Pub SAPO pushdown

sexta-feira, julho 06, 2012
Os meus pais sempre trabalharam na função pública e, secretamente, desconfio que sempre almejaram que os filhos lhes seguissem as pisadas. Nunca me disseram o que devia ou não fazer com a minha vida, mas lá na ideia deles um emprego estatal era um emprego para a vida, não se ganhava muito mas ao menos era certinho, e havia certos benefícios que no privado não existiam. Claro que isso era no tempo da outra senhora. Essa coisa dos empregos para a vida já lá vai há muito, continua a ganhar-se pouco, mas já nem sequer se pode garantir que é certinho. Tendo seguido jornalismo, sabia que o mais provável era ir parar ao sector privado (apesar de ter estagiado na RDP), mas nunca pensei muito nisso. Eu queria era trabalhar, fosse no público, fosse no privado. Tive a sorte de arranjar emprego assim que acabei o curso e, desde então, passei pelo privado, pelo público (foram os dois meses mais felizes da vida dos meus pais), de novo pelo privado e agora mexo-me por conta própria. Hoje já não há trabalhos seguros. Mesmo a segurança dos quadros é uma falsa questão. Se a empresa tiver de fechar ou fazer despedimentos em massa, vai tudo para a rua e acabou-se. Já me aconteceu. Estava nos quadros, num jornal que fechou, e lá fomos todos para o olho da rua, com um subsídio de desemprego tão ridículo que dava vontade de rir. Ontem no Facebook, e por causa da decisão do Tribunal Constitucional sobre os cortes nos subsídios, instalou-se a discussão sobre o público e o privado. Que uns é que têm mais privilégios, que outros é que ganham mais, que uns são uns incompetentes, que outros são uns preguiçosos, que uns andaram na boa vida, que outros sempre produziram mais, que quem tem de pagar a dívida é o público, que quem tem de ajudar é o privado. Enfim, diria que haverá de tudo, como na botica. Há bons e maus funcionários em todo o lado, em todos os sectores. Mas uma coisa que parecia saltar à vista na discussão era a alegria do sector público por os cortes poderem ser alargados ao sector privado. Não que ganhem alguma coisa com isso, não que passem a beneficiar de uma situação mais privilegiada, não que passem a ter acesso aos subsídios, mas ao menos já não estão sozinhos. Em vez de nos batermos para que ninguém leve talhadas nos seus direitos, ficamos só contentes porque afinal também tocou ao vizinho, e mais vale duas pessoas infelizes do que uma só. Basicamente, isto é tudo é uma grande merda. E eu odeio discursos derrotistas, pessimistas, infelizes e portuguesinhos, mas percebo perfeitamente que muita gente tenha vontade de juntar os tarecos e deixar este belo país à beira-mar plantado. Enquanto sócia de uma micro-nano-empresa, basicamente só tenho deveres. Não há apoios nenhuns, a minha lojinha de 30 metros quadrados faz os mesmos descontos do que uma Zara e um IVA de 23% é o mesmo que dizer "entrem e roubem à vontade, se quiserem ainda vos sirvo um cafezinho". Querem que as pessoas sejam empreendedoras, que contribuam para a economia do país, mas depois é uma relação unilateral. Ajudas? ZERO! Público, privado, isto basicamente vai dar tudo ao mesmo nos dias que correm. Toda a gente com cada vez mais deveres e com cada vez menos direitos.

146 comentários:

amiga da onça disse...

Concordo em tudo contigo e gostei de ler uma opinião sobre um assunto importante, é que não se aguenta tanta publicidade.
Desculpa a frontalidade mas gosto de opinar e o blog serve para isso mesmo.

Anónimo disse...

Não sou funcionária publica mas parece me injusto q eles paguem tudo, o mais certo é agora cortarem uma percentagem a todos... Para mim o mais justo seria quem ganha mais pagava mais.

OnePlusTwo disse...

Concordo plenamente com a tua opinião! É muito triste ver a felicidade dos outros perante o mal do vizinho!
Acredita, se eu pudesse já tinha voltado as costas a este país! Ia ter uma pena imensa porque eu amo Portugal, mas este Portugal desilude-me dia após dia. Aqui não dá para crescer, para evoluir, só dá para empobrecer de cara alegre. Empreendedorismo?! Querem empreendedores e depois apressam-se a colocar-lhe uma corda ao pescoço. Enfim...é triste falar assim do meu país.


Rita

oneplustwoblog.bogspot.pt

Angiefgm disse...

É verdade. Quem é que tem vontade de ser empreendedor, num pais que não mexe uma palha para ajudar? Se queremos resultados temos de nos mexer 24/7 e não ver um tostão nos primeiros anos. Aqui não deixam trabalhar quem quer, se alguém quer ter uma casa aberta, é impostos em cima de impostos e não se ganha para pagar IVA.
É triste a situação a que chegou o pais, mas é o único que temos e é nosso e se todos largarem os remos, afundamos de tal forma que nunca mais conseguiremos vir à tona.

Dalila disse...

"Em vez de nos batermos para que ninguém leve talhadas nos seus direitos, ficamos só contentes porque afinal também tocou ao vizinho, e mais vale duas pessoas infelizes do que uma só." Gostei desta frase.... Mas viste alguém do privado ser solidário com os funcionários públicos quando foi anunciado o corte dos subsídios? Ficaram preocupados? Não. Ninguém se preocupou e o que eu ouvi foi "Aquilo é só para o público nós continuamos bem!"
Na minha opinião o mais justo seria uma taxa semelhante à que foi aplicada no Subsidio de Natal em 2011, uma taxa de acordo com o vencimento de cada um e aplicada a TODOS. Pois custa muito ouvir: "Acabei de marquei as minhas férias, já recebi a dobrar este mês!" E custa porque os sacrifícios só são para alguns o resto continua a fazer a sua vidinha sem sentir o que é realmente austeridade.

Outra Maria disse...

Podiam cortar era nos ordenados e nas reformas milionarias dos srs ministros, são esses que estão a levar o país á bancarrota pela constante má gestão e sacos azuis e colarinhos brancos e penas suspensas, so porque sao os srs XPTO, bando de maricas.

Tanto o pessoal do privado como o do publico, trabalham, uns mais outros menos, mas isso tem haver, com a forma de estar e de ser de cada um perante a sociedade.

A mim custa-me imenso tanto corte, tanto aumento de imposto e trabalho, mas ordenado nada. Já nao dá para fazer pé de meias como antigamente e eu nao sou gastadora, mas tenho de fazer uma gestao microscopica para que o dinheiro estique ate ao fim do mês. E de mês para mês as coisas estão cada vez mais complicadas.
E eu tenho saude e emprego, mas se um azar destes acontece, nem os pais, nem os amigos me podem ajudar.

E como nao gosto de politica nao digo mais nada. Mas subscrevo o que escreveste no teu post.

Sardine disse...

Concordo totalmente contigo Pipoca! Em todo o lado, há um pouco de tudo...

Anónimo disse...

Fiquei sem saber: é micro ou é nano? É que são coisas tão, mas tão diferentes.

apipocamaisdoce disse...

"Micro-nano" era uma piada dos Gato Fedorento. A minha empresa é só assim a atirar para o minúsculo.

Anónimo disse...

Como é injusto ir ao bolso dos funcionários públicos por uma questão de equidade passa-se então a ir ao bolso de todas as pessoas, é assim que o governo resolve o assunto. Não consigo perceber como é que cortando nos subsídios e salários, aumentando a carga fiscal e consequentemente com tudo isto diminuindo o rendimento disponível, se vai conseguir dinamizar a economia com vista ao crescimento do Pais e saída da crise??
Sinceramente não sei onde isto vai parar mas não me parece que com este tipo de medidas se perspectivem melhorias futuras...

Alentejano na capital disse...

Pois é. Como dizes e muito bem os impostos levam tudo. Também tive um restaurante durante alguns anos e em Novembro do ano passado, fechei. Foi a das melhores decisões da minha vida. Hoje tenho o meu trabalho por conta de outrem. Desde então que me sinto outra pessoa, as preocupações reduziram uns 80%. Tudo isto para concluir que empreendedorismo é bom mas com os devidos apoios. Nesta altura não temos qualquer apoio, nem às empresas nem às famílias.

Doce de Leite disse...

Finalmente alguém que diz alguma coisa de jeito: é verdade, verdadinha, que muito povinho ficou contente porque se alargou ao privado porque finalmente o vizinho ainda ficou pior que ele!...

É verdade que a crise deve ser paga por todos, no entanto não posso deixar de me indignar com o facto do Tribunal de Contas ter defendido que os cortes não podiam ser feitos devido a uma questão de igualdade. Discurso todo ele muito bonitinho, até seria uma grande evolução se a partir daqui fosse igual para todos. Mas não é. Ora vejamos:
- as beneces da função pública, nomeadamente da ADSE. Em alguns casos há coisas tão escandalosas como: compras de óculos de sol com desconto pela ADSE (porque no recibo vem óculos com graduação e não especificado óculos de sol). Mais ainda, vejo diariamente os velhinhos que mal conseguem pagar a nova taxa moderadora de uma urgência hospitalar (20e), quando temos colegas com ADSE que não se estão a ralar para ficar numa fila num hospital público, vão a um privado e por vezes até lhes fica mais barato.
- Porque é que eu, em que os meus pais também têm uma micro-nano-empresa como a tua, 0 de subsídios, 23% de IVA À perna, se quero uma consulta de ginecologia, ou obstetrícia, ou o raio que for, pago em cheio. Mas uma amiga que tem ADSE, marcou consulta no mesmo Hospital privado, e pagou a módica quantia de 10euros?

Igualdade, really?

É verdade que a crise tem de ser paga por todos. Públicos e privados. Mas se a questão é desigualdade, bora lá acabar com ela.

M de fémme disse...

Concordo, o meu pai também é funcionário público e também já tem receio do que lhe pode acontecer nos próximos tempos. Eu estou a acabar os estudos, com um a Licenciatura em cim e sinto-me de pés e mãos atadas. Estou a um niquinho de tentar a emigração, tal como muitos colegas já o fizeram. Mas custa, custa muito...Ainda sinto que partir é desistir do meu pais, desistir de ajudar. Mas é como dizes, é impensável levar um barco a bom porto, onde só tu remas contra a maré. Eu quero ajudar a remar, mas onde estão os remos?
Será que se sair, para encontrar mais do que a sobrevivência, para a minha vida, vou estar fugir das minhas obrigações enquanto cidadã? Nós temos tanta coisa para dar, e a prova viva disso mesmo são os teus Posts em que mostras a criatividade e empreendedorismo de certas pessoas que não ficam de braços cruzados,por favor continua a postar. Eu quero também poder dar, criar, aprender para ensinar, sonhar e ter condições para realizar... Suspiro!
Fisgas...O nosso pais vai melhorar. EU ACREDITO!!!

Poisoned Apple disse...

Olha que discordo! Não me parece que a função pública se alegre por esta situação se alargar ao privado. Perante a hipótese de um imposto de 50% nos subsídios, o que a função pública sente é que a dívida agora pagam-na públicos e privados, passando os públicos a ver qualquer coisinha de subsídios em vez de nada.

É claro que isto já se sabia há que tempos, não é por acaso que só vem à luz logo depois da altura em que deveriam ter sido entregues os subsídios.

De qualquer forma isto não é famoso para a troika, uma vez que a ordem é reduzir na despesa. Assim obtém-se mais receita, mas não se reduz a despesa. Há que alimentar os boys e isto fica cada vez mais difícil!

