ir a shoppings só porque não posso comprar para mim tudo o que gostaria e que vejo nas montras!

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    3. Na minha opinião devemos levar as crianças a estes sitios, explicando à criança que não vamos comprar nenhum brinquedo. A minha filha (5 anos) sabe desde muito cedo que não posso comprar tudo e que só lhe compro brinquedos quando assim decidir e que nunca lhe compro brinquedos/livros/glusomeias se for ela a pedir.
      Obviamente, volta e meia vou com ela e no fim, se entender que ela se portou muito bem, compro aquilo que me parece adequado explicando que fiquei muito feliz com a atitude dela, achando que merece ser recompensada. E ela fica tãoooo feliz

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    4. Obrigada pelas respostas. Como disse, não sou mãe, mas nunca tinha conseguido perceber isso. É bom saber que as crianças aprendem. Talvez estivesse a infantilizar demasiado as crianças, pois embora seja fácil perceber que um adulto consegue ver coisas que não pode comprar sem problemas, pensava que com as crianças isso seria mais difícil.

      Mas eu no fundo estava mesmo a falar de casos que não há realmente dinheiro para nada (algo que infelizmente é muito actual devido à crise económica). Não do ir comprar uma coisa e pedir mais.

      Enfim, ao ler os exemplos daqui já estou mais sossegada se uma dia tiver um "piqueno".

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    5. Pelo comentário não deves ter filhos. Isso passa-te. É que os miúdos têm que aprender que não podem ter tudo. Ou não passas em frente a lojas de produtos que não podes comprar?
      E sabes, muitas pessoas não têm com quem deixar os filhos e têm que os levar para todo o lado. Nem todas puderam contar com uma sogra espetacular que me ficou sempre com os meus filhos na ida ao supermercado e afins.

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    6. Sim, não tenho filhos. Fiz questão de dizer isso e tentar perceber a situação caso um dia os decida ter. Mas apesar de ter sido esclarecida, não acho que se deva comparar um adulto com uma criança. Obviamente que passo por sítios com coisas que não posso comprar. Mas mesmo que goste de algo, tenho a capacidade de pensar apenas "olha, paciência" e continuar o meu dia na normalidade. Algumas crianças não tem isso. Mas já fui convencida que o melhor é habituar as crianças desde cedo à ideia de que não podem ter tudo :)

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  16. Que texto magnífico!! Com sentimento, opinião e registo cómico q.b.!! É por textos destes que gosto tanto de a ler Pipoca! Obrigada por me ter feito soltar uma gargalhada e ficar enternecida com o texto e com a foto! Inveja (branca!!)! Queremos mais textos assim! :) http://viverparaserhappy.blogspot.pt/

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  17. Que amor! Adorei o texto, e a fotografia está linda. Espero daqui a uns anos também poder saber o que é um amor assim!

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  18. Um dos textos mais, bonitos, sinceros e reais que já li sobre ser mãe/pai. Encanta só pela sua simplicidade e naturalidade e no fundo é isso... A Natureza fez-nos assim, sem rodeios e grandes explicações. Sente-se e pronto. Eu espero um dia poder sentir :)

    R de Rita

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  19. Fofura imensa. Toda a felicidade. E é tão róseo :)

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  20. É a melhor coisa do mundo! :)
    Bj S

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  21. Adorei o seu post. Realmente, também sinto um grande amor dentro do meu peito desde que a minha menina nasceu. É inexplicável e para mim foi uma da dádiva que Deus deu à mulher e ao homem para sentirem o que é realmente o acto da criação. Não me arrependo um único dia da minha obra prima e é, de facto, muito compensador. Obrigada pela sua partilha.

