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Filhos e tal

quarta-feira, setembro 14, 2011
Nos últimos tempos já escutei e participei numa data de conversas sobre filhos. É normal. Quando uma mulher está na casa dos 30, casada ou com uma relação estável, invariavelmente passa a falar muito mais dos filhos que ainda não tem. Ou porque lhe perguntam (e a mim perguntam muito) ou porque o tema vem à baila quando várias mulheres se juntam. Ora ontem fui jantar com as minhas amigas. Das oito que estavam à mesa, só duas têm filhos. As outras, todas ali à volta dos trinta, já estão casadas ou a viver com os namorados e, claro, a conversa lá descambou para aí. Uma das minhas amigas, que há uns tempos andava a tentar engravidar (à conta de um relógio biológico que resolveu começar a tocar aos altos berros), decidiu que afinal ainda não era a altura certa. Que ainda tinha muitas coisas para viver com o namorado. Que ainda tinha viagens para fazer. Que, enquanto casal, talvez ainda não fosse o melhor projecto de vida. Que, com 31 anos, ainda tem tempo de sobra para ter crianças. Por isso adiou. E, para mim, faz sentido. Ainda não senti vontade efectiva de ter filhos. Acho giro conviver com grávidas e, de todas as fases da vida de uma criança, a parte de serem mesmo bebés é a que me cativa mais. Daí a querer ter um... ui, vai uma grande volta. Eu até me imagino com filhos daqui a muitos anos, agrada-me todo o conceito de família, e tal e coiso, mas para me ver com filhos daqui a muitos anos... é preciso fazê-los agora ou nos tempos mais próximos (porque a merda dos nossos ovários vem com tempo de validade). E isso é que é uma  grande chatice. Agora, no tempo real, não tenho espaço nem tempo para uma criança. Sim, sim, eu sei, é uma perspectiva muito pouco altruísta, mas é a minha, e parece-me honesta. Vejo tudo aquilo que um filho implica, a dedicação e o tempo que exige, e tenho a certezinha que não estou pronta para me meter nesse carnaval. Tudo aquilo de que tenho de abrir mão para trazer uma criancinha ao mundo é, para já, demasiado. E não quero, não estou para isso. Gosto de jantar à hora que me apetece, gosto de poder ir ao cinema à meia-noite, gosto de saber que posso ir duas semanas para o outro lado do mundo sem dar satisfações a ninguém. Gosto dessa liberdade e não me vejo a abrir mão dela tão cedo. Sim, já sei que não faltará gente a dizer "mas um filho é tão compensador, e é tão lindo, e as crianças são adoráveis, e assim que ele nascer já não vais ter vontade de fazer essas coisas todas, e se tu quiseres a tua vida não muda quase nada, e blá blá blá". Pois, tudo muito bonito, mas as coisas mudam, E não há volta a dar, por mais que se queira. Por mais apoios que se tenha, por mais avós que possam estar à mão, por mais que se leve a criança para todo o lado, não é o mesmo e nunca mais será. Uns pais adaptam-se melhor do que outros, é verdade, mas também há muito bom casal por aí que se anula e passa a viver completamente centrado e obcecado pela criança. Mas pronto, isso é outra conversa. O que é certo é que as mulheres vão adiando cada vez mais a decisão de terem filhos. Claro que continua a haver as que aos 25 anos já têm dois ou três, as que querem mesmo muito ser mães, as que à primeira oportunidade vão engravidar.  Mas vejo pelas pessoas que me rodeiam que a predisposição é pouca. Que ainda ninguém está para aí virado. Que se vai adiando sempre, por um motivo ou por outro. Tal como dizia, eu até me vejo com filhos, mas não os quero agora e nem sequer sinto vontade. E se nunca sentir vontade? Será que é justo tê-los só porque até acho que é engraçado um dia ser velhota e ter descendência? Não é uma perspectiva um bocado egoísta da coisa? Por outro lado, também tenho medo de ir adiando, adiando, adiando, e depois chegar aos 35 ou 40, dar-me uma vontade súbita, e não conseguir engravidar. Depois está-se mesmo a ver que aquilo vai ser a coisa mais importante da minha vida e que se não tiver um filho não me vou conseguir sentir realizada e vou andar a bater com a cabeça nas paredes. Enfim. Acho que as pessoas ainda têm algum medo de constatar e dizer alto que não, que se calhar não querem filhos. E, vai-se a ver, e não é crime nenhum. É só uma opção, tão válida como dizer que se quer um filho, dois ou oito. Isto não é uma ciência exacta nem há fórmulas para a felicidade. O que resulta para uma pessoa, não resulta para outra. Há quem queira filhos, há quem não queira, há quem queira e não possa (e isso é que deve ser mesmo lixado). Isto não é propriamente o mesmo que decidir se se compra ou não um carro. Eu ainda não sei se quero filhos. Ainda não sei se a vontade vai aparecer. Pode ser para o ano, pode ser em 2016, pode ser nunca. É coisa para se ir vendo. Não vale é a pena perguntarem-me aí umas 18 vezes por semana "então e filhos, para quando?", porque acho que vou começar a responder torto. Do género "porquê? Está com vontade de tomar conta dele até aos 25 anos? É que se for assim vou já para casa pinar como uma coelha".

124 comentários:

Simplesmente mulher disse...

Reflicto-me inteiramente neste post. Há simplesmente mulheres cujo ter filhos ainda não foi uma prioridade, porque há outras coisas para se fazer e viver.E felizmente nem todos temos as mesmas prioridades...Agora pinar como uma coelha todos os dias, podes fazê-lo ;) quem não o quereria ;)

Anónimo disse...

Verdade verdadinha... a última frase é a resposta mais politicamente incorrecta a dat!

Célia disse...

Olá.
Sou uma leitora assidua mas nunca comentei. Agora não resisti porque me identifiquei muito com a pipoca sobre este assunto dos filhos. Apesar de ter 2 rebentos (com 5 e 10 anos) concordo a 100% com o que escreveu. Não se deve em caso algum ter filhos porque nos perguntam ou porque "a sociedade o exige". É mau para nós e mau para as crianças. Eu estive 7 anos casada sem ter filhos e não me arrependo, se bem que depois foi complicado de os ter e só com tratamentos de fertilidade resolvi a questão....Mas enfim, cada um é como é e se a pipoca não sente vontade de ter filhos não tenha, pronto! Não ha mal nenhum nisso. Se resolver ter, dou-lhe o meu exemplo, eu e o meu marido continuamos a fazer "escapadinhas" e a ir ao cinema à meia-noite! Claro que não pode é ser tantas vezes como antes e as avós dão muito jeito nestas situações.
Felicidades, Célia

Tati disse...

Penso exactamente do mesmo modo... Mas acho que no mau caso não vai ser muito pacifico porque o namorado/companheiro fala muito em ter, tenho 28 e por agora digo que se calhar tenho aos 30... E, se aos 30 disser aos 32... Acho que ainda vamos ter chatice por causa deste tema...

Camila disse...

Revejo-me totalmente neste port!!Estou como tu: ainda nem sei se os quero ter!!Até decidir é curtir a vidinha!!

Kisses

Maria

MarianaS disse...

É inteiramente respeitável e razoável essa perspectiva, que eu tb defendi muito tempo.
Só não esqueças que, muitas vezes, o tempo do "querer" não coincide com o tempo do "poder". Muita atenção a isso.

NEXT STOP disse...

Pois às pressões que sofro da minha mãe e avó, respondo, 'Ainda sou suficientemente egoísta para abdicar do meu tempo!' Ou então tenho uma filha (porque agora até dá para escolher, não é?! AHAHAH) e suborno-a para se comportar, caladinha sem reclamar e arrasto-a para todo o lado que eu tiver de ir com ela... Decididamente não me parece uma opção maternal!

LBD disse...

Sempre me coloquei primeiro em todas as minhas decisões. Aos 28 deixei Portugal e fui desenhar para uma das minhas marcas de sonho, comecei uma vida nova. Aos 31 fiz as malas e fui viver para Shanghai, a NY do século XXI... sempre com o melhor dos companheiros, o pai ideal para os filhos que ainda não estavam nos planos. Aos 33 decidimos deixar tudo e passar o ano a dar a volta ao mundo. Nós e as mochilas. Regressamos em Janeiro deste ano, empregos novos e vida boa, já perto de casa, familia e amigos. Ora vamos lá começar a pensar em estabilizar.
Um dia doi a barriga, ai, aiii... o que é isto, o que é... médico aqui médico ali... soube precisamente esta segunda feira - há 2 dias atrás - que isso de ter filhos poderá não passar do sonho. "Em Abril não estavas assim" - disse a médica, ainda por cima da familia, e por isso mais directa e sem grande sentimento a dizer as verdades. "Os bébés têm-se cedo!... Agora precisas de mais tempo para o conseguir, tempo esse que o teu útero, se calhar, já não tem!"... Oh... não é impossivel, mas vai ser muito, muito dificil. E pouco natural, e sempre controlado e sempre com "ajudinhas"...
Olhando para trás vejo que tive alta vida e fiz coisas nessa vida, que me seriam impossiveis de fazer com um filho. Barriga cheia, posso, irónicamente dizer, mas olho para a frente e não sei o que vai ser isto do "se calhar já é muito tarde" e que vida vou ter, que tranquilidade chata será esta sem um filho.
Ah... e "só" tenho 34 anos...

Little Miss Sunshine disse...

Falando por mim, eu sempre pensei exactamente como tu. Para mim, o prazo para começar a ter filhos seria aos 35 (nesta altura eu teria 25 ou 26). Estava no auge da minha vida economica, ganhava muito bem, viajava três vezes por ano, saia à noite, era feliz. Depois veio o casamento e dempre com essa ressalva, só me caso contigo se não te importares de teres filhos aos meus 35.
Até que um dia muito bonito o relógio biológico começou a tocar feito doido e o que é facto é que aos 35 já tinha dois filhos. Mas o que também é facto é que apesar de os amar - aquele amor visceral que não se explica, eu não tenho ajuda de ninguém para tomar conta deles. E muitas vezes fico com pena de não poder sair ou jantar fora as vezes que gostaria. E de os bilhetes de avião custarem o preço das mensalidades dos colégios... mas são escolhas. E apesar de ser uma loucura muitas vezes penso num terceiro. POrtanto, Pipoca, vive a tua vida porque se a vontade chegar, chega sem avisar! e nessa altura queres e pronto. Se não chegar não vem daí mal ao mundo!
Ana Moreira

Carla C. Hilion disse...