Mas é claro que há malucos para tudo e há funcionários públicos que ficam felizes só porque sim.

No entanto, pergunto-me: alguém ficou surpreendido com isto? Em Janeiro lembro-me de ter uma conversa sobre este assunto e afirmei que iam ao bolso dos privados. Disse mesmo "aguardem pelo verão!".

Sou uma visionária, pá!

homem sem blogue disse...

onde é que se assina e coloca o número do BI?

Num registo mais sério, dou-te toda a razão. É mesmo assim, mais vale dois infelizes. E essa mentalidade não serve de nada!

Outro ponto interessante que mencionas tem a ver com muitas pessoas pensarem que estar nos quadros de uma empresa é uma espécie de seguro de vida. Errado, e muito!

Sei bem ao que te referes quando falas no teu negócio. Trust me!

homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt

filboa disse...

Cara Doce de Leite.. Eu sou funcionária pública e desconto todos os meses 1,5% do meu salário para a ADSE. Se acha que é uma benesse ter um proveito, porque o pagamos?? É que vocês, tal como nós, pagam 11% para a Seg. Social e nós ainda descontamos mais 1,5% para a ADSE.. Mas aqui está a tal mentalidade do trabalhador, que em vez de lutar para que todos tenhamos direitos, quer nivelar por baixo.. Trabalhadores somos todos, publico e privado, e quem nos anda a roubar é só um o Governo.. É contra ele, que todos nós, temos que lutar...

Catarinosca disse...

Eu só sei que quando saiu essa medida para o público ouvi muito boa gente que trabalhava no público a dizer: ainda bem que o meu/minha marido/mulher pertence ao privado se não estávamos feitos! Não íamos ter dinheiro para tudo!

E agora a quererem meter essa medida no privado é esfaquear muitas das famílias... não consigo perceber como pode haver pessoas do público contentes com esta situação...

Gente "pessimista, infeliz e portuguesinhos", mesmo!

Se querem igualdade de "a divida deve ser paga por todos" então revoltem-se contra as com reformas milionárias,licenciaturas de 1 ano, assim como as "bombas" que nós contribuintes andamos a pagar para esses políticos andarem com vidas muito acima das possibilidades que o país tem!

Aqui sim está a verdadeira desigualdade.

Agora publico vs privados não deveria existir, porque muitas vezes publico e privado estão unidos para alimentar filhos, pagar rendas de casa, água, luz, enfim tudo para ter uma vida minimamente digna!

Catarina
catarinoscablog@hotmail.com

Doce de Leite disse...

Filboa, o meu namorado é funcionário público e também considera que a ADSE é errada. Os pais dele idem idem, aspas aspas. Também eu dentro de 1 ano serei funcionária pública (se conseguir colocação), e não é por isso que defendo a ADSE. Se estivesse de fora e visse as dificuldades que passam os idosos em pagar 20e de taxa moderadora, se calhar também iria achar que as benesses da ADSE seriam melhor empregues a essas pessoas. Provavelmente teria a mesma opinião. Não pretendo atacar ninguém, mas a ADSE é uma das pequenas grandes desigualdades sociais!

Anónimo disse...

Parece-me que este história do tribunal constitucuonal foi bem encomnendada para que o Coelhinho tenha uma desculpa (como a Troika) para ir ao privado!
Concordo contigo!!!!
Mas pelo menos és "estragada com mimos" de vez em quando. Há muita gente que nem sabe o que é ter uma refeição decente. E não vejo a coisa a melhorar. Apesar de tudo, somos privilegiados. ;)
Bj

Diana disse...

O justo seria todos terem as mesmas obrigações. Durante anos os funcionários públicos tinham a obrigação de trabalhar 35 horas por semana a ganhar uns belos ordenados, além dos diazinhos de férias extra que ganhavam ao longo do ano, enquanto que no privado são obrigados a trabalhar 40 horas semanais com o ordenado que o patrão quer. E se não quiser que procure outro.
No público sempre houve regalias.
Querem ingualdade? É engraçado que quando no público tinham um trabalhinho de m&%$# a ganhar bem e a trabalhar menos horas, ninguém se lembrou de igualdade para o privado, agora que estão a fazer cortes já é exigido direitos de igualdade.
Estão a cortar o que durante muito anos andaram a ganhar sem condições de o receber.

Anónimo disse...

Amiga da Onça, se já não se aguenta tanta publicidade (como diz) muito menos se aguentam essas manias da frontalidade que nada de inteligente têm a dizer. Se gosta de opinar, que tal opinar ao assunto propriamente dito? Ou então ficar caladinha, se não tem nada de jeito para dizer. Cada um sabe o que colocar no seu blog. Estive a visitar o seu e não me pareceu ter um conteudo propriamente rico.

Obrigada.

C disse...

Cara Filboa, 1,5% do meu ordenado equivale a 12€/mês. Ora eu (alegremente) despenderia de 12€/mês para poder entrar numa qualquer CUF e pagar 4€ por uma consulta de especialidade, em vez dos atuais 65€/mês que pago para ter um seguro de saúde que me obriga a pagar 13€ por cada consulta de especialidade no privado.

Deixemo-nos de comparações ridículas do “eu pago muito” vs “mas eu pago mais”, porque a questão aqui é só uma: porque é que os Governos mudam e as estratégias se mantêm? Eu era apoiante das medidas deste Governo, mesmo sabendo que me tocavam a mim, mas começam a sofrer do mesmo mal dos restantes.

Esta notícia em particular, também não foi novidade nenhuma para mim. Ando desde o ano passado a dizer que isto ia acontecer. Custa-me só saber que o meu subsídio ganho por direito do meu trabalho vai para pagar a dívida criada, mas que quem a criou continua impune e sem vir responder a público pelo que fez ao País.

joana voa voa disse...

Pois é verdade, hoje em dia já nada é certo.
A verdade é que assim, sem subsidios, tudo se torna mais complicado, as contas extras IMI material escolar, férias, seguros, etc, etc, não sei onde vamos buscar o dinheiro para isso, se mal temos dinheiro para os gastos diários, de ter que se tirar o pé da cama e ir trabalhar e viver a rotina do dia a dia.
O meu subsidio já foi para a consulta do dentista.
É o que temos há dinheiro, mas é para o que eles querem.

Conto de Fadas disse...

Também sou dona de uma empresa, não tenho quaisquer direitos, contribuo todos os meses com cerca de 190€ para a segurança social e, se um dia a empresa fechar, não tenho direito a subsídios. E é isso. Trabalho 7 dias por semana e consigo tirar cerca de um ordenado mínimo, apesar de a empresa estar a correr muito bem mas só tem 9 meses e é complicado... as despesas são tantas, são milhares de euros em IVA, são tantas contribuições que até assusta. Nós não temos subsídio de férias nem subsídio de Natal nem subsídio de desemprego.

Os tempos são uma merda mesmo por isso, em vez de nos queixarmos tanto, mais vale trabalharmos e muito porque falarmos não vai adiantar de nada. Tenho pena se tirarem os subsídios, seja ao público seja ao privado, porque apesar de eu não os ter não fico feliz com a desgraça alheia. Muita gente - a maioria - não usa os subsídios para ir de férias; a maioria, como a minha mãe, usa-o para pagar o seguro do carro em Agosto e o IMI em Setembro. E é isso.

butterf disse...

Os funcionários públicos que ficaram contentes com esta medida ser alargada para o privado só se estão a esquecer de um pequenino pormenor, é que se o privado continuasse a receber o subsídio, mais dia, menos dia também o público teria o deles de volta assim se cortam a todos a probabilidade de nunca mais haver nada para ninguém é enorme, quase uma certeza. Tirar tiram, mas voltar a dá-lo não me parece.

Anónimo disse...

Eu só sei que isto tudo é uma pouca vergonha!!! Nem o público nem o privado deviam pagar a crise que os outros andaram anos a fazer...
Temos Presidentes de Câmara corruptos, com processos em Tribunal e a fugir para o Brasil, e nada lhes acontece...
Temos ministros a terem licenciaturas com exames feitos ao domingo e com apenas 4 cadeiras feitas, e nada lhes acontece...
Temos ex-Presidentes da República com reformas, carro e motorista de forma vitalícia, e nada é alterado...
Temos o caso Freeport, que toda a gente sabe quem ganhou com isso, e nada lhes acontece...
Temos N pessoas com enriquecimento ilicito, e nada lhes acontece...
(podia continuar mas não tenho pachorra)
Depois é cortado na saúde, na educação e se um triste, porque está a morrer à fome, rouba uma maça é preso...
Haja Paciência!!!
Estou a ficar saturada de serem SEMPRE os mesmos a pagar a crise...

Anónimo disse...

eu sei que não se pode generalizar, mas quando tenho o "privilégio" de lidar com funcionários públicos, sou sempre MUITO mal atendida, seja porque a pessoa é incompetente, porque lhe morreu o canário, porque está mau tempo. Tanta passividade! O pessoal do privado pedala comó caraças, batalha todos os dias para manter o emprego e o ordenado encolhido que recebe, e entretanto o pessoal do público faz os mínimos e está-se a borrifar se ficou bem feito ou não. Esta é a realidade

Bailarina disse...

Pois a minha esperança, como funcionária do setor empresarial do estado, é que se aplique uma taxa a todos e que nenhum fique sem a totalidade! Seria estupido a ficar feliz por roubarem a publico e privado visto que o meu marido felizmente é do privado!

ladybug disse...

Doce Leite, estou inteiramente de acordo contigo!! Acaso o estado é a minha entidade patronal?? Não!! Eu faço os meus descontos, regalias estatais tenho ZERO. Qual ADSE?? Desconheço! O seguro de saúde que tenho, pago-o eu, do meu bolso! E é seguramente mais de 1.5% do meu salário. Não tenho filhos, mas se os tivesse e se os quisesse protegidos pelo meu seguro de saude, nem 10% do meu salário chegaria para o fazer.
Não me obriguem a pagar uma factura que não fui em que a gastei!
Durante ANOS a função pública só teve beneces! Protecção Social! Despedimentos em tempo de crise?? ZERO! Sempre tiveram progressão salarial e de categoria. Os Licenciados a ganhar no mínimo 2 salários mínimos!! E o privado?? Qunatos licenciados do sector privado estão a ganhar o salário mínimo?? Milhares!
Isto é apenas a ponto do icebergue!

Ritinha disse...

Alguém (que eu não me recordo quem) disse que a pior crise que estamos a enfrentar é a de valores....E eu não podia concordar mais! Desde do Sr. ministro que insiste em pisar o "nosso" bolso, tirar-nos as oportunidades e tudo mais, à "vizinha" que bate palmas porque afinal não é só ela que leva com os cortes...Estamos a ficar fracos de sentimentos...de valores...de tudo...

FÁTIMA PIRES DOS SANTOS disse...

Ouvi dizer um senhor economista na televisão que não é pelo facto de uns terem as pernas partidas, que me têm de partir a mim também!

Ju disse...

óh pipoca... não tens por aí um modelito para nos mostrar? É que este assunto, apesar de importante, está muito chato para fim da semana...

Anónimo disse...

Muito mas muito mal visto. A felicidade do "povinho" não tem nada a ver com o querer o mal dos outros. Simplesmente todos temos contribuir para que o país saia da quase-bancarrota. O que não pode acontecer é serem uns a pagar pelos outros. E como referiu o Tribunal Constituicional, é uma questão de igualdade de tratamento. E eu sou do privado...

Tuli from PrettifyourNails disse...