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  22. De tudo o resto que envolve a maternidade, essa questão do amor incondicional e avassalador que se sente cada dia mais por um filho sempre me intrigou. Espero um dia ter oportunidade de o viver. A sua cara de pura felicidade com o Mateus ao colo transborda desse amor:)

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  23. Sempre que fazia essa pergunta aos amigos ou conhecidos, a resposta também foi sempre essa, "é muito compensador", ou então, "é um amor único, não existe outro igual". E eu dizia a mim mesma que só passando pela situação é que poderia verdadeiramente sentir o que todos os pais sentem. Acredito que ter um filho nos faça conhecer o amor supremo, algo que não se sente por mais ninguém, nem pelos pais, irmãos, sobrinhos, namorados, marido. Só mesmo passando pela experiência de ser mãe é que me vai fazer sentir esse tipo de amor que eu acredito ser incondicional. Mas também sei que vou continuar a ter exactamente a mesma opinião sobre as outras crianças. Como sempre tenho dito, não gosto de crianças, mas de certeza que vou gostar muito da minha ;)
    Entretanto, ainda me faltam alguns meses para finalmente sentir esse Amor incondicional, mas já tenho uma pequena ideia :)

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  24. Gostei muito do texto. Uma das frases que mais me intrigava ouvir antes de ser pai era "a vida faz finalmente sentido!". Agora entendo-a. Toda a nossa atenção é focada; os problemas que consideravamos problemas deixam de o ser comparados apenas com o receio de algo acontecer ao nosso filho. Não vejo ser-se pai/mãe como uma anulação da nossa identidade. Muito pelo contrário. Não se pode cair na tentação de se viver em função dele, mas para ele, como uma extensão do que somos, com a tarefa e desafio acrescidos de ser melhor no que achamos em nós pior. Não nos livramos efectivamente de olhares de soslaio nos restaurantes. Isso aconteceu-me quando o meu Martim aos 4 meses tornou um simples almoço num Inferno para quem estava presente. Uma família ao lado ainda lançou em voz alta essa do "Tanto mmmiiiiimmmoooo.....", mas os filhos deles já teriam 10 e 12 anos. Berreiros no supermercado, felizmente nunca fez, mas confesso que foi algo que sempre receei. Mas se o fizesse, seria mesmo por má educação? Por maior número de vezes que lhes digamos que não se pode comprar um presente cada vez que se vai às compras? É tudo muito subjectivo e tentar generalizar é meter num único saco algo impossível: individualidades, que mais tarde ou mais cedo acabamos por respeitar. Mas sou dos pais que acreditam no moldar, mais por aquilo que faço e como me comporto (como modelo), do que pelas milhentas coisas que lhe posso dizer e aconselhar durante as viagens de carro. O efeito é esponja é revelador. O meu filho tem 6 anos, e consegue -se ver claramente imitações de mim, da mãe, da avó e do avô, completamente distintas e identificáveis; ou seja, um grande alerta, porque aquilo que 'somos' passa realmente para eles sem darmos conta.
    Como sou músico, fiz uma música de piano para o Martim quando ele tinha 2 anos. Ouviu-me dizer tantas vezes que aquela música tinha sido feita para ele, como uma dedicação de amor, que aos 4 anos, quando ouvia piano em qualquer anúncio ou estação de rádio dizia: És tu a tocar pai! E pronto, chego finalmente ao que a Pipoca queria dizer: "É muito compensador!"

    www.fernandodinis.blogs.sapo.pt

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  25. Aqui está um post sensato e tb o primeiro de quem começa a conceder. Ao contrário do que defende: é mais fácil apontar o dedo aos outros e a Pipoca fê-lo muitas, muitas vezes. Falava sem conhecimento de causa e o Mateus veio para lhe dar outra visão ou perspectiva das coisas. Não tarda, e não precisa de escreve-lo, vai estar a reconhecer para si que opinou muitas vezes, sobre muita coisa, sem tem a devida experiencia. A maior dificuldade para quem opina/escreve é não conseguir sempre pôr-se na pele do outro e, quando consegue, nem sempre sabe ou é capaz de ponderar todas as variáveis. Ex: é muito giro e fácil falar do puto da outra que berrou e a mãe não fez nada, mas talvez não tenha equacionado que a "outra" levantou-se às 6.30, saiu de casa às 7.30, enfrentou 1 hora de transportes públicos, caminhou 20 minutos até ao trabalho e deu duro até às 18.30. Chegou a casa e limpou tudo o que não conseguiu fazer de manhã, ainda passou pelo mercado, fez o jantar, limpou novamente, ajudou o mais velho a fazer os trabalhos de casa, etc, etc, quando saíram para tomar café estava estafada e deu 10m de liberdade ao pirralho que fez uma cena. Mande as dondocas que tem empregada em casa vir falar comigo que eu explico-lhes quanto vale a "outra", em percentagem, comparativamente com elas.

