Pub SAPO pushdown

Empregos, empregos...

sábado, novembro 10, 2012
A propósito da minha rubrica da bolsa de emprego, gerou-se na caixa de comentários uma discussão sobre cursos superiores. Alguém dizia que a maior parte das pessoas tira cursos para encher chouriços e que depois, na vidinha prática, não têm qualquer utilidade. Não concordo a 100%, mas concordo qualquer coisinha. Em Portugal todos gostamos todos muito de acenar ao mundo com um canudo. Não importa em quê, importa é tê-lo, como se actualmente isso representasse alguma espécie de factor distintivo. Pois, não representa, sobretudo quando chegámos a uma fase em que os cursinhos têm só três anos (para não cansarem muito), em que é possível entrar para um curso superior com uma média negativa (acho isto absolutamente brilhante) e em que os jovens chegam ao mercado de trabalho com vinte anitos acabados de fazer.  Ah, esperem, se ficarem mais um ano da faculdade saem de lá já com um mestrado, uhhhhh! Mestres aos 21 ou 22 anos, uma loucura. Bom, mas voltando atrás. É verdade que há muitos cursos que são uma porta aberta para o desemprego. É triste, é chato, mas é a realidade, e ninguém pode dizer o contrário. Mas também aqui é preciso fazer uma divisão clara:
1- Há quem siga esses cursos porque realmente gosta, se identifica e acredita que a sua vocação passa por aí, mesmo sabendo que o mais certo é não conseguir arranjar trabalho mais tarde (tipo Sociologia, História, Literatura, etc);
2- Há quem vá para esses cursos porque não tem outro remédio. Não tem média para mais, não quer ficar parado e o importante mesmo é ter o diploma dali a três anos, depois logo se vê no que é que se vai trabalhar;

E então? Perante isto faz-se o quê? Segue-se o sonho e arca-se com as consequências? Ou segue-se outra área qualquer e adia-se o sonho? Pessoalmente, gostava muito de fazer os cursos de Filosofia, História e Relações Internacionais, mas apenas para realização pessoal. É uma coisa que não está descartada de todo, e acredito que chegará uma altura na vida em que terei mais predisposição mental e de tempo para o fazer. Apesar de ter interesse nesses cursos, não os considerei na hora de escolher o que queria fazer. Em primeiro lugar, porque não me via a trabalhar nessas áreas. Em segundo, porque sabia que dificilmente teriam saídas viáveis. Vai daí segui o sonho e lá fui para Ciências da Comunicação, que também não era assim uma ideia espectacular. Já na altura se dizia que as coisas estavam más para os jornalistas, que era difícil arranjar emprego, blá blá blá. Era um curso com um média de entrada alta (quase 17 no meu ano) e, tanto quanto sei, a maioria dos meus colegas estão a trabalhar na área (já acabámos há quase dez anos), mas ninguém se engane: Ciências da Comunicação  é um curso para encher chouriço, pelo menos na Nova. Saí de lá completamente desiludida com a quantidade de cadeiras desinteressantes, com a estrutura pesadíssima e nada actual, com a falta de preparação que nos dá para a prática jornalística. Talvez tenha mudando entretanto, não sei, mas eu senti que não me acrescentou grande coisa . Também acredito que aos 18 anos não estamos minimamente preparados para aquilo que temos pela frente, a passagem do liceu para a faculdade é brutal. Acho que se fosse hoje viveria o curso de outra forma, mas nem por isso o recomendo. Aliás, sempre que alguém me pergunta se deve tirar um curso superior de Comunicação/Jornalismo eu sou a primeira a dizer que não, Deus nos livre e guarde. Sinceramente, acho que não representa nenhuma mais valia para quem quer ser jornalista. Chegar a uma redacção com um curso de Comunicação é mais ou menos igual a nada. E por isso aconselho sempre as pessoas a procurarem outros cursos que possam ter alguma utilidade numa redacção (Direito, Economia) e que depois façam formação mais especializada em jornalismo (no CENJOR, por exemplo). Não digo que desistam do sonho do jornalismo, só digo que encontrem formas mais inteligentes de lá chegar e que, pelo caminho, vão abrindo todas as portas que conseguirem. E quem diz jornalismo diz outra área qualquer. Acredito que a polivalência é cada vez mais considerada e valorizada. E acho que temos de começar a pensar seriamente se queremos ter só a formação ou se queremos, efectivamente, vir a ter um trabalho. Não me interpretem mal, não venham já de pedrinhas na mão prontos a vazarem-me um olho, que eu não estou aqui a dizer que de repente toda a gente deve deixar de seguir aquilo que realmente quer para se dedicar a outra coisa qualquer que lhe dê mais garantias de emprego. Apenas acho que temos de tomar atitudes mais conscientes e menos idílicas perante a situação actual e o futuro previsível que temos pela frente. Por exemplo, porque é que os cursos técnico-profissionais têm um estigma tão grande em torno deles?"Ah, coitadinho, foi para um curso técnico-profissional, a cabecita não dava para mais, então teve de se contentar com isto".  Já ouvi várias teorias do género. Oi? Mas afinal o que é melhor? Ser um licenciado no desemprego ou ter um curso profissional com saídas garantidas?

Enfim, isto dava pano para mangas e muitas horas de conversa, mas não temos tempo. Resumidamente, acho que não podemos   (e atenção que eu já estou a antecipar chatices ao sublinhar a palavra "só") apontar o dedo ao estado do País e usar a situação actual para justificar que tenhamos tirado um curso superior que não nos dá emprego. Temos um papel activo e importante quando fazemos a nossa escolha. Ter ou não trabalho não é uma coisa fortuita. E é nisso que também temos de começar a pensar. 

144 comentários:

Sofia disse...

Ai Pipoca como eu conheço jovens (21,22 anos) que estão na Faculdade só para encher chouriço! Amendrontam-se com cursos como Direito, Engenharia etc.. e depois enveredam por áreas que se sabe á partida que se não forem os melhores nos ultimos 20 anos têm um passe para o desemprego e andam la a tirar 11, 12.É muito natural que não tenham emprego, que olhem para a média, que olhem para o curso.. nem todos os cursos têm o mesmo grau de dificuldade e um licenciado em sociologia com 3 anos e a maioria das tardes livres e trabalhos de "observação" e tratamento de dados completamente desculpa a expressão "aldrabados" é muito diferente de um licenciado em Engenharia mecânica ou Direito que dá no duro, que não pode tratar o professor por "stor", que ele mesmo pela força das circunstâncias do curso é obrigado a lidar e a formar o seu carácter e a sua mente para coisas sérias, trabalhosas. Claro que quando se chega ao mercado de trabalho quem estudou 5/6 horas por dia para ter uma positiva aguenta-se melhor e é escolhido em detrimento de alguém que fez o curso "no bar da faculdade" a capacidade de trabalho também é muito diferente.

Maria_S disse...

Concordo. Cursos de 3 anos? Ah e tal sou licenciada e não consigo emprego. Tiraste o curso de quê? E respondem-me curso de qualquer coisa que eu nem sabia que existia. Agora há cursos de tudo e mais alguma coisa :(. Bjs boa estadia em NY e bom curso. (eu tb queria aqueles ALL STARS que estão lá mais abaixo snif snif).

Maria da Felicidade disse...

Olá Pipoca!
O teu texto faz muito sentido e concordo com alguns pontos.
Eu tirei um curso profissional na área da hotelaria/recepção. No final do meu curso consegui arranjar emprego em hoteis pois os estágio que fiz enquanto formação prática do curso me ajudaram a consegui-lo.
5 anos depois de terminar o meu curso ( 12ºano) decidi concorrer à faculdade por uma questão de realização pessoal. Fiz só o primeiro ano porque outras coisas aconteceram pelo meio.
Não é por não ter um curso superior que deixei alguma vez de arranjar emprego. Certo é que não ganho um ordenado churudo, ou um ordenado que conseguiria sendo licenciada, se bem que hoje em dia já não é por se ser licenciado que se ganha bem.
Mas se tirei um curso de hotelaria hoje trabalho como vitrinista. Já fiz inumeras coisas em 10 anos no mundo laboral e não sinto falta de ter um curso superior ( só voltaria lá por uma questão de realização pessoal ou por algum curso que fosse uma mais valia à minha vida profissional no momento).
E sim, hoje em dia toda a gente quer ter um canudo, quer ser doutor mas dps são doutores desempregados que não querem trabalhar em mais nada a não ser na àrea onde estudaram porque " não andaram a gastar dinheiro durante 3 anos para trabalhar numa loja"....
Enfim...
Começar a trabalhar cedo é uma mais valia. Comecei com 19 anos, já tive desempregada 2 vezes e nunca mais que 3 meses, sempre agarrei o que apareceu. E hoje, no meio desta crise toda, sou feliz por ter um emprego que gosto e feliz por apenas ter o 12º.

Unknown disse...

Eu pessoalmente, e estando em sociologia, não acho que este seja um exemplo de profissão que não terá emprego. Todos acham que se pode viver sem os sociólogos, a verdade é que podemos trabalhar em todas as áreas, desde a área da saúde, trabalhar em prisões, área da política, alias todas as medidas que o governo anda a tomar tem por base estudos sociológicos. Sm é certo que eles não se baseiam nos melhores estudos mas mesmo assim somos nós que os fazemos. Acho que em Portugal não se dá é o devido valor aos sociólogos. Na Suíça não existe nenhuma empresa que não tenha uma equipa de sociólogo a trabalhar para perceberem os níveis de satisfação tanto dos clientes como dos empregados

Catarina M disse...

Olá! Sou licenciada em educação e a minha "teoria" sobre este assunto dava pano para mangas e casacos! A verdade é que um curso superior nos ensina muito mais sobre a vida do que sobre a matéria e essa é a verdadeira valência de uma universidade. Até porque, sobre a matéria, se quisermos saber, pegamos num livro e pronto! Se acenamos com um curso superior é porque os empregadores nos pedem para o fazer... cada vez mais!

Ana disse...

Excelente crónica! Também acho que se deve apostar mais nos cursos tecnico-profissionais e dar mais valor às questões extra curriculares do CV. Uma boa média de curso não implica necessariamente um bom profissional! Parabéns Pipoca pela sinceridade (e brutalidade, no bom sentido)!!

Anónimo disse...

Concordo completamente com tudo o que disseste! Um curso profissional é muito mais pratico e virado para o mundo do trabalho do qua as licenciaturas que tiramos. Penso que não é só o curos de Comunicação que é pouco realista para a preparação do mundo do trabalho, arrisco me a dizer que são muito e muitos outros cursos. Sou licenciada, trabalho na minha área de formação e também me senti pouco preparada para o mundo do trabalho quando comecei. E não tirei em 3 anos, foi em 5 anos, a sorte é que foram muito bem vividos!
A iniciativa da bolsa de emprego no teu blogue foi uma ideia de se lhe tirar o chapéu, parabéns e espero mesmo que dê muitos frutos!

Xs disse...

Tens toda a razão.
Como é possível que, por exemplo, se continuem a ter cursos para professores, ou se continue a escolher essas áreas, quando não há saída nenhuma para isso!
No meu caso, tive a sorte de começar a trabalhar numa das melhores empresas para a minha área. Entretanto a vida deu uma grande volta, e fui parar aquilo que mais odiei em toda a minha vida. Assim continuo há mais de um ano. Se gosto? Nada! Frustração! Mas garante-me um bom ordenado no final do mês. Tive que me sujeitar e fazer à vidinha. Todos os dias tento voltar à minha área de formação, mas entre estar à espera ou estar ocupada e a mexer o cérebro, mesmo com uma coisa que não gosto (odeio....), acho que a 2ª hipótese é mesmo a melhor!

Unknown disse...

Concordo com aquilo que dizes, e as pessoas têm a sua parte de culpa no cartório, muitas vezes por decisões irrefletidas. Pessoalmente, acho que uma pessoa com dezoito anos não tem maturidade para perceber que o que realmente importa não é o que gostamos. Ao longo do ensino secundário, quando comecei a orientar o meu futuro rumo profissional, aquilo que eu queria mesmo mesmo era seguir ensino de inglês. Não gostava de mais nada, não tinha jeito para mais nada. A minha mãe é professora, já nessa época previa o caos por entre os docentes e, ao longo desses três anos, fez-me uma lavagem cerebral de tal forma que eu fui interiorizando aquilo e acabei por desistir da ideia, ainda que algo contrariada. Na altura de escolher a licenciatura, tive que puxar dos meus galões e pensar como poderia seguir algo que equilibrasse empregabilidade com o meu gosto por trabalhar com pessoas. Hoje, agradeço à minha mãe pela tortura que me impôs e por não ser mais uma professora nas estatísticas do IEFP. Isto para dizer que ninguém se pode desculpabilizar, nem o país, nem as pessoas, nem as universidades.

C disse...

Concordo plenamente! Sou estudante do 2º ano de arquitectura e apesar de estar a adorar o curso e tudo o que gira em volta dele, sei perfeitamente que, quando acabar este Mestrado Integrado, não vou trabalhar nesta área. E sinceramente não me importo muito com isso, existem outras coisas que gostaria de fazer.

Filipa disse...

Bom dia pipoca.
Sou leitora assidua do blog e do qual gosto bastante, nunca o tinha comentado mas hoje decidi faze-lo devido ao assunto.E não podia concordar mais com tudo o que referiu, pricinpalmente em relação aos cursos profissionais que neste país são considerados inferiores mas são quem arranja emprego com maior facilidade e na area que gosta porque veem com uma bagagem prática da sua area muitas vezes maior do que um lincenciado que nao passou da parte teórica. Na minha opinião mais vale ter um curso profissional na area que se gosta do que ser um lincenciado frustrado porque esta naquele curso porque a média não dá para mais, e os pais querem um filho com canudo.

Parabéns a si pelo o bom trabalho com o blog.

Anónimo disse...

desde pequena que gostava de ser professora de historia mas quando pensei bem no meu futuro sabia que ser professora de história não tinha saída nenhuma! então optei por um curso na área da saúde de 4 anos! se soubesse o que sei hoje tinha tirado o curso de historia porque não tenho trabalho e tirei um curso que não gosto! por isso acho que devem optar por aquilo que gostem independentemente de ter saída ou não !

M disse...

Falta só aqui um pormenor que para algumas pessoas, a licenciatura (3 anos) é de 6 anos, porque gostam de aproveitar realmente os conhecimentos do curso xD
(Desculpa mas não resisti...é que fico a imaginar certas pessoas, que se entrassem para a universidade quando a licenciatura tinha 5 anos, acho que ficavam uma vida para ter um canudo)

De resto, concordo a 100% com o que disseste, acho que devemos de escolher uma área profissional que nos preencha e satisfaça, mas também temos de ter em atenção ao panorama actual.

Anónimo disse...

Eu estou a tirar economia (2ano) e adoro ! . De facto tinha o bichinho da dança, sempre pratiquei dança desde pequenina, mas tive de fazer uma escolha pelas duas áreas que mais me interessavam. Foi difícil , mas também contei com o apoio dos meus pais e a sua experiência de vida, . Tinha 17 anos na altura, agora digam-me quem e que aos 17 anos consegue escolher assim o que quer fazer parado resto da vida? Viu acabar o curso para o ano com 20 anos, isto faz algum sentido? Bem iremos ver, o que posso garantir e quer curso de economia e tudo menos um curso de encher chouriços! Beijinhos :)

Anónimo disse...

Estudar não é encher chouriços! O curso de comunicação social pode nao ser especializado mas dá cultura geral abrange vários temas que no dia a dia é pedido a um jornalista num dia escreve sobre algo e noutro esta a fazer uma entrevista diferente. Quem tirou direito por exemplo chega sem ideia nenhuma as redacções. Nao sabem um lead, um título, completamente desorientados. Perde se tempo e paciência a explicar tudo. Na minha universidade havia um concurso de cultura geral comunicação social contra direito. Os de direito perdiam sempre, até começaram a colocar assistentes no lugar de alguns concorrentes...

donadecasaaos24 disse...