Pois, acabo por também estar nessa posição. Quase com 30 anos, quase 2 anos casada... enfim... as pessoas deviam-se meter mais é na vidinha delas. Mas fazer o quê... ;) um dia havemos de saber se sim ou se não ;) ***

2boys mom disse...

Pipoca, tenho 30 anos e tenho 2 filhos (que são a minha VIDA!)Não me arrependo nada porque, de facto, eles preenchem-me muito. Mas, honestamente falando, condicionam muito também... e é verdade verdadinha que às vezes sinto suadades da liberdade que tinha antes de os ter... Por isso, concordo com tudo o que disseste. É certo que não existe altura ideal para os ter, mas há que aproveitar antes "deles" chegarem.

Marta disse...

Sempre pensei como tú...e agora com quase 35 , admito que ainda nao estou preparada......e acho que nunca vamos estar...
Mas aquele peso do.....35 anos....e se nao consigo e vou p velha....Decidi andar à chuva, sem stress....quando apanhar uma molha!!Aconteceu.A altura ideal não existe....é decidir andar á chuva e quando acontecer seja bemvindo!!!PRA MIM...CLARO!!

Su disse...

Olá Pipoca,
Não costumo comentar, mas passo pelo teu estaminé todos os dias para saber das novidades.
De facto, ainda existem pessoas que ficam muito chocadas pelo facto de haver mulheres que, simplesmente, não querem ter filhos.
Todos os dias, ou quase todos, me perguntam para quando um 'nénem'. Ainda existem as alminhas bondosas que dizem: 'já não vais ser mãe, qualquer dia já vais ser avó!' Um amor...

Eu, de facto, do alto do meu egoísmo, penso no trabalho que 'aquilo' vai dar e metade da vontade já se foi. No entanto, não quer dizer que não sinta vontade de ser mãe..... tem dias! Mas, como sou casada, não posso pensar só em mim e na minha vontade... que seria esperar pelo menos mais 5 anos, não estivesse eu com a bonita idade de 37 primaveras.
Bem, conto com aquelas frases que muitas amigas minhas dizem: 'se eu soubesse já teria tido há mais tempo (isto dito por uma que não queria ter filhos)', 'ah e tal, quando tiveres vais adorar' e bla, bla, bla.
A ver vamos...

Teresa Celestino disse...

ahahahha, Olá Pipoca sou miúda com um pouco mais que a tua idade, mas neste momento não sou detentora de nenhuma relação dita estável/segura...dita...
No entanto, e veio mesmo a calhar, sou frequentemente abordada pela questão:
"Entãooo quando casas para dar um neto aos pais!" E eu que quando era mais nova nunca imaginei que tivesse que dar um neto aos meus pais...
Por isso Pipoca te questiono, se sabes talvez de um sítio onde promovam talvez um já pronto, para eu "dar" então aos meus pais...e deixar estas pessoas mais descansadas...
bjs
Teresa (Ms Bangs)
http://girlswithorwithoutbangs.blogspot.com/

carlavc disse...

Casei aos 25 e fui mãe aos 28. E ainda fui muito a tempo! Mesmo sendo nova tive problemas de fertilidade.
Mas decidimos depois de muito passear e viajar! Achámos que faltava alguém cá por casa. Lol.
Agora tenho uma M. de 30 meses que é a coisa mais gira que se pode imaginar!
Acho que quando chegar o momento vai saber. Uma mulher sabe quando está pronta.

Mas depois vem a conversa do 2ª filho. Ui a minha resposta é...já contribui para o aumento da natalidade.

Tudo de bom. Beijocas

Unknown disse...

Eu decidi ter filhos quando "dei o salto" de querer abdicar de certas coisas e depois de ter vivido imensas experiências com o meu marido. 4 anos depois de estar casada engravidei com 33 anos. Senti mos que queríamos ter um filho e que ambos estávamos preparados.. E assim foi.. Nunca liguei ás conversas das pessoas, houve gente inclusive que achava que eu não podia engravidar.. lol.. Em suma, concordo plenamente!

Raquel Malveiro disse...

Bem, não é para contrariar, mas... Com 23 anos já penso no assunto. É algo que ambiciono e muito. Mas lá está, não existe uma receita e aquilo que me preenche e me faz feliz, pode não fazer à pipoca e vice-versa ;)

Jasmim disse...

Mais nada... compreendo perfeitamente! Partilho a mesma opinião e muitas vezes apontam-me o dedo. Eu sei que genetica e culturalmente as mulheres estão concebidas para tal, mas isso não quer dizer que todas partilhem da mesma opinião...

:)

Ana disse...

ai pipoca... tu lês-me os pensamentos e estados de alma. Também tenho 30 e não estou muito praí virada.

Revejo-me inteiramente no teu post, aliás, eu não explicaria melhor.

Beijinhos

Pepita M. disse...

Ora nem mais.. Plenamente de acordo!
E sou menina para 27 a dar pos 28 e vivo mais ou menos o mesmo conflito interior.
Por um lado acho mt cutxi cutxi e penso que adoraria ter um filho aí por volta dos 29 / 30, mas por outro lado vejo a vida que tenho e sinceramente não quero ter um filho se não tiver tempo para me dedicar a ele.
Para que a maternidade seja um "peso" de chegar do trabalho e ter que cumprir mais não sei quantas "tarefas" e perder a liberdade que tenho (e me permite manter a sanidade mental quando o trabalho aperta, o que acontece mtas vezs)... Se for para isso, não obrigada! Estou mt bem como estou.. Com os meus projectos profissionais, passeios, namorado e o meu cãozinho. Como prevejo que os próximos 5 ou 6 anos sejam neste mesmo ritmo não estou sinceramente a ver a coisa a dar-se.. mas lá está.. até gostava e tenho mt medo de não ter e um dia me arrepender! Não sei é se quero abdicar de tanta coisa que tb gosto mt...
Enfim.. No meu caso nem avós por perto há por isso é mm mt complicado.. Como se diz por aí "a ver vamos como a coisa corre".. eheheh...

Patrícia disse...

Pipoca, concordo em absoluto. E acho que quem insistem em perguntar deveria era adoptar uma criança, há muitas a precisar de uma família.

ISC disse...

Pois...eu não tenho e não vou ter...já tenho 43 a caminho dos 44...sempre desejei ter filhos..
Com 25 vivia com alguém e enviuvei aos 31. Até arranjar uma nova estabilidade emocional...foi demorado...um relacionamento longo a seguir de 5 anos que deu em nada...e outro agora já lá vão também 5 anos..1 bom relacionamento. Mas só agora sentiria estabilidade emocional para os ter...só que a idade não perdoa...e onde está a paciência? Estou muito mais desgastada..o cansaço depois de um longo dia de trabalho...sem ajudas de avós de qualquer dos lados...o desemprego do marido....enfim..estas são muitas das desculpas que vou arranjando para tapar a "ligeira" tristeza de não ter...Tento não olhar para a isso muito a fundo..frustrações já são algumas...e não quero sentir mais uma à pala dos filhos que não tenho...Sou a Tia de todos os filhos dos meus amigos....e poderia dizer te aqui muita coisa...mas secalhar tb tive muito medo durante toda a vida..pensei demais...e pronto...não deu..mas irrita um pouco as perguntas dos outros....e digo sempre..prefiro não falar..à eum tema que mexe comigo...
Boa Sorte...e não vale pensar muito!!

Eu sou uma Amendoa disse...

Amei este post!
Já faltava uma mulher que assusmisse aquilo que se passa realmente na nossa sociedade actual. Parece que, nos tempos que passam, ainda há muitas mentalidades retrógadas que não compreendem isto: o papel das mulheres já não é ficar em casa a fazer as lides domésticas e a tomar conta da criançada. Hoje em dia, as mulheres já trabalham horas a fio, e pouco tempo têm para elas próprias, quanto mais para filhos.
E eu, que não sou apologista de que uma educação dada principalmente pelos avós, professores e baby-sitters seja eficaz, acho que a possibilidade de se optar por investir na carreira em vez de investir no aumento da família é uma hipótese viável.
Isso faz de mim uma pessoa egoísta? Ok, então, assim o serei. Mas perfiro nunca chegar a ser mãe do que daqui a uns anos ter de aturar filhos adolescentes disfuncionais porque não tiveram pais suficientemente presentes.
Kissy kissy

marta, a menina do blog disse...

Ahah! Adoro a expressão "pinar"!

Anónimo disse...

Acabei meso agora de fazer um post sobre o mesmo assunto. Concordo plenamente ctg. Sempre a mesma pergunta. Sera que e dificil de entender que nem todos tem a mm prespectiva de vida? Nem todos seguem os "carneirismos"? Enfim... Boa sorte para esses novos desafios.

Débora disse...

Hahaha, amei a última frase, acho que vou começar a distribuir essa respostinha também!! Eu, a beira de completar 33 aninhos também não tenho nenhuma vontade... e nem sei se terei... tenho medo de decidir por não ter e me arrepender, ou pior, decidir ter e depois me arrepender... é uma decisão difícil e sem volta!!!!

Bju.

Maia do Avesso disse...

Encontrei aos 30 anos aquele que pensei que seria o pai dos meus filhos, o meu companheiro de vida. As coisas correram bem e casei no ano passado, pensando que por esta altura estaria a pinar como uma coelha para ter filhos. Mas, a vida tem destas coisas e antes mesmo de fazer um ano de casada o futuro pai dos meus filhos deu-me com os pés!Argumentou que perdeu a fé em nós! Tenho agora 34 anos, com o relógio biológico aos berros, completamente devastada emocionalmente e com um medo terrível de não conseguir ultrapassar tudo isto.

Carla disse...