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    1. Onde ponho o "gosto"?
      Ass: mãe de dois sem empregada que trabalha das 7h às 21h!

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    2. E o pai? Não faz nada??

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  26. Adorei o texto e a foto!

    nadinhadeimportante.blogspot.pt

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  27. Depois entram na adolescência e ficam insuportáveis, dramáticos, desinteressados de tudo, ensimesmados, sempre com cara de frete, não abrem a boca em casa e, se pudessem (e se tivessem como se sustentar), punham-se em fuga

    é esta a descoberta que estou a fazer neste momento, incrivelmente continua a ser compensador, continuo a amar o meu filho da mesma maneira (ou cada vez mais) e a desejar, ainda assim, passar o máximo tempo possível com ele. E este texto, como já nos habituou está, além de perfeito, profundo

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  28. é um amor tão grande que chega a doer...

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  29. Belíssimo, Pipoca. Muitas felicidades.

    (Não gosto, ou melhor, abomino o "lindo de morte" ou "lindo de morrer". Porquê? O que tem de lindo a morte ou o morrer? São expressões macabras!)

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  30. Revi-me tanto nas suas palavras! Eu sentia um amor tão grande pela minha primeira filha que tinha receio de não conseguir amar outro filho da mesma forma. QUE DISPARATE!
    Quando a minha segunda filha nasceu apaixonei-me por ela da mesma forma, mesmo sendo a segunda o amor foi igual: intenso, incondicional, arrebatador. Com um extra que foi ver o amor da irmã por aquele pequeno ser que veio juntar-se à nossa família. Enche-me o coração ver as duas juntas e tenho a certeza que se tivesse 10 filhos sentiria o mesmo amor por todos :-)
    O amor de mãe não se divide, multiplica-se, e é maravilhoso.
    Claro que há dias em que me apetece apertar-lhes o pipo - faz parte - mas conto até 100, respiro fundo e tento imaginar a minha vida sem elas. A fúria passa logo ;-)
    Muitas felicidades Pipoca e aproveita bem esta fase mágica!

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  31. Que texto mais bonito, até me emocionei...acho que o Mateus vai adorar ler estes teus textos quando crescer! Muito bonito mesmo!! :)

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  32. A Sara lá em cima está coberta de razão...
    eles são o que nós queremos que eles sejam... é que nem duvidem!
    ah! e "eles" lêem nas entrelinhas...sejam coerentes e consistentes e os resultados vêem-se!

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  33. Que texto mais bonito, até me emocionei...acho que o Mateus vai adorar ler estes teus textos quando crescer! Muito bonito mesmo!! :)

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  34. Texto tão lindo. Muitas felicidades para vocês :)
    A foto está qualquer coisa de maravilhosa.
    Beijinhos, Cláudia

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  35. Faço amanhã 34 anos. Sou mãe de dois (6 e 10 anos) e digo, com (já alguma) experiencia de causa: é isso tudo!
    Parabéns pela capacidade de expressar o amor de mãe!

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  36. A vossa foto é linda e ser mãe deve ser das melhores coisas do mundo :)!!!

    Sem Jeito Nenhum Blog

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  37. Nem sempre é fácil educar um filho, mas também quem disse que era?! Põem-nos os cabelos em pé mas no final de contas é sempre compensador!
    Felicidades