Se soubesse o que sei hoje provavelmente teria feito uma escolha bem diferente. Mas admito tb que houve alguma imaturidade quer na opção do curso quer da universidade (própria de quem tem que o fazer aos 18 calculo). Acho que quase ninguém verifica os conteúdos do curso que escolhe e que variam consoante os estabelecimentos de ensino, não se consulta as cadeiras que se vai ter ao longo dos curtos 3 anos, e bom depois acontece o mais comum "estava à espera de outra coisa". Contra mim falo. E gostei do que fiz, mas não foi nenhuma mais valia.

http://alguemquemecale.blogspot.pt/

Catarina Vieira disse...

O facto de se ter um canudo para abanar não significa, realmente, que uma pessoa se esforçou naquilo que fez. Ainda para mais com a possível entrada na faculdade apenas com 9,5 de média desde que se tenha uma nota roxa para entregar prontamente. Mas claro, não se pode ir do particular para o geral: atualmente estou na Faculdade de Direito da Universidade do Porto e, embora não tenha sido a minha 1ª opção de candidatura, reconheço que me trará mais facilidades de emprego do que se tivesse pensado "faculdade para quê? arranjo um trabalhinho ali no McDonald's e depois para o ano vê-se."
Em Portugal querem-se muitos mestres e muitos doutores, ideia essa bastante absurda, dado que nem só de pessoas com licenciaturas, mestrados ou doutoramentos se faz o país.
Bem, tal como disse, isto dava pano para mangas e eu só quero realçar o facto de que ter um canudo pode não distinguir alguém (assim tanto) no mercado de trabalho, mas que isso NÃO DEVE NEM PODE ser menosprezado é um facto. Até porque, no meu caso, são quatro anos da minha vida a despender dinheiro para propinas e para livros (que são imensos e nada baratos) e isso terá de valer alguma coisa no futuro.

maria moura disse...

Muito bem abordado, concordo contigo.

Todas as profissões são dignas de respeito.

E sei de casos dos tais cursos técnicos que ganham significativamente mais, mas muito mais que muitos doutores.

Anónimo disse...

totalmente de acordo!

carolaine disse...

para mim o problema passa por isto: não há mais emprego em jornalismo porque há pessoas licenciadas em direito e afins a exercer.

Rita disse...

Concordo com tudo o que disse, realmente valorizo e respeito quem segue os seus sonhos mesmo sabendo que depois de ter o canudo corre o risco de ir para o desemprego mas no estado de crise em que se encontra o mundo acho que, dentro daquilo que gostamos, devemos sempre escolher um caminho que nos dê mais oportunidades e saídas no mundo do trabalho.

Já agora, eu estou num curso de engenharia que tem mestrado integrado e sim, vou ser mestre aos 23 anos (porque mestrados integrados são cursos de 5 anos e não de 4) mas também tenho a mesma carga horária que uma pessoa que tem uma licenciatura e decide tirar um mestrado tem. Não vejo nada de mal num curso com mestrado integrado porque isto só me vai abrir mais portas no futuro (se Deus quiser).

ana sofia santos disse...

não li os comentários
o que acho estranho, e porque tentei dois anos seguidos entrar num mestrado. Ser ultrapassada por exemplo por uma pessoa que nunca concluiu qualquer licenciatura (julgava que tal não era possível, mas basta ter um folio relevante na área) e pessoas com médias de 13, quando julguei que para mestrado eram necessários 14.
Acho que hoje em dia qualquer um tem, seja para encher ou não chouriços

Anónimo disse...

Tenho 18 anos e estou no meu primeiro ano de Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Entrei neste curso com uma boa média (16) e porque é isto de que gosto mesmo. No entanto, tenho plena noção de que se fizer o percurso "normal" neste curso (licenciatura) daqui a 3 anos, aquilo que vou ter na mão é uma viagem de ida para o desemprego e que não é um papel a dizer que sou licenciada que me vai dar mais importância.

Para tentar contornar esta situação aderi a um programa de curso intercalado entre a minha faculdade e o Instituto de Estudos Políticos de Bordéus. Tem a duração de 5 anos, sendo que dois deles serão passados em Bordéus. Para o ano já terei de lá estar. Não vai ser nada fácil e nem sequer me garante um trabalho quando terminar, mas aumenta-me em muito as possibilidades (devido ao prestígio, qualidade e rigor associados a este instituto) e tentar não custa nada.

O que custa muito é ver como as coisas neste país estão a ficar, ver como há pessoas que, efetivamente se esforçam muito para atingir alguma coisa, em vão.

Vejo no meu curso o contraste entre as pessoas que estão ali por gosto e as outras, que estão ali para ter o canudo, sempre de nariz empinado. Vejo isso e entristece-me sobretudo verificar que, muito provavelmente, quem se vai "safar" melhor ali nem são os que têm amor à Sociologia, são os outros, que até tachos garantidos já têm quando terminarem o curso. É muito, muito triste, a fantochada em que o ensino neste país - e este país de uma forma geral - se está a transformar.

Ana Marta disse...

Boa tarde pipoca.

Não poderia deixar de tecer um comentário a esta publicação.
De facto, concordo com algumas das ideias que expõe no seu texto. Em Portugal criou-se a cultura do "doutor" e parece que só é bom quem vai para a Universidade. Isto é uma completa estupidez. Acredito que as pessoas devem escolher uma profissão de que gostem, quer esta corresponda a tirar um curso universitário, quer não. E devem manter a "mente aberta", porque às vezes temos um plano mas no final acabamos descobrir que se calhar há outras coisas que gostaríamos de fazer.
Quanto à parte de "cursos de três aninhos" e "espera-se mais um ano e tem-se um mestrado" informo que as coisas não são bem assim. A licenciatura que tirei (Biologia, via investigação) "saiu-me bem do corpo" como se costuma dizer. Se sou licenciada é porque me sacrifiquei e trabalhei bastante para que isso acontecesse. Mas claro, cada caso é um caso e acredito perfeitamente que haja por aí muita gente de "canudo na mão" que não deve ter posto os pezinhos em metade das aulas.

Joana disse...

Eu tenho 23 anos e um mestrado,tirado em 6 anos na Universidade de Coimbra, não considero em nada que o meu mestrado seja menos do que aqueles que se tiravam anteriormente, porque efectivamente, com bolonha, é um mestrado bolonha. Equivalente a uma licenciatura pré-bolonha, mas com maior nível de exigência, isto posso garantir, porque frequentei ambos os regimes. Antigamente, as pessoas que tiravam licenciaturas também acabavam a faculdade aos 22 anos, a diferença é que tinham logo trabalho, quanto a isso nada mudou, apenas a popularização do ensino superior e a proliferação das universidades privadas que diminuem o grau de exigência do ensino secundário, já para não falar dos cursos profissionais que depois dão acesso ao ensino superior à mesma, ou quiçá, as novas oportunidades.

Anónimo disse...

Pq n tem média p mais? Eu entrei em História quando a média era 14,6... Tanto agora como nessa época, estava longe de ser um dos cursos com a média mais baixa, mesmo na FCSH. A Pipoca sabe, que também lá andou. O mesmo é válido para a Sociologia e para a Literatura. Não há lá engenharias de média 9,5. Ah, e eu e a maioria dos meus colegas trabalhamos na área. Sim, nem sempre é fácil, muitos desistiram, mas consegue-se.

ASousa

Aladin Alves disse...

Olá pipoca, gostei imenso do teu post fizeste uma reflexão sobre o emprego de uma forma nua e crua. Deixa-me só acrescentar só mais 1 ponto interessante. Tirando os cursos superiores, conheço pessoas que realmente tiveram hipoteses de tirar um curso superior com ajudas monetárias, os pais não podiam pagar o curso superior, o estado ajudou com bolsas, bancos etc. Mas depois fica... um curso tirado (que inicialmente até tinha imensas saídas, eng. civil no técnico), sem trabalho, sem puder pagar ao banco o investimento e pior... como podem tirar outro tipo de formações quando estas mesmas tb são pagas e não são pouco baratas? Concordo que devemos ser polivalentes nos nossos conhecimentos... mas por vx, ajuda.. é só nos cursos superiores e se temos o azar de bater na porta errada, ficamos literalmente com o futuro lixado. Bom post continua assim :)

Rute disse...

Bem não percebes nadinha do processo de bolonha "mais um ano e fica-se mestre" com esta foi risota da grande. Querida pelo menos informa-te. Ah, e era no teu tempo que se entrava com negativa, caso não saibas ahahahahaha

Anónimo disse...

a tua ideia não deixa de fazer sentido, mas lá está, funcionaria apenas a um nível idílico, o tal que apelas a que os portugueses fujam. o problema do teu texto é a generalização e a falta de informação a vários níveis, levando-te a opinar sobre um tema que apenas dominas parcialmente, partindo do teu caso pessoal e comparando-o com outros com que te deparas. a título de exemplo, há vários desempregados (também podemos dizer que há outros tantos "empregues" em bolsas de investigação, mas para isso terias de informar-te também que uma bolsa não equivale a um contrato laboral nos termos mais habituais, i.e., carece dos direitos básicos de que usufruem todos os outros trabalhadores) que são doutorados, pós-docs, ex-contratos ciência... pessoas que investiram e que receberam bolsas de mérito para estar agora numa situação bastante angustiante de falta de perspectivas. sabes que estas pessoas não se enquadram no espectro que desenhaste dos que entraram com média negativa, fizeram cursos de 3 anos, mestrado de um e seguiram apenas o coração na escolha do seu futuro e formação, não sabes? se calhar, devido à tua lógica, deveríamos ter ido para cursos técnico-profissionais, mas preferimos anos e anos de investigação e vida académica. abrimos muitas portas, apostámos (ou apostaram) na nossa formação a níveis, digamos, diferentes dos que apresentas. a culpa é nossa? a culpa é dos outros? pela lógica que apresentas no teu texto, pipoca, parece-me que seria importante considerar mais variáveis para além dessa dicotomia que apontas como sendo a razão de tantos (e muitos mais) não terem emprego. parece-me que os investigadores, bolseiros e equivalentes desafiam a tua lógica. tendo apostada na formação, em caminhos alternativos e não fazendo parte do tal espectro, continuam na mesma situação que os que daqui saíram. curioso, não é?

Anónimo disse...

O que é certo é que o meu namorado acabou o 12º ano num curso técnico-ptofissional de Electromecânica e nem 1 segundo teve no desemprego e com 20 anos actualmente já ganha "bem". Eu a acabar o curso em Contabilidade e Finanças não tenho nenhumas garantias ou esperança num futuro bom!

Unknown disse...

Esse tema dá um belo debate né??? Mas concordo consigo....bjs....

Diana disse...

Olá Pipoca.
Não me leve a mal, porque opiniões são opiniões e são sempre diferentes, mas na maioria das vezes torço um pouco o nariz ao que escreve.
Desta vez estou de total acordo com o que escreve.
Para mim, não poderia ter dito melhor.

Diana

Filipa disse...

Tens toda a razão quando dizes que o portugueses adoram acenar com o canudo!! Eu nao tirei um curso superior, não quis, ninguem me incentivou e até tenho pena, MAS nao me sinto nada inferior as minhas amigas/os que os tiraram. O que eu sinto muitas vezes é que eles/as saiem de lá diferentes ha qq coisa na agua das faculdades que faz muito boa gente sair de la a achar que é melhor que os outros!! Tenho amigas/os k foram muitoo bons na escola mas que ca fora no mundo real sao "burros", não se sabem desenrascar, enfim podem ser inteligentes mas a esperteza não quer nada com eles. Eu prefiro ser esperta e um dia se me der para isso tambem posso ir pa faculdade, mas por enquanto não faz sentido... Sou empresaria, tenho a minha loja e sou feliz assim, e caso um dia queira ir tirar um curso superior (tou smp a tempo)mas levo a minha agua de casa para não ficar afectada e superior :P

Free Fashion Lovers disse...

Bem concordo com tudo o que foi dito aqui. Queria seguir Ciências da Comunicação e muita gente "onde te vais meter não vás para isso, é quase como teres o desemprego garantido".
A parte dos cursos técnico-profissionais enganem-se quem pensa que é fácil (eu pensava, mas também fui para tirar as minhas incertezas e hoje sei que é algo que não quero de futuro, felizmente sei o que quero sem margem de dúvida). Estou neste momento num de Arquitectura (bem se fosse só isso) e não é para quem não tem cabeça, temos que ter e muita, abdicar de quase tudo se não de tudo, ficar a fazer projectos até as 3h 4h da manhã (se não for directa, ja fiz muitas) então quando é para fazer maquetas bem nem vale apena dizer mais nada. O melhor de tudo é que há disciplinas que tenho que se mostrar o diploma que tenho aquele curso fico com algumas cadeiras feitas na faculdade. Conheço pessoas que estão em arquitectura e tiveram mais trabalho no curso técnico-profissional do que na faculdade, outros que só ficaram com o diploma do curso e começaram logo a trabalhar em gabinetes. Existem cursos e cursos.

AM disse...

Porra, às vezes parece que me lê o pensamento. Pois eu acho exactamente o mesmo. Tenho um curso técnico profissional sim, com orgulho, não me sinto inferior por isso e posso dizer que ganho mais que se calhar alguns licenciados. Neste momento o meu emprego é estável e adoro o que faço. Mas posso dizer que já senti na pele o preconceito de determinadas pessoas por não ter um canudo. É para o lado que durmo melhor, um amigo meu aceita-me como sou e pelo que sou não pelo grau de escolaridade que possuo. Já o meu irmão diz e muito bem: "Ás vezes ter um canudo significa ir para o desemprego com estilo".


Anabela Machado.

Anónimo disse...

De um modo geral acho aquilo que escreves estratosfericamente futil, mas hoje tenho de fazer uma vénia e dar-te os parabéns: grande post!

C disse...

Bem começando , sou licenciada em sociologia ( curso onde não emprego não é!) também tirei o mestrado em sociologia (assassínio total, não é?). Em minha defesa digo, fui para um curso por paixão, adoro a minha área não me imagino a fazer outra coisa. Mas apesar de tudo e de já na faculdade os professores fazerem piada com o facto de irmos para o desemprego eu nunca desanimei achei sempre que chegaria a minha hora, mas a realidade é que ainda não chegou (estou desempregadissima). Já disse que se pudesse voltar atras não tirava este curso ( mas só me engano a mim mesma, ou tento enganar os outros, porque na realidade tiraria outra vez). Concluindo, hoje mais do que nunca tento ver alternativas ao meu curso e comecei logo a fazê-lo no mestrado, escolhi um tema ambicioso (demais como dizia o meu orientador), que fugia da area normal da sociologia, hoje estou prestes a defende-lo, hoje estou, tambem, numa pós graduação que deixou um pouco de lado a sociologia.


Posto isto, os cursos podem não ter saída ( ainda estou desempregada, mas entretanto vou dando a volta a isto com uma garra e um desejo muito grande de mudar tudo), mas nós devemos tentar mudar isso, temos de dizer com orgulho a nossa formação e tentarmos ser os melhores possíveis na área, tentarmos fazer a diferença, tentarmos encontrar caminhos diferentes que não descartem a nossa paixão mas que a complementem.

Por isso aconselho sigam a vossa paixão mas não se resignem não cruzem os braços porque hoje mais do que nunca uma licenciatura não significa emprego, alias hoje uma licenciatura não significa nada! Tenham é coragem de ouvir coisas como " aí coitadinho isso não serve para nada", " aí estas desempregado também com esse curso". Eu estou desempregada mas não sou uma coitadinha, não tenho medo de fazer coisas fora da minha área ( tanta coisa tenho feito que nada tem a ver com o curso ou com a área), há é que ter forças pensar que um dia poderemos trabalhar na nossa paixão.

Joana disse...