Concordo plenamente, acho que há maus e bons funcionários nos dois sectores, seja no público ou privado, e em vez de andarmos a ver qual é o sector mais prejudicado, e a "rirmos-nos" das desgraças uns dos outros, devíamos era unir esforços, deixarmos-nos de "chicoespertices", lamentos e lamurias de braços cruzados.
Eu, licenciada em Relações Internacionais, enquanto o público e o privado se esfolam um ao outro e se riem das misérias do outro, resolvi abrir os meus horizontes, pegar nas minhas trouxas e no final de Agosto lá vou eu à aventura para outro país!
Tuli

Odiacomigo disse...

Cara Doce de Leite, não deve ter lido com atenção o comentário da filbo. Quem tem ADSE desconta 1,5 do ordenado só para a ADSE. Que fica mais barato do que ter um seguro de saúde, fica! Agora há muitas empresas a oferecer seguros de saúde aos seus funcionários. Os funcionários públicos deveriam sentir-se injustiçados porque tem que descontar 1,5 do ordenado, em comparação com aqueles a quem o seguro é oferecido?? Não!! Não devemos nivelar por baixo! Eu sou professora à beira do desemprego, todos os meses desconto + de 20e para a ADSE. Se não estiver a trabalhar, também não tenho ADSE, porque não tenho salário para me irem buscar! O que muita gente começa a sentir é que quanto mais o estado baixa nos salários, mais os privados vão atrás. O meu marido trabalha num grande hospital privado, a quem a receita não tem parado de subir e falam-lhes em cortes nos ordenados. Todos têm chegado a essa conclusão!
Parece-me é imperioso que deixemos de lado estas guerrinhas de público e privado e peçamos responsabilidades a quem nos (des)governa ou (des)governou!

Anónimo disse...

Meu deus pipoca, não, as pessoas não ficam felizes porque os outros levam também com injustiças (vá lá, algumas ficarão, mas são uma minoria). As pessoas acham é que, se é necessário tomar medidas extraordinárias, as medidas devem ser iguais para todos e não atingirem uma e outra e outra e outra vez o mesmo grupo de pessoas. É uma questão de justiça. Não percebo a dificuldade em compreendê-lo.

Anónimo disse...

Mas então coloco a seguinte pergunta :
Porque não se pode despedir pessoas na funçao publica, mesmo que ja nao sejam precisas ?
Com isto não estou a dizer que se deve despedir por prazez, ninguem fica contente. Mas se num determinado serviço e epoca temporal ha gente a mais porque não se pode despedir ?
Conheço bem imensos serviços publicos onde claramente ha gente a mais por exemplo na parte de secretaria (que nao se justificam perante a informatizaçao dos serviços, talvez à 20 ou 30 anos ...agora nao), e curiosamente o pessoal da informatica, imensamente necessario é sub-contratado.
Defendo igualdade, mas em tudo. O "mercado" no publico deve funcionar como no privado.

Anónimo disse...

Conversa de quem está e sempre bem na vida.
Enfim, nada de novo. Vamos mas é voltar a conversar sobre sapatilhas de 250 euros e carteiras de cento e muitos.

Anónimo disse...

Um funcionário público só tem ADSE porque desconta uma percentagem do seu salário para usufriur disso. Se querem ter descontos nos serviços privados, façam um seguro de saúde e descontem também do ordenado. É igual.

Anónimo disse...

Eu só sei é que nunca pensei ver o meu país neste estado, e isso deixa-me muito triste, e ainda mais quando há portuguesinhos que ficam felizes com o mal dos outros!

Anónimo disse...

boa tarde!

Gosto muito de ler este blog, nunca tinha comentado mas desta vez não resisto: o discurso do PPC ontem, e a forma como hoje foi transmitida pela comunicação social a ideia de que os cortes aos subsídios seja alargada aos privados, é de que há regojizo dos "funcionários públicos"... que mentezinha mais mentecapta...
eu não sou funcionária pública mas tenho um contrato ind. de trabalho com uma empresa pública; não tenho direito a ADSE, poderei ser despedida mas fiquei sem subsídios, contemplados no meu CTI e sem uma determinada percentagem do meu vencimento, mensalmente; perdi poder de compra; assisto diariamente ao afundar do nosso país. E preocupa-me que, numa fase em que a nossa economia precisa de "oxigénio", se vá cortar ainda mais naqueles que ainda podem ir consumindo...
Invejosos, há-os em todos os cantos, mas nesta fase o que era mesmo necessário era estarmos unidos pq o País é de todos.

Depois do momento de "depressão": parabéns pelo blog!

Beijinho
Teresa

Nadinha de Importante disse...

Concordo contigo em quase tudo!!!
Mas, enquanto Funcionária pública, eu estou contente por se ter declarado inconstitucional...
Não, não quero que se alargue ao Privado, porque o princípio continua lá...ROUBAR o dinheiro do que cada um produz!!! Mas, gostava de ver estes governantes a procurarem uma solução capaz!! Tenho assim umas ideias: taxar os bancos, renegociar as PPP, deixar de beneficiar os amigos que lhe pagam luvas... se calhar o caminho é por ai...
Em relação à diferença entre público e privado,a meu ver é igual, existe pessoas incompetentes em todo o lado!!!

Teresa Poças disse...

Já estava com saudades de ouvir um texto de opinião à tua maneira! É o melhor do blog, sem dúvida!

Cor do Sol disse...

É que eles nem pensam bem, o meu namorado e amigos dele são frelancers noutros Países e em tempos pagaram os impostos em Portugal, essa exorbitância de 23% e o que receberam em troca? Papelada, inquéritos e mais papelada da parte de Portugal. O que fazem agora? Pagam os impostos no País onde estão ou criam empresas para os pagar em Malta que só tem 5%zinho. Tanto dinheiro que podia estar a entrar para ajudar a economia... Enfim. Se se lutasse pelas mesmas regalias ao invés de ser congratularem com o mal dos outros...De qualquer maneira até gostava de ver como é que o Passos obriga os privados a tirarem os subsidios. Ainda há patrões justos e como uma amiga minha (que tem uma empresa) diz: "Mandam na minha casa quando ajudarem a pagar as contas!".

Anónimo disse...

Achei piada que falasses na felicidade do sector público em que os cortes se estendam ao privado. É triste que nos satisfaçamos com o mal dos outros, mas lembra-me a altura em que os privados rejubilaram por a idade da reforma também subir para os 65 anos. Enfim, por mais que as pessoas se queiram diferenciar por trabalhadores públicos e privados, única diferença que existe é entre boas e más pessoas, bons e maus trabalhadores, e há de tudo em ambos os sectores.

Sofia disse...

Doce de Leite,
1,5% do ordenado é bastante; ora faça as contas retire esse valor do seu ordenado e use-o num seguro de saude que no fundo é o que ADSE é. Vai ver que começa a pagar menos nas consultas.

Anónimo disse...

Allô!

Deixo aqui o que comentei no fb:

Resumidamente, não se trata de ficar feliz ou contente por estarmos sozinhos ou todos no mesmo barco. Parece-me lógico que se pagarem TODOS um imposto extraordinário, o roubo será menor para TODOS e acontecerá durante menos tempo.

Está tudo aqui no público para quem quiser ler e perceber: http://economia.publico.pt/Noticia/ao-minuto-acompanhe-o-dia-seguinte-a-decisao-do-tribunal-constitucional-sobre-cortes-de-subsidios_1553680

Sobre o mesmo tema acho o Pedro Santos Guerreiro também explica bem as coisas: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=566583&pn=1

De qq forma o que é importante é que com estes episódios de "uns contra os outros" o que o Governo está a conseguir é simplesmente dividir mais as pessoas e fazê-las apontar ainda mais o dedo aos privilégios dos funcionários do estado: "nós tb temos de pagar? então e não há despedimentos colectivos na função pública? flexibilizem-se despedimentos! acabe-se com a ADSE", etc, etc.
No fundo, vão conseguir o que sempre quiseram: dividir para reinar e caminhar para a privatização de áreas estratégicas.
Daqui a um ano estaremos a ouvir : "nem com todos estes impostos extraordinários e cortes no sector público e privados conseguimos por ordem nisto, as greves não param; sorry mas privatizar é a única solução..." Et voilá! Com tudo privatizadinho aí sim, Portugal será um país do caraças!

CE

Anónimo disse...

Oh Doce de Leite quando dizes "Também eu dentro de 1 ano serei funcionária pública (se conseguir colocação" deves estar a gozar não?! É que já ninguém entra nos quadros de nada na FP... aliás e se é para professora então ainda é pior!
Funcionário público vitalício era antigamente, agora assinas contrato mas a termo incerto!

M. disse...

Acham injusto que só cortem nos subsídios dos funcionários públicos mas é a entidade empregadora deles que está em apuros. Já se a minha entidade empregadora estiver à beira de falir não vai haver cortes nos subsídios dos vizinhos, vamos todos mesmo para a rua e acabou-se.

Anónimo disse...

PIPOCA, APLAUDO DE PÉ!

Também trabalho numa pequeno-micro-nano empresa. Lá todos sabemos que há um funcionário VAMPIRO a quem não podes ficar a dever 1 cêntimo com 1 segundo de atraso. Ou pagas, ou esse cêntimo ou ele transforma-se numa bola de neve que te engole num instante. Apoios ? O que é isso ? Pode não haver dinheiro para os salários e os fornecedores, mas para o Vampiro tem de haver. E mais interessante ainda, é termos clientes que fecharam porque deixaram a bola de neve crescer. Começaram por atrasar o IVA... porque não recebiam dos clientes... e quem eram os clientes ? Empresas do estado-vampiro! Então isto não anti-constitucional ?

Margarida

Anónimo disse...

Um post sobre Louboutin e logo a seguir outro de queixas sobre a falta de apoio à tua micro-nano-empresa não me parece muito coerente.
Inês

Closet & Beauty disse...

Já fui funcionária pública durante 2 anos, e também descontei para subsistema de saúde diferente e privilegiado. Não descontava pouco mas a verdade é que tinha acesso a todas as especialidades com módicas quantias que uma pessoa trabalhadora no privado, sem qualquer seguro, não tem!
Agora, o meu namorado é funcionário público, está na mesma situação.
Não fico contente por os trabalhadores do privado também levarem corte nos seus subsídios, muito pelo contrário, se há injustiça no corte dos mesmos, também há injustiça por nem toda a gente ter acesso a um subsistema de saúde que é apenas para alguns...e não estou a falar de poucas regalias....estou a falar de pagar 1,72€ por uma consulta de 35€ por exemplo!!!

Cat disse...

Na mosca!
Gostei mto deste post.
Tens ideias interessantes e sabes comunicar. Devias fazê-lo mais vezes.
bjs

Anónimo disse...

Em que é que o IVA de 23% te é mais prejudicial do que à Zara? Gostaria de perceber este argumento, se for possível.

Anónimo disse...

Trabalho no privado, ha 2 anos q nao recebo subsidios mas a empresa tem d fazer os descontos ao estado como s eu os recebesse. Os meus patroes ficarao contentes se nao tiverem d dar mais estes tostoes a um estado q só sabe roubar as empresas.

Anónimo disse...

Como se o q descontam para a adse pagasse os custos impplicados. Q graça.

Anónimo disse...

Vou explicar aos funcionarios publicos outra vez a ver se percebem. Os vossos subsidios são custos para o estado, os subsidios dos privados são receita para o estado. Os subsidios do publico sao pagos pelo estado, os subsidios do privado sao pagos pelas empresas privadas. O estado ganha receitas com os descontos efectuados sobre os mesmos.