    Dona Micas
    Donamicas.blogspot.com

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  38. Ah pipoca, todas as fases são boas, ou compensadoras, como dizes. Não nos esqueçamos de que se tratam de idades onde existe muito estímulo e absorção de informação, e isso é cansativo. Para mim - tenho uma princesa de quatro - é um amor que, incondicional desde o primeiro momento, tem a capacidade maravilhosa de se aprofundar com o tempo.
    Outra questão levantada aí algures: sim, a minha filha vai brincar para a toysrus, para a fnac, para a imaginarium, etc, e muitas vezes não leva brinquedos para casa. Sem birras. Porque há uma diferença entre o brincar e o escolher para levar para casa. Convém definir o propósito da saída desde logo. E sim, deve-se explicar sempre, e as vezes necessárias, o porquê de tudo. Se houve birras no passado? Claro que sim. Se lhes dei importância, isto é, se houve cedências? Não. Se a minha filha compreendeu, ao fim de algum tempo, que eram uma perda de tempo? Sim. Os olhares dos outros pouco interessam. O diálogo com a criança, sim. Expliquem, porque ela entende, e será também mais fácil para ela agir em conformidade se houver quem ensine, não rematando com um "porque eu mando" ou "porque eu é que sei", mas antes explicar, demonstrar, dar exemplos do porquê das coisas serem como são e não como ela gostaria que fossem.

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    1. É verdade tudo que diz e tendo eu dois filhos sempre fiz isso. Mais, quando tinha só um, dizia que tinha resultado porque era assim que fazia.
      Mas e quando resulta? Quando o explicar não resulta, o definir o propósito das visita não resulta, quando no fim não entendem que birras são perdas de tempo???
      Pois... é preciso lembrar que nem todas as crianças são iguais. Sei por experiência própria. Antes da minha segunda filha, também tinha um discurso assim cheio de certezas... e nunca digo "é assim porque eu mando"...
      Por vezes ser mãe é muito cansativo, desesperante até, mas sim, no fim é sempre compensador.

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    2. Obrigada pelo esclarecimento, anónimo das 10:09. Fiz o comentário da Toys'r'us e semore tinha tido muitas dúvidas em relação a situações dessas, pois achava que só algumas crianças é que tinham capacidade para compreender as situações. É bom saber que com uma boa educação e capacidade de se explicar às crianças a situação que tudo se resolve. Se calhar os casos extremos que vejo são pais que não conseguem comunicar corretamente com os filhos.

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    3. Concordo em absoluto, nem todas as crianças são iguais, sendo que umas serão sempre mais fáceis que outras. Como professora primária, posso confirmá-lo com conhecimento de causa. No entanto, acredito que o diálogo é sempre a primeira e melhor opção na educação de uma criança. Não terá resultados imediatos, obviamente. Será antes um trabalho continuado, que implicará uma posição firme por parte do pai/mãe e muita paciência, no momento da crise, em que a criança não consegue lidar com a frustração e perde o controle sobre si mesma, e depois daquela, em que se explica porque não se cedeu. A minha filha fez as suas birras, não posso dizer que tenha sido um percurso muito fácil; inclusivamente, vezes houve em que decidi pô-la a fazer uma "sesta" e aproveitar para pensar no assunto. A verdade é que, das vezes em que o fez, acordou sempre bem-disposta e pronta para conversar sobre o sucedido. Em última instância, e quando a comunicação parecia não ter efeito na minha filha, eu optei por deixá-la a sós no seu quarto, para que se acalmasse e compreendesse que as más acções também têm consequências. E em seguida, a nossa conversa. Tem resultado. Se tenho muitas certezas?... Não. É apenas a minha experiência pessoal a falar, cada um(a) terá a sua e todos enriquecemos com a sua troca.
      Anónima das 10h09

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  39. Verdade. E, como mãe de uma de quatro anos, afirmo que o que é mesmo esquisito é que gostamos um bocadinho mais deles cada dia que passa. Amo-a mais hoje do que quando ela tinha um mês, um ano, dois anos, enfim, e achava sempre que era impossível amá-la mais. Tendo em conta que está mais chata à medida que o tempo passa, é realmente estranho! ;)

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  40. Compensador é, de facto, ver a tua evolução no papel de mãe.
    Parabéns ao Mateus pelos maravilhosos pais que a vida lhe deu.

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  41. o teu filho tem 2 meses loooool que larga experiencia!! ui!

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    1. Tenho que concordar.

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    2. Porquê? Só se sente amor desmedido pelos nossos filhos quando eles têm 27 anos? Antes era "não podes falar porque ainda não és mãe". Agora é "não podes dar palpites porque o teu filho só tem três meses". Quando ele tiver dez anos será "só quem tem sete filhos é que sabe verdadeiramente o que é ser mãe". Ai, pequenos, poupem-me.