Sociologia tem muito mais de aplicabilidade do que as pessoas pensam. Não é um curso só de teoria (pelo menos qd era de 5 anos tinha muito trabalho de campo). Infelizmente no nosso país a maior parte das pessoas não sabe o fazem os sociólogos e confundem-nos com psicólogos ou assistentes sociais, tudo porque não é possível delimitar ao certo o que podemos fazer, visto a área ser tão vasta. Em países como França, Inglaterra e EUA não se passa isso, claro, sociedades mais avançadas no geral, e no ranking das melhores profissões dos EUA os sociólogos aparecem muito bem colocados! Por aqui, infelizmente, os cursos que são mais valorizados são essencialmentes os das chamadas ciências "duras".

Vim só defender a minha "dama" ;)
Bjinhos!

Anónimo disse...

Pipoca lincenciei-me em Sociologia por opção, tirei um mestrado em Gestão de Recursos Humanos que complementou a minha formação base e assim que o terminei arranjei trabalho.se tive sorte!? Talvez alguma, mas muito se deveu à minha determinação e convicção na justificação das minhas escolhas académicas,porque apenas enveredei naqueles 2 cursos porque tinha certeza do que queria. Tudo isto para dizer que muitas vezes a dificuldade não está na licenciatura que se tira mas no facto de as pessoas não serem polivalentes mesmo nas suas áreas de formação, e a maioria acha que com um canudo obviamente tem de encontrar logo o emprego de sonho. Como Socióloga acho que se trata de um problema de cultura porque fomos ensinados e levados a acreditar que o canudo dava emprego garantido sem esforço.

Anónimo disse...

Só para deixar o meu pequeno contributo,trabalho em consultoria de Recursos Humanos (nada tem a ver com trabalho temporário,para fazer a devida ressalva) e neste momento na grande maioria das profissões existe uma grande saturação do mercado, mesmo para engenheiros,economistas entre muitos outros. Mas a verdade é que o mercado nunca rejeita os melhores,independentemente da área de formação. Por isso a diferença é que hoje em dia é necessário muito mais esforço e dedicação à profissão!

Anónimo disse...

Bom, vou ser mais uma a dar "palpites". Gostei de ler o post e concordo em grande medida. Tenho vários amigos que optaram por cursos profissionais e actualmente estão empregados e até não recebem mal (no panorama nacional, que como todos sabemos, está complicado) e trabalham em algo relacionado com o curso. Por outro lado tenho colegas de formação que é uma desgraça. Sou bióloga, terminei o Mestrado há um ano e recentemente consegui trabalho por 6 meses após ter estado 3 meses desempregada. O meu caso até é bastante feliz, porque muitos dos meus colegas, se não saíram do país, neste momento estão desempregados ou a fazer qualquer outra coisa para a qual o curso era minimamente irrelevante. Eu não sou apologista de termos que ser todos doutores, mas efectivamente se investimos numa educação, seria bom conseguir algo remotamente na área em que apontámos...(quando gostamos disso, efectivamente).

um quarto para duas disse...

Concordo em parte com o que dizes, Pipoca. Eu licenciei-me em História da Arte, a area que me fascina, que me apaixona. Sabia, quando entrei, que não ia ser fácil arranjar emprego, mas decidi arriscar. Não me arrependo do curso que tirei (arrependo-me da faculdade que escolhi Flul), para muitos é um curso que serve para nada, para encher chouriços, para mim é uma area que deve começar a ser explorada e aproveitada, é talvez um ponto de partida para um pais mais rico (turismo, boa gestão dos bens culturais, arte como investimento), resulta em alguns paises (desenvolvidos e conscientes das suas potencialidades), porque não poderá resultar no nosso? Tudo isto para dizer que eu poderia ter optado por um curso com mais saida, de que não gostasse, mas que me desse emprego. Mas se todos pensassem assim, há areas que deixavam de existir, se as pessoas apaixonadas pelo património e pela arte desistissem, seguissem outra area, talvez não se pudesse visitar a torre de Belem ao domingo, arrisco, talvez ela deixassse de existir! Por isso eu sou a optimista que pensa: ainda bem que há gente que segue os seus sonhos!

Brown Eyes disse...

Concordo com o que dizes, quase a 100%, mas também acho que é tudo uma questão de atitude.
Eu faço parte do "grupo" dos Sociólogos, das licenciaturas de 5 anos, entrei para o ISCTE em 95, tinha média para entrar em quase tudo e a Sociologia foi a opção em que juntei o útil ao agradável; se fosse apenas pelo agradável ao espírito teria seguido Filosofia, mas achei que a Sociologia teria futuro - não fui, nem sou é idealista ao ponto de me centrar apenas no nivel micro da ciência em questão.
Fiz o estágio numa prisão, já fui responsável de um departamento de RH numa empresa, actualmente trabalho numa multinacional como coordenadora de logística, em que faço mais gestão, do que sociologia - mas o cerne da questão é esse; sabermos aproveitar as oportunidades e a pluridisciplinaridade daquilo que escolhemos.

Obviamente que os tempos também são outros, o canudo já está deste lado há 12 anos, tenho uma irmã que optou pela mesma ciência, alcançou o grau de mestre no ano passado e o percurso profissional tem sido até agora precário, não fazendo jus àquilo que ela aprendeu...

Maria disse...

Ok, então aqui fica a minha posta de pescada...

Já por mais do que uma vez a Pipoca fala do interessa maior que é tirar outro curso que não CC para ingressar na carreira de jornalista... A minha experiência é que tal não corresponde à verdade (pelo menos não da actualidade). Vejamos o meu percurso: sou apaixonada por jornalismo e era isso que sempre quis seguir (mas por influência/pressão familiar - no final das contas quem pagava as propinas eram eles - segui para Economia: ai, que acabas no desemprego, blá, blá...). Acabei Economia (um bocado desmotivada porque sempre me senti como 'peixe fora de água') e os empregos que tenho arranjado até agora... Como dizer? Pagam as contas, e, e... Odeio o sítio onde trabalho. Já tentei mais que uma vez mudar de área e tentar jornalismo (a paixão no armário). Como não tenho € para voltar à Uni. tentei inscrever-me no CENJOR, tal como sempre ouvi dizer que devia fazer... Pois... 2 vezes tentei e 2 fui rejeitada, porque 1)não sou estudante de CC e 2) não trabalho em nenhum meio de comunicação...

Parece uma pescadinha-de-rabo-na-boca... Continuo a tentar e a empreender noutras áreas, mas a verdade é que me sinto sempre longe do que gostaria de fazer na vida. Os meus pais nem sabem, mas em parte, embora grata pelos estudos que me pagaram (e a que não eram obrigados) sinto um amargo de boca que sei que tão cedo não passará...

Ale disse...

“Encher chouriços” é eufemismo, tratando-se de CC na Nova . Continuava tudo tal qual em 2007, quando eu acabei o curso em pleno ano da passagem a Bolonha. O caos.
As cadeiras obrigatórias que iam desaparecer, mas que já tínhamos feito, passaram a contar como cadeiras de opção e as de opção que tínhamos para escolher desapareceram, porque se as fizéssemos já não dava tempo para acabar o curso em 3 anos. A única coisa proveitosa, e até hoje a melhor experiência que tive, foi fazer Erasmus em Siena.
Quanto à saída do curso, é verdade que tem prestígio e algumas entidades preferem recrutar alunos de Comunicação da Nova e da Católica. Foi assim que consegui o meu primeiro trabalho. Mas também é verdade que, passados 5 anos, muitos colegas estão desempregados ou a trabalhar na área em más condições. E os que estão a trabalhar na área com melhores condições são os que emigraram, como é o meu caso, que vim para Barcelona fazer um mestrado há quatro anos. A empresa sobre a qual fiz o meu projecto de mestrado contratou-me e, mesmo sendo uma PYME , ganho muito mais do que o ganhava no departamento de comunicação de uma das maiores empresas de Portugal.
O meu conselho é este: viajar!
Viajar para estudar, viajar para fazer networking, viajar para trabalhar, voltar a viajar para estudar mais, mas sem nunca deixar de trabalhar. E sempre, sempre, a fazer networking porque é assim que surgem as propostas de trabalho, principalmente na área da Comunicação.

Fashion Faux Pas disse...

Tenho 40 anos e uma licenciatura, feita muito antes de Bolonha. Fui tira-la numa privada, que quando eu entrei o meu curso não havia no público. Não era o curso que eu queria - o que eu queria nem um bacharelato era, era técnico profissional e a minha mãe pôs-me logo os pontos nos is, por isso optei por algo que pensei que tivesse saidas. Há muitos anos atrás. Nunca trabalhei naquela área. Não tenho gosto nela. Estou desempregada e a licenciatura só me tem trazido dificuldades em arranjar emprego - na área de estudo não arranjo por não ter experiencia, ser velha, estar ultrapassada; fora dessa área não arranjo por ser licenciada, ser velha, ter habilitações a mais e pouco prácticas. Há uns tempos quis fazer um curso daqueles comparticipados - volto a dizer, tenho 40 anos, desempregada e sem subsidio de desemprego, um filho para criar - e foi-me dito pelo centro de emprego e entidade formadora que por ser licenciada não tinha direito a frequentar esses cursos, já tinha as minhas habilitações. Ou seja, se eu quiser obter formação noutra coisa, que me traga possibilidades de trabalho, não posso a não ser que vá pagar do meu bolso, com dinheiro que não tenho. Portanto, neste momento eu morri profissionalmente neste país, sou velha demais para me darem emprego - sim, já mo disseram na cara - e tenho habilitações a mais para as coisas a que me candidato por ser licenciada, mas tenho experiencia a menos e sou velha demais para a minha área de formação. Sou presa por ter cão e por não ter e nem sequer posso obter outro tipo de formação. Por isso eu digo, desempregada por desempregada, velha por velha, mais me valia ter ido estudar design de moda em vez de marketing e publicidade ;)
http://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.pt

Anónimo disse...

Em relação à questão de «escolher um curso com saídas garantidas» ou «seguir o sonho», a minha opinião é:

Se eu escolher um curso no qual não tenho prazer porque «garante emprego», numa sociedade em que tudo muda tão depressa, corro o risco de, no final do curso, dar comigo sem prazer e sem emprego.

Se escolher uma àrea de que realmente gosto, estarei mais motivada para me envolver ativamente em aprender sobre ela - durante e depois do curso. Os meus conhecimentos e as minhas competências nessa área aumentam. As minhas hipóteses no mercado de trabalho também.

Eu escolhi «seguir o sonho» e apostar num daqueles cursos que é «uma porta aberta para o desemprego». Desde que o terminei, tenho estado sempre a trabalhar (e a aprender) na minha área. Nunca pude parar de lutar, mas também nunca me arrependi da escolha que fiz.

Ana

Anónimo disse...

Já há alguns anos que não é possível ingressar no ensino superior com média negativa.

Anónimo disse...

Não gostei do tom arrogante que falou de Ciências da Comunicação, e dizendo que o ideal é tirar Direito ou Economia. Primeiro, se todos seguirmos essa ideia, esses dois cursos tornam-se vulgares (mais do que já são, porque o que não falta são menininhos com os pais ricos que vão para Direito ou Economia na Catolica, só para dizerem que estão num status above the rest) e depois porque cada um deve seguir aquilo que realmente gosta, e se for realmente bom, chega longe. Eu termino este ano o meu curso de CC e já tenho uma proposta de trabalho no estrangeiro. A minha ideia nunca foi ficar em Portugal, porque infelizmente este país já nao da garantias nenhumas! Não estamos em época de ser medianos, temos que ser bom naquilo que fazemos. Quem não é, sujeita-se....

Sara

Andreia Tomaz disse...

Bem... Hoje em dia já acho q existem poucos cursos que garantam um ordenado chorudo...
Quanto a irem para cursos que realmente precisamos... Engenharias, Direitos... Não são cursos mais válidos, só pq são mais dificeis... Eu estou a tirar contabilidade pq pensei no mercado de trabalho e que queria ter trabalho quando acabasse um curso e de facto quando entrei isto até nem tava mau para contabilistas e no entanto... As coisas mudam...

Além disso, adivinhe-se, acabamos de tirar um curso e até para um estágio pedem 2 anos de experiência... Eu sempre pensei q um estágio fosse para aprender...

Por isso, isto é muito subjectivo, o q é facto é q acho q é injusto acharem que por andarmos três anos na faculdade temos menos mérito... Pq o q acontece é q têm q dar a mesma coisa de forma condensada(pelo menos é o q outros colegas e os professores dizem)... Injectam-nos literalmente com a matéria e nós q nos arranjemos.
A melhor prova disso é que há tempos tive a falar com um colega q tirou o mesmo curso no mesmo estabelecimento de ensino q eu e as cadeiras pouco ou nada mudaram... E falamos de 10 a 15 anos de distância.

Anónimo disse...

Pois, pipoca.
É certo que, ainda que aches isto sobre o curso de Cencias da Comunicação na Nova, uma das coisas que deves ter aprendido é que a generalização precipitada é uma falácia.
O curso de CC nao é apenas para jornalistas. Se bem te lembras, há varias vertentes que se podem escolher. Há algumas cadeiras desinteressantes, claro- como há em todos os cursos. Mas acho extremamente falacioso e injusto (ainda que, como é obvio, sejas mais do que livre de dar a tua opinião) que profiras uma frase como esta: Ciências da Comunicação é para encher chouriços, pelo menos na Nova. Isso depende da cadeiras, dos professores que apanhas, da vertente que escolhes no curso. E, claro, da capacidade que cada um tem em perceber a densidade de um curso como este (que muitas vezes nao é alcançada).
Eu tirei CC na Nova na vertente de Comunicação estratégica. De seguida, fiz um mestrado na Católica em Marketing. Senti-me bastante bem preparada e muitas das cadeiras que lá tive (na Nova) foram a base da cadeiras que fiz no Mestrado.
Se me permites dar a minha opinião sobre a vertente do Jornalismo, acho que é demasiado teórica. Desinteressante, nao. Mas prefiro saber a teoria e depois aplica-la mais tarde por meio de competências que ganho num Mestrado ou mesmo no mercado de trabalho, do que chegar a um curso em que me colocam logo uma câmara ou um microfone nas mãos. Nao é por acaso que temos faculdades como a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que é considerada umas das melhores da Europa e que melhor prepara os alunos para o mercado de trabalho, e que é, ao mesmo tempo, extremamente teórica.
Com isto, quero dizer que, como jornalista e como 'proprietária' de um blog que é o mais lido no nosso país, nao deves tentar fazer das tuas opiniões verdades universais. Melhor explicando, nao acho que essa seja a tua intençao. Mas, e como ja te tem sido dito varias vezes e como ja devias saber enquanto jornalista, acho a maneira de dizeres as coisas nao é, por vezes, a mais apropriada.
Enfim. Muitos parabéns pelo teu trabalho.
Ainda assim, a minha opinião é esta.
Nao Me admira nada que a tua seja a que escreveste, principalmente vindo de alguém que perde tempo a escrever posts intermináveis sobre a casa dos segredos.

Rita

Sapato 42 disse...