A minha segunda tentativa de publicar o meu comentario :)

Olá.
Eu casei aos 31 depois de ter "namorado" muitos e muitos anos, aos 33 a minha criança e hoje com 36 não estou arrependida. Se muita coisa mudou? Claro que mudou! Se valeu a pena? Valeu mais do que se pode imaginar! Ser mãe para mim é a melhor coisa do mundo mesmo sabendo que fica muita coisa por fazer. Mas acho que é preciso querer mesmo, não é porque " já que toda a gente tem filhos eu também quero! ".

Miúda disse...

Olá pipoca

Eu também me revejo totalmente neste post (cobranças aos 30) mas num assunto diferente. Porquê que aos 30 todos questionam porque não tens um namorado? vais a um jantar e lá vem a questão! falas com uma amiga que já não vês a algum tempo lá volta a questão! E perceberem que existem outras coisas também interessantes e não é preciso um namorado para se ser feliz e objectivos de vida! E se ficar solteira para sempre, sou menos pessoa que os outros!Solteira não é sinómino de solidão mas sim de liberdade! Enfim sejam felizes como bem entenderam sem dar importância ao que a sociedade impõe.

Melika disse...

Olá pipoca,
Gostei muito do artigo. Eu faço parte do grupo que não tem nenhuma relação estável/segura, também já estou com 35 anos e com um probleminha no útero que a médica já disse "não pensa em ter filhos?" (então tá à espera de quê? subentendi). Enfim. Smpre achei que ia ter filhos cedo mas o facto é que não calhou. E não me sinto mal por isso. Se tiver que ser será e se for que seja uma menina de olhos azuis lol. Até lá é aproveitar o que a vida tem de melhor.

Beijinhos

Beauty Fashion Lounge disse...

Como me revejo no teu post, o meu problema é que já tenho 35 a caminho dos quase 36, ando há quase um ano a tentar engravidar e até agora nada, uma amiga disse-me que talvez por na minha cabeça ainda não estar preparada ainda não aconteceu. Gostava de ser mãe, mas se tivesse 30 voltava a esperar 5 anos, agora já não posso esperar muito mais. Acho que chegou a altura, já viajei, já aproveitei ao máximo e se quero constituir família, tem que ser agora.

Bailarina disse...

Mãe de um filho de 2 anos e meio só te posso dizer que a exigência de ter e educar um filho é maior que qualquer profissão do mundo! é fabuloso, exigente e cansativo e penso que as pessoas só deveriam pensar em ter filhos quando os desejam muito, quando sentem que é o momento, e para mim o momento não é quando há dinheiro, quando há estabilidade! É quando se quer! porque se apesar de tudo o que desejei o meu pestinho e de quanto o amo às vezes tenho vontade de o esganar e digo mal da minha vida, imagina se não fosse desejado por mim mas sim pela idade, pelo momento, pela sociedade...

stantans disse...

eu não tenho medo nenhum de dizer que não quero ter filhos! talvez um dia mais tarde queira, mas sinceramente, nunca gostei muito de crianças nem tenho jeito nenhum para elas

Mafalda disse...

Eu acho que fazes muitissimo bem!!!
Vais ter filhos só para agradar aos outros??? Era só o que faltava!
Se um dia realmnete o teu relógio biológico disparar siga para a frente!

Até porque depois da pergunta do "Para quando um bebé?", segue-e a pergunta "Agora tens que dar um mano ao X!!"...e depois se resolveres ir ao 3º vão perguntar.."Fogo...és louca?? Não chegam dois??" As pessoas nunca estão satisfeitas...e não me parece de todo correcto fazer como muita gente que tem os filhos para parecer bem e depois despeja-os nos colégios de manhã à noite porque não tem pachorra para os aturar!!

Bonitinha disse...

o típico dilema de uma mulher nos 30!

Carla TM disse...

Pipoca, adorei o seu post, por um motivo muito especial...revejo-me completamente naquilo que escreveu, embora já seja mãe de uma menina.
Tenho 34 anos e agora com uma filha de 7 anos (que foi planeada e muito desejada), já começo a encontrar tempo para fazer aquilo que mais gosto, tempo para mim, porque sou mulher e também existo e não fui feita apenas para procriar (acho eu!).
No entanto, a minha menina pede um irmão como quem pede um brinquedo e o meu coração aperta e doiiii tanto!!!! Mas a verdade é que não consigo imaginar voltar às fraldas, às noites sem dormir, às febres ora porque vai nascer um dente, ora porque apanhou uma gripe, etc, etc.
E mais grave é ter filhos numa altura em que o nosso país encontra-se à beira da falência e pergunto-me muitas vezes, que futuro terá a minha filha. Na realidade, com um filho podemos ter uma vida mais ou menos "normal", 2 filhos seria declarar "falência familiar"!!! Daí que quando me perguntam quando vou dar um irmão à minha filha, eu sinta a necessidade de responder tal e qual a Pipoca, se estão com vontade de o criar até aos 25!?

A. disse...

Concordo contigo, Pipoca. Mas não comeces a responder assim às pessoas que te perguntarem. Eu, por acaso, soltei uma valente gargalhada. Não sei como é que a outra alminha reagiria. Talvez te virasse as costas e começasse a chorar que nem uma madalena arrependida.

Há muita gente por aí a querer ter filhos e não consegue. Acredito que deve ser algo que causa muito sofrimento, dor, mágoa. Depois há aqueles que não querem e até podem. Repelindo essa hipótese a todo o custo. Isto haver há de tudo. Mas acho que se é para ter é para lhe dar tudo o que um filho merece. Sem exageros, claro.

Acho que por agora é viver, Pipoca. Quanto o teu relógio biológico berrar assim bem alto. Depois... logo se vê... a seu tempo. Ou o mandas dar uma voltinha, ou lhe fazes a vontade. São escolhas.

Agora, sê feliz e aproveita todas as oportunidades. Como muito bem tens feito. Assim, me parece.

=)
**

Ladylike disse...

lol
Tal e qual!

Ana A. disse...

Ando às voltas com a mesma situação e estou totalmente de acordo!

FranciscaR disse...

Bem tenho 25 a fazer 26 daqui a dois meses, penso exactamente como tu, eu e o meu namorado não pensamos em ter filhos tão cedo, e porque? porque não temos condições nem financeiras nem psicológicas, ele tem 28, e os pais, sendo ele filho mais velho, já começaram com a lenga lenga que ele devia assentar e pensar em ter filho... nem comentei tal coisa pq engoli as minhas palavras que não iam ser muito brandas! Tenho 4 sobrinho(as) que AMO incondicionalmente, sei bem o que é ter crianças muitas vezes não tenho cabeça para atura-los (e mais não são minhas imagino se fossem), talvez seja egoísta da minha parte mas para já não há condições nem a mínima vontade de aturar baba e ranho e choros! Tudo isto para dizer que fazes muito bem goza enquanto podes e quando te apetecer tens um catraio(a) :)

**

Francesca disse...

É verdade! cada vez há mais pessoas a pensar como tu. A vida que temos, este mundo globalizado permite-nos viver e viajar muito e os filhos às vezes não parecem mais do que uma prisão. Eu tenho 2 filhos, e sempre os quis muito ter, mas por vezes tenho pena de não ter mais tempo para mim, para nós...tenho saudades dessa vida.
Mas são escolhas...ou não. É que se esperamos pelo momento certo, podes ter a certeza de que ele nunca vem. Nunca é boa altura!
E ter filhos é muuuiiiito bom!
O melhor é deixar rolar...e sem pílula para que possa acontecer quando tiver de ser ;)

L.H. disse...

Tenho 38 anos, sou casada há 14 e não tenho filhos por opção. Acredita que já fui vista como uma ET e que algumas pessoas até me olham de lado. Não tenho vontade de ser mãe. Se me vou arrepender mais tarde? Não sei. O tempo o dirá.

sandrab disse...

Em primeiro lugar, não se tem filhos para agradar a outra pessoa, seja marido/namorado, mãe, pai, avó,seja quem for, e se o fazemos parece-me que é das atitudes mais insensatas que podemos tomar na vida. Ter não ter filhos deve ser uma atitude consciente e liberta de preconceitos, e não porque é costume.
Os filhos só poderão surgir na vida de uma pessoa/casal como um projecto para a vida, porque os filhos são para a toda a vida e até determinada altura são uma fatia (grande) na nossa vida, em tempo, dinheiro, preocupações e coisas.

Infelizmente temos prazo de validade, mas felizmente também temos uma série de opções alternativas, caso a biologia não funcine como era suposto.
Pensem bem e não cedam as pressões, ninguém tem o direito de pressionar os outros (leia-se outras)para tomar decisões que vão afectar toda a nossa vida. Os avós são uma "coisa" maravilhosa mas já fizeram o seu papel de pais, não têm que o fazer com os netos, podem ajudar mas a responsabilidade de acompanhar os filhos é dos pais. Por isso, por favor não tenham filhos para os outros, tenham-nos quando sentiram que querem dedicar uma parte (grande) da vossa vida a ajudar um outro ser humano a crescer.

Raquel Vale disse...

Não vejo nada de mal na sua forma de ver as coisas, se o seu companheiro partilha essa mesma visão. Porque se chegar o dia e tiverem posições diferentes sobre o assunto, então aí a coisa fica complicada.
De resto, da nossa vida quem sabemos somos nós. Saúde!!

Mafalda disse...

Pois é pipoca, nesta nossa geração já não há só filhos mimados mas também PAIS mimados :) Queremos tudo a toda a hora, somos demasiado exigentes e vivemos o culto do prazer! Confort can be addictive!

Kiduxa disse...

Tal e qual o que sinto... e não tarda nada tenho 35 (falta menos de 1 mês) e uma relação estável de 10 quase 11 anos e filhos... nem vontade!

Mike disse...

Ter filhos é um acto altruísta.
Nada mais a acrescentar do que isto. Só quem os tem pode deles falar!
Ah e tal sobrinhos e afilhados.
Esqueçam! Um filho/a muda TODA uma vida e se puderem tenham muitos!

Ana Princesa disse...