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    3. Absolutamente ridícula a observação!
      Entristece-me!:(

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  42. Parece que afinal alguém "nasceu" para ser mãe =)
    Muito lindo!!
    Ângela

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  43. Até me vieram as lágrimas aos olhos... é isso tudo Pipoca e muito mais que não conseguimos passar para palavras!

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  44. Linda esta declaração de amor.
    Tanto que até fiquei emocionada. Deve ser das hormonas de grávida! :)

    Muitas felicidades para vocês!
    Mimi

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  45. Olá,
    Aguardo ansiosamente que o meu nenuco, agora em vésperas de fazer 35 semanas, nasça e tudo o que tu dizes me aconteça a mim. Pois eu também não via grande compensação, mas ainda nem nasceu e eu já acho tudo maravilhoso.
    Toda a gente a meter medo que chora que não dorme que isto e que aquilo, mas é só uma fase, depressa passa e vou tentar não dramatizar e viver em paz com cada coisa que aconteça.
    Beijos grandes para vocês.

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  46. Lindo, Pipoca! Adorei o texto! Mas existe um momento que todas as mães deveriam sentir. Dar de mamar! Eu só dei 5 meses, mas é inexplicável, é um momento só entre mãe e filho, unico! Maravilhoso!

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    1. Eu só dei 5 semans (4 ao meu primeiro e 1 ao meu segundo) e posso dizer que é inexplicável... nunca achei que se podia sofrer tanto, nem sangrar tanto, nem ter tanta vontade de afastar o nosso filho de nós. Um momento só entre a mãe, o filho e uma dor terrivel!

      Nem todas as pessoas são iguais, nem todo a gente pode ou quer dar de mamar, nem todas as mães deviam sentir o que senti (se tiver mais um não lhe dou de mamar, nunca).

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    2. Isso do dar de mamar é muito relativo. Infelizmente algumas pessoas não podem mesmo dar de mamar (eu era alérgica ao leite da minha mãe, por exemplo), mas simplesmente existem mulheres que não o querem fazer e estão no direito delas.
      Algumas não aguentam as dores, outras vêm os seios como algo sexual que lhes dá prazer nas relações e não conseguem dar de mamar por causa disso.
      E se não se sentem confortáveis não vejo mal nenhum em não dar de mamar. Sinceramente conheço mais casos de pessoas que tiveram alergia aos leites maternos do que aos outros. Quanto à saúde ao longo da vida também não vi grandes diferenças em termos de alergias.
      Felizmente a ciência alimentar está cada vez mais evoluída e acredito-me piamente que os leites em pó de hoje tem tantos ou mais nutrientes que o materno.

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    3. A minha filha mais nova era alérgica às proteínas do leite de vaca. Deve ser isso a que se refere. O que se passa é que na maior parte dos casos, o corpo das mães faz a hidrolise do leite de vaca e mesmo que a criança seja alérgica não se manifesta enquanto amamenta, mas no caso como eu, em que o meu corpo não tem esse mecanismo a minha filha não pode ser amamentada, ou melhor, poder, podia, mas para isso eu tinha de fazer uma dieta sem proteinas do leite de vaca, o que é muito, mas muito dificil fazer de uma hora para a outra, porque as peoteínas do leite de vaca existem em coisas que eu nem sequer imaginava!
      Então não amamentei. Sem culpas, sem dramas, sem stress.
      Sou menos mae? Não. Amo menos a minha filha que não amamentei do que o meu filho que amamentei (por alguns meses)? Nem pensar!!!!

      Era o que faltava o amor de mãe medir-se pelo tempo da amamentação ou, como alguns, pelo tipo de parto - "quem faz cesariana nem sabe o que é ser mãe!" Há cada um!!!!!

      E então as mães adotivas???? Não sentem esse amor? Não pariram, não amamentaram, mas criaram!
      A minha mãe sempre disse: "Parir é dor, crirar é amor!"

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    4. Já cá faltavam as fundamentalistas da mama...

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  47. Ana, gostei imenso. Temos a mesma idade, mas eu já vou na terceira criança. Como tal, queria apenas acrescentar uma coisa - o amor incondicional, para além de aumentar, não se divide com a chegada de mais um bebé. Um beijinho, Sofia.