Há 4 anos atrás,quando tinha os meus 18 aninhos ingressei no curso de Línguas e Relações Internacionais na Faculdade de letras da Universidade do Porto, um curso em 2008 com média de entrada de 17.Nesse mesmo ano tive a felicidade de ser a única no meu curso de ciências sociais e humanas a receber diploma de mérito pelos resultados conquistados durante o secundário. Eu sabia que queria ir para a faculdade, sempre gostei de estudar e curiosa com tudo e mais alguma coisa, só tinha um grande problema, ( que é mais ao menos o que permanece ainda hoje) eu não fazia a mínima ideia de qual era a minha vocação, então quando vi este curso e as cadeiras que ele tinha aquilo interessou-me bastante. Sempre gostei de história mas todos os meus professores diziam " não vás para isso menina, olha que isso não dá para nada, é um curso para encher chouriços ( ;)hehe ) ".Apesar de adorar história também não me via a conseguir suportar um curso na faculdade só sobre tal, então o meu curso apresentou-se bastante bonitinho com várias áreas de interesse.Entrei no Porto com média de 17.5, toda feliz da vida,feliz por ir para a faculdade e mais feliz ainda por sair de casa dos meus pais e sair da aldeia e ir morar numa cidade ( ui que loucura que aquilo foi!).Tenho a dizer que acho que nunca pensei muito do que seria de mim no futuro, este parecia super distante em 2008.Foi um bom percurso, e ainda no meio consegui ganhar uma espetacular bolsa de mérito para ir estudar para o Brasil durante um semestre com tudo pago, viagem e mil euros por mes,aquilo foi um espetaculo para mim,para além de ter conhecido o brasil ainda fui meter o pé em Buenos Aires e Santiago do Chile Por não ter conseguido algumas equivalencias a uma ou outra cadeira tive de ficar um quarto ano na faculdade e finalmente consegui acabar o curso em Junho passado.Claro que agora estou em casa,super desanimada com a vida porque voltei atrás no tempo.Estou em casa dos meus pais e longe do Porto,dos meus amigos e da vida que entretanto conquistei por lá.Ora,quem faz um curso de ciencias sociais no secundário não tem muitas hipoteses,engenharias claro que não, nem matemática tivemos e digamos que eu posso ser muito boa aluna mas a matemática é algo que odeio e jamais fui boa ( para mal dos meus pecados,porque em Portugal quem é engenheiro é o maior).Ora ir para direito não fazia parte da minha lista, e eu sei que entrava em qualquer lado em direito, mas não me interessava minimamente, e digamos que actualmente isso também não tem saída alguma.Repito novamente, eu sei que não pensei bem no futuro mas não me considero inferior as outras pessoas.Eu estudei muito durante estes 4 anos,tanto ou mais que alguns amigos meus de economia e de medicina com quem vivia, cada macaco no seu galho.Agora um curso ser de 3 anos,bem isso também acho patético,mas a culpa não é nossa, o sistema ficou assim e acho que ninguem gosta dela,tanto porque temos cadeiras semestrais super encolhidas com os profs a dar tudo por alto e nós termos de fazer tudo metade em casa.Eu sempre adorei escrever,mas também não coloquei como questão ir para jornalismo, achei que um curso mais geral como o meu faria mais sentido.Eu talvez seja ainda muito romantica em relação a isto, e acho mesmo que só se deve andar na faculdade se se gostar mesmo daquilo que se estuda, eu se estivesse a fazer um curso como Direito acho que ainda estaria no primeiro ano.Agora, acho que em relação a amigas minhas que todos os dias choram ao telefone a dizer que não contavam em ficar desempregadas com este curso espetacular,isso já acho que estão a ser meias parvas,acho que sempre tive a noção que isto não me ia a levar muito longe,mas com 22 anos acho que ainda estou à procura do que realmente gosto, e por vezes é bastante. Mestrado,não pensei nisso mas dentro da minha área não, acho que sou nova para ser algum tipo de mestre em alguma coisa,preciso de pratica,mas o pior é ficar aqui em casa na aldeia á espera de não sei eu o quê.

Rita disse...

Discordamos em vários pontos. Acho que Ha aqui opiniões pouco fundamentadas, porquê que um curso de sociologia nao é um curso de dar no duro como o direito??? Nao é a minha área, estou no segundo ano de psicologia e sim, tenho plena noção que nao é uma área com o emprego garantido, mas que área é essa hoje em dia?? Simplesmente defendo que quando somos realmente bons naquilo que fazemos ha sempre alguém a precisar de nós..

Concordo plenamente com o facto de haver pessoas a quererem andar na universidade por causa das festas e dos canudos mas a população universitária nao é toda igual ok? Ha quem ande la porque quer mesmo e se esforça no duro para fazer um curso brilhante! E o facto de ter um canudo nao invalida que trabalhemos noutra áreas e por acabarmos a licenciatura com 22 anos tambem nao significa que sejamos todos imaturos e irresponsáveis..

Eu estudo e esforoco-me ao máximo para fazer um bom curso e incomoda-me que as pessoas pensem que a comunidade estudantil so quer fazer um curso superior por cagança..
Boa estadia, beijinhos pipoca :)

Anónimo disse...

a nova agora é quem é licenciado é estupido e burro quem ficou pelo 12º é que é esperto sabe perfeitamente como se safar na vida
mas sera que as pessoas nao percebem que ha quem tire um curso por realizaçao pessoal?
passam a vida a cobrar "coisas" aos outros.

A diferença está é na capacidade de trabalho com ou sem licenciatura, portanto não venham desvalorizar quem estudou e tirou uma licenciatura, porque quer queiram quer não é sempre valor, nem que seja pessoal é sempre VALOR

Anónimo disse...

Pipoca, como sempre brilhante explanação. Concordo quase com tudo, porém acho que a geração atual está se borrifando se vai ter emprego ou não. Estão lá a encher chouriço, pq o papá quer e a mamã tb, e é chic dizer ohhhhh a minha menina ou o meu menino estuda xpto na escola zyz.
e os miudos de hj em dia que sao mto, mas mto, mas mto mais espertos do que fomos há 2 décadas atrás, pintam e bordam em cima da cabecinha dos papás (parvos).
Ora meus filho nao precisa disso.
Ora não me interessa...e assim vamos e daqui alguns anitos, papá e mamã continuam a dar o dinheirinho mensal ao rebento e a pimpolha mimada. E tenho dito...há coisas que me irritam e essa é uma delas. Bando de alienados, sem bandeira de vida ou objectivos qq.

Anónimo disse...

"nem todos os cursos têm o mesmo grau de dificuldade e um licenciado em sociologia com 3 anos e a maioria das tardes livres e trabalhos de "observação" e tratamento de dados completamente desculpa a expressão "aldrabados" é muito diferente de um licenciado em Engenharia mecânica ou Direito que dá no duro, que não pode tratar o professor por "stor", que ele mesmo pela força das circunstâncias do curso é obrigado a lidar e a formar o seu carácter e a sua mente para coisas sérias, trabalhosas. Claro que quando se chega ao mercado de trabalho quem estudou 5/6 horas por dia para ter uma positiva aguenta-se melhor e é escolhido em detrimento de alguém que fez o curso "no bar da faculdade" a capacidade de trabalho também é muito diferente."

Sofia, nem merece que comente estas suas afirmações. Informe-se primeiro antes de mandar "postas de bacalhau" porque em nenhum lugar um curso é tirado no bar da faculdade, e muito menos há diferenças na forma como os alunos de cada curso tratam os seus professores.

Você nunca deve ter frequentado uma faculdade, se realmente tivesse provavelmente não escreveria tal barbaridade.

Margarida Duarte.

Naughty me disse...

concordo plenamente com um dos primeiros comentários, eu mesma hoje já devo ter estudado mais do que umas cinco horas e ainda pago para fazer isto! faço parto de um curso de ciencias e tenho muito orgulho nisso e não mo digam para não ter porque estou a aprender coisas que servem para por exemplo para teclar essa mensagem a dizer mal dos mestres de 22 anos.. existem pessoas de 22 com mais maturidade do que você ou do que pessoas formadas em x cursos com 22.. e depois é assim eu considero me empreendedora tenho montes de ideias e s portugal nao me quiser, tenho a certeza que vai haver quem queira

Anónimo disse...

Portugal é o país dos doutores e engenheiros (mesmo quando não o são). Quanto a mim, existe um universo de cursos superiores que apenas servem para "encher" os bolsos de catedráticos e instituições. Agora, com a crise que assola a maioria dos pais, incapazes de continuar a pagar as propinas astronómicas, vai acontecer dois cenários: os jovens inqualificados com empregos precários e os que lutam e têm médias para o acesso às faculdades públicas. Sempre fui da opinião que um curso superior (por si só) não traduz valor profissional. É todo um conjunto de qualidades, formação e experiência que fazem um bom profissional. Honestamente acho que a maioria das pessoas trabalha para os mínimos e sem brio profissional.

Anónimo disse...

Posso dizer que sou aluna do 2ºano de sociologia e não entrei neste curso para encher chouriças ou para passar o tempo, entrei com média de 17 poderia ter optado por outra coisa mas decidi que seguir os nossos sonhos seria o melhor, porquê seguir direito ou outra coisa se não tenho vocação para isso. Todos os dias sou confrontada com pessoas que me dizem diretamente que este curso nao serve para nada, a única coisa que consigo pensar que são pessoas que não conhecem devidamente o curso e que falam de cor. Quanto ao grau de dificuldade acho mesmo engraçado ver pessoas a dar opiniões sem fundamento nenhum, posso dizer que tenho dos professores mais conceituados do país que são conhecidos e referenciados por tantas universidades. Claro está que o mercado de trabalho não tem lugar para os 60 licenciados do meu ano, mas eu também não estou lá para ser mais uma, quero ser das melhores e se possível a melhor, não me contento com notas de 11 e 12 porque sei que isso não me leva a lado nenhum. Sempre me disseram que os melhores têm sempre sucesso e eu recentemente presenciei isso, tenho um primo que entrou em direito mas não era mesmo a sua vocação e mudou para história o seu grande sonho, ainda não tinha acabado a licenciatura e já tinha uma proposta de trabalho por parte de uma professora!Está a prova que o esforço se recompensa.
Por favor minha gente, detesto ver pessoas que falam sem informação, não façam isso, mostra ignorância.
Concordo perfeitamente quando dizem que há muitos licenciados e que muitos deles só querem ter o canudo e contentam-se com 11 ou 12 valores. Mas não ponham de lado cursos, são necessários bons profissionais em todas as áreas, por isso é que os cursos existem, temos é de ser exigentes e os melhores!

A'Ca'ti disse...

Quem diz que os cursos Bolonha estão ao mesmo nível dos cursos pré-Bolonha, francamente, só pode andar a dormir. Mas mais grave que isto é afirmar que aquela esplêndida figura do "mestrado-integrado", ou mestrado-Bolonha, se preferirem, é sequer comparável ao verdadeiro mestrado do ensino superior pré-Bolonha. Se é mesmo possível que alguém diga isso, esse alguém só pode, porque só pode, ser mentalmente reduto. Seriam então incapazes de tirar um mestrado a sério, daqueles com estudos autónomos e teses e tudo. Se o que agora se tira é difícil, então estamos perdidos. Significa apenas que a grande maioria dos mestres que hoje se formam já mais o teriam sido há 10 anos, por manifesta incapacidade. O que a Pipoca escreveu dói um bocado, mas é verdade, verdadinha. Incontornável. Tenho uma colega que terminou no ano lectivo de 2011/2012 a licenciatura mais inútil desta vida. É licenciada, Dra., segundo muitos; e, meus amigos, o curso dela é "Terapia Ocupacional". Infere-se que esta minha colega ocupou três anos da sua vida a tornar-se Dra. em ajudar os outros a passar o tempo. Ela é Dra. em passar o tempo. Essa minha colega gostava de ter tirado Enfermagem. Nao conseguiu, nao tinha média. Contudo, não ser Dra. é que aparentemente estava fora de questão. Tinha era que ser Dra., fosse em Medicina, fosse em passar o tempo. Mais perigoso que isto é haver aí algures comentários que afirmam que um licenciado em Direito não serve para trabalhar numa redacção. Ora, segundo consta não serve porque não sabe fazer um head (amigo, eu ensino-te, leva qualquer coisa como 13 segundos). Portanto, o que realmente importa no Jornalismo de qualidade é a capa. O conteúdo, em que um profissional com uma formação como a de Direito ou Economia dá 15-0 a um formado em Comunicação, isso são peanuts. Infelizmente, é esta a mentalidade que reveste o nosso país. Mais vale pararmos de atirar culpas para a Alemanha e para o Sócrates. O melhor mesmo é calar a boca e resignarmos-nos com o facto de os culpados sermos nós e esta nossa mentalidade de gente pequenina. Parabéns pelo blog Pipoca, por todas as tuas iniciativas e pelo teu trabalho de qualidade.

Nossa Senhora da Procrastinação disse...

"os cursinhos têm só três anos (para não cansarem muito)"
Algumas licenciaturas têm 3. Outras têm 4. Outros - os mestrados integrados (licenciatura+mestrado) têm 5 ou 6.

"em que é possível entrar para um curso superior com uma média negativa (acho isto absolutamente brilhante)"
O mínimo dos mínimos para entrar é 9,5. E se acha que gente com essa média entra em qualquer curso, está redondamente enganada!Ficam com os "restos" das vagas...

"e em que os jovens chegam ao mercado de trabalho com vinte anitos acabados de fazer."
Que eu saiba, a maior parte das pessoas chega ao Ensino Superior com 18 anos. Então no fim do 1.º ano, em junho, são raríssimos os que ainda não fizeram 17 anos. Assim, e siga o meu raciocínio!, 18+3=21, e não a 20.

"Ah, esperem, se ficarem mais um ano da faculdade saem de lá já com um mestrado, uhhhhh! Mestres aos 21 ou 22 anos, uma loucura."
Não é mais um ano, são dois. Assim, retomando o raciocínio anterior, 21+2=23.

Cumprimentos!

Tamborim Zim disse...

E tb considero essencial q os empregadores alarguem as perspetivas qdo das contratações. Um gestor pode ser excelente com formação em História (como eu), ou em Economia. Tem de ter-se em conta as competências e os conteúdos funcionais a desempenhar, pq tb há opções muito embrulhadinhas ou demasiado espartilhadas qdo se trata de definir perfis profissionais a requerer..

Anónimo disse...

Boa noite.

Tenho 20 anos, quando passei para o 10º ano escolhi o curso de Artes Visuais, mas, com o tempo a desilusão foi aumentando, e, acabar o 12º ano em Artes foi um sacrifício. Nenhum curso puxava pelo meu interesse, a não ser Teatro, mas, eu própria fiz questão de tirar esta ideia da cabeça. Sempre houve um click para o mundo da saúde, mas, a imaturidade falou mais alto, e, acabei por escolher Artes para acompanhar as minhas melhores amigas. Quando acabei o 12º ano fiquei um ano parada, e, neste ano a Osteopatia caiu-me nos pés e houve um grande PLIM...É o curso que estou a tirar neste momento.

É um curso que ainda não é considerado curso superior, mas, em 2013 a conversa já vai ser outra, visto que, só falta "alguém" assinar. É um curso de 3 anos + 2 anos de mestrado + doutoramento, é um curso que lá fora é um curso superior e cá não. Não é um curso onde se brinque, não é fácil, exige muito estudo e dedicação, pelo menos no instituto onde estou, mas, sei que a maioria das pessoas não sabe o que é a Osteopatia, ou, os que acham que sabem pensam que andamos a estalar ossos, que andamos a brincar, e, que é algo sem uma base científica. Mesmo assim é uma área que está a crescer bastante em PT, e, felizmente dá dinheiro.

Estou adorar, nunca andei tão motivada como agora ando, é algo que me preenche, as minhas conversas passaram a ser ossos, músculos, ligamentos, técnicas, articulações, e, acordo sempre desejosa de ir para as aulas.
Para melhorar, todos os alunos começam a estagiar com pacientes reais no 1º ano no 2º semestre, o próprio instituto tem uma clínica integrada, e, isto marca a diferença. Saímos preparados para enfrentar o mundo do trabalho.

Em relação aos outros cursos sem grandes saídas, não estou bem de acordo, o meu primo licenciado em Arquitetura conseguiu um estágio no melhor Atelier de Arquitetura da Suíça, e, é onde até hoje continua, mas, a trabalhar mesmo. É realmente bom, e, sempre foi desmotivado pelos pais a seguir Arquitetura exatamente por ser supostamente um curso sem saída.


Anónimo disse...

Assino por baixo. Sou estudante do 12º ano de um curso técnico-profissional (Multimédia) e até ao 9º sempre fui aluna de 5. Quando eu digo que segui este tipo de curso ficam muito surpreendidos porque esses cursos são para os burrinhos! Ignorantes. Foi a melhor escolha que podia ter feito. Ainda perdi um ano porque inicialmennte segui para a área de ciências porque a minha mãe tinha o sonho de medicina mas eu não estava feliz com a opção. Temos de seguir aquilo que gostamos porque só assim temos mais hipóteses de trabalhar no que gostamos, procuramos com mais garra. É a minha opinião.