Tudo M'irrita disse...

So true... que apareça alguém a dizer que a causa não é desesperante para eu lhe pedir um workshop!

tudomirrita.blogspot.pt

Anónimo disse...

Até gostei do post, mas porque raio é que a sua loja haveria de ter benefícios em relação a uma Zara ou outra loja qualquer do género?

Rita Lucas disse...

Olá pessoas!
Desculpem so um pequeno à parte...digamos...eu trabalho numa empresa privada, ganho uma porcaria e mal da para o que quer que seja, assim como eu ha milhares de pessoas, o meu subsídio levou uma martelada tremenda, o que me revolta, chateia e deixa mesmo F*** (desculpem a expressão) é o facto de, assim como os outros muittos milhares de pessoas, ter que pagar pelos erros dos outros.
Sim aqueles que no mês que vem vão de ferias para fora e praias paradisiacas e vão começar a aparecer nas revistas todos pimpões, e quem paga somos nós!
Como vêm não é só o publico que esta a pagar!
Estamos todos no mesmo barco, e parece que estou a ver um furinho!!!

Anónimo disse...

filhoa,
Antes de mais, deixe-me dizer que acho ridícula esta quezília e inveja entre funcionários públicos e privados.
Sim, é verdade que desconta mais 1,5% do seu ordenado para a ADSE, mas tb sabe que as vantagens que obtem são muito superiores ao valor descontado. senão, diga-me onde é que um privado consegue consultas da especialidade (por exemplo, dentista, obstetra...) por meia dúzia de euros, em vez das muitas dezenas de euros que tem que pagar?
Por outro lado, se os funcionários públicos estão assim tão mal, as portas para sairem e abraçarem o privado estão abertas (o governo até agradece). Aparentemente não será assim tão mau ser funcionário público, mesmo com os cortes... Quantos saõ os funcionários públicos que deixam tudo para trás para se aventurarem no privado?

Anónimo disse...

Só para acrescentar que mais vergonhoso é o ROUBO descarado aos pensionistas. O meu pai tem uma boa reforma porque descontou MUITO ao longo da vida. Trabalhou desde os 12 anos e fez um esforço económico brutal para que ao chegar à velhice tivesse uma reforma confortável. E agora roubam-lhe dinheiro para o qual ele descontou. O meu pai descontou 14 meses por ano para ter a reforma boa que tem. Nunca trabalhou para o público, e chegou a trabalhar por conta própria. Nessa altura podia é ter declarado o mínimo e fazer como muitos empresários por aí, que meteram o dinheiro em bancos no estrangeiro...

E sinceramente, acho que houve mais gente a ficar contente pelos cortes aos funcionários públicos do que o contrário. Já chateia tanto ódio aos fp. E quanto à ADSE, é uma espécie de seguro de saúde, só que obrigatório. Gostava de ver quantas pessoas do privado iriam aceitar que 1,5% do seu salário fosse obrigatoriamente retirado para um seguro de saúde. Enfim.

sibila

Anónimo disse...

Lamento ter lido este post.. Venho cá todos os dias e nunca fui das que critica o exagero de publicidade que aqui é feito.. No fundo é um blog pipoca e de agradável visualização. Venho também, por que tal como a 1ª pessoa que aqui postou afirmou, procuro sempre um post interessante de opinião pública precisamente para analisar as várias opiniões que são geradas através dele e perceber de uma forma relativamente geral o que determinado assunto suscita nas pessoas. Acredito que efetivamente não deixou de ser a tal jornalista e é nestes posts que verificamos isso e não na maioria dos que aqui deixa. De qualquer forma Aqui fica a minha opinião que vale o que vale e que reflecte a tristeza com que percebo que afinal há mais portuguesinhos do que se pensa. Trabalho numa empresa privada mas que alguém decidiu que havendo uma mão ou um pezinho do estado..(mesmo que apenas de um dedo mindinho)deveria e apenas neste caso cumprir com os direitos fiscais das empresas 100% Públicas. Entenda-se que todos os restantes benefícios dos sectores públicos nunca nos tocaram..
Apesar disso sou das que, e como cidadã deste país, acha que devemos contribuir, agora, para melhorar a situação do nosso País para mais tarde os nossos filhos terem eventualmente um futuro melhor, (é que se não fizermos mesmo nada bem podemos esquecer essa miragem). A verdade é que as medidas de corte salarial nomeadamente o facto de retirarem os 2 subsídios de férias que todos sempre tivemos direito sejam públicos ou privados foi um grande choque para a maioria dos orçamentos familiares. Com isto pretendo dizer que não acredito que o pensamento dos tais "portuguesinhos" seja esse por si referido, acredito sim que esta decisão do tribunal constitucional seja uma luzinha no fundo do túnel para aqueles que ficaram sem nada uma vez que talvez com o alargamento destas medidas ao sector privado se consiga chegar a um equilíbrio mais justo para todos. Por estas palavras que aqui li hoje, acredito sim que existem mais portuguesinhos do sector privado "doentes" porque agora poderá tocar também a eles.
Os meus cumprimentos a todos os que por aqui passam,
Ass. Ervilha

Anónimo disse...

É assim, o dinheiro vai ter de vir de algum lugar e se não é dos subsídios do público eles vão buscar aos privados aumentando os impostos em tudo o que for possível!!! Cuidado porque a emenda é quase sempre pior que o soneto!!!
Agora já não vale a pena queixar nem chorar sobre o leite derramando, agora é só a piorar! E isto não é só pessimismo...
MJ

apipocamaisdoce disse...

Dei o exemplo da Zara como podia ter dado outro qualquer. Nada contra a Zara, tudo a favor da Zara. =) Pronto, ok, o IVA ainda dou de barato, mas e o IRC? Eu tenho de dar ao Estado 25% do meu lucro, e as grandes cadeias dão os mesmos 25%. 25% é uma brutalidade! O IRC devia ter em conta o volume de negócios, mas não, pagam todos da mesma forma. Não interessa se é uma micro-nano-empresa ou se é uma cadeia com 350 mil lojas.

Anónimo disse...

Pois...os trabalhadores da função pública não têm culpa da má gestão dos dinheiros públicos, praticada pelos sucessivos governos, muito menos as empresas privadas e os seus respectivos trabalhadores.

Os salários já são suficientemente baixos para agora nos ser retirado subsidios que fazem parte do acordado no contrato de trabalho.

Desculpem mas não me parece justo (para ninguém).

IFS

Isabel disse...

Pipoca,

Obrigada por abordares estes assuntos no teu blog!

Anónimo disse...

Olá Pipoca,

Desde ontem que muito se fala sobre isso, mas a questão que coloco é a seguinte: o Estado só terá a lucrar se o valor dos subsidios ( férias e Natal) for para o estado, pois de outra forma nada lucra! Ao não receber o privado (Empresas e Trabalhadores) não pagará IRS nem Segurança Social sobre eles? A não ser que revista a mesma forma de corte como foi o subsidio de Natal. Pois de outra forma o Estado só terá a perder se isto se alargar aos Privados ( Empresas e Trabalhadores).

Anónimo disse...

O IVA não é do comerciante, é um extra que o consumidor entrega ao comerciante e este, por sua vez, entrega ao Estado. Se um comerciante entende fazer contas a contar com os 23% para si, não é bom comerciante.
Quanto ao IRC ser de 25%, bom, eu pago uma percentagem maior que isso de IRS. Onde é que está a justiça? Explico: ganho mais, pago mais. Não sei se há escalões de IRC, mas se pode gastar na louboutin, chanel ou hermès,e eu não posso (ou considero que não posso), e pago mais impostos sobre o meu rendimento que V. sobre o seu lucro, estamos conversados.

Sunshine disse...

Eu trabalho ha 4anos numa empresa k se diz privada...apesar de ser uma parceria publico-privada,funciona como empresa privada...existem inclusive discrepâncias de ordenado relativamente à funçao publica suportadas pelo fato de "isto é uma enpresa privada"...eis que um belo dia se lembram, graças a Deus a tempo do subsídio e de toda uma catrefada de cortes, que nos somos privados sim,mas maioritariamente publico e Pimba, nao tens as regalias que têm os teus colegas do publico mas tb ficas sem subsídio de férias que é mto fofo porque nao queremos de maneira alguma que admnistradores e afins passem mal...é k o povinho ja esta habituada a ser em modo pobre,um tostão a mais ate pode ser indigesto!

Anónimo disse...

Concordo com o que escreves...
Não se compreende que as pequenas empresas não tenham um regime diferente das grandes empresas... E ajudas para a criação de empresas são escassos...

Anónimo disse...

Para aqueles que ainda não perceberam: se esta medida for para a frente, os empegados do sector privado deixariam de receber os subsidios de férias e de Natal, mas os patrões teriam de entregar o valor dos mesmos ao Estado. É que parece que há aqui comentadores que acham que os patrões simplesmente ficariam com os valores. Isso nem faria sentido algum (o Estado ficar com os subsidios também não faz sentido, como é lógico!) Acredito que ninguém devia ser privado dos seus subsidios. Até porque ao gastá-los está a fazer a engrenagem funcionar. Acredito sim COMPLETAMENTE em reduzir a despesa pública. Quer fechando organismos estatais que de nada servem, quer promovendo a fusão de estruturas paralelas. Nesse caso faria sentido despedir os excedentários, ou transferi-los para onde fizessem mais falta. Gerir recursos existentes com sabedoria, isso sim.

Bli disse...

Essa historia da ADSE, das horas a menos e dos ordenados bons na fp só sai da boca de quem não se informa minimamente e francamente demonstra mais ignorância que inteligência.

Trabalho numa empresa do sector empresarial do estado, não tenho ADSE coisa nenhuma, tenho Multicare como muitas empresas privadas, tenho é verdade uma carga horária de trabalho simpática de 36h semanais (7h12 por dia) que as vejo por um canudo porque faço, de acordo com o meu ponto, uma média de 45h por semana (9h por dia), e não é a jogar Solitaire. Não tenho qqr ilusão de segurança no facto de ser quadro porque todos os dias nos avisam que vamos reduzir 15% do pessoal e como sou novinha e ganho mal, (pasme-se!) saio barato mandar embora. Tb não tenho quaisquer regalias em termos de férias a mais e o raio que gostam de generalizar à fp.

Não digo que não haja ainda situações na fp de pessoal que ganha bem, faz pouco e usufrui de benesses simpáticas mas posso garantir que são cada vez menos, são gerações mais velhas, (ou tachos que certo os há, mas em toda a parte q tb já trabalhei no privado), que entraram noutros tempos e que mantiveram regalias desses tempos. Já não são a regra há muitos anos.

Estranhamente eu ontem ao ouvir as noticias do TC fiquei mais preocupada que outra coisa porque se é verdade que é mais justo ser igual para todos e desta forma tenho alguma esperança de ver um dos meus subsídios a regressar para o ano,(e que falta me faz), por outro lado preocupa-me que agora ficando todos mal isso contraia mais a economia que se fosse só a malta do publico a sacrificar uns quantos anos de subsídios e o pessoal do privado a tentar manter o barco à tona.

enfim, cometeram-se muitos erros nos últimos anos, houve muita gente a meter ao bolso, muita gente a pensar em ambições pessoais e muita falta de educação pelo meio mas no fundo no fundo todos andámos durante muito tempo coniventes com isto tudo, a empurrar com a barriga e a pensar que não tínhamos nada a ver com isto. A verdade é que nos escondemos todos por trás da ignorância para culpar os outros. Se perdêssemos um pouco mais de tempo a perceber o que andam realmente os nossos governantes a fazer (e não falo de ler o Correio da Manhã) e fossemos todos mais activos na melhoria do nosso cantinho talvez começássemos a eleger gente melhor, a aprovar projectos sensatos/úteis, a ver outra geração de politica, não sei..
mas é complicado eu sei, contra mim falo, ah e tal são seis e meia e tenho é de ir preparar o banho dos putos e pensar no jantar e amanhã é dia de limpeza geral da casa que a mulher a dias já foi à vida. Tenho mais que fazer que ir à assembleia da freguesia ouvir o corrupto da época que eu elegi (ou não) atirar areia para os meus olhos...

haja saúdinha e a malta sobrevive... pobrete mas alegrete!

Anónimo disse...

Já que estamos em comparações com a Zara, em Portugal dás emprego a quantas pessoas, mesmo?

Maria disse...

Plenamente de acordo!

Cátia disse...

Trabalho no público e o meu marido no privado. Eu já levei os meus cortes, de todo ficaria feliz por acontecer o mesmo ao meu marido. Não é questão de ficar feliz com a desgraça de ninguém é mais a sensação de justiça feita. A ser é para todos. Por algum motivo os tribunais consideraram a medida inconstitucional. E creio que a Pipoca continuará a poder ter a sua silly season.

HOPE disse...

O IVA sao os clientes da loja que o pagam, Pipoca.
O IRC é uma taxa (25%) aplicada sobre o lucro. Quanto mais facturarem mais pagam. Tudo normal...

apipocamaisdoce disse...

Tirando eu e a minha sócia, emprego mais uma pessoa. Sim, não é muito, mas cada um faz o que pode.

E claro que já estava a demorar a conversa do "queixas-te do IVA e do IRC mas depois compras Louboutin", como se uma coisa tivesse alguma coisa a ver com a outra... Não abri uma loja para enriquecer e nem sequer é de lá que provém a maior fatia do meu rendimento. Só disse que todas as empresas pagarem o mesmo, independentemente da sua dimensão e do seu volume de negócios, me parece um pouco injusto. Mas pronto, quem tem dinheiro para uns Louboutin não se pode queixar de nada nesta vida, já percebi. Como se uns Louboutin custassem 500 milhões de euros...

Anónimo disse...

Quem não compreende que num estado de direito tem de existir igualdade social ( ou todos recebem subsidios,ou ninguém recebe,ou todos recebem metade,etc...)é porque ou é burro ou não quer perceber! Irra que já enjoa! Pipoca se o Estado decidisse criar uma retenção de lucros só para bloggers,de forma a pagar a crise,achava justo? Não vomitem opiniões sem pensar duas vezes no assunto! foda-se! só me dá mesmo para dizer asneiras!E para que conste trabalho no privado, não vale a pena apontarem armas ou acenderem as fogueiras da censura!

Maria João Madeira disse...

Trabalho no sector público, num hospital, mas não tenho quaisquer benefícios dos que tanto se falam (ADSE, etc..). Tenho um contrato sem termo, tenho uma licenciatura, a qual me é exigida para trabalhar e me daria o estatuto de Técnica Superior, mas sou paga como bacharel... que é a mesma situação que enfrentam enfermeiros, fisioterapeutas, dietistas, técnicos de radiologia, etc...
Trabalho nesta área e nestas condições desde 2006... e o tempo das vacas gordas já tinha acabado quando por aqui enveredei. E é isto que acontece com a grande parte dos funcionários públicos... Somos do público, sim! Mas se queremos cuidados de saúde fazemos um seguro e pagamos do nosso bolso (enquanto no privado muitas empresas fazem os seguros dos próprios funcionários), temos a progressão na carreira, subida de escalão e aumentos anuais de ordenado congelados [enquanto no privado (nem todos!) há aumentos anuais, prémios, 15ºmês, divisão de parte dos lucros, prendas de Natal, casamento e etc...].Faz diferença, faz muita mossa, deixar de receber 2 ordenados por ano! Porque nós, os jovens que começaram a trabalhar quando os tais "quadros" já eram história, trabalhamos em condições mais precárias que a maioria dos trabalhadores do privado!Ontem fiquei, por segundos, feliz com a notícia que a retirada dos subsídios de férias e Natal era inconstitucional...pensei que para o ano já voltaria a receber o que de direito é meu! O ideal seria mesmo surgir outra opção que nos permitisse a todos receber todos os subsídios e mais alguns... Mas se para que eu possa receber pelo menos metade do meu, os trabalhadores do sector privado tiverem também de abdicar de metade do deles... acho muito mais justo do que esta situação actual! Não fui eu que afundei as contas do estado... e se a função pública teve algum impacto nisso, foi no tempo da outra senhora em que, aí sim, trabalhar para o estado é que era bom!
Não é uma questão de ficar feliz com a desgraça dos vizinhos... pois até ver seria dividido por todos aquilo que agora só alguns pagam! Se fosse para abdicarmos todos dos subsídios na sua totalidade é óbvio que ninguém deveria ficar feliz, e numa situação de toda a gente abdicar de metade também não é caso para se ficar feliz... é uma questão apenas de reduzir um pouco esta injustiça!
E tal como já aqui alguém referiu... quando nos retiraram estes subsídios, ninguém do privado se lembrou da falta que nos iriam fazer e ficaram felizes de não lhes tocar a eles!

maria disse...

é fantástico como isto parece uma guerra de privados e público. talvez se TODOS nos uníssemos, protestássemos em vez de nos acusarmos uns aos outros que nem criancinhas da primária teríamos mais proveito. devia haver MUITO mais controlo em certas situações que ja falaram em cima como o enriquecimento ilicito. mas ninguém fala em ir "inspeccionar" certas etidades publicas como repartições de finanças e segurança social, que vão tomar o cafézinho a meio da manha ou fazer as compras à mercearia, quando não vão ao restaurante ao lado encomendar o jantar. não quero com isto dizer que todos os funcionarios publicos sejam assim, alguns trabalham que se fartam e levam trabalho para casa e desengane-se quem pensa que é pouco (como professores). outra coisa que me inquieta como alguém prestes a entrar na universidade sem prespectivas de futuro são subsídios de desemprego e outros que são atribuidos a pessoas, muitas vezes, às quais nao se coaduna (uma mulher a dias que não dá os seus dados da SS a alguém que queira os seus serviços porque quer receber do desemprego na mesma); subsidios atribuidos a alunos cujos pais tem pequenas empresas que declaram que ganham 600€ por mês e chegam à escola de mercedes e sapatilhas novas todas as semanas porque os papás nao declaram o que ganham... o filho de um funcionário público nao pode sequer usufruir desses subsídios!
presidentes de câmara que fizeram um mandato e ficam com grandes reformas e muiiiiiiiiiiiiiiitas mais situações caricatas neste país.
HÁ CONTROLO NESTAS SITUAÇÕES? NÃO HÁ! talvez se houvesse, as coisas não tinham dado do que estão.

Anónimo disse...

Eu sou funcionária pública e o meu marido trabalha no sector privado, por isso estou à vontade para dizer o que vou dizer. A questão não tem a ver com querermos que o privado fique penalizado como nós, a questão é não ser justo serem SÓ os funcionários públicos a pagarem uma divida que não contrariam e não me venham dizer que os FP são uns malandros que passam a vida na net e blá, bl, porque como disse e bem, há bons e maus funcionários no público e no privado. Quem devia pagar esta factura deviam era ser quem nos governa e quem gere o nosso dinheiros, esses sim é que deviam ser responsabilizados pelo mal que têm feito ao nosso país.

Proencinha disse...

Não é justo serem só os funcionários públicos... E voltamos a focar-nos na questão errada!!!!....

Não é justo que nenhum de nós pague. Ponto final. Assim sendo, cada um de nós devia sentir-se profundamente triste, zangado, revoltado por cada um de nós, em de de pensar apenas... Ao menos não sou só eu a pagar.... Porque temos nós de pagar 23% de IVA num País desta dimensão? Porque é que as Empresas o pagam, e pagam IRC, e TSU de 23.75 por cada funcionário que empregam??? E porque é que eu ainda pago 11 % para a SS e mais a minha Taxa de IRS e no final de contas se for parar ao desmeprego porque não patrão que suporte tanto gasto com um funcionário, ainda acham que me podem dar um trabalho num POC qualquer para ser explorada numa empresa que não me quer pagar de outra forma porque os custos são incomportáveis e então explora o meu subsidio, para o qual descontei eu e a empresa onde trabalhei 20 anos???? Como se não tivesse ganho esse direito... E depois disto, e depois de tudo se tirar ao portuguesinho, vamos lá a partir de hoje aumentar a energia... O melhor mesmo é que fiquemos literalmente como andamos metafóricamente há já bastante tempo...No escuro....

Anónimo disse...

Quer dizer que os empregaditos do publico nao pensam que ja tiveram a mamar na maminha durante MUITO tempo e que NAO sao melhores que ninguem(muito pelo contrario) para estarem sempre melhor na vida do que os empregaditos do privado. Deixem-nos da mao!! vao descansar para o canto e deixem-nos trabalhar. Eu sempre tive oportunidade para ir para o publico mas NUNCA quis, quero é seguir os meus principios, ficar de consciencia tranquila, ao saber que os meus rendimentos NAO foram sacados aos meus semelhantes enquanto eles se matam a trabalhar, feriados, full time e horas extras se for preciso, SEM pontes, e eu a brincar no computador, a ir ao cafe todo o santo dia, na conversa, a descansar cada 10 min.... Grrrrr

Anónimo disse...

Eu trabalho no privado e o meu marido no publico.... motivo de discussao vezes sem fim.. A função publica é uma vergonha é o que é!! eu sei bem do que falo.

HOPE disse...

O problema está muitas vezes no facto de se olhar demasiado para o umbigo de cada um. Não há realmente percepção do bem comum, da causa pública, do Estado enquanto entidade colectiva. O egoísmo das gentes é avassalador. A incapacidade de pensar para além daquilo que lhes é impingido é reveladora da pequenez cultural e cívica deste País. É vergonhoso!
E assim se vai andando.

Unknown disse...

É verdade pipoca... É triste ver como isto está. E é triste também ver que os telejornais e afins, só falam de crise e desgraça.
Apesar de tudo, também se passam coisas boas no nosso dia-a-dia, e para essas, o telejornal reserva os 5 minutos finais.

É preciso haver pensamento positivo, para que todos nós nos sentirmos confiantes e conseguirmos, juntos, ultrapassar este tempo difícil.

beijinhos

http://sonhosdecacau.blogspot.pt/

Anónimo disse...

"Tive a sorte de arranjar emprego assim que acabei o curso.." Terá sido "sorte" ou mera "cunha"?? Logo vi porque era toda dondoca, com os pais na função pública devem ganhar muito bem...

apipocamaisdoce disse...

Caro anónimo das 20:13, expressei-me mal. Não tive sorte. Tive talento e mereci o cargo. Fui fazer um estágio arranjado pela faculdade (isto conta como cunha?) e convidaram-me para ficar lá a trabalhar. Quanto a ser dondoca... bem, trabalho desde os 18 e nunca deixei de o fazer. Não vivo à custa de ninguém, só mesmo do meu trabalho. Ah, e essa de os meus pais serem ricos só porque eram funcionários públicos é de chorar a rir! Não seja pateta.

Anónimo disse...

Não sou funcionaria publica mas parece-me que a alegria dos funcionarios publicos se deve não ao gostar de ver o vizinho tambem a sofrer, o tipico "afinal nao estou sozinho" mas sim porque é injusto serem so os funcionarios publicos a pagar a divida... é injusto os funcionarios publicos perderem mais do que o restante pais... parece-me que a alegria deles, que é legitima, deve-se a ver uma luz ao fundo do tunel e acabar com uma pequena injustiça... porque se todos somos Portugal, todos temos de pagar do mesmo modo!

Anónimo disse...

Pipoca, vamos lá esclarecer uma coisa...as empresas NÂO pagam todas 25% de IRC...espantada??!! Pois é!!!
Antes de mais, e como todos sabemos, são poucas as empresas a pagar IRC neste país...no máximo pagam o "Pagamento Especial por Conta" (algo que a tua empresa está dispensada de fazer ainda este ano) e que na maioria não vai além dos 1.000€ (limite mínimo)...
Depois há as "micro-nano-empresas" que pagam 25% sobre o Lucro (vamos admitir que é o mesmo que "Matéria Colectável)
De seguida temos as Grandes e as Mega empresas que, para além de pagarem os 25% sobre o total do Lucro (quanto mais lucro mais pagam...não percebo o teu drama aqui), também têm de pagar a chamada "Derrama Estadual", ou seja, sobre a parte dos lucros superior a 1.500.000€ e até 10.000.000€ pagam mais 3%, as empresas que tenham superior a 10.000.000€ pagam mais 5%...(se calhar a Zara está incluída numa destas situações)...
Espero ter-te tirado um peso de cima!!!:-))))
CP

Anónimo disse...

'Mas pronto, quem tem dinheiro para uns Louboutin não se pode queixar de nada nesta vida, já percebi.'


Pode, mas perde a credibilidade quando o faz.
Inês.

Anónimo disse...

Lembro-me perfeitamente na altura em que se anunciou o corte nos subsídios os funcionários dos privados virem todos contentinhos, porque era muito bem feito e beca beca.

Agora estou eu contentinha de cortarem a toda a gente, sabem porquê? Porque os meus pais são os dois funcionários públicos e desde há uns tempos que vejo o dia em que tenho de abandonar os estudos por falta de dinheiro muito mais de perto do que gostava.

Acho mais que justo que paguem todos, ora essa.

Ana disse...

Pipoca, agora quem diz MERDA sou eu... Pq insistes em colocar a "tónica" da discussão na felicidade de uns com a infelicidade dos outros? Não e isso k esta em causa! Em causa esta, eventualmente, poder-se dividir as necessidades por uma base maior, o que "da" menos sacrifício a quem neste momento e exclusivamente "castigado".
Cá em casa são 4 ordenados num ano, faz muitíssima diferença... Não tenho nenhuns Laboutin, mas tb não critico quem os tem... Tenho empregada, a minha filha anda num bom Colegio, ... Podia abdicar de algumas coisas destas, mas licenciei-me, trabalhei desde k acabei curso (tive essa gr sorte), sp trabalhei com afinco, responsabilidade e má postura correcta, pq e que tenho de ser tão castigada e outros absolutamente nada? Tudo poderia ser dividido... Não tenho e não sinto qq culpa acrescida face a outros...
Custa-me mt e ver a Pipoca a tentar levar a tónica da discussão para o lado errado... Não somos um povo mesquinho, não! Pelo contrario, somos mt solidários, basta vermos a entreajuda que se move em tantas e tantas situações, termos um dos maiores bancos de dadores de medula óssea, entre muitas outras coisas... Mesquinho e acharmos k o português e mesquinho e fica feliz com o mal do vizinho!

Danikas disse...

Eu sou enfermeira no público e não me sinto mais ou menos feliz por também quererem abranger o privado. Até porque os meus pais trabalham no privado e fico sim preocupada com eles, pois eu tenho idade e belos braços para trabalhar. Fico, sim, indignada com o corte dos subsídios no privado e/ou no publico e com a situação actual do país.

Anónimo disse...

Pipoca, terminas, dizendo «Toda a gente com cada vez mais deveres e com cada vez menos direitos.». Isto não se aplica aos pilotos da Tap, nem aos deputados, nem aos administradores das empresas públicas. Enfim.

S disse...

Eu tb tenho uma micro empresa e sem bem do que falas e praticamente trabalhar para o estado!!!! todos nós trabalhamos para o estado tanto no publico como no privado pq com o que nos roubam de impostos ivas ircs impostos especiais e mais mil e uma coisas inventadas para cobrar ao máximo dos máximos, sobra muito pouco! Eu por ex como sócia gerente da minha empresa nem tenho direito a subsidio de desemprego!!!! é uma anedota ser Português!! sinceramente uma anedota!!!!

Sexinho disse...

Amen Pipoca, amen!

S disse...

A questão se serem só os funcionários públicos a ficarem sem subsídio de natal e de férias é completamente injusta! E não é porque "há se eu sofro então o outro tb sofre e assim fico mais contente" nada disso!! é que se ficarem todos, tanto o público como privado sem um dos subsídios assim não se tinham que cortar os dois só ao sector público!!! Era mais justo e equilibrado para todos!

Jared disse...

Acho que me vão chamar nomes. Mas eu sou da opinião que cada um merece aquilo que aceita.
O meu sonho é ver isto tudo a ir abaixo o mais depressa possível e toda a gente a ficar pobre, porque este sistema, de uma maneira ou de outra, já deu o que tinha a dar. E quanto mais cedo toda a gente começar a repensar a sua vidinha do zero melhor... Acho que esta crise vai conduzir a enormes mudanças na sociedade e vai trazer também muito progresso! Vamos todos ter que perceber o que é realmente importante na vida! E livrar-nos de tudo o que não é!

http://pqpessamerda.blogspot.pt/

AngelaFonseca disse...

Cara Pipoca, como eu a compreendo, quando fala dos deveres de quem tem uma empresa. Sou arquitecta e tenho uma loja e atelier onde fazemos desde arquitectura a design de interiores e decoraçao (www.fourelements.pt). Ao fim destes 10 anos de trabalho árduo com imensas responsabilidades, sem horas para sair, privando-me quase todos os dias de jantar com o meu filho de 3 anos ( para que jante a uma hora decente tem que ser com a avó) concluo que ando a trabalhar para o estado que nos sufoca com impostos e não quer saber se vendemos ou não. Hoje ser empresário por vezes é a única forma der ter trabalho , visto não existirem oportunidades no merrcado de trabalho. Para alguns ser empresário ainda é sinónimo de ter uma boa vida... Se soubessem. Bom desculpe lá o discurso, mas já estou tão fartinha desta vida.

Inês Sacadura disse...

Comentário mais rEdículo de sempre! E, curiosamente, veio de um Anónimo! (espanto geral). Só posso acreditar que a pessoa que escreveu isto é o Ricardo Araújo Pereira na personagem do "senhor entrevistado na rua".

"Anónimo disse...
"Tive a sorte de arranjar emprego assim que acabei o curso.." Terá sido "sorte" ou mera "cunha"?? Logo vi porque era toda dondoca, com os pais na função pública devem ganhar muito bem..."

Lu disse...

Apoio tudo á excepção dos culpados pela factura! Quem devia estar a pagar o estado da nação sao os funcionários públicos sim mas a minoria que tem os bolsos cheios, aliados aos ex-funcionários públicos masters das off-shores!

Maria.Fonseca disse...

A verdade é que a maior parte das pessoas que se queixam têm o rei na barriga. E digo mais, a minha mãe funcionária pública à imensos anos, amava que lhe fossem cortados os subsídios, era sinal que recebia durante o ano o suficiente para que tal acontecesse. Assim continua a receber os seus dois subsídios e a ganhar aproximadamente 8000 euros por ANO (não por mês). E ainda tem coragem para me "confortar" com um "deixa lá filha, há pessoas que estão bem piores que nós. enquanto não faltar comida na mesa tudo bem, e se não comermos carne comemos sopa."

Este país é uma tristeza e depois ainda querem que os jovens sejam empreendedores. Eu sinceramente acho que assim que acabar o meu curso (sim, sou burra e não o consigo fazer em apenas 1 ano) vou automaticamente para fora.

Anónimo disse...

Você desconta para a ADSE? É que todos os funcionários públicos descontam uma percentagem do seu rendimento para poderem usufruir de ADSE! Quer a utilize 1x ano, quer utilize dia sim, dia não! O privado, se vir que lhe compensa, isto é, que passa a vida doente, paga à medis ou outra qualquer, o público desconta, obrigatoriamente, para a ADSE. Nao me parece Que estejam a fazer um grande favor!

Anónimo disse...

Aiii Pipoca essa matemática...

"Eu tenho de dar ao Estado 25% do meu lucro, e as grandes cadeias dão os mesmos 25%. 25% é uma brutalidade! O IRC devia ter em conta o volume de negócios, mas não, pagam todos da mesma forma"

Exactamente por ser calculado com base numa percentagem (de Rendimento Colectável, não de Volume de Negócios) é que "todos pagam da mesma forma"! Injusto seria se a sua loja e uma Zara tivessem ambas de pagar o mesmo valor fixo anual (€10.000 por ex). Percebeu?

Sobre dar o IVA de barato nem vale a pena fazer nenhum comentário, certo?

Anónimo disse...

Que haja igualdade entre o sector privado e o sector público! Pois muito bem, aceito que retirem os subsídios aos privados! Mas... igualdade em tudo! Acabem com a Lei 59/2008 e com a Lei 12-A/2008. Que vigore o Código de Trabalho para todos! Que vigore o mesmo nº de dias de férias, o mesmo nº de horas semanais, o mesmo sistema de protecção social. Acabe-se com a ADSE (pelos vistos, os FP acham péssimo ter de descontar mesmo os 1,5%, por isso, que se acabe com a ADSE e que todos sejam abrangidos, exclusivamente, pelo SNS).

Anónimo disse...

Para que se saiba, a ADSE NÂO é obrigatório..Só tem quem quer. Aliás, conheço muitos colegas que entraram à pouco para a função publica e como já tinham seguro de saúde, não quiseram ADSE e sendo assim, não descontam a percentagem referente ao mesmo.

Portuguesa sim, com muito orgulho. disse...

É justo sim senhor haver cortes para todos, ou como pensam que seria possível pagar todas as dívidas? Injusto seria se apenas os funcionários públicos e os pensionistas que toda a vida descontaram para ter a sua reforma, fossem os alvos únicos dos cortes. Sim à equidade! E não, não somos um povinho, não somos portuguesinhos, uns coitadinhos quaisqueres. Somos sim PORTUGUESES, um povo que descobriu meio mundo. Temos muitas qualidades, somos capazes de muito. E aqueles que não têm sentido patriótico (geralmente são comunistas) deveriam ouvir o nosso hino e estudar a História de Portugal para criarem ânimo. Lembrem-se do que já fomos e do que poderemos ser. Com bons governantes e muito esforço da parte de todos, tudo é possível. Deixem-se de mesquinhices e de invejas. Vamos é todos remar na mesma direcção!

Anónimo disse...

Diferentes pontos de vista foram aqui demonstrados sobre a ctual situação do país, mas há coisas que também não consigo perceber. Porque é que quando alguém que já pertenceu ao governo, mas que entretanto já se reformou, continua com as mesmas regalias como se ainda lá estivesse? Não percebo!Acho que o dinheiro está muito mal distribuído neste país e está a ser muito mal gasto, sobretudo por quem nos governa.Não me parece que seja em coisas em benefício do povo, mas sim em seu próprio benefício.E não é só de agora sempre foi assim. Veja-se só os benefícios que cada membro do governo tem só por ser do governo! E esta questão sobre os cortes no sector publico e privado, também não percebo. Os FP se estão assim tão descontentes por que não o trocam pelo privado, o mesmo já não se pode dizer do contrário,se calhar afinal o público não é assim tão mau!

Não percebo nada disto, mas se calhar até dá jeito a alguém não explicar!



Yramyks

Anónimo disse...

Já que a tónica da discussão se foca no "quem fica contente com a desgraça de quem" ...

Parece que está a gerar muito mais discussão o facto dos privados poderem eventualmente levar a "machadada", do que quando os funcionários públicos a levaram. Posto isto, sendo eu funcionária pública sem nenhum dos subsídios, confesso que me magoou muito mais o que ouvi de amigos que trabalham no privado do que propriamente os cortes que fazem, obviamente, muita falta. Ah e tal, malandros na fazem nenhum , é bem feito, blá, blá!! Posto isto, dizia eu, tou-me positivamente a cagar para que fiquem se eles, ou ... cada um tem o que merece! Não se pode generalizar? Claro que não. Mas o que foi/é dito relativamente aos funcionários públicos também não!
Teresa

Rosinha disse...

Desta é que foi.
Não dá para ficar aqui quieta, apesar de seguir silenciosamente este blog, não dá!
Estão a comentar, a comentar, mas provavelmente, não sabem o que se passa em todas as áreas do publico e do privado.
Publico/privado...tenho que dizer o que me vai na alma.
Trabalho, repito, trabalho numa grande empresa, do sector privado há 30 anos.
Já passei por várias administrações, várias alterações e para assegurar a mesma competência de sempre, tenho que estar a dar provas do meu valor, e de facto não me tenho dado mal, mas ninguém me deu nada que eu não merecesse e para me darem, o que quer de fosse, teve que ser com muito trabalho, muita dedicação, muito esforço, inclusivé prejudicando a vida familiar. Tá certo? não, mas teve que ser. E se querem igualdade entre publico/privado, estando eu e e todos os meus colegas, no privado, somos avalidados de 6 em 6 meses, ou seja duas vezes por ano, e isto, para uma avaliação que é anual; o meu irmão que está no privado é avaliado de 4 em 4 anos.
Mais vos digo, tudo o que tem sido feito no sector privado, tem sido adotado na empresa na qual trabalho, isto para dizer que:TAMBEM NÃO RECEBI O SUBSIDIO DE NATAL e tudo o resto também vem para cá.
Assim: falem só do que sabem!
e aproveitem este blog, para animar o nosso espirito, na companhia da pipoca. E antes que me venham criticar, eu sei que todos têm direito a opinar.

Anónimo disse...

Infelizmente sou funcionária pública. Perante o atual panorama do corte dos subsídios no setor privado juro que não fico feliz.Lamentarei muito que os governantes, em vez de repararem uma asneira, aproveitem a oportunidade de a alargarem. Com a idade aprende-se que a felicidade só existe quando desejamos para os outros o mesmo bem que para nós. É triste que haja pessoas que por estarem mal, se satisfaçam com o facto de os outros também ficarem mal. Não é a isto que se chama de ressabiamento?
Gosto muito de visitar este blog. É boa onda. Bj

Anónimo disse...

LOL
Acho uma piada esta ideia que se criou na malta dos blogs, que não se pode criticar bla bla, porque é inveja, falta de sexo etc ct.
LOL
Podemos e devemos criticar.
Deixem de ser tapados e abram a porra dos olhos. Ainda não perceberam que esta conversa do "temos de ficar contentes com a felicidade dos outros, mesmo que estejamos na pior" só interessa a algumas personagens que vivem de expedientes e a quem não dá jeito ser questionados ?
Anda aqui muita hipocrisia junta.

Andreia R. disse...

E é por isto que eu gosto do teu blog!

Fashion Faux Pas disse...

Nunca recebi subsidio de férias nem de natal. Já fui para o olho da rua com salarios em atraso por falencia fraudulenta da empresa e nunca recebi nada. Nunca tive um ordenado superior ao salario minimo, e subsidio de desemprego poucas vezes tive direito a ele. Mas nunca me passou pela cabeça ficar feliz por ver outras pessoas na mesma situação que eu, só para não ser a única. Mo meu marido não é funcionario publico e não vai receber subsidio de férias já este ano. O Centro de Emprego diz-me que não sou empregavel. Não quero sacrificar a vida familiar nem o tempo passado com o meu filho, por isso procuro trabalhos de 5h, 6h, mas mal digo a idade do meu filho riem-se e dizem que nessa idade é só doenças e as mães faltam muito. Acho que vou ali assaltar um banco ;) e no entanto ainda tenho esperança, ilusão de que tudo melhore, tudo melhore. Serei assim tão burra? Gostei muito de ler esta tua opinião, Ana.

Leonor disse...

Assino em baixo!

Anónimo disse...

Pipoca...não pagas IVA coisa nenhuma...colectas o IVA para o estado, isso sim. O IVA é pago pelo consumidor final. Quanto à Baazar (sim porque juridicamente é a sociedade da qual és sócia que paga e não tu) pagar tanto de impostos quanto a Zara não convence ninguém, a menos que o fisco te ande a passar a perna...

Uma taxa de IRC de direito comum a 25% até é bem bom, no resto da UE a maioria dos países estão bem mais acima (33% em França p.e.).

Já agora aproveito para esclarecer a senhora mais acima que se queixou que uma sócia gerente não tem direito a subsídio de desemprego e que vergonha de país. Fiquem a saber que não é novidade nenhuma e que nos países europeus a regra é a mesma.

Resto de boa tarde a todos

João Osório

Ana Campos disse...

Pipoca, a última frase do teu texto diz tudo sobre esta questão. E é pena que a discussão continue em torno da "disputa" público/privado, que é completamente irrelevante para o caso.

Anónimo disse...

Olá Pipoca! Faz hoje precisamente 5 anos k terminei a minha licenciatura em enfermagem. Na altura a palavra crise já assumia uma enorme carga. Aquela ideia de k havia muito trabalho para os enfermeiros já estava ultrapassada.Corri o pais de lés a lés a entregar currículos; houve um local k me disseram k se deixa-se lá o currículo iria directamente para o caixote do lixo; noutro local, a senhora humilhou-me tanto por ainda não ter trabalho, que desatei a chorar e ela apressou-se logo a fazer-me o diagnóstico:" ai a menina está numa depressão de todo o tamanho", animadora de facto; passados 10 meses consegui o meu primeiro emprego a sério com enfermeira na ARS de Lisboa; nesse tempo de espera e desde os meus tempos do 9º ano sempre trabalhei...na restauração entre outras coisas...alias ainda hoje enfermeira feita continuo com esse part time;trabalho longe de casa ( e é se quero)e fico cada vez mais revoltada com as injustiças, seja no publico ou privado. Em tempos sem dúvida que o serviço público devia ser bom; hoje falo na primeira pessoa que não o é..faço 35 horas semanais...sim poderia fazer mais, mas se não as pagam prefiro usar o tempo noutras coisas...sei k mais cedo ou mais tarde poderá ser a minha vez de ir para o olho da rua... e ai tenho k continuar a lutar seja nesta profissão ou noutra qualquer. Poderia imigrar, mas ainda tenho uma réstia de esperança que consiga sobreviver a estes tempos e um dia possa olhar para trás e ver que esta fase má passou...espero estar certa ( se bem que cada vez acredito menos)...

Anónimo disse...

Gostava de responder à Dalila das 6 Julho, 2012 13:55


Até hoje já alguma vez algum F. público se preocupar pelo fato do seu homologo do privado ganhar bem abaixo da tabela da F. pública?

Já alguma vez viu algum F. privado ter regalias da F. pública? Não que tenha inveja, aliás que continuem a tê-las todas e mais algumas desde que sejam auto-sustentáveis

rv disse...

Obrigada pela partilha de uma opinião coerente e realista, parabéns pela frontalidade e perspicácia de visão!

BdeBrilho disse...

Acho que este não é o momento para divisões. Público e privado, temos que nos unir, pois actualmente está tudo a ser roubado por uma minoria de políticos que vão enchendo os bolsos à nossa custa. Que tenham tomates e cortem noutras coisas, como escrevi no meu blogue. Antigamente havia a nobreza e os reis. O povinho, em minoria, é que suportava os gastos e extravagâncias. Qual é a diferença agora? Apenas os nomes...

http://8e87maravilhas.blogspot.pt/
http://estaluzboaqueeuamo.blogspot.pt

Anónimo disse...

Não vejo onde está a duvida.
O publico deve ter exactamente as mesmas regalias que o privado. Incluindo o desemprego.
Se em 2000 eram precisos por exemplo 100 mil professores e em 2012 forem apenas precisos 75 mil e no futuro ainda menos....então têm de ser dispensados tal como acontece no privado.
O exemplo dos professores é isso mesmo, apenas um EXEMPLO.

Anónimo disse...

Olá Pipoca. Após a leitura deste post e respectivos comentários, deixo-te uma sugestão: Que tal escreveres algo inspirado naquele excerto que a Cocó escreveu no seu livro? Mas desta vez seria "A puta da Ana *".

Se escreves artigos de moda, és uma puta fútil. Se não escreves, devias escrever porque este artigo é demasiado chato para um fim-de-semana, logo, continuas a ser uma puta desmoralizadora de pessoas. Se defendes o teu ponto de vista, é porque não sabes do que estás a falar, e porque és uma dondoca de pais ricos e que vingou na carreira através de cunhas. puta. Se não o defenfes, és uma puta sem personalidade. Se te gabas das tuas compras/viagens/ofertas/afins és uma puta exebicionista. Se não, és uma puta falsa... ( eu podia continuar, mas acho que deu para entender onde quis chegar)

Posto isto, quero apenas acrescentar que concordo com o teu post. De facto há coisas mais importantes do que alimentar estas guerrinhas parvas entre público e privado, até porque já não se justifica tal coisa hoje em dia. E quem diz que não se tratam de rivalidades, que deixe a hipocrisia de lado. Porque hoje em dia o privado é um pauzinho de dois bicos e que não hájam dúvidas disso.

Para a pessoa que não entendeu a diferença entre a "micro-nano-empresa" da Ana e uma Zara, trata-se de uma questão de volume de vendas. Não faz sentido, até porque se o que era suposto era apoiar a criaçao de pequenas empresas, tambem eram precisos mais apoios, incentivos e algumas regalias (embora ja ache demasiado arriscado pedir tanto)

(Este assuntos daria pano para mangas)


* - Salvo seja! :P

Anónimo disse...

Gostei muito do texto/opinião de Maria João Madeira!

Sini disse...

Sinceramente fiquei "contente" com esta decisão... não sou funcionária pública e não tenho regalias de função pública mas como quem me paga é o estado também levei corte no subsídio, o que não acho justo. A ser que seja para todos.
Andaram todos "contentes" a ser só os funcionários públicos com cortes (o que não é verdade e mesmo que fosse não acho justo), quando se alarga a todos já todos falam...como diria a gíria "Pimenta no c@ dos outros para mim é refresco..."

Anónimo disse...

Concordo contigo!! E também concordo com a primeira pessoa que comentou, de vez em quando é bom ver a faceta de jornalista num texto em condições, em vez de o blog ser só um desfile de prendas. Bom, o blog é teu, faz dele o que quiseres.

Sinceramente, parabéns pelo texto (e que não digam que os anónimos comentam só para criticar).

VN

Sonhadora disse...

Eu, sendo funcionária pública há mais de 30 anos, não me regozijei absolutamente nada com a extensão da roubalheira aos privados. Nem ouvi nem vi ninguém a se regozijar de tal. Regozijei-me sim, de pensar qua havia a hipótese de voltarmos a receber nem que fosse metade. Já seria alguma coisa. Achei ridícula da parte do senhor primeiro ministro, a sua reação em alargar para o privado. Mas que grande lata! Então tira-se a todos?! É assim que se resolve? Em vez de tentar repôr a legalidade, vamos aos bolsos de todos, assim calamos deixa de haver ilegalidade? Mas que governo é este? que mentes perversas são estas, que nos governam? Vamos afundar o país todo, assim é que vamos lá... Haja juízo neste país ...Mas infelizmente, já não tenho esperanças ...

Anónimo disse...

A quem aqui escreveu q as empresas terao d entregar os respectivos subsidios ao estado, digo que assim não ha igualdade possivel. O patrão estado nao tem essa despesa mas o patrão privado vai te la. Acresce que ha imensas empresas que não pagam os subsidios pelo que se forem obrigadas a entregar esse dinheiro ao estado vai ser lindo ver mais umas dezenas d empresas a fechar.

marisa costa disse...

Doce de Leite

A ADSE não é uma benesse, nem é um serviço gratuito, qualquer funcionário que decida entrar nesse subsistema de saúde paga uma taxa mensal como qualquer outro seguro de saúde, e não são dois ou três euros. Experimente consultar o site da adse, veja as especialidades abrangidas e o nr. de médicos por cada uma. Experimente também ligar para um desses privados para marcar uma consulta, de ginecologia, por exemplo, (a ver se usufrui de algum do muito dinheiro investido anualmente na benesse da A D S E) e depois partilhe a experiência por favor. (comprar óculos de sol: nunca tentei mas é uma boa dica.)

Ser funcionário público é maravilhoso, quer seja pelas horas extraordinariamente bem pagas, pelos subsídios generosos, pela fluidez e eficácia da máquina administrativa, pelos prémios de desempenho anuais, pelos ginásios com desconto, pelos cafés e bolos gratuitos, pelas consultas gratuitas em hospitais privados ou pelas honrosas promoções baseadas no mérito. Aconselho. Aliás, é tão maravilhoso que creio que se deveria pensar numa permuta entre trabalhadores do público e do privado. Afinal, as benessees do paraíso não podem ser só para alguns.

Anónimo disse...

Pipoca, concordo inteiramente com o seu comentário, muito embora não me reveja no grupo dos de se regozijam pela repartição do mal pelas aldeias... Trabalho para o estado, mas não sou funcionária pública... Ou seja, faço 40 horas por semana... não tenho ADSE, não tenho mais dias de férias… mas tenho sofrido com todos os cortes impostos aos colaboradores da função pública, estou naquele papel, em que, sou carne para os cortes e peixe para os ditos benefícios.
O mais correto era que todos recebêssemos, aquilo que adquirimos ao fim de muitos anos de luta dos nossos pais, avôs… mas dada a crise e uma vez que os nossos governantes só conseguem cortar sobre o rendimento do trabalho, então que o cortem com equidade.

Anónimo disse...

Só um acrescento ... ganha-se tão bem na FP, porque não consultam as tabelas salariais e vêm por ex, quanto ganha um cantoneiro de limpeza (que faz recolha de lixo)??? É indecente!Assim como é indecente no privado pagarem o ordenado minimo (e mts vezes nem isso)e serem explorados.
Deviamos era todos exigir melhores condições de trabalho, justiça, educação e saúde para TODOS!!!! Essa é a função do estado!

Unknown disse...

Sim...é horrível. Nunca me passou pela cabeça deixar Portugal...nunca até há um mês atrás quando pensei tornar-me "empreendedora" e descobri que são tantas as dificuldades que chega a ser ridículo. Enfim...é o país que temos e que, suspeito continuarmos a ter, durante algumas dezenas de anos se entretanto ninguém se lembrar de dar um murro na mesa a sério.

Anónimo disse...

É tão simples quanto isto, enquanto trabalhador do setor privado o meu ordenado não vem do Estado, portanto não é uma despesa pública. Seria mais uma receita, a ser assim então eu prescindo dos meus subsídios, mas não a favor do Estado, e está resolvido o problema da igualdade...

Graça disse...

...E depois vêm para cá os chineses e é só ajudas e regalias...Fico chateada, pois claro que fico chateada!!!

Anónimo disse...

Em que outro sector se vê Tecnicos de Informatica que mal sabem ligar o PC ?
Sao tantas as trafulhices que chega a meter medo.
A funçao publica deve ser gerida como o privado.
Se são precisos contrata-se, senão despede-se .
E com direitos iguais.
E não esta treta de carreiras publicas onde acontece muitas vezes termos licenciados em areas muito distintas e com responsablidades muito diferentes a ganhar o mesmo, porque ambos sao tecnicos superiores.
Palhaçada.
Depois admiram-se que a nivel dos quadros mais altos apenas a porcaria fique no Estado.
Basta ver alguns anuncios de emprego publico.

Atlantida disse...

Não tive tempo de ler todos os comentários; li 1/2 dúzia e vi logo um que dizia "porque é que, quando foi só o público a perder, o privado não foi solidário?"

A minha mãe foi funcionário pública e, com a ADSE (só para dar um exemplo) tinha, assim como nós, sua prole, direito a um monte de reembolsos que o privado não tinha: comprava-se uns óculos, lentes, tinha-se consultas, fazia-se exames, etc, etc e era reembolsada uma boa parte. Para não falar das cantinas públicas, onde as refeições baratas são pagas por todos, etc, etc.

Ainda ontem estive a falar com um vizinho, Func. Público, que meteu 1 mÊs de baixa e andava no jardim, em tronco nú, a cortar a relva! E isto acontece há anos!! No privado, tentem fazer isso, quando os colegas sabem que se está de saúde, e rapidamente estão no olho da rua! E quem é que paga estas "férias"? Pois é, todos!!

E a solidariedade, onde é que andou?!

Myu disse...

É que nem mais Pipoca... a triste realidade, eu vou tentar a todo custo combatê-la.

Anónimo disse...

Olá
Parabéns pelo blog, acompanho com interesse. Antes de mais NÃO SOU funcionário público!Estive a ler quase todos os post e é absolutamente irreal a forma como as pessoas dirigem o seu pensamento e a suas crenças para aquilo que as engenharias políticas definem como alvo! "Bater" no funcionário publico dá votos, separar para reinar! Qualquer coisa como "esgatafunhem-se uns aos outros". A entrada para a função pública é feita por concurso publico, salvaguardando situações irregulares e de óbvia corrupção, mas até por uma questão de bom senso (pelo universo da amostra) são a excepção e não a regra. Se é tão bom e invejável (pelas alegadas regalias) pq não concorreram à FP???? Não sei se será a mesquinhez que levou alguns FP a ficarem contentes pelo potencial alargamento da supressão dos subsidios ao sector privado. Aquilo que percebo das pessoas com quem tive a oportunidade de falar é que há um sentimento de maior justiça procedimental, a possibilidade de assim a supressão não se alargar por tanto tempo como estava previsto e ainda a possibilidade de passarem a receber parte do dito!

Paula disse...

Parabéns pelo regresso das teorias espectaculares. É disso que gostamos, de boa opinião, pessoal, individual.
vidademulheraos40.blogspot.com

Anónimo disse...

O problema da Adse é o que o Estado gasta, pq além da comparticipação dos utentes da Adse o Estado paga o remanescente aos profissionais de saude que têm ou não contrato com a Adse, essa comparticipação do Estado é que me chateia, pq estou a pagar para os F.P. irem ao médico, terem termas e oculos de sol comparticipados

fatima_bento@sapo.pt disse...

Olha, gostei da tua teoria, que de fato é certa: já não há empregos certos, e com a ADSE a passar um episódio de 'crónica de uma morte anunciada', não estou a ver grandes vantagens efetivas de se ser funcionário público. Aqui em casa o marido é FP, e está a pensar em ir para Londres. Porque a coisa para os FP tá tão boa, tão boa, tão boa!!!!!!!!
Agora, disparaste um bocadinho ao lado quando referes a 'alegria' dos FP's em relação ao alargamento da retenção de subsídios ao privado. Porque:
- a primeira 'festa foi feita pelo privado, pois que os FP's que paguem a crise;
- a 'festa' dos FP's não vai tanto no sentido do 'tamos mal mas não somos só nós, tuga e poucochinho, mas fundamentalmente na hipótese de terem de ser repostos os mesmos, já no próximo ano, pelo menos em parte - e dividido por todos, a coisa é mais justa, dado que suspender os 13º e 14º meses ao setor público geraria uma crise política que ninguém pode querer.
Agora diz-me (Londres, no nosso caso, à parte) se não é mais justo a retenção de 30 ou 40% de subsídios a todos de que 100% aos FP's? Sabes, quem vive com €1200 - topo de carreira para um designer naval, dado que os aumentos e progressões de carreira estão congeladíssimos - conseguia acertar as finanças anuais [seguros, revisões, check ups de saúde, óculos, dentistas e afins (e pagamentos de dívidas contraídas a familiares)] com os subsídios. Este subsídio de férias inexistente foi uma espinha na garganta para muito boa gente.
Às vezes as pessoas esquecem-se que atrás das teorias-chapa-quatro há pessoas, vidas de pessoas, dramas de pessoas (não estou a deixar inerente ao meu discurso que sejas uma dessas pessoas, atenção!), e isso é verdadeiramente lamentável.
(e depois há um pormenor de que se fala pouco - em caso de incumprimento financeiro, por arte de um FP, o salário é penhorado num estalar de dedos, enquanto que no privado não é tão automático... só coisas boas, portanto...)

Atlântida disse...

@ fatima_bento@sapo.pt

Só para esclarecer o que disse no final, na empresa onde trabalho, tenho vários colegas com salário penhorado... Não sei onde foi buscar essa ideia.

Já agora, aproveito para perguntar se acha mais justo que, um vizinho seu que viveu acima das possibilidades, que apesar de falido contratava empregada a tempo inteiro, ia comer a bons restaurantes, tinha boas férias, etc e, quando obrigado a pagar, diz que devem ir bater à porta do resto do prédio, porque se cada um pagar um pouco, a ele lhe custa menos.

Repare numa coisa, na empresa onde estou, baixaram-se salários e despediram-se pessoas em prol da sobrevivência. Noutras empresas terá acontecido o mesmo, mas não vem a público, porque não sai em Diário da República. Sem isso, fechava-se a porta! O estado cortou subsídios na FP para evitar despedimentos, que é o qe acontece na privada. Veja o que aconteceu na Peugeot-Citroen, em França, em que, como conseguência da diminuição das vendas, vao ser despedidas 8000 pessoas!! É isso que acontece no privado.

É essa a igualdade que quer?

Tamborim Zim disse...

Equidade, minha gente. Sabem o q é? E justiça social? Pois.

Anónimo disse...

Abre um negócio, cria um empresa, é o/a gerente, contrata um funcionário. Ao fim de uns meses, o negócio corre mal, tem de fechar. O funcionário tem direito a receber n salários etc etc e tem direito a subsídio de desemprego. O "patrão", como gostam de chamar alguns politicos, não tem direito a subsidio algum, e ainda se calhar terá de retirar das suas economias para cumprir os compromissos assumidos. E a partir daqui para o "patrão" é o vazio. Invistam, Criem emprego, Criem empresas, Arrisquem.

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Teorias absolutamente espectaculares

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