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  48. Amei o texto...é mesmo isso tudo é mais amor vezes amor! E mesmo q o nosso filho/filha seja o pior filho...é o nosso filho! Amor de mãe e filho é só quem o é, é q pode perceber isso. Já não existe eu sem ela....

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  49. Adorei as tuas palavras. E a vossa foto está uma ternura =))


    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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  50. Ainda hoje, passados 10 e 6 anos, me pergunto o que terei eu feito de tão bom para merecer a graça de ter dois filhos tão perfeitos e lindos...não deixo de me espantar como é que a mãe natureza foi generosa comigo...como é que pude (em conjunto com o pai, obviamente) ter gerado duas criaturinhas daquelas, que com os seus defeitos, que também sei reconher, são para mim, o que de mais perfeito há no mundo

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  51. O pior para mim é o medo!!! O medo que vem junto com todo esse amor, o medo de perder, o medo da doença, o medo de tudo e de qualquer coisa.
    Não consigo explicar, quando penso nisso é uma dor tão grande mas tão grande no peito, parece que deixo de respirar.
    Mas no fim de tudo, tens razão é SEMPRE COMPENSADOR.

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  52. Obrigada por isto, pipoca. Fiquei com vontade de ser mãe. Desejo-vos as maiores felicidades deste mundo e do outro! :)

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  53. Conforme o Mateus for crescendo vai tendo birras que nem sempre irás controlar. E acredita que quando alguém olhar de lado ou fizer algum comentário menos simpático tu vais ter vontade de esganar essa pessoa. Sim porque os pais têm todos os direitos mas não gostam se alguém de fora tem uma opinião menos simpática. Mas só vais aprender com o tempo. É a suprema falta de experiência que te faz falar. Daqui a uns tempos vais dar-me razão. E concordo que existem crianças horrivelmente mal educadas e dos pais nem vale a pena falar. Mas nós defendemos sempre os nossos filhos em frente aos outros. Em casa podemos conversar, mas na rua...
    Mãe de 32(quinze e dezoito)

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  54. Os nosso filhos não são mais que a nossa VIDA, é por isso que aos meus os trato por "Minha Vida"...foi muito bonita esta declaração

    FELECIDADES

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  55. Ninguém é de ninguém...não somos donos da vida dos nossos filhos.A nossa grande e principal função é dar-lhe amor, um amor tão grande que chega a doer e zelar para que não lhes falte nada mas sem cometer exageros ridiculos.O mal de nós pais é acharmos que o amor de filhos /pais é tão grandioso como pais/filhos mas não é, nem nunca será e só de sabe o que é esse amor quando passamos para o outro lado.Eles crescem e já não têm pachorra para sair connosco ou gramarem com kilometros de beijos, mas é assim mesmo já o foi connosco, não foi.Custa mas paciência, desde que nos tratem bem e com respeito é quanto baste.Beijinhos e adoro ler as suas coisas Pipoca

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  56. Tão mas tão verdade o que escreveste Pipoca....no que respeita ao Amor que temos pelos nossos filhos, acho que, aconteça o q acontecer o amor não vai desaparecer...

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  57. Bem sou leitora assídua do blog, mas nunca comentei nenhum post.

    Desde já quero dar-te os parabéns pela tua escrita que acho sempre deliciosa e achei particularmente bonito a forma como descreveste o amor que sentes pelo Mateus.
    Eu ainda não sou mãe, tenciono ser daqui a uns 2/3 anos... mas sou daquelas pessoas que não consegue perceber como é que os pais dizem coisas do género "há birras que não vais conseguir controlar"... Eu chorava todos os dias de manhã porque odiava vestir os collants, e todos os dias pela manhã levava uma palmada pela fresquinha e lá ia eu com os collants vestidos à mesma e caladinha já. Na rua não me lembro de sequer tentar fazer alguma birra, porque já sabia que a coisa não ia correr bem, bastava os meus pais abrirem os olhos... E não, não sou nenhuma traumatizada nem fui mal tratada pelos meus pais... e adoro-os e acho que eles fizeram de mim a pessoa que sou hoje.
    Portanto sou também daquelas pessoa que faz cara feia para as criançinhas que andam a correr desalmadamente no meio dos restaurantes porque não conseguem estar uma refeição inteira sentada à mesa, ou que tão a espernear no meio da rua e os pais continuam a andar e a dizer "olha que me vou embora", entre outras cenas infelizes...