SBarreiros disse...

Tirei o mesmo curso na Universidade Nova e logo duas variantes: comunicacao institucional e jornalismo. Ja la vao 5 anos e todos os meus colegas estao empregadoa.
com as devidas excepcoes feitas a cadeiras como a do Dr. Braganca de Miranda (mutacao dos media WTF?) e as aulas do frade dominicano cujo nome nao me recordo e que leccionava semiotica, acho que este curso e em muito superior aos da catolica ou Escs. pelo menos em fontes de cultural geral e abrangencia.
nao nos ensina coisas tecnicas, e verdade, mas ensina-nos a pensar.
sinceramente ha poucos cursos univ que realmente nos preparem tecnicamente!
por isso sao universidades e nao politecnicos.ensinam-nos a pensar, a pesquisar a conhecer teorias, nomes e historia. Depois podemos fazer disso "o q quisermos"

e realmente nao se da o devido valor aoa cursos tecnicos!

ps:escrevo d um smartphone... e possivel haver erros telegraficos.

Anónimo disse...

Nunca gostei tanto de ler um post teu como este.

Anónimo disse...

Queria realmente deixar um comentário onde expressa-se a minha opinião sobre este assunto como deve ser, mas a verdade é que não consegui ler tudo o que escreves-te, isto porque li 2 ou 3 coisinhas que estavam muito erradas, e não estou a dizer isto por não concordar, mas por saber que estão erradas.
A única coisa que posso dizer é, é fácil falar de barriga cheia, se há cursos que é para encher chouriços é porque há dinheiro para tal, mas ninguém avisa os alunos que o curso não serve para nada até estarem inscritos.

Anónimo disse...

Óptimo post! A ver se os nossos garotos deixam de ser parvos e deixam de tirar cursos sem saídas, abram a pestana!!! Precisamos de soldadores, electricistas, etc!!

Maria Bem Me Quer disse...

Olha eu não sou exemplo para ninguém e simplesmente quando estava no ensino secundário, nunca tive a ambição de seguir para a Faculdade. Sempre tive a ideia de que primeiro queria obter alguma experiência profissional. E assim foi.
Fiz de tudo um pouco, trabalhei em mais de 10 empresas, nas mais diversas áreas. Pelo caminho, fiz um curso profissional que me ensinou a grande maioria das coisas que sei. E adorei lá andar. Foi uma enorme mais valia. 7 anos depois desse curso, e já a trabalhar há 3 na organização onde estou, fui tirar o curso superior que gostava e que me dava a oportunidade de desempenhar essa função na empresa. Estou a terminá-lo agora. Mas já penso noutro que serve de excelente complemento. Adoro aprender e sinceramente acho que temos mesmo de ser polivalentes e alargar os nossos horizontes em termos de conhecimentos. à velocidade que tudo muda, temos de constantemente ter capacidade de adaptação e estar preparados para desempenhar as mais variadas tarefas.
Gostei muito do teu texto.

Maria Bem Me Quer disse...

Outra coisa, o facto de ter experiência profissional deu um sentido completamente diferente à Licenciatura. A maturidade de ir agora (na altura com 29 anos) fez toda a diferença, e hoje olho para trás e não me arrependo nada de só agora ter ido tirar um curso superior. E mesmo com o Bolonha, continua a haver imensas cadeiras de encher chouriços e professores (em pós-laboral - que eu frequentei) que valha-me deus!!!! O curso profissional que fiz na altura era em sistema dual, estagiava 4x por semana numa empresa e tinha aulas uma vez por semana e aprendi muito mais e com melhores resultados, do que na secundária! Nada a ver!

Anónimo disse...

Concordo completamente com tudo o que disse.
No meu caso ha uma coisa que me faz passar completamente pq sempre fui boa aluna com media de 18 e hoje vejo ex-colegas de liceu que eram burros que nem uma porta mas que entraram em Direito pq ha tantas vagas que a media baixou imenso. Demoraram mts mais anos a tirarem o curso mas no entanto sao os primeiros a dizer que sao formados, ou melhor, sao doutores!!

Anónimo disse...

Um curso de encher chouriços pode ter varias definições, mas regra geral é aquilo a que eu chamo um curso de factor 0.5. E agora perguntam o que é o factor 0.5 ????

O curso factor 0.5 é o tipo de curso que deveria ter 50% de tempo que na verdade tem.
O curso factor 0.5 é o curso que deveria ser no maximo uma especie de Pos-Graduação que se tirava depois de um Curso Nuclear/Base ou que até podia ser uma extensão do secundario.
Ou seja uma especie de secundario em 4 ou 5 anos em vez dos actuais 3.
O curso factor 0.5 no fundo nunca seria um curso superior.

A realidade é que na verdade isso não acontece porque primeiro todo o "gato sapato" quer ser "doutor" e depois porque convem manter o lobby do ensino superior etc.

Resumindo os cursos que não são cursos de encher chouriços são os cursos nucleares, tipo :

1 - Humanidades Base (Psicologia,
Letras, Filosofia)

2 - Ciencias Base
(Matematica,Fisica,Quimica,
Biologia)

3 - Engenharias (as 4 ou 5 principais e não contando com as "derivações" inventadas para "dar oportunidade aos meninos serem engenheiros") ;

4 - Economia/Gestao

5- Medicina/Farmacia

E mais algumas naturalmente....

Eu sei que custa ouvir, mas a grande maioria do resto apenas têm o nome de "curso superiores" para atrair "alunos" e manter os tachos dos professores.
E isto é dito pelos proprios professores do sistema.


Mas algum dia faz sentido existir curso superiores (muitos deles com 5 anos) de :
Educação Social, Comunicações e Multimedia, Gestão Hoteleira, Marketing, Comunicação Social, Nutrição, Comunicação Social e Cultural, Contabilidade, Gestão das organizações desportivas, Relações internacionais, Serviço social, Turismo etc etc).

Andam é a gozar com as pessoas e elas não sabem.

Tal como disse a Pipoca e muito bem isto deviam ser Pos-Graduações que tirariam depois de um curso base.

Anónimo disse...

P.S -

6- Direito

Anónimo disse...

Olá!
Eu estou no curso de ciências e comunicação na nova e sinceramente concordo contigo. Este ano vou terminar mas não me sinto minimamente preparada para entrar no mercado de trabalho (pelo andar da coisa, penso que também não vai acontecer assim tão cedo). O máximo que posso conseguir arranjar é um estágio mas já sei que sem perspectivas nenhumas. No meu ano de entrada estive quase quase a fazer o que disseste, até porque não sabia se conseguiria ter média para entrar na Nova, ir para direito e depois fazer a área de jornalismo. Quando me apercebi que com a minha nota do ingresso de história tinha média que chegava e sobrava não pensei duas vezes e ciências da comunicação foi a minha primeira opção, e agora vejo que não aguentaria 4 anos de direito. Os três anos passaram a correr, aprendi várias coisas mas penso que talvez não seja o necessário, vou terminar com um receio enorme de não ser boa em nada do que faça e falhar na área em que eu gostava de trabalho. Enfim .. vou terminar o curso e logo se vê!

Anónimo disse...

Subscrevo !

Anónimo disse...

O CENJOR JÁ TEVE O SEU TEMPO,AGORA NAO RECOMENDO

Fla disse...

Acabei o secundário com média de 16, entrei para Jornalismo na ESCS mas bastaram três semanas para perceber que ODIAVA aquilo e sabia que caso ficasse ia viver frustrada a vida toda. E não me venham com o espiríto de sacrifício porque sacrifício era chegar todos os dias a casa e chorar por não me rever na minha própria vida. Já com essa má experiência decidi escolher algo que gostava em vez de algo que até tinha saída. Fui então para Relações Internacionais e acabei este ano a Licenciatura com média de 14, o que considero uma média aceitável na Universidade. Não vou fazer um discurso sobre a importância de RI no mundo, mas brevemente não temos uma boa política externa porque não temos à frente dessa pasta especialistas em tal, temos pessoas com boas conexões partidárias que acham que percebem do assunto mas não fazem ideia do que a diplomacia e as relações externas envolvem. Se sei que o meu curso não tem muita saída em PT? sei, muito obrigada, mas prefiro ter estudado uma coisa pela qual tenho interesse em vez de ir para as engenharias, simplesmente porque para mim mais do 2+2=4, acho muito bonito e respeito muito quem gosta, é demasiado para a minha cabeça e não consigo perceber.E isto para dizer que sinto-me indignada quando vejo certas pessoas dizerem que fui facilitista e não pensei no futuro, porque acho o contrário: sei que numa qualquer engenharia estaria lá dez anos e acabaria frustrada a fazer algo que não gosto a vida toda. Sem dúvida que devemos apostar na polivalência mas isso é muito diferente de deixarmos de fazer aquilo que gostamos só para trabalharmos e sermos infelizes.

Para terminar, isso do 'ah agora são só três anos e aos 22 são mestres' é muito bonito de dizer, mas quando entrei na faculdade ninguém me questionou 'olhe quer tirar em 3 ou 5 anos?' e garanto-lhe aqui que 90% dos meus colegas, tal como eu, preferiam os 5 anos de licenciatura, mas estamos sujeitos ao que há e não acho que tenhamos de ser nós os desvalorizados por tal, mas sim aqueles que 'para ficarmos ao nível da UE' lutaram para a degradação do nosso ensino.

Diana disse...

Pipoca, devo dizer-lhe que habitualmente concordo com aquilo que escreve, mas desta vez tenho uma opinião mais depreciativa. É assim, é claro que os cursos técnico-profissionais são indubitavelmente válidos, até porque, como disse, não podemos ser todos doutores e há que haver gente para trabalhar em todas as áreas, mas não me venham dizer que um curso técnico-profissional acarreta as mesmas responsabilidades que um curso superior. Eu tenho 15 anos e frequento o 11° ano de escolaridade. Faço parte do quadro de excelência académica da minha escola e esforço-me para ser bem sucedida no meu percurso escolar. No entanto, enquanto que eu me esforço para ter uma média de 18, há alunos na minha escola que andam a passear os livros (ou nem sequer os livros passeiam) e que envergam por cursos como multimédia, que até teriam valor se as pessoas não os frequentassem só porque é "fixe" e não dá muito trabalho. Em relação à ideia de que os cursos superiores existentes atualmente são variadíssimos e muitos deles são altamente desconhecidos pela sociedade, é assim, é claro que há cursos que estão condenados ao desemprego e nesses casos talvez seja melhor ponderar a nossa escolha, mas muitas das vezes as pessoas também falam completamente ofuscadas pela ignorância. E é verdade que há pessoas que apenas vagueiam pelas universidades só para dizerem que são licenciadas e, habitualmente, até frequentam as universidades privadas para terem notas (e eu sei do que falo porque tenho um exemplo em casa), mas é por isso que há universidades e universidades. Nunca neste mundo um curso tirado numa universidade privada ali da esquina se equivale a um curso tirado na universidade do Porto, por exemplo. Como nunca na vida um curso de multimédia se equivale a um curso de sociologia, que foi aqui tão menosprezado, porque há quem não se dê ao trabalho de perceber a essência do curso.

GM disse...

Pela primeira vez concordo com tudo o que mencionou Ana.

Tenho o mesmo curso, mas noutra escola e fui sp tirando cursos pq na altura o meu curso eram de cinco anos e não estava bem estruturado. Apliquei dinheiro, tempo e tirei imensos cursos relacionados com o que pretendia seguir: comunicação e Marketing. Tenho pós-graduação numa área diferente. Não me arrependo de ter tirado o curso, mas se soubesse o que sei hoje, tinha ido para eng. de telecomunicações.

Concordo com os meninos de 22-23 anos. Conheci um "miúdo" que era o maior só por ter mestrado e curso dado do pós Bolonha. Este Pós Bolonha só veio trazer facilitismo e má formação.

Só faltou frisar uma situação: os meninos que acabam o mestrado podem abrir uma empresa que o governo apoia com cerca de 700€ mensais.. E eu, com trinta e tal anos, com experiência profissional, licenciatura, pós-graduação e muitos cursos sou posta de lado, apesar de ter experiência no mundo do trabalho! Estes meninos vão como abrir uma empresa? Pelos livros que leram?? Onde fico eu e milhares de desempregados com qualificações e com curso a "sério", experiência profissional? E os sem cursos, mas com experiência relevante?

Não entendo este país, os (des) governos dos últimos 30 anos e ainda gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de dar este dinheiro para os meninos ganharem o montante referido, sem qq tipo de experiência...

GM disse...

Esqueci de mencionar. Concordo inteiramente com cursos profissionais! Muito mais mercado que os universitários. Já chega de "doutores" mal formados...

Unknown disse...

Concordo plenamente com quase tudo o que disse! E sem duvida nenhuma acho que devemos ser versáteis e ter formação continua tal como está a fazer nos EUA.

Sandra* Tavira disse...

Ola Pipoca! Ja sigo o seu blog ha cerca de uma mas e a primeira vez que o comento: uma licenciatura da-nos apenas capacidade para aprender.Desenganem-se aqueles aqueles que pensam que vao aprender algo de concreto.Serve para desenvolver a massa cinzenta. Trabalhar, seja em que area for, so se aprende trabalhando.

Adoro blog :)

jrj disse...

Pipoca, lembra-te que ciências da comunicação não é só jornalismo. Eu estou no segundo ano e acho que as cadeiras que tenho me preparam para o futuro, tanto no domínio da publicidade ,que é a área que vou escolher, como no jornalismo. É claro que há sempre duas ou três cadeiras que ninguém percebe muito bem o que estão ali a fazer, mas daí a ter uma estrutura pesadíssima vai uma longa distância :) Provavelmente tenho esta opinião porque não estudo na Nova e porque sempre fui complementando o que aprendia nas aulas com coisas mais práticas (escrever para jornais académicos,fazer parte dos seus departamentos de comunicação ou até de júnior empresas).Também acredito que desde que te licenciaste muita coisa mudou mas apesar das perspectivas futuras serem muito poucas, CC está longe de ser um curso de encher chouriço.

Anónimo disse...

A mim parece-me facil de entender o cerne da questão (tal como até já foi falado no post dos curso factor 0.5) :

Nunca pararam para pensar que sentido faz, por exemplo, existirem pessoas a "gastar" 5 anos a estudar Economia etc enquanto que em paralelo outras andam 5 anos a estudar, vamos la por exemplo, Contablidade ???
Uma passarem 5 anos a estudar Engenharia Informatica e outra passarem os mesmos 5 anos a estudar Multimedia ??????

Não percebem que há algo que aqui não bate certo ?
Não se trata de menosprezar ninguem, mas não faz sentido "gastar" o mesmo tempo com cursos com exigencia, grau de dificuldade e abrabgencia de materias tao diferentes.

Não percebem que isto tudo está montado unicamente para o negocio e para satisfazer "egos" ?


P.S - por favor não venham com a treta dos coitadinhos, porque eu sei bem do que falo e sei muitissimo bem a diferença intrinseca e estrutural existente entre os chamados Curso Base
e as derivações, que fazem sentido existir e merecem todo o respeito mas estruturados de outra forma.

Unknown disse...

As chamadas ciências exactas assim como engenheiros na minha universidade tem media de curso muito inferior (nem chega a 10) enquanto o meu curso (sociologia) esta a cima dos 13

ana disse...

concordo em tudo com o texto escrito. acho mesmo que o facto de haver mais licenciados e/ou mestrados não está a trazer mais qualidade ao mercado de trabalho!

Anónimo disse...

Considero que Portugal mantêm a empregabilidade no que se refere a cursos superiores que tinha há 30 anos. os curos que existiam nessa época em cidades universitárias (Porto, Lisboa e Coimbra)são de certo modo os mesmos que garantem emprego actualmente, tudo o resto é ilusão...

