Esta manhã o homem arrastou-me para o Freeport. Tinha de ir lá fazer um trabalho e eu, como esposa extremosa que sou, disse que ia com gosto. Na verdade estava mas era a pensar em comprinhas a preços baixos, mas pronto. Ao contrário de todas as outras vezes, não me desgracei na Bimba y Lola. Nem na Mango. Nem na Carolina Herrera. Nem em nenhuma dessas lojas que vou sempre vasculhar nas idas ao Freeport. Não, desta vez a degraceira foi mesmo na Adidas. E na Nike. E na Puma. E na Reebok. A culpa é das idas ao ginásio. Como é sabido, nunca fui pessoa dada ao desporto, mas nos últimos tempos tenho ido quatro vezes por semana ao ginásio. E como passo lá duas horas e faço, pelo menos, duas aulas, não há roupa que aguente. Sai tudo de lá impróprio para consumo, directo para a máquina. E percebi que tinha poucas coisas. A minha pequena Nazi do Exercício diz que eu vou sempre toda fashion para o ginásio. Ora isso não é verdade. Está certo que não vou com t-shirts das salsichas Nobre, nem com calças largueironas de fato-de-treino, mas também não levo conjuntinhos a combinar. Gosto de levar roupas de treino decentes porque acho que têm vantagens em relação à roupita normal. Por alguma coisa estão cheias de tecnologias. Os tecidos adaptam-se melhor ao corpo e aos movimentos, mantém o rabo e as mamas no sítio, e são incomparavelmente melhores no que diz respeito à transpiração. Só vantagens. Também tenho respeitinho pelos ténis. Tenho pares mais específicos para correr, tenho outros mais adequados para actividades indoor, etc e tal. Parecem mariquices, mas são detalhes que fazem a diferença. E por isso hoje lá comprei meia dúzia de tops e calças (em tendo tempo logo ponho aqui as fotos). E tudo em cores fortes e divertidas, nada muito mortiço, que para isso basto eu. Não vou fashion para o ginásio, mas gosto de ir compostinha. E, pelo menos para mim, funciona como uma motivação. Enquanto houver roupa para estrear há alegria para ir ao ginásio (quando se acabar é que vai ser pior). E agora que tenho passado lá mais tempo, tenho apreciado os trajes alheios. Há quem leve a coisa ainda mais a sério do que eu e vá devidamente kitado, há quem se resuma às peças mais velhas que encontrou lá por casa, e há quem pareça ainda não ter entendido bem o conceito do ginásio. Ainda esta semana reparei numa miúda que foi para uma aula qualquer com uma blusinha às flores. Uma blusinha! Não era uma t-shirt, não era um top, era mesmo uma blusa! Oi? Não sei se se esqueceu do equipamento e decidiu ir assim para a aula,  ou então não. Também já vi gente a treinar de All Star. Há de tudo. Mas pronto, o que eu queria mesmo dizer é que a ida ao Freeport compensou. Consegui comprar tops a 10€, uma pechincha no mundo da roupa desportiva. Ainda ontem tinha andado a espreitar no El Corte Inglés e não se encontrava nada a menos de 40€. Fica a dica (e não, caraças, não é publicidade, é só mesmo uma dica para quem se interessa pelo assunto).