    Eu sei que não sou mãe, nem sei o que isso é, mas sei que a boa educação e as birras conseguem ser travadas... e que o "medo" de uma repreensão por parte dos pais sempre foi e será uma coisa boa a meu ver!

    Muitas felicidades

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    1. Tenho dois, diferentes como não há.
      Mando-lhe a mais nova, educada da mesma maneira que o outro, e depois diz-me se acha qwue é mesmo assim!
      Até ao psicólogo já a levei. E porque também pensava como a senhora e outras pessoas que acham que todas as crianças são iguais e que ao fim de uns castigos e umas palmadas conseguem perceber que a birra não surte efeito.,
      Lamento desiludir, mas não é bem assim. Há crianças que simplesmente não são assim. Digo mais, posso castigar, ralhar e até bater na minha filha que se ela afirmar que vai fazer determinada coisa, apesar de saber o que lhe vai acontecer a seguir, olhe que ela a faz!
      O que faço? Mando-a para a adopção? Não, é minha adoro-a e educo-a da melhor maneira que sei. Ela já não anda no psicologo (não precisa, segundo ele), ando eu, para me controlar e saber lidar "com a personalidade especial" da minha filha!!

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  58. Parabens Pipoquinha!
    Foto linda!

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  59. É o fim! Passaste para o lado de lá! :P

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  60. de acodo, não é preciso ser mãe para ter uma opinião, e há crianças que são mal educadas. Mas os filhos mudam a nossa opinião sobre as coisas, algumas coisas. As importantes e práticas. Esta sociedade que temos - as mães em geral - , ajuda-nos a mudar algumas ideias, ou atitides pre-concebidas. Para melhor, por vezes. Aprendemos a não nos preocuparmos tanto em ter 'coisas' sempre novas para o nosso filho. 2ª mão dá jeito. E que o ranho faz falta. E que as crianças que comem os macacos, vacina-se. É a vida básica. Esta sociedade, agora em geral, contudo, por vezes, não gosta de crianças, não facilita as mães, mas isso são temas avançados.
    Também há mulheres que não nasceram para ser mãe, e também aqui, nada podemos criticar.
    O meu, por vezes faz-me lembrar a força da vida. No início temos tudo, depois, é ver como te portas e pode ser sempre a perder. Depois, já por ti, talvez farás melhor.
    Parabéns pelo sentimento de mãe, pelo seu nascimento como Mãe, e que tenha muitas felicidades.
    Eu ando sempre com a boca doce, adocicadinha, desde que sou mãe.

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  61. Chegou o post que eu aguardava mais cedo ou mais tarde :-) A rendição. :-) Parabéns Pipoca!

    Isabel Maia

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  62. Pipoca, vi este video e lembrei -me do que tinhas escrito... é maravilhoso... uma verdadeira delicia...

    http://www.faithit.com/moms-kids-video-confession-touching/#.Um-YZcVBmwk.facebook

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  63. Maravilha, consolei-me a ler o post :) dei por mim a sorrir para o ecrã do computador.... ainda falta muito para 'chegar a hora' de ser mama, mas estou ansiosa para, um dia, me poder sentir assim também

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  64. O Vasco teve doente, há pouco tempo e cheguei à brilhante conclusão que: quando lhe dói a ele também me dói como se fosse em mim, ou seja, o Vasco é um bocadinho meu só que não está agarrado ao meu corpo. Isto ao observar a reacção do pai e a minha.
    O Vasco teve 1 suspeita de tumor no olho ou no cérebro aos 2 meses de vida. Não o tirei do colo até se confirmar que não era nada. Mas só pensava que a ser verdade, que fosse em mim, pq o Vasco ainda tinha a vida toda para viver e eu já tinha vivido qualquer coisa. Ouvi 1 comentário de" é a coisa mais linda que já ouvi". Eu, recém mamã, achava que o meu desejo era mais que normal. E afinal o que é o compensador, já nos consegue dizer? :-)

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Teorias absolutamente espectaculares

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