Isabel Taveira disse...

Eu concordo absolutamente com o que a Pipoca disse. Já dizia Homer Simpson: "a culpa é minha, por isso eu ponho-a em quem quiser"!

Andreia Tomaz disse...

Outra coisa q acho absolutamente extraordinária é haver aqui pessoas a comentar que nós 'universitários de agora' somos todos uns preguiçosos e alcoolicos... Com os pais a pagarem tudo...
Orgulho-me dizer DESENGANEM-SE! Sim é verdade, existe muitos miúdos mimados como com certeza haveria no vosso tempo... Eu sempre trabalhei para pagar o meu curso e é raro sair para fazer o curso num 'bar'! Os meus pais nunca deram um tostão... Portanto acho muito injusto muitas das coisas q dizem aqui... E mais acho que isto significa resistência À mudança e não vejo como uma pessoa que não evolui pode ser um TÃO bom trabalhador...

Anónimo disse...

Para os ignorantes dos posts relativos aos cursos 0.5 apenas uma informação: O curso e Serviço Social em Portugal é muito mais antigo e existia primeiro como curso superior e licenciatura do que por exxemplo o curso de Psicologia (muito recente em Portugal)

Joana | My Pretty Mess disse...

Percebo e bem o que pretendes dizer. Também eu admito que seria muito mais feliz enquanto estudante noutro curso que não o meu. Optei por tirar um curso mais difícil, onde a média de entrada é de 18, e apesar de agora andar a penar e muito, sempre há a motivação de que um futuro nos espera. É verdade que não tenho tempo como os meus amigos têm para sair à noite, e coisas que tais que são normais na nossa idade, mas acredito seriamente que há que fazer esforços e é agora.
Quanto aos mestrados, bem... para isso teríamos que falar em Bolonha. Os cursos, principalmente na minha área - engenharia (e aqui há que distinguir faculdades onde se entra com médias baixas e aquelas que são mais exigentes, pois muitas vezes já me disseram que tiraram o meu curso e estão no desemprego... com médias de entrada negativas queriam o quê? Há que acordar para a vida logo quando estamos no 10ºano e lutar por um futuro)acabaram por se tornar muito mais condensados. Vejo-me muitas vezes a estudar coisas que nem leccionadas foram, uma vez que um curso de mais anos é agora reduzido a 5 com direito a MESTRADO. Se é uma mais valia ser mestre? Não acredito, mas não creio também que os cursos, alguns deles vá, tenham perdido o crédito por isso. Até porque é me exigido saber mais em muito menos tempo.
Não querendo com isto desvalorizar os cursos antes de Bolonha.

E no meu caso, é um bom exemplo de alcançar um sonho por uma via diferente.
Não me vou estender, mas há que saber contornar a realidade com opções inteligente, o que nem sempre é sinónimo de esquecer sonhos.

Não sei se lês mesmo tantos comentários, mas aqui fica a minha visão da coisa. :)
Beijinhos pipoca.

A'Ca'ti disse...

Há, e quem quiser ingressar com média negativa, basta dirigir-se ao Intituto Piaget que o que mais lá há é isso. Conheço esse, mas com certeza que mais haverá.

Borboleta* disse...

Concordo com alguma das coisas que disse.
Quando me perguntam o que acho relativamente a um curso superior a minha resposta é clara :" Se estás a pensar que vais tirar um curso e isso é emprego garantido, podes tirar o cavalinho da chuva, agora se queres tirar porque é uma àrea que realmente gostas, para te enriquecer intelectualmente e equanto pessoa, então força!"
Quanto a Bolonha tenho de discordar. Apanhei Bolonha a meio do meu curso e devo dizer que o curso melhorou bastante. Deixámos de ter cadeiras que em nada acrescentavam ao curso e passámos a ter cadeiras muito mais práticas e interessantes, que nos deram mais bases para o mundo de trabalho. No entanto, não deixa de ser um choque quando começamos a exercer,é completamente diferente praticar na universidade e depois numa empresa mas, penso que isso se passará com a maioria dos cursos.

Anónimo disse...

Gistei muito desde seu post. Como em muitas outras coisas na vida, é preciso encontrar um compromisso entre aquilo de que se gosta (ou se pensa que gosta) e uma educação formal que corresponda às necessidades de trabalho.
Dito isto, a vida em dia é tao longa que as pessoas podem perfeitamente mudar de interesses e de carreira a determinada altura. Falo por experiencia. Comecei por ser jornalista (com um curso de economia), tive um filho, fiz o MBA, fui gestora, doutorei-me e hoje em dia dou aulas e tenho uma profissao ligada ao aconselhamento e desenvolvimento pessoal. Não é facil, mas não é impossivel. Palavras-chave: motivação, determinação e .... Guess what? Muito, muito trabalho.

Filipa Alves disse...

Em relação ao que escreves sobre o jornalismo ou as ciências da comunicação não serem a melhor alternativa, totalmente de acordo. Em relação aos mestrados (um ano?), e à chegada ao mercado de trabalho com 20 e poucos anos, talvez devesses - ou pudesses - repensar. Primeiro: não sei quanto à faculdade onde te formaste, mas posso garantir-te que um mestrado carece de dois anos para a sua realização, sendo um totalmente dedicado à investigação (poder-te-ia fazer um resumo do que isso engloba, mas nunca seria breve). A lógica dos estudos ou da universidade não é - e é no mínimo lamentável que a apresentes assim - definida pela idade com que se iniciam, continuam ou terminam os estudos. Um mestrado permite o levantamento/resolução de problemas e questões, apresentação (e discussão) de novos conceitos, novas ideias, novas teorias e, no limite, formação da massa crítica. E isso é, em qualquer idade, louvável e absolutamente necessário. Para a sociedade e para cada um de nós. Aquilo que estudas ou estudaste, o conhecimento, teve/tem a sua origem aí. Poder-te-ia ainda falar de algumas teorias que, tal como eu, certamente estudaste na universidade; pois, elas não existem só porque sim; foram - e continuam a ser - fonte e objeto de investigação. E isso não acontece nuns laboratórios de um mundo à parte, acontece em cada tese que é apresentada, discutida e avaliada. E ainda bem. É por isso que o conhecimento, e essencialmente as mentalidades, evoluem. Dizer que 'se ficarem mais um ano da faculdade saem de lá já com um mestrado, uhhhhh!' e 'mestres aos 21 ou 22 anos, uma loucura' é, quanto a mim, um comentário no mínimo limitado e no máximo absurdo, ridículo. Segundo (e último): não me parece que a entrada no mercado de trabalho com a mesma idade (20 e poucos anos) seja um problema. Pelo contrário, não será nenhum, tendo em conta que atualmente já tantos jovens que trabalham durante os estudos (falo também da licenciatura). E, como dizes, se os cursos não garantem efetivamente nada, a tua coerência deveria ter-te recordado que funcionarão sempre como um complemento. Complemento esse não definido nem condicionado pela idade, e não determinante para a sua atividade profissional (presente e futura).

Inês Santos Alves disse...

Em relação ao que escreves sobre o jornalismo ou as ciências da comunicação não serem a melhor alternativa, totalmente de acordo. Em relação aos mestrados (um ano?), e à chegada ao mercado de trabalho com 20 e poucos anos, talvez devesses - ou pudesses - repensar. Primeiro: não sei quanto à faculdade onde te formaste, mas posso garantir-te que um mestrado carece de dois anos para a sua realização, sendo um totalmente dedicado à investigação (poder-te-ia fazer um resumo do que isso engloba, mas nunca seria breve). A lógica dos estudos ou da universidade não é - e é no mínimo lamentável que a apresentes assim - definida pela idade com que se iniciam, continuam ou terminam os estudos. Um mestrado permite o levantamento/resolução de problemas e questões, apresentação (e discussão) de novos conceitos, novas ideias, novas teorias e, no limite, formação da massa crítica. E isso é, em qualquer idade, louvável e absolutamente necessário. Para a sociedade e para cada um de nós. Aquilo que estudas ou estudaste, o conhecimento, teve/tem a sua origem aí. Poder-te-ia ainda falar de algumas teorias que, tal como eu, certamente estudaste na universidade; pois, elas não existem só porque sim; foram - e continuam a ser - fonte e objeto de investigação. E isso não acontece nuns laboratórios de um mundo à parte, acontece em cada tese que é apresentada, discutida e avaliada. E ainda bem. É por isso que o conhecimento, e essencialmente as mentalidades, evoluem. Dizer que 'se ficarem mais um ano da faculdade saem de lá já com um mestrado, uhhhhh!' e 'mestres aos 21 ou 22 anos, uma loucura' é, quanto a mim, um comentário no mínimo limitado e no máximo absurdo, ridículo. Segundo (e último): não me parece que a entrada no mercado de trabalho com a mesma idade (20 e poucos anos) seja um problema. Pelo contrário, não será nenhum, tendo em conta que atualmente já tantos jovens que trabalham durante os estudos (falo também da licenciatura). E, como dizes, se os cursos não garantem efetivamente nada, a tua coerência deveria ter-te recordado que funcionarão sempre como um complemento. Complemento esse não definido nem condicionado pela idade, e não determinante para a sua atividade profissional (presente e futura).

Anónimo disse...

Esta questão de tirar ou não um curso superior é bastante subjectiva. Cada curso ou universidade ou estudante têm as suas particularidades. Estou neste momento a frequentar um mestrado e já observei as mais variadas situações: colegas que se acham acima de todos porque têm um curso superior, colegas que aceitam empregos que as pessoas com o 9º ou 12º ano não querem por ser pouco dignificante, colegas que acumulam dois empregos para pagar as propinas, colegas que se esforçam para aprender e serem excelentes profissionais, etc.
A frequência do mestrado permitiu-me consolidar o conhecimento adquirido na licenciatura e adquirir autonomia para investigar sobre temas do meu interesse. Para além do conhecimento adquirido, penso que a Universidade, mais do que um local de formação, ensina-nos a abrir horizontes e a ir mais além. Contudo um bom profissional, não é só aquele que tem uma boa formação pedagógica, mas educação, princípios e humildade. O problema é que estes últimos requisitos são apenas ensinados em casa e não nas cadeiras da faculdade!
Em relação ao número de anos de formação, conheço muitos licenciados/ mestres/ doutorados pré-Bolonha que são umas “verdadeiras nódoas”, ou seja, pessoas com mérito e sem ele, existem em todo o lado, com todo o tipo de formações, preferências políticas, etc.
A minha opinião é: não se deve generalizar e, neste momento, há um estereótipo do estudante universitário que apenas é aplicável a alguns. Já Albert Einstein dizia: “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito ".

Anónimo disse...

Eu explico de outra forma :

Assumindo dois alunos A e B a estudar o mesmo curso C (na mesma faculdade)que tem um duração de X anos.

Vamos assumir que os dois alunos A,B estudam e esforçam-se de forma exactamente IGUAL (numero de horas, empenho, motivação etc).

O aluno A tem média 12.
O aluno B tem média 18.

Um curso é denominado de Curso Encher Chouriços :

Se aluno B decidir que apenas quer ter média 12. Se o aluno B mantiver o nivel de empenho referido na hipotese anterior. O aluno B conseguiria fazer o curso em X/2 anos (ou menos).

Isto é o curso de encher chouriços, segundo a OCDE :):)

Anónimo disse...

Sabes Pipoca a iliteracia não faz bem a ninguém!

Laissez-Faire disse...

Sou licenciada.
Acho que o meu curso não serve para nada, não o aconselho a ninguém.
Odiei trabalhar na área.
Em breve, vou tirar um curso técnico profissional que, acredito ser mais útil que a licenciatura que tenho.

le-laissez-faire.blogspot.pt

Pipita disse...

Muito bem dito. Acrescento só, e não me canso de repetir: não se limitem a "andar na faculdade". Trabalhem em tudo o que surgir, tirem cursos de inglês, espalhol, chinês, informática, AutoCad, o que for preciso. Façam Erasmus se puderem. Falo por experiênci própría. Tirei um curso da treta a nível de saídas profissionais, mas que adorei tirar: Estudos Europeus. Mas trabalhei sempre (hospedeira de eventos, explicações, recepcionista numa multinacional), fiz 2 diplomas de inglês e Erasmus na Polónia. Já terminei o curso há 6 anos, estive desempregada 2 vezes por períodos de 1 mês cada. E passei por estas fases de desemprego porque "quis" uma vez que tinah deixado para trás um trabalho efectivo na banca. Mas como não me realizava profissionalmente optei por sair. Já trabalhei na Banca, em marketing e agora estou como responsável da Ásia numa empresa, com a benesse de andar a conhecer o mundo.

Outra coisa para quem anda à procura de emprego, especialmente nos dias que correm: levantem-se cedo e comecem a responder a anúncios às 8.30/9h. Quem só responde a anúncios às 3 da tarde arrisca-se a ser o currículo 819º e que ninguém o vá ler. Ponham na cabeça que procurar emprego, é um emprego!

Bom curso pipoca!

Ana Sofia disse...

Pipoca ou Ana, como preferir,

Leio com alguma frequência até, o seu blog, gosto da forma livre e despreocupada como escreve mas, sobre este texto concordo com muito pouca coisa ou quase nada, diria! Sou licenciada em Ciências da Comunicação e sim, entrei com 17 anos na faculdade e com 20 estava no mercado de trabalho! Segui esta área porque tenho o sonho de ser jornalista e posso dizer que adorei o curso que frequentei na Faculdade de letras da Universidade do Porto! Não tem um nível de exigência e dificuldade muito elevado é uma verdade, mas os conteúdos diversificados e o contacto que pude ter com diversos profissionais fez-me conhecer aquilo que poderia encontrar no futuro. Claro que, quando cheguei à TVI, onde fiz um estágio curricular de 4 meses, percebi que ainda havia muito para aprender e que muitas das coisas que tinha assimilado, na verdade, na prática são muito diferentes! Mas não deixo de recomendar um curso que fiz com todo o prazer e que reconheço ser-me muito útil na minha vida profissional, actualmente. Nunca dei como certo que com uma licenciatura conseguiria um emprego, mas sempre pensei que mais portas me abriria e assim é! Também não tenho como certo que o Mestrado que estou prestes a terminar me vá proporcionar uma oportunidade. Mas sim, faço parte do leque de mestres com 22 anos e tenho muito orgulho por isso! O Mestrado não me foi dado! Estudei, trabalhei e esforcei-me! Fiz uma dissertação que estou prestes a defender e sei, que pelo menos saio muito mais rica desta instituição do que quando entrei! Sinto-me satisfeita por estar a trabalhar na área e por ter conseguido realizar um mestrado estando sempre a trabalhar em simultâneo! Portanto, sim há cursos que podem não ter muita utilidade; sim, há estudantes universitários caídos de páraquedas neste mundo e sim, há muitos que pensam poder arranjar um emprego só por terem um diploma. Mas há muitos diferentes deste estereótipo quem teimam em criar e alimentar! Valorizem esta nova vaga de jovens formados e capacitados que só querem trabalhar, só querem uma oportunidade para chegar mais longe! De resto, dou-lhe os meus parabéns pelo blog e já agora tem um cão lindo de morrer :D

Anónimo disse...