Cada um sabe de si!
E o que interessa na vida do casal é estarem de comum acordo em relação a um tema tão importante.
Uma amiga tb adiou, adiou, porque isto e porque aquilo e só agora conseguiu engravidar com tratamentos de fertilidade aos 36 anos.
No meu caso tenho 31, e acabei de ter a infelicidade duma gestação anembrionária.
É preciso ter as ideias bem assentes e não adiar muito. É importante VIVER e aproveitar tudo o que a vida nos dá.
**

Mãe das Marias disse...

Assino por baixo da francesca, da Mafalda e do mike...
Realmente achamos q depois de ter filhos, vamos sentir falta da vida " mais fácil" que levávamos antes, mas nunca conheci ninguém que trocasse a sua vida com filhos, pela vida sem!
Acho sim que só se devem ter filhos qd temos vontade, de outra maneira não faz sentido. Mas não esperes por te sentires preparada, nunca se está preparada. Mesmo eu que tinha o relógio biológico a tocar desde os 9 anos, achava q estava preparada e n estava, só nos preparamos com eles no colo!

Segue o coração e be happy!

Patty disse...

Bem... tive as crianças aos 28 e 31 anos, uma idade em que tinha paciência para educar meninos, força e disposição.
Sempre fizemos escolhas.
Pelo menos uma viagem ao estrangeiro por ano, a 4 porque era o que nos apetecia, mas os sofás eram todos velhos, herdados da família.
Os rapazes iam para casa das Avós, e nós fazíamos piqueniques na cama em vez de ir jantar fora, era mais barato e muito mais divertido!
Roupa emprestada por amigos, poucas marcas e muitos clássicos, para os rapazes. Saldos de 70% para mim, e o meu marido tem sempre roupa boa, mas pouca quantidade que gere com mestria.
E hoje têm 14 e 12 anos, são óptimos miúdos, autónomos, não dão trabalho nenhum, e continuam a ser, como sempre foram, uma fonte de alegria, companheiros de vida. O que nós já crescemos com eles!
As pessoas hoje em dia querem ter tudo, não percebem que a maior parte das vezes não têm nada.
E até já recomeçámos a ir à discoteca dançar até às 5 da manhã...

Francisca Prieto disse...

Eu, que tenho quatro, já ponderei com o meu marido se não seria melhor divorciarmo-nos de mútuo acordo para só ter de os aturar ao fim de semana de 15 em 15 dias.

D.S. disse...

Há umas semanas deu uma reportagem na RTP sobre um casal que tinha 10 filhos, um com 2, um com 1 e outro casal sem filhos por opção. Não achei nenhum deles disfuncional. O que me meteu grande impressão foi o discurso da mulher que não queria ter filhos, um discurso de quem está habituado a justificar-se, mesmo quando não tem ninguém a julgá-la. "Eu sei que é uma decisão egoísta..." Decisão egoísta?! Decisão egoísta é ter um filho só porque se deve, só porque se acha que está na altura, só para agradar a outrém/à sociedade, e depois não querer saber dele. Não ter filhos é uma decisão tão válida como ter 1 ou 2 ou 10. Haja coragem de o admitir!

chu disse...

Acho muito bem. Só não acho bem as meninas, feitas a pipoca, que depois de velhas, querem ter filhos e não conseguem. E toca de gastar dinheiro ao Estado, tentando, desesperadamente engravidar (sim, sim, o adiamento da gravidez é uma das razões que leva à infertilidade da mulher).

No contexto em que escreveste, não são os ovários que vêm com data de validade; são os folículos que já vêm "contados" e depois do último ter amadurecio e "soltado" o oócito, não há mais. Acabou.

Maggie de Azevedo Godinho disse...

sem ler qualquer comentário antes...
(pode já isto ter sido expressado e por isso parecer repetitiva nos coments...)
Parece-me recadinho para o maridinho!!
Arrumadinho refreia os animos que parece que ainda não é desta e escusas fazer posts com indirectas que não há mas nem meio mas!! É assim e mai nada!!

Durriyyah disse...

assino por baixo, estou fartinha da conversa dos filhos.

Lilith disse...

Eu digo desde a minha adolescência que não quero ter filhos. A minha mãe sempre disse "ah isso é uma fase, e se o teu futuro marido quiser?". Pois bem, e se eu me casar, e se o marido quiser? Terei de ter filhos só porque ele quer? São precisas duas pessoas para dançar o tango, e se eu não quero ter filhos, não tenho e pronto. E o homem que ficar comigo terá de estar de acordo neste ponto. Já passaram uns bons 15 anos desde que eu comecei a dizer que não queria ter filhos e, em vez de "a fase" ir passando, cada vez tenho mais certeza que não quero descendência.

São disse...

Olá Pipoca

Casei muito nova e eu e o meu marido nuna tivemos vontade de sermos pais. O meu relógio biológico deve ter tido uma avaria de fábrica porque nunca deu sinal de si.
Fizemos tudo o que nos dava na telha, sobretudo viajar. Eu Dizia sempre que entre os 35 e os 40 havia de ter uma criancinha.
Chegou os 35... 36... e os 40 eos os planos eram de viagens continuavam em alta. Nem pensava nisso, aliás estávamos já decididos a não ter filhos.
No entanto, a vida, o destino ou lá o que for tem tudo bem planeado... comecei a desenvolver um trabalho com uma instituição de crianças institucionalizadas. O contacto com aquelas crianças não tem explicação. A aproximação que tive a uma criança em particular fez-nos decidir adoptá-la já com 5 anos. É a nossa princesa, a menina do pai e não há sentimento maior do que este que sentimos por ela. Acompanha-nos nas nossas viagens, estamos presentes a 100 por cento na vida dela. Afinal o meu relógio biológico é o meu coração.
Beijinhos
São

Unknown disse...

Eu pensava como tu e nunca senti o relógio biológico de que tanta gente fala. Só quando o meu filho nasceu é que tive a certeza que a minha vida tinha mudado para sempre, aos 36 anos e para bem melhor. Mas antes, não estava certa de nada.

Alix disse...

olá,

eu acho que nem todas as mulheres nasceram para serem mães, e não há que ter vergonha em admitir isso. mais vale não os ter do que os ter por pressão social ou por pensar que um dia pode vir a vontade e já não dá.

quando estamos prontas, não temos dúvidas, queremos e sabemos e temos a certeza absoluta que é isso que queremos.

por isso nada de dramas, por agora sentes-te bem assim, amanhã se sentires o relógio biológico a fazer tic-tac, então tens.

e, hoje em dia há muitas, muitas mulheres a terem filhos depois dos 35, eu conheço muitas pessoalmente, e pelos media sabemos de imensas estrelas de cinema que resolveram ser mães aos 40.

ah, lembrei-me a personagem Carrie do Sex and the City, com a qual muita gente te compara, não tem filhos, ó pah cada um é para o que nasce.

bjs*

Maria_S disse...

Concordo contigo. Só tive a 1ª aos 30 e depois adiei, adiei, adiei e tive a outra aos 37. Era incapaz de ter mais filhos, acho que iria directamente para o hospício :). Eles mudam completamente a nossa vida, principalmente quando não temos ajudas. Como tenho duas e alguma idade já não me chateiam com essa história de ter mais filhos, mas agora começa outra lengalenga, ah e tal qualquer dia és avó....e eu digo chiça não tenho prazer algum nisso (a miúda só tem 17 anos, mas nem que tivesse 30). Se elas não quiserem ter filhos, têm todo o meu apoio. Beijinhos.

Sofia disse...

Concordo totalmente e identifico-me!

Marta disse...

Concordo plenamente. Se há quem tenha o direito de ter filhos também há quem tenha direito de não os ter, as opções são de cada um e ninguém tem nada a ver com isso. Depois um filho é uma grande responsabilidade e não se deve ter só por ter, afinal ele precisa de atenção, de amor, de disponibilidade, e se o casal não pensa em atribuir-lhe isso, o melhor é mesmo não os ter. Por outro lado conheço pessoas que não pensam em ter filhos, mas a coisa dá-se e acontece e depois tem mais dois ou três. Não acredito que pessoas com sentimentos não se derretam com os seus proprios filhos :)
beijinhos

Juanna disse...

Cara Pipoca, essa decisão só a ti pertence e se não quiseres um único filho, ninguém tem o direito de abrir a boca. Eu vou co 32 anos e 2 filhas e são mesmo o melhor do meu mundo, etc bla bla bla. Mas as noites sem dormir, a canseira, as férias esgotantes, a falta de dinheiro, as preocupações e tudo o mais também fazem parte do meu mundo. Vive tudo o que desejas e talvez um dia desejes o outro next big step. Atenção, não digo next big step porque é um nível melhor na vida, é outro nível apenas.

Aflito disse...

Podias tornar-te a Angelina Jolie portuguesa.

Punhas botox e adoptavas um puto de cada continente.

AR disse...

Sendo mulher, é inato sentir uma "pequena" obrigação de ter filhos, para perpetuar o nome da família. Mas é asfixiante conciliar tanta pressão com as tão poucas condições que hoje temos para pôr um bébé no mundo.

E depois somos presas por ter cão e por não ter: se não temos filhos, é um problema existencial... se temos filhos, é outro problema.

É melhor esquecer os padrões e seguir o curso natural da vida. As coisas acontecem quando têm de acontecer.

Ana Pessoa disse...

Durante muito tempo pensei assim. A determinada altura queria ter, noutra queria muito e se fosse preciso 3 meses depois já nao queria.

Aos 32 (tenho 37 com um pezinho nos 38) fui mae. Nao fui cedo nem tarde, foi na altura em que decidi ter, na altura que achei correcta para mim.

Lembro me perfeitamente de antes de engravidar andarem me sempre a perguntar isso, nomeadamente uma amiga da minha sogra. As perguntas terminaram no dia em que achei que com respostas polite a coisa nao ia lá, por isso limitei me a responder "nao me continue a fazer essas perguntas, porque é um tema ao qual sou sensível, pois nao posso ter filhos, nao os tenho porque nao posso engravidar". E pronto, acabou se a conversa durante 2 anos

Isto para lhe dizer que sim, o mal nao vem ao mundo se nao os tiver. Ou se os tiver aos 40. Ou se os tiver para o ano. Os filhos vêem quando o casal estiver preparado para que venham, se nao a coisa dá "raia".

Bj

AP

Sara Garcia disse...

SARA GARCIA GOSTA DISTO! :)

Aqui há uns tempos, tive uma discussão (pode-se dizer, saudável!) com um amigo, que já tem 34 anos, que dizia "já está na altura de teres filhos!"... E questionei "Porquê?"... E a resposta que se fez ouvir foi "Tens uma relação estável de anos, tens um trabalho... portanto tens tudo para o ter!" Esqueceu-se de um pequeno pormenor: o querer ter. As pessoas acham que por terem essa vontade, ou já terem filhos, que todo o mundo à volta delas também deve ter. E já não é a primeira vez que me fazem esta conversa. Portanto, não acho egoísta a tua perspectiva :) Estou contigo Pipoca!

Unknown disse...

obrigada pipoca! acho vou fazer um copy paste num post it deste teu post e colocá-lo na mala, e sp q alguem me fizer "a tal" pergunta irritante, espeto-lhe com o papelinho na testa!Perfect!

obrigada por seres tb a nossa voz, partilhares as tuas opiniões que são as de tantas outras mulheres que têm prazer e divertem-se a ler o teu cantinho, q posso considerar uma passion brand já*

xoxo

annasilk
trendanalogy@blogspot.com

Filipa disse...

Apoiado!!!!!

av disse...

Eu não diria melhor!

Miminhos de Mãe disse...

os filhos não mudam apenas a nossa forma de viver em termos práticos. Mudam-nos como pessoa, mudam-nos por dentro, abalam toda a nossa forma de pensar para melhor.
As coisas que tanta prezas hoje, nessa altura vão esfumar-se e outras coisas vão surgir na tua lista de prioridades. Outras coisas que vão fazer de ti uma pessoa ainda mais feliz, mais realizada.
eu também tinha dúvidas, também tinha medo...Hoje tenho duas pequenas, têm sido muito difíceis de criar, já passei muito, mas voltaria a passar por tudo de novo se fosse preciso.
Isto é um amor que não tem explicação...e foi preciso tê-las para ter certezas...

Concordo que quem não os quer ter não deve ser criticado por isso, somos todos livres de fazer o que queremos da nossa vida.
Mas o facto de as crianças darem trabalho e nos prenderem não é 'desculpa' para não os ter. Tudo se faz, tudo se pode fazer se houver vontade, é uma adaptação...e alguma coisa na vida se faz sem trabalho?
Só acho que quem como tu pensa 'bem,um dia' ou 'talvez', e fica à espera de se sentir preparada (nunca estamos) só tem de se lembrar de uma questão muito prática: nós temos um prazo de validade muito curto. Depois pode ser tarde.

dinona disse...

Pipoca, se fosses um homem... eras o homem da minha vida LOL.

Dr Amor-de-Gajo disse...

Bem Pipoca...ja tenho 4 filhos, um deles "herdado". Posso dizer-lhe como homem que sou, eu que fui pai aos 18, depois aos 20 e finalmente aos 40 que não tem nada a ver.
Em cada idade uma experiência diferente.Agora tudo é muito mais mágico que da primeira vez onde claro está era eu próprio uma criança imatura.com uma mulher tipo"Bimby", mais velha e tal.Agora com uma mulher bem mais nova, com um filho bébé e nos 40, ser pai foi o melhor que me aconteceu.Porem deixou de haver o romance que existia.Deixamos de ser "amor" para cá e para lá para sermos o "pai" e a "mãe".Calham-me também muito mais tarefas que anteriormente, e aprecio cada uma.Ser pai ou mãe requer SIM vocação e acima de tudo uma entrega enormesca!!!E o melhor de tudo!Desta vez assisti ao parto!A porcalhice que uma mulher faz para parir...(por dizer isto ia ficando sem incisivos...o que me fui lembrar de dizer ainda na sala de partos)

Suzana disse...

Tal e qual. De acordo com as 'teorias' e as palavras e de todo que são fases e venha ou nao a tua fase maternal o importante é q sejam felizes enquanto casal e familia, com ou sem criancinhas a chorar aos ouvidos :p e 'pinar como uma coelha' achei lindo LOL

Fritz disse...

"Afinal o meu relógio biológico é o meu coração."
Achei bonita a frase

Pink World Fabuloutin disse...

Não há motivos para preocupação hoje em dia pode-se fazer o congelamento de óvulos para usar lá para os 40 qd os actuais já n estão em condições... se achas que podes querer vir ter faz já isso que não guardas os melhores... esses eram aos 18... mas guardas uns bons.

Pessoalmente só me apetece ter filhos quando chego ao pé das minhas sobrinhas mas basta uma birra para perceber que não fui feita para isso... se um dia me arrepender adopto!

qd me perguntam tenho mtas respostas:
-quando arranjar um pai
- no caso de serem as amigas: quando fores ao segundo para brincarem juntos
- qd eles saírem pela boca
- qd for crescida
- n posso com o sono que tenho morriam à fome na 1ª semana
entre outras que me vão saindo de improviso!!!

Das primeiras vezes que disse que não queria ter filhos uma amiga perguntou-me se não achava q era um egoísmo da minha parte não querer ter filhos... a única coisa que lhe respondi foi: egoísta era se os tivesse para mostrar que tinha e fizesse como a maioria das mães q os põe em frente à tv para n chatearem... concordou e até hj não tocou mais no assunto!!!

João disse...

Mas um filho é tão compensador, e é tão lindo, e as crianças são adoráveis, e assim que ele nascer já não vais ter vontade de fazer essas coisas todas, e se tu quiseres a tua vida não muda quase nada!

Kristianna disse...

Todas as mulheres sao diferentes!!
ha mulheres que nao nasceram para ser professoras, outras nao nasceram para serem jornalistas, outras nao nasceram para serem donas de casa...e outras...nao nasceram para serem maes...
E de facto...para fazerem um mau trabalho, o melhor mesmo è nao o fazerem, seja por vontade dos outros, do marido, ou pressao da sociedade!!
Ate aos 28 anos, nunca tive a minima vontade de ser mae...dizia que nao era para mim, o trabalho era tao mais importante...queria subir mais, fazer mais aprender mais...sentia que nada me era suficiente...afinal o vazio que eu sentia, era nada mais nada menos, que a falta de um filho...isto porque decidi engravidar, e larguei tudo para poder estar com a minha filha em casa...ja la vao 3 anos...e sinto-me a pessoa mais preenxida do mundo!!
Sao fases...ideias...mas tudo pode mudar!!!

SMMoreira disse...

Pipoca teho 35 e ainda não me sinto preparada para tal. Acredito na medicina por isso até aos trinta e muitos ainda vamos a tempo!! Há que ter calma que a procissão ainda vai no adro!!

Juanna disse...

Mas ó João, tu não tens filhos! Estás a ironizar, cheira-me.

Simplesmente Ana disse...

Eu estou no grupo das que queria ter filhos e julgava que não ia conseguir. Abortos espontâneos e uma gravidez bem sucedida mas passada em reposuso. Não há absolutamente nada que me faça mais feliz, mas também não há nada que me canse mais ;) É assim, uma dualidade. E sim, o EU e até o NÓS ficam, inevitavelmente, para trás, e olha que continuo a fazer programas a dois, incluindo uma viagem há pouco tempo. Mas, por exemplo, agora queria aventurar-me num novo emprego e não o vou fazer para já, porque preciso de estabilidade financeira para lhe dar o que precisa/quero. É preciso uma entrega a 100%, esquecermo-nos um bocadinho de nós próprias, dos nossos desejos, mesmo que sejam pequenos (há quem diga que não, mas eu tenho comprovado a minha teoria), por isso mais vale esperar pelo relógio biológico para a entrega ser total. Isto é só a minha opinião, pois está claro.

Unknown disse...

concordo que os filhos têm de ser algo muito desejado e muito ponderado. mudam a nossa vida, sem dúvida, e temos de estar mentalizados para isso. não estando, concordo que é melhor não os ter.
mas a vida não acaba quando temos filhos, muito pelo contrário. abre-se um mundo de outras coisas, que muitas vezes não sonhamos quando não estamos lá. e as pessoas muitas vezes assustam-se com as mudanças que a gravidez traz ao nosso corpo, com as noites sem dormir, com o facto de não poderem sair tanto, viajar tanto, etc. mas esquecem-se que isso é uma fase. a partir de determinada altura eles aprendem a dormir uma noite inteira, já conseguimos deixá-los com alguém para ir jantar fora, ao cinema, etc. etc. e passamos também a poder fazer muitos programas com eles.
parece-me redutor basear a decisão de ter ou não filhos naquilo que eles implicam nos primeiros anos de vida...

Joly disse...

Eu tenho 29 e por mim já tinha uns 2... assim, seguidinhos! Mas a minha carreira só agora começou e começo este ano o meu doutoramento e não ponho de parte fazer parte dele fora (um dos meus objectivos de vida é fazer um ano de investigação nos States). Por isso, por muito que queira os filhos terão mesmo de esperar uns aninhos, porque acho que não poderei ser boa mãe se não me sentir realizada! E mesmo que para muita gente os filhos tragam realização pessoal, para mim não chega. Se calhar é querer tudo e depois ficar sem nada, mas prefiro arriscar, porque sei que se esperar vou ser uma "super-mummy".

PS: independentemente disso é bom que a malta tenha filhos ou o nosso sistema se SS vai crashar! :)

Sabor a Mim disse...

Olá Pipoca!

Tb eu já passei por aqui muitas vezes e quase nunca comento, mas hoje achei q devia.

Eu tenho 34 anos e fui mae da primeira filha muito cedo, não por descuido mas por vontade tanto minha como do meu marido.

E posso afirmar com toda a alegria que as minhas filhas são o centro do meu mundo e nem sei o que seria de mim se assim não fosse.

Se me custou que elas "desaguassem pelo meu pipi"? custou claro! não somos feitas de trapos, mas gostei tanto da experiência que repeti passados uns anos :-)

A maternidade envolve um grau imenso de dedicação que de facto nem toda a gente o consegue compreender nem tão pouco está disposta a dar, seja pelos motivos que forem, todos eles serão concerteza muito válidos.

Mas sem a maior sombra de duvida é a coisa mais maravilhosa do mundo e não, ninguém conhece o amor na sua mais pura definição enquanto não se é Mãe.

Isto é apenas e a minha opinião... vale o que vale, para mim: é a minha vida :-)

Beijocas!

Fashion Faux Pas disse...

Agora adorei mesmo ler-te. Aquilo que descreves foi exactamente o que me sucedeu qdo tinha a tua idade e estava casada há um anito e picos. E nessa altura não me apetecia nada mas mesmo nada abdicar da minha vidinha a dois e partilha-la com mais um. Casei com 29 anos e até engravidar aos 35 levei com questões quase diárias sobre quando é que iria ter filhos. Um dia saltou-me a tampa e disse que não os podia ter. Não os podia ter pq não me apetecia, n tinha vida pra isso nem disponibilidade emocional para eles, mas isso n expliquei. Nunca mais me perguntaram nada e de repente aos 35 apeteceu-me mesmo ser mãe. Engravidei rápidamente, passei uma santa prenhice - salvo seja - e o puto nasceu na boa. Não me arrependo de ter esperado tanto tempo, e apesar de saber que o rapaz vai ser filho único, pois não tenho condições de ter outro agora e já estou quase com 40 anos, olha, vivi a minha vida de solteira, os primeiros 5 anos de casada a dois, e agora temos ambos a disponibilidade emocional para ser pais. Mas lé que foi chato as constantes perguntas foi.

Isabel I disse...

Tenho idade para ser vossa mãe. Na verdade sou-o de duas pessoas da vossa idade e sou também avó de 3 netos.Tenho 55 anos.Posso ser um bicho raro, posso ser pouco mais que um fóssil mas palavra de honra, fiquei triste com este post da Pipoca e com a maioria dos comentários. Juro-vos, asseguro-vos, foi a melhor coisa que me aconteceu na vida, compensa tudo, é o melhor de tudo, foi sempre o que fez com que tudo tivesse sentido - fui mãe e agora sou avó! Arrependimento? Só o de não ter tido mais.

Ana Morais disse...

Eu ainda quero passar um mês com o namorido na Austrália, outro na Argentina,e outro ali na zona do Cambodja e Laos. O rebento ainda vai ter que esperar! :)

Ana disse...

Essa de que quem escolhe não ter filhos ser egoísta irrita-me profundamente. Egoísta com quem? Gente inexistente? Até parece que as criancinhas já existem algures no limbo e por culpa minha não são espremidas cá para fora. Poupem-me!
Sempre odiei a companhia de crianças, nunca tive instinto maternal, mas devo confessar que adoro responder o mais torto possível aos clássicos comentários "quando tiveres um mudas de ideias". Um exemplo:
elas- ah quando tiveres um mudas de ideias!
eu - quando tiver um, atiro-o a um poço.
elas - quê?!
eu - sim, se sobreviveu aos 9 meses é porque é um sacana resistente.
A quem achar este tipo de respostas demasiado rude, digo-lhe: é ao mesmo nível da pergunta.

Além disso, que coisa perversa para se sugerir, que alguém que não gosta de crianças tenha uma porque, eh pá, talvez mude de ideias! ...Com sorte!

Falar com mães assusta-me. Geralmente soam àquelas conversas meio lunáticas de membros de cultos religiosos. Substituam "ter criancinhas" por "encontrar jesus" e é practicamente a mesma conversa.

Acho que não existem razões racionais para ter filhos. O que é provavelmente a razão do tema dar discussões tão acesas. Afinal, ninguém gosta de se justificar com um argumento como "apeteceu-me bués/my hormones made me do it"...

Anónimo disse...

acho q as pessoas ficam simplesmente incomodadas quando alguém nas condições q descreves ao inicio não tem filhos. mas porque será?

Um Café e um Bagaço disse...

Pipoca,
Tive a minha 1ª filha aos 33 anos e a 2ª aos 37. Arrependi-me, porque agora quero ter mais e não posso (não devo), porque com quase 40 anos a coisa não vai para fácil...
Just saying...
Se quiseres, podes ter e eu tomo conta! De borla!!! :-)

disse...

Não li aqui nada que não concordasse...
Tem a sua piada porque eu vivo neste momento num "drama" por ter decidido um dia ser mãe...depois de 37 anos de relógio totalmente desligado…e de nunca ter achado a mínima piada a grávidas e bebés!
Na verdade esta filha que adoro, amo sei lá mais quê e que está agora coladinha à minha alma, veio virar a minha vida do avesso
Porque fui sempre amante da liberdade e agora perdi muito deste meu amor (e eu sou tida como uma mãe descontraída daquelas que arranca de casa com a cria e pouco mais)
A minha relação sofreu um grandessíssimo tremor de terra e ainda está a tentar sobreviver, ainda hoje não sei como vai acabar…porque quando eu estava grávida partilhavamos os ideais de educação, que agora se revelaram totalmente antagónicos (e sim, continuamos a ter programinhas a dois em que nos obrigamos a não falar da filha!)…
Nunca viajei nem é o minha praia, mas adoro passear, conhecer, contemplar…e agora poucas oportunidades tenho de o fazer na paz que eu tanto apreciava, o simples facto de conseguir ler em sossego 3 páginas de um livro é para mim uma grande vitória (antes de 2008 lia 2 ou 3 livros nas férias, este ano nem um consegui acabar…)
e depois são as horas para tudo…para sair de casa, para sair do emprego, para chegar a casa..que saudades eu tenho do tempo em que nem usava relógio!
Por tudo isto vivo momentos de grande perturbação emocional, porque eu como pessoa existo e estou aqui e continuo a gostar das mesmas coisas e a precisar delas para ser Feliz!
Claro que sou muito feliz com a Margarida, acredito que me rio muito, que voltei a ser criança, que vejo o mundo de uma forma muito diferente, que é muito bom ajudar uma pessoa a crescer…
Mas cruamente a minha conclusão é: o problema com os filhos é tê-los…uma vez tidos colam-se a nós…e eu acredito que se pode ser MUITO feliz sem filhos!

MS disse...

Gostei imenso do post. Em conversas com amigas costumo brincar que as "mulheres passam metade da vida com medo de engravidar e outra metade com medo de não poder engravidar"!! A verdade é que acho (agora) que não há idade para decidir ter filhos...(na minha opinião) mas sim uma predisposição mental para isso. Eu tenho 28 a caminho dos 29, o último ano foi vivido com o drama existencial "engravidar ou nao egravidar" e um suposto pai ansioso por isso! É certo que ser mãe sempre foi um objectivo de vida... muito mais que ser "esposa" de alguem, mas até chegar à certeza do "vai ser agora" é uma longa caminhada (quando planeado claro!). No meio do drama existencial tive a sorte de me cruzar com uma médica que me disse de forma muito pragmática "esqueça isso do relogio biologico.... e da idade ou altura ideal para ter filhos. Pode nunca haver altura ideal"! Ter filhos é uma decisão. A verdade é que aquelas palavras me lavaram a alma... a minha indecisão, argumentada tb " com o tenho mt para viver", era mais suportada pelos receios todos que o assunto envolve.. é o corpo que vai mudar, é o limiar entre a vida e a morte na hora do parto, é o cuidar de uma criança e sobretudo a certeza porém que no dia em que puser uma criança no mundo o meu coração vai sair do peito e andar para sempre com ela. Vai daí... foram essas as questões que resolvi na minha cabeça, com noção de tudo o que a decisão acarreterá e no inicio deste ano pus-me a jeito :)! O "feijão" tem agora 11 semanas e a ver vamos!! Tenho imensas amigas que não querem filhos, e têm a minha total compreensão e apoio. Ter filhos é acima de tudo uma DECISÃO da mulher...E decidir não ter os ter, é tão válido quanto ter!! O corpo é nosso, o coração é nosso, a vida é nossa (e salvo raro excepções) um filho será sempre um bocadinho mais nosso para toda a vida.

me disse...

Venho aqui muitas vezes e não costumo comentar, mas este post deu-me vontade de dizer uma coisa: tal como muita gente, revejo-me bastante na tua maneira de ver as coisas. Sou urbana, gosto de viajar, adoro cinema, teatro e sair à noite, já para não falar de roupa e sapatos. Leio descontroladamente. Tenho gel nas unhas, não ligo nenhuma a carros desde que andem, tenho um blog e tento correr ou andar de bicicleta para ver se perco uns três quilos impossíveis, até porque sou grande amiga de porcarias. Isto para dizer que sim, somos parecidas. A diferença é que tenho 38 anos e 3 filhos, de 12, 10 e 7. Sou uma mãe hiper relaxada, divertida, bem disposta, ando com eles e com o meu marido para todo o lado e temos uma relação familiar muito, muito gira.
Acho que se decidires ter não te vais arrepender. Dá trabalho, mas é muito engraçado. Vais ser uma grande mãe e acho que vais retirar da maternidade tudo o que ela tem de mais divertido e saudavel. Entretanto, se decidires não ter, optimo na mesma. Aproveitas outras coisas:-)

Carla Sousa disse...

Apesar de nunca comentar visito-te diariamente e só tenho a dizer-te isto sobre este post: MAIS VALE ARREPENDERMO-NOS DO QUE O QUE FIZEMOS, DO QUE O QUE NÃO FIZEMOS. Pensa nisto. carla sousa

Anónimo disse...

“Sem que te entregues a alguma grande causa, nem sequer começaste a viver.” -William P. Merrill

A maternidade é sem dúvida uma grande causa e, no meu caso, antes de ser mãe não sabia o que realmente era a vida.

apipocamaisdoce disse...

Carla, essa teoria do arrependimento é muito bonita, mas não me parece que se aplique a esta temática. Ou seja, eu tenho um filho, arrependo-me e depois? É que nesta matéria não há grande espaço para arrependimentos. Não dá para devolver a criança, não dá para a voltar a enfiar no buraco de onde saiu, não dá para dizer "ah, afinal estou arrependida, não estou a curtir nada esta cena de ser mãe, onde é que posso deixar o puto?". Portanto, a teoria do arrependimento não dá para isto.

Bruno_Mega disse...

Se isto fosse o facebook punha um like! ;)

Li disse...

Concordo que a sociedade fique sempre um pouco "chocada" quando um casal diz que não quer ter filhos. No meu caso, 29 anos, casada há 3, estou mais para o não ter filhos do que ter. Óbvio que a bela pergunta dos rebentos está sempre presente até que uma vez respondi que não podia ter e foi bonito de ver a cara da pessoa!
Às vezes penso se nos vamos arrepender quanto tivermos 50 anos e depois penso que até posso ficar com uma certa nostalgia mas depois passa pois como nunca soube o que é ser mãe, não posso me arrepender de uma coisa que nunca senti. Não sei se faz sentido?!? (You can't miss what you never had!)
Claro que tenho a certeza que depois de se ter, já nada mais faz sentido sem o rebento e não será suposto haver lugar para arrependimentos mas posso querer, de uma forma totalmente racional, não experenciar esse sentimento.
No fundo, cada um sabe de si e desde que seja uma decisão partilhada pelos dois, quer seja ter, quer seja não ter, está tudo bem!

mikasha disse...

Comecei a ler os comentários (como faço sempre, antes de comentar), mas são tantos que acabei por não os ler todos :). Vou, mesmo assim, partilhar a minha visão destas coisas:

- ter filhos porque nos pedem é mau; diria até que é uma injustiça (de quem pede), porque nós devemos ter um filho e não um neto ou um sobrinho de alguém; um filho é um projecto para toda a vida, são é um emprego que podemos mudar quando estamos cansados ou uma casa que terminamos de pagar aos 56. É filho. É para sempre.

- ter filhos antes dos 30 - e perdoem-me a sinceridade - é uma asneira. A não ser que haja condicionamentos fisicos/médicos, o corpo aguenta perfeitamente até aos 30. Aproveitem para passear, namorar, desfrutar do casamento ou do namoro, aproveitem para crescer. Uma mulher tem de ser e de se conhecer como mulher antes de ser mãe: a coisa funciona à mesma, mas é muito mais complicado.

- um filho retira-nos uma coisa muito importante: autonomia. Como é dito no post, deixamos de poder gerir o nosso tempo como nos apetece: há uma outra criatura, não adulta e por isso não autónoma, que precisa de ajuda para crescer. Ainda que tenhamos apoio, ainda que sejamos todos prá-frente... Não nos impede de andar, mas impede-nos de voar para longe.

- tenho uma menina linda, que é a luz dos meus dias e que virou a minha vida do avesso. Tive-a depois de lutar sete anos contra a infertilidade, tive-a depois de uma série de tratamentos, de uma série de sofrimento. E tive-a quando estava no meu primeiro ano de doutoramento :). Ela agora está quase com dois anos, e os estudos no fim. Consegue-se :). Um filho não nos tira o tempo nem nos rouba o interesse pela vida e por coisas que não sejam fraldas e babetes: temos e que nos saber organizar :)

A pequena deu-me a volta à vida... e para o ano vamos tentar ter mais um :).
Com ajuda, com medicação, com uma equipa médica a dar apoio (tipo torcida)

Ser mulher é bom.
Ser mãe é óptimo.
Ser as duas coisas é melhor ainda :)

Cat disse...

A minha visão é um pouco diferente. Sempre pensei em ser mãe e sempre quis ser mãe cedo. O meu desejo era ter 3 filhos antes dos 30. Acabei por ter o primeiro ao 22 (depois de acabar a universidade) e o quarto um mês antes de fazer 30. Na última gravidez descobri que tinha uma patologia que aumentava a probabilidades de abortos e doenças na gravidez. Nunca tive nenhum e as últimas duas gravidezes foram problemáticas mas acabou tudo em bem. Segundo o médico isto só foi possível porque fui mãe cedo.
Em relação às mudanças da vida, são um facto. Não há tantos jantares fora, nem cinema, nem férias do outro lado do mundo...por enquanto. Espero fazer isto tudo depois dos 40, quando tiver criado os meus filhos e eles forem adolescentes que já não querem estar com os pais.
Acho que quanto mais tempo passa mais difícil é.
Just my 2 cents.

Sofia disse...

Olá Pipoca, sou uma leitora assídua,mas não tenho por habito comentar, mas o assunto em causa acho que o merece. Eu tenho 2 filhos, por opção e vontade (embora o ultimo fosse uma surpresa).
Quem diz que nao muda a nossa vida pessoal e profissional, nao é honesto.
Toda a minha vida mudou, quer pessoal quer profissional. O tempo para nós como casal nao é o mesmo e embora os filhos sejam a nossa maior alegria, o nosso tempo, intimidade e liberdade desapareceu praticamente. Não podemos estar sempre pendurados nos avós e amigos, porque não dá.
A nivel profissional muda radical. Sempre que estao doentes, ferias da escola, etc, temos que ficar com eles e lá se vai o trabalho. Eu tenho uma empresa e tenho liberdade de horarios, o que facilita muito, mas e quem não tem?
Eu concordo e muito com o que escreve.
Os filhos são o melhor que temos, o amor que sentimos por eles é infinito, mas só seremos felizes e teremos uma familia feliz quando quisermos assumir que a nossa vida muda... para melhor... mas muda.
E quanto as ferias, hehehhe... bons tempos em que tinha ferias sem estar preocupada com as piscinas, praia, mar, sol...
Filhos... só quando é uma certeza absoluta... nunca com duvidas!
Por isso, se um dia os tiver, que seja mesmo quando quiser e com muita vontade.

Indy disse...

Adorei!! Nunca tinha lido nada sobre este assunto colocado de uma forma tão honesta! Os meus parabéns Pipoca! Reflicto-me a 100% nas tuas palavras.☺

Leozinhacatt disse...

Pip, já há muito que "te leio" e iiiiiimensas vezes já me revi nos teus comentários, opiniões, gostos e até em algumas roupinhas..
O que escreveste aqui neste post é exactamente aquilo que eu penso e que não iria conseguir verbalizar tão bem nunca!
Parabéns!
Beijinho
Leo

Anónimo disse...

Eu tenho um filho e é de facto uma coisa incrível Mas fico mesmo muito contente e parabelizo que tem plena consciência de si próprio. Ter um filho não é só porque sim. Temos um filho porque queremos mais do que MUITO!

Obrigada pelo post, é pena que muita gente não entenda, ou não queira entender...

Mariana

Eduardo disse...

uma pessoa que não quer ter filhos é, invariavelmente, uma pessoa egoista, auto centrada. digam o que disserem é o que é. Mas com certeza que é uma opção perfeitamente válida. Ter um filho é a abnegação , é o deixarmos de ser o centro do nosso mundo. E isso é muito bom, para nos tornar melhores pessoas.se os nossos pais estivessem tão preocupados com as noites em restaurantes, os filmes etc, que iam perder, nenhum de nós aqui estava, nao é?. A vida é algo de maravilhoso e gerar uma vida ainda mais. Não ter filhos é uma opção perfeitamente válida e respeitável, mas todas as pessoas (homens ou mulheres) que eu conheço que têm essa atuitude são pessoas egoistas em diversas vertentes da sua vida...

Anónimo disse...

Caro Eduardo:

Essa do "quem não quer ter filhos é alguém egoísta" é, em bom português, uma treta. A minha mãezinha teve-me a mim e é a pessoa mais egoísta que eu conheço. Antes não ter criancinha nenhuma do que ter muito amor para dar e ser má mãe. Por seu lado, o meu pai é o melhor pai do mundo e tenho a certeza que ele nasceu para ser pai.

Para mim ter filhos não é para quem quer, é para quem pode. Fala-se muito das condições financeiras e da carreira e patati patata, mas eu penso que há gente que pura e simplesmente não é talhada para ter filhos. Tive um irmão aos 13 anos e eu bem sei o que é cuidar de uma criança pequena. Foi aliás a experiência que tive com o meu irmão, que adoro, que me fez NÃO querer ter filhos. Não quero ser mãe porque tenho a certeza que não seria boa mãe. Não é por ser uma pessoa egoísta, é pura e simplesmente porque a minha personalidade e a minha maneira de ser e aquilo que quero da vida, não se coadunam com o ter filhos. O facto de se prescindir do amor incondicional que se vem a ter por um filho (e mesmo assim esta do amor incondicional não é para toda a gente. Há muito boa gente que tem filhos e essa do amor "incondicional" nem vê-lo) não é sinónimo de egoísmo.

The Queen disse...

Minha Querida Pipoca, é das poucas pessoas que eu leio, e adoro ler. Quer concorde, ou não com o que escreve. Algumas vezes deixo um comentário ou outro. Sem dúvida que ter um filho, é uma decisão que recai cerca de 75% na Mulher, e 25% no Homem, é a mais pura das verdades. Não são eles que os carregam, nem fazem o restante trabalhinho. Não nos ficamos pelo parto. Ainda há todo um flagelo fantástico pós parto, o inchaço da epidural, o peito descaído depois da amamentação, as hormonas alteradas devido à prolactina, acordar de madrugada para alimentar uma criança aos berros, as saídas que deixamos de ter, as fraldas que mudamos, o jogo do empurra na cama durante a noite do "vai lá tu agora", sei lá eu o quê mais ... existe mais ... não me recordo ! Tenho um conselho para lhe dar. A Pipoca, tem a minha idade, e decidiu que por enquanto não quer, e tem todo o direito disso, mas enquanto não quer, vá ter a certeza que pode não querer. Antes que chegue a altura que queira, e descubra que afinal não pode ... Porque aí, o seu mundo pode desabar de um modo não muito feliz.

Agora, voltando à outra parte da conversa ... Nenhuma pessoa perfeitamente sã, pode dizer que tem um filho e que continua a ter a mesma vida de antes ... hã, hã ... yeah right !!!! Ok ... até podem ... se tiverem uma ama a tempo inteiro. Assim, é possível Ok, volto atrás no que acabei de dizer ... é que pessoas como eu, com os dois Pais a trabalhar, e com pouco tempo, e que para poderem fazer alguma coisa, têm que depender da boa vontade das avós, ou da tia, para ficarem com o piolho, aí sim ... E Amo o meu filho acima de tudo neste mundo, mas ele à dias que eu o entregava à Avózinha, e ficava lá uns diazinhos ... isto é ser egoista ?!?! Não ... É ser HUMANA !!!!!

Beijos Pipoca Linda !!! :)

SP disse...

Cada um fazer aquilo que quer da sua vida: ter filhos, não ter; ter agora, ter depois; casar, não casar; comprar casa, não comprar.

Contudo, deixa-me apenas dizer que a qualidade de vida não diminui. Ok, não vais poder decidir ao cinema de um momento para o outro, mas podes continuar a fazer tudo o que fazias antes. Apenas terá de haver uma maior organização.

Dina disse...

Aplaudo de pé! Concordo com tudo o que dissestes. E sabes porque é que gosto da tua pessoa? Porque és frontal e não tens medo de assumir quem és e o que pensas!!
O importante é ser feliz. Com ou sem filhos.

Bernardo disse...

Ainda bem que há muitas pessoas que não pensam como a Pipoca.

Pedro disse...

hoje só leio posts com menos de cinco linhas

Isabel I disse...

Desculpem lá jovens, tenho que voltar à carga - já viram que se a minha geração tivesse pensado assim, metade de vós nem sequer existia?

Queen of Hearts disse...

Não poderia concordar mais com este texto, porque era assim que eu pensava aos 30, 31, 32, 33... Felizmente, tive condições para viajar quanto pude e quis, para comprar o que pude e quis, para fazer o que pude e quis. Aos 34 bateu-me à porta o tiquetaque e quase aos 35 vou ter o meu primeiro filho, com consciência de que o quero e de que já o amo. Tudo tem o seu tempo. Se o prazo de validade se esgotar, é porque desde sempre tinha de ser assim. Não nascemos todas para ser mães, e se o quisermos mesmo ser e não pudermos sê-lo de forma biológica, porque não sê-lo de todo o coração, afectivamente? Em suma, se a maternidade estiver talhada para nós, ela acontece, seja no tempo que for e pela via que for. Que, no fundo, por não serem voluntários ou forçados, são sempre os mais acertados. Só a minha humilde opinião.

C.S disse...

Pipoca, é que concordo a 200% com o teu post...É exactamente assim que penso. De tal forma que até me sinto culpada e preocupada, às vezes. Porque sei que ainda quero fazer muita coisa, muitas viagens, muitas compras, que não me apetece ter a responsabilidade de criar um ser, de lhe dar banho, de o alimentar, de tratar dele quando está doente, etc etc, e com isso deixar de ter tempo para mim, e para estar em casal ou com os amigos... É egoísmo, eu sei. Mas é assim, e pronto! Será que o relógio vai despertar? Não sei...calculo que vá demorar.
E no outro dia caiu-me a ficha: mesmo que engravidasse agora (tenho 29), o que não vai acontecer nem que a vaca tussa, quando fizesse 50 anos ele ainda teria só 20...e sendo que era o mais velho de dois filhos que supostamente teríamos, o outro provavelmente andaria nos 15. E dado que agora as pessoas casam aos 30 e têm filhos aos 40...será que nunca chegarei a ser avó? Sim, vou ser...dos meus próprios filhos!! Ai ai...são coisas que dão que pensar.

Happy Woman disse...

É curioso que no dia 10 de Agosto escrevi precisamente sobre este assunto. Por motivos que agora não interessam nada a questão de ter filhos não é, para mim, uma prioridade. Chamem-me egoísta, chamem-me o que quiserem mas a verdade é que não somos todos iguais. Acredito que uma boa percentagem de pessoas têm filhos porque a sociedade assim o dita, porque os pais/marido pressionam (atenção que por vezes eles homens não querem e nós é que o exigimos e depois dá no que dá...), porque é assim que tem de ser. Namorar, casar, ter filhos. Ponto. Mas depois, muitas dessas pessoas depositam os filhos nos avós, não têm paciência para os aturar e quando se pergunta porque tiveram filhos respondem: "Ah, porque é assim que tem de ser". Não, não é. Cada um é como cada qual e há várias formas de ser mãe. As do coração, não são mais, nem menos do que as biológicas e querer ter um filho só porque é nosso pode até ser tanto ou mais egoísta do que não querer ter quando não se está preparado para abdicar de uma série de coisas. E sim, podemos nunca estar preparados e não é por isso que vamos ser mais ou menos felizes...
http://viverparaserhappy.blogspot.com/

DANI disse...

não fosse a sua postura em relação a filhotes e seria perfeita, para fazer parte de uma investigação sobre a heteronormatividade.

DANI disse...

pipoca para dizer as amigas procriadoras como elas estão desactualizadas:

"a globalização do amor materno desenvolveu-se durante o século xix até aos anos 60.(..) um novo feminismo, inspirado por simone de beauvoir, dissociou as figuras de «mulher» e de «mãe», permitindo a cada uma afirmar-se como sujeitos autónomos.»

Miss B-Beautiful disse...

(Bem, isto é que foi uma maratona para chegar ao fim dos comentários!!)

Eu tenho 30 e subscrevo a 100% este post. Não quero ter já filhos e não sei se alguma vez vou querer.... Já me chamaram egoísta por dizer que não tenho filhos porque não tenho vida para isso! não quero saber. Não vou procriar porque os outros acham que devo!

O Abade disse...

Não estás preparada para ser mãe. E enquanto não estiveres, não o sejas. Não serás feliz.

E, pelo teu discurso, não me parece que o relógio biológico alguma vez venha a soar. Dás muita importância ao lado profissional, e ao que te resta de tempo, queres alhear-te e divertir-te. Não se coaduna com o ser mãe.

Boa sorte na decisão.

Framboesa (uma diva de galochas) disse...

Penso igual...casada há quase 10 anos, tenho 34 anos e o marido 38. Não tenho o relogio biologico a funcionar e qt mais convivo com amigos que têm filhos menos me apetece ter...Aliás, grande parte deles que dantes diziam para termos, agora dizem, aproveitem a vida enqt têm tempo e não sejam ainda papaás (xiça, chega a ser miserável, não?)
E não vejo nada de errado em alguém querer aproveitar a sua vida de outras maneiras que não seja através de filhos :)

Egoísta? tenham juizo! E se for, que mal tem isso...antes egoista que hipocrita...ja la vai o tempo em que se dizia q ter filhos era tudo uma grande alegria e blan blah blah

M.R disse...

Não podia concordar mais com isto.
O relógio biológico não desperta para todas na mesma altura. Umas mais cedo outras mais tarde. Tenho 24 anos, ainda não despertou. Para já tenho os meus 5 afilhados que vão entretendo o meu relógio biológico.

http://ocoisassoltas.blogspot.com/

Gatinha disse...

Pipoca, nem tendo filhos cedo te safas das perguntas. Tive a minha com 22 e, dps dos elogios à filhota, lá vinha a pergunta "Então, e qd é q vem um irmãozinho???"
As pessoas nunca estão satisfeitas...
*

MaGGie disse...

Bem eu tenho 22 anos e portanto suponho que a minha total falta de vontade de ter filhos seja consequência directa da idade. Isto porque namoro há alguns anos e o meu namorado quer mesmo ter filhos. E parece-me que caso a minha cabeça não mude que será assunto de discussão séria. Porque lá está eu tenho todo o direito do mundo de não querer ter filhos da mesma forma que ele tem o direito de ter. Enfim concordo plenamente com este post e devo dizer Pipoca que ultimamente tens tido a garra a escrever que já não via há algum tempo. :)

Unknown disse...

Olá Pipoca!
Concordo com tudo o que escreves, assim como com tudo o que as seguidoras comentam. Afinal, nós mulheres entendemo-nos. Agora, o que penso sobre ter ou não ter uma criança? O meu relógio à muito que explodiu. Atrevo-me a dizer que tenho muito para contar, mas poucas são as palavras que me saem. É um assunto demasiadamente delicado para mim. Depois de 3 anos de vida em comum, e um bocado por insistência minha, decidimos marcar uma data para dar início a todo o processo, começo a suspeitar que aceitou só para me calar. Chegado esse dia, foi um corropiu de marcações de consultas, exames médicos, cuidados alimentares, compra de revistas da especialidade, ouvir atentamente as primas (futuras mamãs) e conviver com os sobrinhos. Infelizmente, um dos exames não foi positivo, e assim como subi às nuvens, desci à terra. Tive de adiar o projeto durante uns tempos. Felizmente, recebi a feliz notícia de que o meu problema, caso passe ao meu filho, tem solução à vista. Mas, não vejo o meu companheiro tão entusiasmado como eu. E, apesar de termos tido uma conversa sobre o assunto, e esclarecido que uma coisa nada tem a ver com a outra, e que também da sua parte existe disponibilidade, eis que a disponibilidade não passa das palavras. O que fazer? Confesso que não sei lidar com a situação, e sinto que de alguma forma, ainda que numa percentagem mínima, isso me está a afetar. Agarro-me ao trabalho com unhas e dentes na expetativa de esquecer, mas a idade não perdoa e os 33 já espreitam. Vivo bem sem uma criança. Mas, viverei melhor com uma? Como será viver sem uma? É que sou apologista de que as coisas têm idade para serem vividas. Não me vejo a procriar com 40 anos. Aí sim, estarei decidida a correr o mundo.
Ouve o teu coração. Se ele diz que sim, e se sentes que o teu companheiro partilha a mesma EMOÇÃO, não penses e deixa-te levar. Agora, se o teu coração não está impaciente, e se o teu companheiro não fala com a mesma emoção, espera um tempo. Ainda por cima com o teu novo projeto em curso...
Vou continuar a passar por aqui! Desculpa o desabafo...
Beijinho e bom fim de semana

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