Nunca comentei um blogue e sou leitora assídua de alguns (incluindo este), mas não consegui ficar indiferente a este post e muitos dos comentários que aqui foram feitos.
Tenho 23 anos e estou no 2º ano de Mestrado de Marketing no ISEG. É verdade que com 23 anos já podia ter acabado o Mestrado o ano passado, mas quando acabei o curso, decidi que não me iria logo "enfiar" num Mestrado sem ter a certeza daquilo que queria tirar. Não quero que este "enfiar" seja mal interpretado, porque ninguém me obrigou a tirar um Mestrado. Para mim é simplesmente uma realização pessoal. Quando acabei o curso, arranjei logo emprego na área (não, não foi cunha, chamemos-lhe de sorte, porque de facto acho que foi). Aliás, não posso chamar emprego, porque foi um estágio curricular (não remunerado) durante 6 meses. Ao fim desses 6 meses, aí sim, convidaram-me para ficar a trabalhar com eles. Concordo, que hoje em dia os cursos estão sobrevalorizados. Que hoje em dia se torna quase obrigatório ter um curso superior e que acredito que muitos estejam mais facilitados do que há uns anos atrás. Mas não nos culpem a nós jovens. Não nos culpem a nós que queremos aprender e ser melhores. Que culpa temos nós de acabarmos uma licenciatura com 21/22 anos? Que culpa temos nós de acabar um Mestrado com 20 e poucos? Vi por aqui muitos comentários de desdém, de que não sabemos nada da vida e que somos muito novos. Somos, mas queremos trabalhar. Somos, mas queremos construir um futuro para nós. Não nos culpem a nós, culpem o sistema. Não neguem trabalho a uma pessoa que acabou de sair da faculdade, só porque é muito nova e não tem experiência. E quem é que tinha quando acabou a sua licenciatura? Quem é que tinha quando começou a trabalhar? Acho que muitas vezes as pessoas esquecem-se do seu início e de como também para muitos não foi fácil. São estas pessoas novas, sem experiência que farão tudo por aprender o máximo possível, que se esforçarão ao máximo por ficar na empresa para a qual estão a trabalhar, que terão que provar que apesar de serem novos, também têm mérito.
Se há pessoas que tiram uma licenciatura só porque sim? Há. Se há pessoas que tiram um Mestrado só porque sim? Há. Se há pessoas que se metem em cursos que não querem, mas é o "que se lixe, depois vê-se!"? Há. Mas isso vai haver sempre.

Tudo é relativo disse...

Bem, isto dá mesmo pano para mangas, e já lá vão muitos comentários, mas ainda assim queria deixar o meu.

Iniciei o Ensino Secundário (há uns bons anos) no Curso Geral Científico-Natural, do qual não gostei ou para o qual não estava virada na altura, ou ambos.
Uma pena.
Terminei o Ensino Secundário no Curso Tecnológico de Comunicação (que já não existe), mas que, ironicamente, não permitia entrar nos cursos superiores da área de Comunicação (um grande LOL já aqui).

Parei um ano antes de decidir a que me iria candidatar.

Gostava de Psicologia (embora soubesse a fraca saída da coisa) e tentei pois a minha média era superior à média de entrada do ano anterior (em torno dos 16).

Não me candidatei a mais nada.
Não entrei por UMA DÉCIMA. Fui a primeira não colocada. Yeah.

Ano seguinte: candidatei-me a três cursos diferentes porque de todos eles gostava, em todos entrei, num deles me inscrevi.
Escolhi mal, mas isso são outras histórias (junte-se uma falsa fama com uma publicidade enganosa e uma persistente inércia estrutural e assim elas acontecem).

Tinha 21 anos. Ainda não existia Bolonha. Passou a existir no meu segundo ano e nem se deu opção: entram todos para Bolonha e é se querem porque somos dos primeiros cursos a implementá-lo e o raio que os parta.

Fiz Licenciatura em Bolonha porque assim fui obrigada.
E feita parva ainda fui fazer Mestrado no mesmo sítio, porque a concorrência "não nos curtia muito", segundo se dizia.

Estou a tentar acabar porque sempre trabalhei em simultâneo. Parece que é este ano. Tenho quase 29 anos.

O minha média de 14 de Licenciatura bate aos pontos as médias de 18 daqueles que em todo o curso cabularam.
É de 14 e é realmente minha. A de Mestrado está em 16 e também é realmente minha.

Se aprendi alguma coisa de jeito? Nem por isso.

Tudo isto aconteceu no Ensino Público.

Trabalho? Até ao fim do ano, e ninguém responde às minhas candidaturas, dentro e fora da área, com ou sem licenciatura (sim, também a oculto por vezes...).

Por isso, agora quero regredir, como costumo dizer, e tirar uma especialização tecnológica de nivel 4 ou de nivel 5.
Não está fácil - é legal mas ninguém nos quer aceitar e ainda nos olham de lado por sermos tãaao qualificados e tãaao superiores (really...?).

O estigma também é criado pelos próprios que gerem o ensino.

Espero ter dado uma boa contribuição ao tema. =)

(PS - conheço Mestres pré-Bolonha que sabem menos do que eu e acabaram com médias melhores. Cada caso é um caso.)

Anónimo disse...

Olá. É esse o seu ponto de vista e temos de aceitar a opinião dos outros, mas na minha opinião as pessoas têm de seguir aquilo de que gostam! É óbvio que não se pode ir para um curso só para dizer que se tem, mas não é certo irmos para um outro pelo qual não temos qualquer interesse mas que é o que tem mais saída. Então e o empenho, não conta? Se eu for para um curso por esse último motivo e não gostar do que vou fazer, muito provavelmente não vou ter sucesso! Eu acho que devemos seguir a opção que mais nos interessa, porque quando gostamos do que fazemos temos um empenho muito maior e os resultados serão muito melhores!

Anónimo disse...

Sim, sim, tudo muito lindo, mas a verdade é que uma licenciatura continua a pesar...em Portugal só querem licenciados e a maior parte das pessoas, maioritariamente jovens, que emigram nos dias de hoje, são licenciados...e não te esqueças pipoca, que as licenciaturas de 3 anos, têm, em grande número, mestrado integrado, para não dizer obrigatório! São 5 anos a estudar estando os alunos de Bolonha, mais valorizados que os alunos das licenciaturas de 4 anos. Relativamente aos estudos, sejam de grau forem, nada melhor que ser um pouco auto-didata e aprender também com a vida! Continuo a achar que o ensino superior é uma mais valia para quem queira aproveitar.

LM disse...

Concordo em parte com o que escreve, mas o que importa hoje em dia são as competências e o saber fazer...assim como o potencial!

A minha paixão foi a História mas ainda em estudante, para além de trabalhar (desde os 17 anos) frequentava cursos no âmbito da Gestão de Recursos Humanos, pois não queria seguir a via de ensino de história e aquilo que ambicionava obrigava-me a sair do meu país e afastar-me das pessoas que realmente era importantes para mim!

A paixão pela História ainda hoje se mantêm e nela se alicerça todo o meu conhecimento, mas todo o meu percurso profissional se cruza entre a gestão e o desenvolvimento organizacional...tem sido um percurso feliz e onde encontrei muitas outras pessoas que sabem fazer outras coisas que nada tem a ver com a sua formação académica de base.

Da minha experiência concluo que cada um deve optar pelo curso que lhe permite fazer aquilo que sente que é a sua vocação e simultaneamente complementar essa formação com outras que lhe permitem fazer o que gosta e ter estabilidade económica para a sua vida.

Por exemplo, ainda na semana passada falava com uma professora de inglês desempregada e perguntei-lhe porque razão em vez de ficar de braços cruzados à espera do subsídio de desemprego não investia na sua formação por exemplo na área comercial, em negócios internacionais, em logística e operações aduaneiras...certamente que poderia continuar próxima da língua que escolheu como profissão e desenvolver competências que permitem estar próxima daquilo que as empresas que se pretendem internacionalizar precisam.
A internacionalização das empresas portuguesas é um imperativo...e este conselho é válido para pessoas de outras áreas que à partida não se presume que tenham qualquer relação.

Não me vou estender mais...pois com tantos comentários provavelmente nem serei lida...mas para quem chegar até aqui, siga em frente cheia de garra com o coração e uma visão consciente e agarre o melhor dos dois mundos porque eles podem ser compatíveis ;)

amora silvestre disse...

Bem, tirei um curso tecnico-profissional de comunicaçao/mkt, RP e publicidade e não escolhi este curso pq era limitada, mas cim porque queria um ensino mais prático. Depois de ter terminado o curso, não arranjei trabalho na área (é um facto). Decidi segui uma licenciatura em comunicação social e multimédia e não me arrependo minimamente, Sou sincera! Sim, foram tres aninhos, como dizem! Mas sinto que aprendi bastante e que me da uma bagaem maior para o mercado de trabalho. Ahh, trabalho na área. Custou arranjar, mas consegui. Resumindo, cada caso é um caso!

SBarreiros disse...

O senhor ou senhora é muito cómico/a.

SBarreiros disse...

Aplaudo!
Quando me candidatei, ha quase 10 anos (Jesus!),CPRI na Nova foi a minha opcao.
Adoro!
força!

Filipa B disse...

Sociologia não tem nada a ver com Literatura ou História em termos de saídas profissionais!

Unknown disse...

Não se pode generalizar, cada caso é um caso.
Eu sou licenciada em Análises Clínicas, desde criança sonhei ir para a faculdade e formar-me na área de Saúde que sempre me fascinou e ao mesmo tempo poder ajudar os outros. Fiz o meu curso antes de Bolonha, no entanto estou desempregada. Se fiz o curso para mostrar o meu canudo? Não, não o fiz, foi mesmo porque sempre quis, foi uma realização pessoal, até porque muitas vezes omito a licenciatura e mestrado no curriculo para tentar arranjar emprego noutras áreas. Agora também deixem que diga que existem muitas pessoas frustradas porque não puderam estudar e estão sempre a apontar o dedo aos licenciados. Acima de tudo penso que deve haver respeito por quem se esforçou vários anos para ter um curso e por quem tem poucas habilitações também. Respeito sempre quem não estudou, mas já fui abordada por quem não respeitasse a nossa escolha em estudarmos.

http://oteucasamentodesonho.blogspot.pt/

Anónimo disse...

A mim o curso não me serviu de nada. Era muito boa aluna no secundário,mas nunca nunca soube "o que queria ser quando fosse grande". Para escolher uma área de estudo foi um ai jesus e pior para escolher um curso. Tirar um ano para fazer pequenos trabalhos ou part-times para "me encontrar" era impensável para os meus pais. (a minha mãe acha uma vergonha ter um filho sem licenciatura). Por isso fui forçada a escolher alguma coisa. Acabei por me licenciar em Radiologia... Não achei mau mas não é uma área que me apaixona. No último ano comecei a trabalhar numa loja Optimus. Hoje, com 25 anos, não estou interessada em seguir radiologia. De um dia para o outro percebi, finalmente, que o curso que deveria ter tirado era publicidade! Adoraria seguir essa área mas, agora, independente, com despesas para pagar, é muito dificil ter tempo e dinheiro para pagar uma licenciatura. Os meus pais têm posses mas, a não ser que fosse medicina ou direito (algum curso super prestigiante) a minha mãe não me ajuda a pagar o que for...

Anónimo disse...

No geral, concordo com o que referes no post.
As pessoas antes de tomar qualquer decisão devem pensar muito bem no seu futuro, inclusivamente na questão de que determinado curso tem ou não empregabilidade. Claro que isso não siginifica que tenham de tirar cursos que não gostem, até por que, na maior parte dos casos, não gostamos apenas de uma área. E mesmo que tiremos um curso que não tem empregabilidade, temos sempre a hipótese de estudar outras coisas, de enriquecer o nosso currículo, ou seja, tornar-nos versáteis.

Anónimo disse...

crónica sem nexo nenhum, o que tem a ver uma pessoa com 22 acabar o curso? uma pessoa nao pode ser inteligente nos dias de hoje e acabar o curso com 22? não interessa a idade, interessa as capacidades e aptidões da pessoa. não é por acabar o curso com 22 anos que não vai preparada para o "mundo", pois uma formação académica serve mesmo para isso, para nos preparar !

palhinha disse...

Na minha opinião isto está tudo muito mal estruturado, um jovem com 17/18 não sabe, nem tem que saber, o que vai fazer da vida, e à partida não vão ter emprego, por isso, sempre é melhor ir para o que se gosta.
As Licenciaturas de Bolonha, que tanto se criticam, que obrigam os alunos em 3 anos a ter o conhecimento do que se dava em 5, em slow mo!

Eu sou licenciada de Bolonha, de um desses politécnicos em que "se entra com média negativa" e quando comparo o ensino ao de outros, que tiraram o curso na FLUP, FEUP, há uns anos atrás, nem acreditam que se não for ás aulas chumbo, que tenho que fazer provas teóricas, práticas, avaliação contínua etc.

Acho que esta crónica também tem muito da atitude dos portugueses "em que o meu é sempre melhor que o de outros e no meu tempo é que era!"

Com isto, quero dizer que alguns dos meus amigos que estudaram para Grandes Universidades, estão no desemprego e eu tenho emprego na área em que me formei. E não, não tenho nenhuma "cunha", acho que é necessário ser persistente, estar sempre a aprender e lutar pelo que queremos.
Não interessa se entras com 9,5 em Sociologia ou com um 18 em Eng. Civil, o que realmente importa é o que vem a seguir, não é um número ou uma instituição que nos define!

P.S.: Pipoca, gosto imenso do teu blog, dicas e tal... Mas por favor pára de responder aos comentários menos agradáveis que te enviam! Já ninguém pode ouvir essa treta! É um blog pessoal, escreves o que te apetece, é óbvio que não agradas a toda a gente, nem podes! So what??
Tanta insegurança, para quê?!?! Quem estiver mal que vá dá uma volta!

Anónimo disse...

Querida Pipoca:
Leio sempre o teu blogue ,atentamente ,e depois de ler este texto,tive mesmo de comentar.

Identifico-me perfeitamente com o estigma dos cursos profissionais. Ouvi imensos comentários e opiniões absurdas, desde " deves ser muito burra! os cursos profissionais são para trolhas!" a " não deves é querer estudar!".

O que é certo ,é que com 15 anos sabia perfeitamente que queria seguir Turismo. E lá fui: fiz o curso profissional, segui para a faculdade (optei por um instituto privado ,porque o curso de turismo na pública, não era tão bem estruturado e não tinha tão boas referências) e licenciei-me em 3 anos ( se bem que concordo que bolonha veio estragar muita coisa e cria licenciaturas simplex).


Concluindo, com 21 anos e curso terminado há quatro meses, já arranjei emprego e na minha área. Se serei uma excepção? Se tive sorte? Provavelmente sim, 50 %. Os restantes 50% dizem respeito ao empenho ,estudo permanente e olhos fixos no meu objectivo de ser licenciada naquilo que mais adoro.

Resumindo: onde quero eu chegar com o meu comentário? Provavelmente, quero dizer que é bom seguir sonhos, agarrar aquilo que se gosta e ambiciona, ter um bocadinho de sorte e ir à luta, de cabeça sempre erguida. (:

Mas,compreendo perfeitamente a tua opinião, e não deixo de concordar que muita gente vai para a faculdade "só porque sim", sem objetivos definidos e que há milhares de cursos que só servem para ocupar tempo, criados por faculdades/institutos que usam o ensino, como fonte de lucro. Primeiro ,o dinheiro. Estruturar os cursos em condições? Fica para a próxima.
Com estas atitudes, só pode acontecer o óbvio: chumbo e fecho permanente de mestrados, licenciaturas e doutoramentos ,pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

Anónimo disse...

É melhor fazermos como aquele chico queapareceu ontem na tv disse: tirar engenharia informática porque daqui a 5 anos, quem não tiver curso na área não tem trabalho. Parece-me bem.
Acho que deveria de haver um maior controlo no numero de vagas de cursos cujas saídas são poucas (como a educação), mas se daqui a 5 anos formos todos engenheiros, então chegamos a um ponto em que ninguém trabalho porque as outras áreas estão meio paradas devido à falta de sangue novo.
Tirei um curso naquilo que sempre gostei, e estou a trabalhar. O meu truque foi poder ser voluntária, o que nos coloca dentro do mercado de trabalho, tanto conhecemos pessoas como ganhamos a tal "experiência". No entanto, quando eu tiver filhos, assim que terminarem o 12º vão apanhar batatas para a suiça, ganhar dinheiro e depois vão apanhar mais batatas para a frança, para inglaterra e para outros sítios. Tanto para aprenderem o que custa trabalhar, conhecer culturas diferentes, outras pessoas e decidirem o que querem.

Anónimo disse...


Pipoca,

Em primeiro lugar quero evidenciar que sou Licenciada e Mestre em economia e tenho 25 anos . Não foi nada fácil porque tive a infelicidade de apanhar a transição de 4 para 3 anos de licenciatura. Sinceramente preferia não ter apanhado a transição, porque a unica diferença reside no facto:o mesmo nº de cadeiras associado a uma redução de anos de curso(num curso com enumeras cadeiras de matemática chega a ser catastrófico). Qual é a mais valia disso? Não há, só enormes dores de cabeça, principalmente quando o curso é de economia. Em segundo ninguem obtem Mestrado por andar na faculdade um ano adicional, até porque o Mestrado tem 2 anos. Em suma, são 5 anos ao todo ( 3 de licenciatura actual+ 2 de Mestrado), o que não é fácil...para muitos que pensam que o é, principalmente em Universidades publicas! Enfim ainda estou desempregada, eu que sempre lutei para ter um BOM CURSO E QUE NUNCA ESCOLHI O CAMINHO MAIS FÁCIL! Mesmo perante este cenário ainda há pessoas que fazem criticas a licenciados e recém-mestres, uma coisa é certa enquanto houver este tipo de comentários ainda é sinal que há " a chamada dor de cotovelo" . Em suma, ninguem possui um grau de Mestre com menos de 23 anos, a não ser que a pessoa tenha a sorte de fazer anos no final do ano ou seja, depois do ano lectivo acabar, o que é comum e nada de espanto....Antes de publicações estupidas PENSEM, ESTUDEM, FAÇAM PELA VIDA e não se preocupem com a vida dos outros.

Anónimo disse...

Bons Cursos
Hummmm! talvez Engenharia, Medicina, Farmácia, Matemática, Economia, Gestão, Finanças e Contabilidade, Auditoria

TUDO O RESTO NADA VALE, falam de direito, mas o que há mais é juristas desempregados...até porque é só preciso estudar ou no comum sentido da palavra "marrar".Raciocinio em Direito não é muito comum... não sabem resolver nem uma derivada parcial,lol. O mesmo se aplica a psicologia e afins...

Anónimo disse...

Senhora G.

É por isso que Portugal não vai para a frente, com as pessoas de 30 e tal anos a não quererem dar uma oportunidade aos mais novos. A senhora já se esqueceu de como a senhora começou a trabalhar, certamente teve uma oportunidade, os jovens de hoje em dia nem isso, até os que tiram VERDADEIROS CURSOS têm uma vida dificultada. Uma coisa concluo, que a senhora não tem filhos, porque se tivesse não pensava desta forma...Desconheço a medida de empreendedorismo:"os meninos que acabam o mestrado podem abrir uma empresa que o governo apoia com cerca de 700€ mensais "evidenciado anteriormente pela senhora.
Mas já agora sendo uma pessoa de 30 e tal anos tão inteligente e experiente como se diz ser! Se quer realmente ter uma oportunidade porque não continua a investir em si própria,porque o capital humano tambem se deprecia, tire um mestrado por exemplo,porque uma pos-graduação não vale nada, já que os meninos mais novos conseguem fazer uma tese, a senhora que se julga tão superior tambem o pode fazer. Pela area da sua formaçao que diz ser a sua, em comunicação e marketing, vê se logo o motivo de não ter emprego. Sabe qual é? Porque o seu curso não serve para nada...Tire um curso em condiçoes! Ainda por cima fala em facilitismo. Eu durante o meu percurso academico nunca conheci esse termo, porque andei na UC, e sabe uma coisa apanhei a meio do meu curso a transição para Bolonha.
E muito triste ver gente de 30 e poucos anos com um futuro garantido na banca, que obteve cunhas sem sequer ter uma licenciatura. E ver licenciados e mestres na area financeira desempregados, sabe porquê? Porque não tem a tal ajudinha, a chamada oportunidade, NEM TODA A GENTE TEM OS PAIS E FAMILIA A TRABALHAR NA BANCA...HÁ QUEM COMECE DE BAIXO, E COM MUITO ESFORÇO OBTEM UMA LICENCIATURA E UM MESTRADO.
Nos dias que correm os jovens formados têm que pagar para fazer estagios voluntarios, porque nem sequer pagam os custos de transporte.
O problema não é só politico e institucional, é falta de ética e moral das pessoas como a senhora e dos maiores empresarios do nosso pais.

Anónimo disse...

Senhora G.

Como se pode ser tão ignorante, hoje em dia os estudantes de Bolonha saem muito mais valorizados no mercado porque os cursos são de 5 anos a contar com mestrado. As licenciaturas de 4 anos e pos graduações,as pessoas nem sabem o que é fazer investigação...tal como a senhora!Pelos seus comentarios,só a senhora é mal formada, não sabe o que diz...
Ha muita gente que entra em bons cursos, que tira bons cursos, que entra em boas universidades e que acompanhou os dois lados da questão( pre-bolonha e pos-bolonha)e não concorda com nada dito pela senhora. Esssa pessoa sou eu...A medida atras referida pela senhora sobre o empreendedorismo, não será estagios profissionais de 700 euros cofinanciados pelo IEFP, a senhora não ve as noticias.Os jovens não tem qualquer incentivo ao empreendedorismo, como nunca trabalharam têm enumeras restriçoes a mecanismos de acesso ao credito. As pessoas experientes e desempregadas já têm enumeros mecanismos de linhas de financimento ou seja até podem pedir a totalidade do subsidio de desemprego a receber para incrementar o proprio negocio, para alem de terem ajuda gartuita em termos de consultoria e formação nos tres primeiros anos na abertura de uma PME.Eu sei o que digo e so tenho 25 anos, sem dúvida em odeio gente burra, mas gente ingnorante, burra e que se acha esperta perde o total valor para mim.
Falam de cursos profissionais, sem sombra de duvida cursos de animação socio-cultural têm muita saida no mercado, isto é de loucos. Pessoas que assim pensam só demontra serem uns frustrados e fracos, porque nunca tiveram força para conseguirem um bom curso e criticam os outros.Em suma para quem é Mestre e está desempregado vai aqui um conforto: TODOS ESTES COMENTARIOS, É SINAL DE QUE NÃO ESTAMOS ASSIM TÃO MAL, PORQUE MESMO DESEMPREGADOS, MESMO ASSIM AINDA CONSEGUIMOS SER INVEJADOS.

Anónimo disse...

Voces devem estarm malucos quando dizem que Direito é um curso dificil, hoje em dia qualquer um estra e tira um curso de direito: em primeiro porque a média é baixa e em segundo porque é um curso relativamente fácil porque não tem matemáticas. Eu conheço tanta gente que só foi para direiro para não pensar muito...

Anónimo disse...

Joana

Concordo perfeitamente.

Anónimo disse...

Sim é verdade.

Eu falo por mim, quando resolvi ingressar em Economia, racionalizei demasiado, pensei que devido à comprexidade do curso, que iria ter poucos concorrentes quando entrasse no mercado de trabalho, mas enganei-me... Até me sinto mal por tal situação, sinto que lutei para nada. Hoje mesmo com um mestrado estou desempregada, e se voltasse atrás tinha optado por um curso mais facil: talvez direito ou psicologia, sempre fui muito melhor em cadeiras que fossem à base de estudo, e a prova disso é que nas cadeiras de direito geralmente tirava 15 e 16 enquanto nas cadeiras de economia e matematica, eu tirava um 10 ou 12 e já ficava feliz, enfim! Sinto que o meu esporço hoje em dia não teve qualquer sentido.
Devo ter vocação para martir, ainda para piorar a situação tenho que concorrer com os meninos das privadas com altas médias devido ao facilitismo.
Qual é o país em que vivo...vale mais escolher o caminho mais fácil hoje em dia. Economia é dos cursos mais polivalentes que existe, nós somos formados e preparados um pouco para tudo.Podem mandar um economista para os recursos humanos ou para o marketing que ele dá conta do recado, mas se fizerem o contrario, ou seja mandarem um psicologo, sociologo de recursos humanos para uma posição de economista, diga-se de passagem que é practicamente impossivel.

Anónimo disse...

Pois,pois, eu passei tambem por enumeras coisas durante o meu curso , e ate coisas bastante graves( como doenças dos meus pais) e acabei a licenciatura e o mestrado. Existem pessoas que dão desculpas por não acabarem o curso, algumas é poque se casaram, outras é porque engravidaram,outras é porque trabalharam etc.
É obvio que custa mais, mas quando se quer realmente uma coisa, consegue-se, e não se dá parte fraca.

Anónimo disse...

A melhor frase"alias todas as medidas que o governo anda a tomar tem por base estudos sociológicos", deves estar enganada... Todas as medidas que o governo toma é com base em medidas económicas com base em modelos econométricos. Achas que o governo se preocupa com o bem estar e com a evolução da ...lol

Anónimo disse...

É verdade, é muito triste...Existirem tachos garantidos no nosso país, como eu te entendo...
Eu tenho uma amiga que anda a tirar uma licenciatura a cerca de 7 anos e ainda não acabou e já disse que quando acabar já tem emprego.
Pior quando acabei o mestrado, ela disse-me que eu nunca conseguiria emprego porque não tenho "cunhas". Grande amiga que eu tenho...é a pura realidade do nosso país, isto acaontece nos melhores cursos.

Anónimo disse...

Pois, uma coisa as senhoras não sabem...
Que as médias variam consoante a dificuldade da prova especifica de ingresso. No caso das engenharias a média é baixa porque só se entra com prova de matemática que vale 50% da média total, logo não é tão facil tirar 14 a matematica como tirar um 14 de média a História. Aposto que os alunos de engenharia com empenho conseguiriam entrar em historia ou sociologia, e os meninos de historia e outras nunca conseguiriam entrar em engenharia, porque são uma anulidade a matematica e não sabem fazer continanhas e quase aposto que desde muito cedo começaram a ter negativa a matemática.

Anónimo disse...

Ai, a inveja...como há pessoas tão avarentas. Só o delas é que é bom...

Anónimo disse...

Para mim vale mais ter um curso superior sem saida profissional do que não ter nenhum. Agora os licenciados é que são burros?As pessoas odizem isso porque não conseguiram atingir um grau, e depois sentem-se desvalorizados, para mim quem critica os licenciados não passa de gente complexada e não querem ficar por baixo. As pessoas esquecem-se de quem se coloca nessa posição são elas proprias porque se sentem fracas.

Anónimo disse...


Licenciaturas simprex é muito relativo! E colocam a culpa em Bolonha. A culpa não será do curso escolhido pela pessoa. O comentario anterior foi engraçado, a pessoa em causa escolheu uma licenciatura de turismo e em ensino privado, e depois diz que bolonha há facilitismos. Queridos escolham estudar em universidades públicas e em cursos em condiçoes e verifiquem se bolonha é simplista. Assumam as vossas opçoes, admitam que escolhem instituiçoes e cursos de pouco valor.

Anónimo disse...

Pois há muitos alunos que tiram 5s ate ao 9º ano e depois no secundario são péssimos (ensino normal), o que deve ter sido o teu caso, isto deve-se a diferença de exigencia no ensino do nossao país. Aposto em como mudas-te para um tecnico-profissional porque encalhas-te em alguma disciplina (certamente fisico-quimica e matematica, eu digo isto porque tive enumeros colegas assim, e já sei o que a casa gasta), não me venhas atirar areia para os olhos.Se es assim tão inteligente, vai tirar uma licenciatura em engenharia informatica para o provares...falar é tudo muito lindo, ma squando se pedem provas...

Anónimo disse...


Pois, Engenharia é um bom curso concordo, mas direito já deixou de ser um bom curso, nem se pode comparar o grau de dificuldade de engenharia com direito. Para tirar um curso de direito nao e preciso ser muito inteligente ea prova disso é que toda a gente nos dias de hoje segue direito. Já as Engeharias e Economia toda gente foge, porque amendrontam se com as matematicas.

Anónimo disse...

Não vou comentar com insultos, ate porque não sou ignorante, e tenho uma etica e moral que muitos deviam de ter.
Mas vou dizer o seguinte: O meu maior sonho é ter um filho forte(Medico, Engenheiro,Economista, Gestor) capaz de transcender obstaculos, as proprias limitaçoes, e isso não acontece apenas no trabalho, já começa na faculdade, porque temos as primeiras aulas da vida, aprendemos para alem de fazer exames ,a ter orais, apresentações, frequencias ate mesmos quando temos familia no hospital, ou quando alguem importante na nossa vida morre.Costuma-se dizer que o trabalho faz esquecer mas o estudo não, é necessário abstração nos momentos mais dificeis nas nossas vidas para conseguir os resultados almejados.
E para prova disso,é que muitos ficam pelo caminho ate sem motivos maiores, a minima dificuldade desistem porque são fracos. Esta é a minha teoria e o meu orgulho.Hoje posso dizer que os meus pais tem muito orgulho da minha pessoa, porque sou aquilo que eles queriam que eu fosse .A minha maior felicidade é essa. No fundo não ha nenhum pai que fique feliz pelo filho tirar maus resultados na escola, mas costuma-se dizer que o que não tem remedio, arremediado está e criticam os que lutaram e conseguiram alguma coisa na vida.

Anónimo disse...

Eu antes prefiro ter uma media de 10 ou 11 a Engenharia do que uma media de 18 a sociologia, historia, psciologia, etc que não dá para nada.Não se devem comparar as medias, mas sim o grau de dificuldade dos cursos. Ate porque é muitos subjectivo e depende da universidade.

Drozd disse...

Relações Internacionais não faz sentido existir? Diz isso a boa parte do pessoal que está nas instituições europeias, nas Forças Armadas dos países desenvolvidos a fazer carreira, na carreira diplomática de cada Estado, nas empresas e bancos, nas demais organizações internacionais e, claro, na Administração Pública em geral.

Havia de ser bonito dar o que eu dei em 4 anos numa Pós-Graduação, havia; 15 cadeiras por trimestre ou coisa que o valha, ZERO de estágio e nenhuma tese de licenciatura - sim, no meu tempo havia disto e eram maiores e melhores do que muita "tese de mestrado" bolonhesa que para aí anda.

Resumindo e concluindo: não fales do que não sabes, porque RI =/= Relações Públicas ou coisa que o valha.

Drozd disse...

Já agora, ó anónimo das 01:21: que raio faz uma pessoa licenciada em Matemática, para além do ensino? Investigação, essa área cada vez mais estrangulada em Portugal? É que se vais mandar a posta de pescada das empresas, tira daí as ideias, que a rapaziada de Economia e Gestão (entre outros, incluindo Direito, Relações Internacionais e Sociologia) rapa-lhes o tacho, digo eu por experiência própria.

Anónimo disse...

Em resposta ao seu comentário, um licenciado em matemática pode dar explicações, o que não falta é burros em Portugal a precisar, basta olhar para os maus resultados nos exames nacionais. Eu sei o que digo apesar de não ser professora de matemática,sou economista, e acredita é dos cursos em que existe mais emprego. Assim como todos os cursos que envolvam matemática, porque há menos formados, é uma questão de mercado e de expectativa, ou seja de ter certeza que um dia se vai ter emprego.

Anónimo disse...

Esta é boa, um gestor com formação de história, como vais gerir uma empresa se não sabes nada de contabilidade e gestão financeira,fiscalidade, etc, vais contratar serviços externos é? Assim sem duvida, o saldo das contas vai ficar nulo para não dizer devedor, nem fundo de maneio a empresa vai ter com essa tua perspectiva. Deves estar doido...coloca-te no teu divido lugar, se querias ser gestor, tiravas o curso de economia ou gestão e não história.

Anónimo disse...

ensino superior privado, que moral para dar opinião...quando se compra o curso....

Anónimo disse...

Concordo plenamente...a inveja fala sempre mais alto dessas pessoas.

Anónimo disse...

Pipoca,
Gostava de ver alguém Mestrado com 21 anos .. Falar sem saber ..

Miguel Mendes

Anónimo disse...

isto

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis