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Fanicos

sexta-feira, julho 23, 2010
Há um ano, mais coisa, menos coisa, estava muito bem no cinema (a ver o Up, um filme tão fofinho) quando o coração deu um salto e eu achei que me ia sair pela boca. Como nunca tinha sentido nada parecido, pensei "prontinho, um enfarte, já foste". Comecei a sentir frio e calor ao mesmo tempo, suores, tremores, e tive de sair da sala (devo ter visto sensivelmente quatro minutos do filme). Fui a conduzir até casa, sempre a achar que ia desmaiar a qualquer momento, e obriguei o meu homem a levar-me para as urgências do Santa Maria (sempre no meio de muito choro, e vou morrer, e não vejo mais os meus pais, mais depressa, passa os vermelhos que eu fico-me aqui). Chegada às urgências, e apesar do meu ar pesaroso, acharam que não era muito grave e mandaram-me para a sala de espera. Uma vez mais, e ameaçando que podia dar-me uma coisa, implorei ao meu homem que fosse lá dizer aos senhores que eu tinha de ser vista já. Depois de vários exames ao coração, disseram-me que não tinha nada. Tensão normal, coração normal, tudo normal. Vá para casa que isso passa. Claro que eu me insurgi! Então tinha-me sentido tão mal, o coração a bater daquela maneira, e não era nada? NADA? Pois, nada. Fui para casa e, nos dias seguintes, a coisa repetiu-se mais ou menos com a mesma violência. Começou então a minha peregrinação médica. Exames à coluna, à tiróide, ao coração, a tudo e mais alguma coisa, e sempre o mesmo veredicto: tudo normal. Pelo meio, um ou outro amigo médico ia sugerindo que podia ser uma coisa psicológica. Tipo, um ataque de pânico ou de ansiedade, mas eu estava completamente convicta que era algo físico. Algo que não estavam a conseguir descobrir e que me estava a irritar, porque cada vez que me dava uma coisa daquelas vinha novamente a sensação que ia desta para melhor.. E eu queria mesmo que me detectassem qualquer coisa, porque assim sabia qual era o problema e podia tratá-lo. Se fosse tudo psicológico era uma merda. Um fim-de-semana tive de ir para fora sozinha, a trabalho, e num restaurante comecei a sentir que não conseguia respirar. Tive de ir para a rua e andar de um lado para o outro durante uma hora, para aquilo acalmar. Foi nessa altura que percebi que tinha de fazer alguma coisa e lá acedi a ir a uma psiquiatra. Isso e o facto de passar os dias meio deprimida com medo que me acontecesse novamente. E acontecia, cada vez com mais frequência. De início era só à noite, depois começou a ser a qualquer altura do dia, incluindo no trabalho. Comecei a achar que estava a enlouquecer, porque não conseguia explicar o que tinha e os exames diziam que estava tudo bem, o que ainda fazia com que eu me sentisse mais idiota ao tentar explicar aos outros o que sentia. Sentia-me limitada, pensava que ia ter de viver para sempre naquele medo constante. Não andava nervosa, nem chateada, nem stressada, nem com nada que me preocupasse, por isso a teoria de ataque de pânico/ansiedade não me fazia sentido nenhum. Mas a médica disse que era mesmo isso que eu tinha e que era uma coisa cada vez mais normal em pessoas jovens (falou-me de um rapaz que foi nove vezes às urgências do hospital a achar que estava a ter um ataque cardíaco até que se recusaram a vê-lo mais e o conseguiram convencer a procura um psiquiatra). E que nem sempre se consegue definir o que provoca os ataques. Regra geral, não é uma coisa do momento, mas sim coisas que se passaram nos meses anteriores. De facto, tinha tido um ano particularmente agitado: um mestrado com vinte cadeiras para fazer em nove meses, o lançamento de um livro, um acidente de carro em que vi a vidinha a passar em frente dos olhos, o pedido de casamento.  Na altura fiquei de baixa, fui medicada (sempre tinha sido completamente anti-drogas até à altura, depois só queria era tomar qualquer coisa que me fizesse não ter ataques, venham elas) e quando a medicação acabou, ao fim de dois meses, decidi que não ia tomar mais. Não sei se foi uma atitude muito esperta (supostamente, devia manter o acompanhamento médico), mas não queria ficar dependente daquilo e os efeitos secundários dos anti-depressivos, por menor que seja a dose, não são muito agradáveis. Aparentemente estava curada, mas depois os fanicos foram voltando aos poucos. Sempre muito menores e com muito menos intensidae, mas iam voltando. E, claro, como boa hipocondríaca que sou, há uns dois meses voltei a fazer exames ao coração. E estava tudo normal. Nos últimos dias tenho sentido novamente o coração a saltar e a bater mais depressa (é o meu único sintoma de ataque de pânico) e não consigo deixar de me assustar e ficar a pensar que vou ter qualquer coisa de coração (e lá volta a vontade de ir a correr para o hospital e fazer mais exames a tudo), mas tento racionalizar e pensar que não me vai acontecer nada, aprendi a respirar de forma controlada nestas alturas, e penso que já tive isto outras vezes e que vai ficar tudo bem. Tenho medicação SOS, mas sempre evitei, quero tentar controlar isto sozinha. A médica avisou que era possível que isto nunca passasse (hã, que fixe!), mas acho que a atitude que se toma perante os ataques pode ajudar ou não a minimizá-los. Há quem se deixe dominar totalmente pelo medo, quem caia em depressão, quem não consiga reagir, quem fique para sempre dependente de medicação, quem se sinta envergonhado por não saber explicar o que tem. Eu tento não pensar muito no assunto e não estar à espera de ter novo ataque, porque isso condiciona completamente a vida de qualquer pessoa. Quando tenho um sinto medo e nos dias a seguir ando sempre ali a ver se a coisa se repete, mas tento não dedicar muito tempo ao assunto para não ficar paranóica. Já falei com variadíssimas pessoas que sofrem do mesmo, li tudo o que havia para ler, encomendei livros sobre o assunto e percebi que isto é muito mais comum do que aquilo que eu poderia supor e que há muito boa gente a sofrer do mesmo. Por isso, se houver por aí gente que tem fanicos como eu, pode partilhar a sua história, que eu sei que é coisa que ajuda. É que isto, parecendo que não, é uma grande merda.

162 comentários:

  1. 3 vivas para ti, por teres divulgado, porque de certeza irás ajudar pessoas que pensam que são as únicas no mundo a sentir-se assim. E se partilhar e sentir empatia por parte de outra pessoa com problemas semelhantes não cura, mas ajuda.

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  2. Olá muito boa noite,já acompanho o blog há algum tempo e gosto muito, alias como diz uma colega sou "fona" :)
    Hoje ao ler este post, logo no inicio da história percebi qual era o problema, pois é para mim bastante familiar, não que se tenha passado comigo, mas com o meu irmão mais novo.
    Deve ser muito complicado sentir um ataque de pânico,e ver também não é fácil.
    Depois de tratamento psiquiatrico(com medicação) e psicologico, descobrimos por acaso a clinica da psicologia.
    è uma clinica onde trabalham vários psicologos em pós-labora, que fazem terapia de grupo.
    Depois dessa terapia o meu irmão aprendeu a gerir o pânico , e também serviu para partilhar problemas e receios com pessoas que sentem e vivem da mesma forma.
    Pois para mim por muito que tentasse bã conseguia perceber a 100%.
    As consultas são baratas, comparadas com as consultas da especialidade, são pós laborais, fica no areiro.
    Caso pretendas posso dar o contacto.
    Já agora continuação de boas férias.
    Sofia

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    1. Por favor passa me o número. Boa noite

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    2. Poderia passar o número? Estou precisando muito. Obrigada

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  3. Olá muito boa noite,já acompanho o blog há algum tempo e gosto muito, alias como diz uma colega sou "fona" :)
    Hoje ao ler este post, logo no inicio da história percebi qual era o problema, pois é para mim bastante familiar, não que se tenha passado comigo, mas com o meu irmão mais novo.
    Deve ser muito complicado sentir um ataque de pânico,e ver também não é fácil.
    Depois de tratamento psiquiatrico(com medicação) e psicologico, descobrimos por acaso a clinica da psicologia.
    è uma clinica onde trabalham vários psicologos em pós-labora, que fazem terapia de grupo.
    Depois dessa terapia o meu irmão aprendeu a gerir o pânico , e também serviu para partilhar problemas e receios com pessoas que sentem e vivem da mesma forma.
    Pois para mim por muito que tentasse bã conseguia perceber a 100%.
    As consultas são baratas, comparadas com as consultas da especialidade, são pós laborais, fica no areiro.
    Caso pretendas posso dar o contacto.
    Já agora continuação de boas férias.
    Sofia

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  4. Olá Pipoca... Ai que grande alívio ler isto...não podia ter calhado em melhor altura.
    Sou estudante universitária e de há seis meses para trás tive vários problemas, todos em simultâneo, que basicamente não me deixavam pensar em outra coisa se não neles próprios e como é obvio isso reflectiu-se no dia-a-dia, começou por ser nas aulas em que comecei e ficar muito muito ansiosa, nervosa mesmo, com falta de ar (meia hora dentro da sala e a coisa começava a correr mal), e depois noutras situações em que estava com outras pessoas, sempre o problema do nervosismo. Procurei ajuda numa psicóloga, que confirmou serem ataques de pânico/ansiedade, e a coisa melhorou e assim que decidi racionalizar e seguir a vida sem pensar nisto, voltou o problema...
    Desejo que passe às duas, e a quem mais a questão perturbar, é um verdadeiro incómodo...

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  5. Olha eu sou médica e padeço do mesmo..Na primeira crise nem quis ir para o Hospital onde trabalho porque sabia que ia ficar eternamente à espera..é muito dificil lidar com o ataque de pânico, é uma sensação de morte eminente. a segurança de ter os medicamentos à mão para o caso de se repetir é importante, mas passa tudo por um controlo intelectual..é uma bola de neve e quanto mais se "matuta" mais ela aumenta, daí que se surge, aos primeiros sinais é imptante ocupar a mente com algo diferente, respirar fundo, pensar k está tudo bem. Vamos lidando com o assunto..E eu aprendi a ter muito mais respeito por quem me aparece na urgência em situação semelhante.

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  6. Querida Pipoca,
    Sofro do mesmo mal, mas não sou hipocondríaca. Algum tempo depois do meu marido ter falecido comei com ataques de pânico e até hoje ainda não pararam. O meu filho de nove anos também os tem, mesmo assim com menos frequência do que eu.
    Eu que adorava centros comerciais, agora evito-os ao máximo. Sinto que sufoco e no meio da hiperventilação começo a sentir que vou morrer e tenho mesmo de estar em open spaces bem arejados. APsicoterapeuta diz que isto passa. Com o tempo. Claro que estou com um antidepressivo e um ansiolítico. Também não gosto de conduzir à noite, por exemplo.
    Já estive pior, é verdade, mas não deixa de ser uma verdadeira shit.
    Beijinhos para a pipoca mais doce da blogoesfera.

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  7. Cá estou eu. Ando por cá. Não estás sozinha. Poderia dizer que devia estar superfeliz, porque basicamente tenho tudo aquilo a que aspirei: saúde, trabalho (fora do país, o que não me desagrada), vivo com o meu namorado e o meu gato. Mas como nem tudo são rosas... tenho que lidar com o mesmo problema. De onde veio? Porquê a mim? É uma grande seca, como dizes. E também tens razão, saber que não sou a única reconforta. Não devemos ser tão esquisitóides quanto isso... Força!

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  8. O ano passado, na altura de exames, também tive o mesmo problema, começou por ser uma falta de ar, tinha dificuldades em respirar, fui a correr para o hospital, fizeram-me radiografias ao tórax, análises e nada, no fim disseram-me que tinha tido um ataque de ansiedade, nos dias seguintes voltei a sentir o mesmo, mas tentei controlar-me. Este ano passou-se o mesmo também na época de exames. É horrível, uma começa a pensar que daqui a pouco estou é ali estatelada no chão. *

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  9. Também eu sofro do mesmo problema e já tinha falado sobre esse assunto no meu blog. No meu caso, cheguei a um ponto em que tive mesmo que começar tratamento com anti-depressivo e ansiolítico. Sou farmacêutica e demorei bastante tempo até aceitar fazer a medicação por causa dos efeitos secundários. Neste momento, faço a terapêutica há mais de um ano com acompanhamento regular do psiquiatra e sinto-me mesmo muito bem.

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  10. uma palavra só: terapia!mais do que n pensar no assunto e no há gente... é saber de onde isso vem para q nc mais volte.

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  11. Antes de mais Parabéns por não teres vergonha de expor um problema que muitas vezes é tido como menor por ser psicológico. Eu tmb já padeci/padeço do mesmo mal... e ao contrário de ti levaram muito tempo até me medicarem correctamente e eu conseguir melhor. Quando tinha 16 anos tive a minha primeira depressão. Na passagem dos 17 para os 18 voltei ao estado depressivo mas desta vez com vários ataques de pânico à mistura. Fui umas tantas vezes parar ao hospital a chorar compulsivamente e sem conseguir pronunciar uma única frase que fizesse sentido. Lembro-me (infelizmente) de um dia em que para lá fui e que me mandaram para casa - pq devem ter pensado que aquela adolescente queria era atenção. À saída vomitei e se não me agarrassem caía ali mesmo para o chão. Voltei para trás e o médico aí sim lá fez alguma coisa por mim. Depois foram os psiquiatras que encontrei pelo caminho... cada um pior do que o outro. Ora passavam-me doses de cavalo, ora passavam-me medicamentos para uma simples depressão. Dps lá encontrei o médico certo (apesar de dps nunca mais lá ter voltado pq ja sabia q nao ia estar de acordo q eu tirasse a medicação toda) e lá fui melhorando... Mas até melhorar a minha vida estava um caos: sentia-me claustrofóbica nos centros comerciais, hipermercados e afins; faltava bastante às aulas pq de manhã nem me conseguia levantar da cama com medo de me dar um fanico por aí; saía de casa e voltava passados 5 minutos pq mal conseguia por um pé na rua; etc, etc...
    Até há bem pouco tempo tinha vergonha de contar o que se passava comigo pq não queria que aqueles que se cruzam comigo pensassem que eu tinha mudado, que eram tudo manias. Agora digo a todos aqueles que me são próximos para caso eu volte a ter um fanico eles saibam o que devem fazer.
    Obrigada Pipoca pelo testemunho... é que muitas vezes pensamos que estas coisas só nos acontecem a nós...

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    1. como trataste isto ? estou igual e a perder o controlo .. ainda tens?

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  12. olá! Depois de ler o teu post apercebi-me que de facto existem mais pessoas com ataques de ansiedade do que esperava. O meu irmão tinha exactamente o mesmo, mas os ataques surgiam quase sempre nos primeiros dias de férias. Agora está bastante controlado desde que começou a fazer acupunctura e fitoterapia chinesa!

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  13. Querida Pipoca,
    Já comentei neste blogue tantas vezes mas acho que nunca expressei claramente a minha admiração. Invejo a forma como escreves (isso já o escrevi antes) e considero-te "A" blogger. "A Pipoca Mais Doce" é o meu blogue favorito, sem que isso implique que subscreva tudo o que aqui é escrito. Divirto-me muito a ler os posts mais cáusticos e sorrio com os posts mais sérios, que me parecem sempre tocantes e reveladores de uma Pipoca que alguns leitores teimam em não ver. Aplaudo este post que me diz muito porque, enquanto psicóloga, trabalho todos os dias com pessoas que sofrem destes transtornos. Conheço, por isso, o sofrimento por que passam e a angústia que resulta da sensação de incompreensão. Recebo todos os dias (sim, todos!) mensagens de pessoas que sofrem de algum transtorno de ansiedade, pelo que não me é difícil reconhecer que estas são dificuldades infelizmente comuns. Parte do acesso à ajuda especializada resulta da assunção de que estes são problemas tratáveis. Aplaudo a clareza e a sinceridade deste post, mas aplaudo sobretudo a oportunidade que daqui resultará para que muitas outras pessoas reconheçam que "é normal" ter dificuldades desta natureza. Um beijinho.

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  14. Olá Pipoca :)

    No meu caso também foi no cinema. Também fiz vários exames. Tomei medicação. Evitei psicólogo e ainda tenho sintomas. Estou a pensar ir ao psicólogo ver se consigo resolver o problema. Os meus sintomas são semelhantes, também tenho sempre o receio que seja físico e duvidava da questão do psicológico. Sei que ao ler sobre o assunto, em especial em blogues, sinto-me mais "compreensível". O raio do medo de que se repitam é que enerva...
    Tento saber o que posso fazer.
    Beijinhos

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  15. Com ou sem comprimidos, o importante é discutir as inseguranças, não ter vergonha de falar sobre o problema e pensamento POSITIVO:)
    Obrigada por partilharem!

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  16. Enviei por mail a minha história, espero que ajude, a mim sempre ajudou ver que estes fanicos não dão só a mim, não que vos queira mal meus queridos mas porque não gosto de me sentir sozinha.
    Toda a ajuda é bem-vinda mas a ajuda do teu psicológico é a mais importante. A força de conseguires respirar fundo e dizer está tudo bem e conseguires acreditar nisso é a melhor ajuda, acredita.

    http://so_risoincognito.blogs.sapo.pt/

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  17. Muito boa gente sofre do mesmo Pipoca, podes crer. O meu irmão sofre do mesmo problema, e eu, que o conheço desde sempre...fico de rastos quando o vejo passar por uma crise - pois sei o quanto é inteligente, engraçado, talentoso, capaz... E quando algum destes episódio ocorre, dói-me vê-lo tão frágil, inseguro, carente, deprimido...enfim.
    Felizmente, tal como tu, ele tem todo o nosso apoio e suporte, para continuar com os tratamentos e medicação...enquanto for necessário. Se for para sempre, que seja...
    Pensamos sempre que temos total controlo do nosso corpo e mente, mas infelizmente - e cada vez mais na nossa geração - nem tudo é tão simples. Resta-nos aceitar as mazelas da modernidade, e conviver com elas da melhor maneira...
    Enfim, isto só para saberes que não estás sozinha, e espero que a tua situation se resolva da melhor maneira...e o mais rápido possível.
    Beijinhos

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  18. Olá Pipoca,

    Bom, primeiro lamento que estejas a passar por isso e, segundo, não há nada neste mundo que não tenha solução - às vezes há é falta de coragem e/ou oportunidade.
    Acho óptimo teres enfrentado o problema e teres aceite tomar medicação. A medicação tem o seu propósito - ajudar as pessoas a ultrapassar momentos e alturas dificeis. Contudo, e na minha modesta opinião a medicação por si só não faz nada, a não ser por uma pausa na vida das pessoas - ela trata os sintomas, nunca a origem do problema. Assim sendo, não me admira que ainda te sintas mal, que ainda tenhas alguns sintomas, ainda que menores do que quando começaste. Ansiedade e ataques de pânico são comuns e, apesar de sérios, têm solução.
    Medicação e terapia é o que te resolverá a origem desses sintomas. Mesmo que seja difícil, vale a pena e sei o que digo porque passei por algo semelhante. Eu aos 14 anos tive um depressão e foi um dos piores períodos da minha vida. Também tinha alguns sintomas de ansiedade, por exemplo falta de ar e evitava certas situações que me deixavam muito nervosa. Na verdade não tinha muita vida - passava os dias em casa, não sabia sorrir, tinha poucos amigos e os que tinha não era capaz de me abrir e conversar com sinceridade. A adolescência é uma altura dificil já por si, não precisava de ter uma depressão e ansiedade para me sentir ainda pior. Na altura os meus pais não percebiam muito bem o que se passava, embora a minha mãe soubesse que não era normal e foi ela que me levou a uma psicóloga. Não tomei medicação porque não queria isso para mim (mas o que é que uma pessoa sabe aos 14 anos? nada!) e fiz terapia. Custou imenso, tive de me confrontar com aspectos de mim que não queria, mas valeu muito a pena. Foi bastante dificil e recordo com angústia esse período, mas também sei que cresci muito.
    O meu caso não é o mesmo que o teu, por isso não acho que tenhas de passar pelo mesmo. Tudo depende do que estás disposta a fazer, mas seja como for acho que falar com um bom profissional podia ajudar-te, não só a perceber porque isto acontece, mas também pode ensinar-te a lidar com os ataques e, eventualmente, a fazê-los desaparecer (a ansiedade tem cura!).
    Força e acredita em ti

    Beijinhos :)

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  19. olá.
    Eu nao sei se é bem a mesma coisa mas eu há uns anos para cá comecei a ter esse genero de coisas qd estava mais nervosa ou em stress. Tinha o que se chama de taquicardia ( que é o batimento do coraçao acelarado) e ia ao medico mas como sempre os medicos achavam que era dos namorados da escola, tretas desse genero, até que um dia a coisa foi mais grave e fui parar ao hospital com o coraçao a 224 de pulsaçao. (o que pelos vistos foi bom isso ter-me acontecido) Esta semana, por acaso, fui a um cardiologista a sério e o homem finalmente viu que o que tenho se resolve com uma pequena intervençao cirugica no coraçao e que nao passa so com medicaçao.
    Concluindo foi preciso eu estar quase a morrer e ter uma prova disso para me levarem a sério.

    Espero que melhores e consigas resolver esse problema.
    Boa sorte

    Maria

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    1. Bom dia, Vou fazer essa intervenção, chamada ablação, alguém já fez?

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    2. Bom dia, Vou fazer essa intervenção, chamada ablação, alguém já fez?

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    3. Olá João, já fizeste a intervenção? Estou a pesquisar sobre o assunto pois vou ter de a fazer... e claro, os receios são mais que muitos!

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    4. Ja fiz essa intervenção e não há que ter receio. É quase indolor, estão conscientes e demora cerca de uma horita ou menos. Ao outro dia estão cá fora.

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    5. Olá Maria, já passou um tempo do seu post, mas qual era o nome da sua taquicardia? E ficou resolvida com a intervenção? Obrigada

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  20. A melhor noite possivel, 'Pipoca'...))

    Compreendo o que sente e pelo que passa, porque acontece-me o mesmo, se bem que o meu problema seja mesmo de origem cardiaca... um Sopro, para ser mais preciso.
    E passado o choque inicial, em que qualquer pequena tontura, batimento mais acelarado ou outro qq sinal me fazia imediatamente pensar que seria um enfarte, digo-lhe que faço a minha vida normal, sem qq problema, tendo no entanto o cuidado de me fazer acompanhar por um medicamento para utilizar em SOS, o Sedoxil, a que ja recorri duas vezes com sucesso e sem qq sintoma posterior de habituação.
    Por isso, sempre que tenha algum sintoma, penso que não deve hesitar em utilizar a tal medicação SOS que lhe foi receitada... recupera, deixa de pensar nisso, e não fica com habituação alguma.
    E agora sim, uma teoria verdadeiramente espectacular: Case já amanhã, que você anda é preocupada e ansiosa por causa do casamento ))

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  21. Olá,

    É incrível como as nossas histórias são tão, mas tão semelhantes! Eu vivi acontecimentos muito similares aos teus(acidente de viação incluído, aliás, tenho para mim que foi esse malvado que desencadeou isto tudo). Também resisti à toma de medicação, também pensei muitas vezes que ia morrer, também pensei muitas vezes que estava a ficar maluca e que nunca iria melhorar! E quando acordamos a meio da noite, do nada, completamente alteradas com o coração a 1500/h e sem qualquer controlo sobre nós próprias!? Terrível.
    Quanto ao tratamento, no meu caso, foram 6 meses+desmame, e posso-te dizer que ao fim de quase um ano tenho-me sentido lindamente. Não vou dizer que a ansiedade não continua lá, porque em alguns momentos continua, mas é controlável. Por exemplo, ainda há bem pouco tempo me senti mal em plena A3. Ia sozinha a conduzir. A diferença? A diferença é que começas a conseguir controlar o teu corpo e mente. Nessas situações, das duas uma, ou paro o carro e apanho ar, ou caso não seja possível, abro a janela, respiro fundo e de forma o mais controlada possível e música, muita música, quanto mais alto melhor! Ou tudo aquilo que te faça desviar a atenção dos sintomas.
    Mas é uma situação muito tramada! A situação do restaurante é particularmente familiar. Num certo dia saí do trabalho para almoçar. Estava no restaurante, tranquila da vida, e de repente aquela falta de ar, a sensação de que o coração se ia desintegrar, o aperto no peito... O meu almoço resumiu-se a um copo de água com açúcar e só mais tarde é que consegui comer mais qualquer coisa. Entretanto tive de ligar para a minha chefe a dizer que não me estava a sentir bem e que provavelmente não conseguiria chegar a horas. Ela foi ter comigo, levou-me à farmácia para medir a tenção, enfim, um filme... um filme, e a sensação que tens que só estás a fazer cenas e que provavelmente os outros pensam que é só fita, mas não é...
    Espero que ultrapasses esse problema pelo menos tão bem quanto eu!

    Cátia

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  22. Eu também comecei a ter recentemente. Embora fraquinhos comparado com o que apresentas já me dá sustos do caraças. Noto que fico assim logo após o início das férias (penso que será a descompressão de momentos de stress) e fora do trabalho. No início não liguei e agora tento inspirar fundo e pensar que vai passar. Vejo um filme, leio um livro, vou para uma loja experimentar roupa, qualquer coisa que me distraia do que estou a sentir.

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  23. Ola pipoca, gostei muito deste topico, nao porque isto lhe acontece, mas porque a minha amiga sofre do mesmo, comecou recentemente e ela nao sabe bem o que fazer, tambem ja foi a medicos, ja lhe falaram dos ataques de panico, mas nao lhe deram medicacao nenhuma (para ser sincera acho que ela tb n iria tomar,lol) e recomedaram livros especializados. Ora bem, pode ser que ajude, mas eu como amiga gostaria de a poder ajudar um pouco mais. Eu digo-lhe que e' psicologico e para ela n ligar que passa, penso eu que se ela agir assim podera reduzir os "fanicos" (mas tb tenho receio da minha ignorancia no assunto). Poderia secalhar dar umas dicas do que se fazer quando se esta perto de uma pessoa que possa vir a ter um ataque de panico a qq momento. Obrigada pelo seu tempo.
    V

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  24. Olá Pipoca

    Eu nunca tive mas ao ler o teu texto identifiquei todos os sintomas com os do meu marido. Começou e meados de Novembro e desde aí que anda medicado, nesta fase já em fase de "desmame". Foi complicado para ele convencer-se que os ataques de ansiedade/pânico não eram um sinal de fraqueza ou um indicador de loucura, mas as idas ao psiquiatra ajudaram. Claro...a medicação tem os efeitos secundários que todos sabemos, e um problema desses por mto absurdo que pareça acaba por afectar tb quem está ao lado. no meu caso eu queria perceber o que se pssava com ele, ajudar, saber se a culpa era minha...cheguei mesmo a culpabilizar-me... felizmente tudo está no caminho da resolução. Mas a verdade é que estas coisas quando chegam dificilmente vão. Como disse ele já está em fase de desmame, mas o meu despedimento recente, fez com que tudo voltasse novamente: ansiedade, medo, depressão... os revezes da vida que todos temos, têm nele um efeito mais fundo. Eu tb já andei com anti depressivos e tb decidi largá-los a meio... não foi boa ideia. Se tens de tomar, toma. Procura um bom psiquiatra e trata da tua mente como se tratasses de uma perna partida ou de uma cárie num dente.

    Beijinho grande

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  25. Ola, o meu nome é Ana e tenho 17 anos( bastante nova), mas sofro exactamente do mesmo, desdo os meus 12. O meu coração começa a bater muito rapido parece que vai saltar fora. A primeira vez que aconteceu estava à espera do jantar de natal, a minha mãe disse que nao era nada e mandou-me comer pois devia ser uma quebra de tenção e após ter comido uma maçã isso passou, e eu realmente acreditei-me na teoria da quebra de tenção. Depois esse palpitar so voltou aos 14, enquanto espera pelo toque para entrar para as aulas, uma situação sem qualquer stress, e o meu coração lá começou a bater muito rapidamente. Não liguei, e mais um copo de agua com açucar. A partir desse ataque, estes tornaram-se mais frequentes, e depois cada vez mais. E no último ano lectivo foram 7 vezes que aconteceram em 9 meses. A minha mãe achava que era tudo imaginação, até que numa aula de educação física à 2 anos eu senti-me novamente mal, e as minhas pulsações chegaram às 120 quando estava em repouso total à mais de uma hora, algo que não é normal. Então fui ao hospital, e fiz eco e electro, e nada acusou. Da mesma maneira que apareceu desapareceu. Como a minha mãe finalmente compreendeu que nao estava doida, fiz prova de esforço, mais ecos e electros e comecei a ser seguida pelo cardiologista da minha mãe, pois como ela,e a minha avó tinham problemas de coração começaram a pensar que seria algo genetico. No entanto nada foi identificado. Os médico afirmavam ser ataques de ansiedade, mas quando estes ocorriam estava em situações tudo menos stressantes, como ver televisão, ou conviver com os meus amigos, na escola, durante aulas, situações completamente triviais. Eu continuo a achar que tem de ser algum problema fisico, mas sempre que vou ao hospital o ataque passa antes de ser examinada, e ja varias vezes chamaram a ambulancia e depois quando ela chegava ja nao tinha nada. Neste momento estou à espera de fazer um Holter, porque nao conseguem diagnosticar nada. Já nao tenho um ataque à 3 meses, estou à espera de ter o próximo para ir logo ao hospital para ver se descobrem, pois nao é normal uma jovem saudavel ter 120 pulsações por minuto sem fazer qualquer esforço.
    Depois de ter lido o teu texto começo realmente a ponderar a teoria do ataque de ansiedade, pois sou uma rapariga nervosa e muito ansiosa.

    Obrigada.

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  26. A diferença entre depressão e ansiedade é curiosa, a depressão corresponde a uma situação de perda efectiva, seja qual for a sua natureza. A ansiedade corresponde ao efeito produzido pela ameaça de perda ou insegurança. Algo assim pelo menos, me disse o psicoterapeuta, com quem mantenho uma relação semanal de conversa sobre mim, há quase um ano. O pânico passou espontaneamente com o tempo. A conversa vai continuar até que eu sinta que sou capaz de lidar com perdas e inseguranças.
    Beijo.

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  27. Olá Pipoca, há muito que sigo o blogue, mas só hoje vou comentar, porque também eu sinto estas coisas
    O primeiro que senti foi o ano passado no aeroporto antes de partir de férias para Cabo Verde, com direito a enfermeiro e tudo que disseram que se o ritmo cardiaco continuasse elevado não me deixavam embarcar.
    Depois fui sentindo ao longo do ano,e fico mesmo assutado e com medo que se repitam.
    Ultimamente tenho sentido sempre um medo estranho quendo estou longe de casa, como se fosse enlouquecer. Algo que não consigo controlar.
    Fui à neurologista que me receitou victam, mas só em SOS
    E tu o que tomas?
    As melhoras e que estas coisas nos passem...

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  28. Olá Pipoca, felizmente não tenho ataques de pânico, mas uma amiga minha tem e já precisei uns 2 ou 3. E tens razão, não é nada agradável. Para quem os tem e para quem está com a pessoa, porque sentimo-nos um bocado impotentes. Mas não é verdade que não há nada que possamos fazer. Porque, no caso da minha amiga, há. O segredo dela é contarmos-lhe histórias. Falarmos com ela, mandar piadas por mais secas que sejam. Mas isto pode não servir para toda a gente. É uma questão de tentares. Ela também procurou acompanhamento, não com um psiquiatra, mas sim com uma psicóloga. Teve sorte porque também a psicóloga sofria de ataques de pânico, então ensinou-lhe, melhor do que ninguém, a controlar-se nestas situações. Outra coisa que reparei é que a minha amiga inspira e expira profunda e calmamente.

    Espero que tenha ajudado. Beijinhos

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  29. Olá, é a 1ª vez que comento neste blog. Tenho 32 anos, sou casado com um Mulher fenomenal (com a qual namoro há 20 anos), tenho um filhote lindo, um casa linda, o trabalho que sempre quis ter, amigos óptimos, sou inteligente, bonito, simpático, estou em óptima forma física e ando há + ou - 5 anos a debater-me com ataques de pânico.

    Os primeiros "ataques" foram tremendos e totalmente "out of nowhere". Andava ansioso com o mestrado, com a espera do nascimento do meu filho, com a mudança de cidade, mas nada que fizesse prever uma situação tão descontrolada.

    Esta "coisa" bateu de tal maneira que cheguei ao ponto de estar prestes a não conseguir sair de casa. Quando fui à 1ª consulta de psiquiatria tive que passar à frente de 3 pessoas que iam ser atendidas pelo meu psiquiatra! Estava bonito! Disse-me logo que a medicação era imprescindível (durou um ano com o desmame incluído) mas que só ia resolver o problema de "software". Para resolver o problema de "hardware" tinha obrigatoriamente que fazer psicoterapia.

    Comecei há praticamente 3 anos a fazer análise e ainda hoje faço 2 vezes por semana. Estou a fazer uma limpeza interna muito dolorosa, às vezes com esfregões de aço, e estou a aprender a conviver com afectos, emoções, etc... Percebi que todos os nossos medos "irracionais" são transformações de coisas que não conseguimos trazer à superfície de outra forma.

    No meu caso, acho que fui crescendo com vários calhaus no coração que têm ocupado espaços onde deveriam estar, por exemplo, os meus pais. Se calhar por isso é que de vez em quando os ventrículos e as aurículas começam a funcionar a mil à hora...

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  30. Uma noite, estava a ver uma reposição do Blairwitch Project na TV (sim, eu mereci o ataque de pânico!) quando uma tive sensação estranha e repentina. Penso que a melhor forma de a descrever é como um "pressentimento". Senti, ali naquele momento, que ia morrer! Não encontro melhor maneira de o descrever a quem nunca passou por isso. Como quando se tem um pressentimento que algo muito mau vai acontecer, mas ampliado 10 vezes! Suores frios, pressão na cabeça, batimento acelerado... Levantei-me e fui até à janela, pensei que um pouco de ar me fizesse melhor... Mas, embora não tivesse nenhuma dor forte, o "pressentimento" não me largava, era como se estivesse num pesadelo, nada me parecia real. Chamei os meus pais e pedi que me levassem ao hospital. Pelo caminho comecei a sentir-me melhor (os ataques de pânico duram pouco mais de alguns minutos), mas precisava de saber o que tinha sido aquilo. Depois de alguns exames básicos disseram-me que se tratava de ansiedade, ataque de pânico e eu... claro que não acreditei! Como é que uma sensação tão física, tão ameaçadoramente real podia ser psicológica? Ainda levei algum tempo, prognósticos de médicos atrás de médicos para começar a aceitar.
    Hoje em dia já não tenho ataques. Em alturas de maior ansiedade, quando sinto que posso estar a desenvolver um (começamos a apercebermo-nos de certos sintomas) procuro respirar fundo e racionalizar. Se soubermos do que se trata, é mais fácil controlar. Por isso, se já fizeram todos os exames e mais alguns (também os fiz) mas continuarem com os sintomas, o primeiro passo é ACEITAR que o nosso cérebro é poderoso e pode, de facto, causar-nos fortes sintomas físicos. A partir daí, é tudo mais fácil.

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  31. Agora vou fazer um apelo à minha classe :) Não raras vezes, os psicólogos conseguem dar uma boa ajuda sem recurso a medicação. Pode resultar contigo, nunca se sabe. Sorrisos para ti.

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  32. Beleza, ando na mesma.... Eu há 4 anos tive a minha 1ª crise de ansiedade. tinha tido um mês dificil... um péssimo chefe, uma filhota que mal via por causa d trabalho e para ajudar, estava ainda a recuperar de um pião feito na A2 sul em plena hora de ponta!!! Também tenho medicação SOS, também treino a respitação, mas acho que o melhor é mesmo fazer Pilates. Acredito sempre que vou melhorar, mas a verdade é que volta não volta lá vem nova crise, nova toma de Victans aos molhos, tudo melhora... melhora mas não desaparece!

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  33. "Pipoca", tenho 15 anos e já tive uns quantos ataques destes. Também fiz exames a tudo e mais alguma coisa, mas estava tudo bem... Na realidade nunca cheguei a perceber bem o que se tinha passado comigo… era uma sensação super estranha: O meu coração batia tão depressa… E eu ficava super cansada com imensa dificuldade em respirar.. E acontecia-me assim, do nada! Depois das variadas consultas a que fui apenas me disseram: A menina deve ter arranjado um namorado novo e agora anda aqui com as pulsações um bocadinho aceleradas, hein? E eu pensava cá para comigo: Olha-me estes abutres a gozar com a minha cara! Está aqui uma pessoa a pensar que lhe dá um trecozinho e ainda gozam! É preciso ter lata!! E fiquei por aqui, porque pensei sempre - até á cerca de 10 minutos - que tinha tido uns quantos ataques de uma tal de vá pseudo-paixoneta por um pseudo-rapazito, o meu tal de namorado! -.-‘ Isto realmente...

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  34. Olá. Isso só passa com psicoterapia e com ajuda de medicação ao inicio. Não adianta não se querer ficar dependente de medicamentos, pior é ficar dependente desse estado (I know, i´ve been there). Quando os ataques de ansiedade surgem nunca são isolados, porque o medo instala-se e é o medo que começa a provocá-los, o alerta. Procura apoio continuado de pesicoterapia e recorre numa 1ª fase a ajuda de medicamentos. Posso dizer-te que a MELHOR psicóloga do ramo é a Dr. Madalena Lobo

    Bj

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  35. Eu já tive ataques de pânico como os teus. Durante meses fui para as urgências sem que nada de mal me fosse diagnosticado. Fiz de todos os exames e nada. Tudo normal. Os médicos começavam a já não acreditar em mim e eu a tentar explicar-lhes "amigos, a sério que o coração me ia saindo pela boca e a sério que não conseguia respirar". Tudo isto aconteceu quando estava de férias e quando não tinha grande coisa a incomodar-me. O meu médico receitou-se uns calmantes fraquitos para tomar de vez em quando e mantenho-os na minha carteira até hoje. A verdade é que passado algum tempo (pouco tempo) os ataques de pânico passaram e hoje já não me lembro quando foi a ultima vez que tive um. Isso passa pipoca e é muito mais comum do que aquilo que se imaginar.

    Beijinhos

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  36. Olá :)

    Pela descrição, isso são mesmo ataques de pânico. No entanto, ter um ataque de pânico de vez em quando não é condição suficiente para que te seja diagnosticada uma perturbação de pânico. Por isso o que tens a fazer é mesmo encarar a situação com alguma "normalidade". O teu caso não me parece grave o suficiente para teres de recorrer a medicamentos. Tens de tentar controlar essas situações, no entanto, a partir do momento que percebas que isso condiciona de facto a tua vida e que alteras as tuas rotinas diárias em função do medo que tens da situação se repetir, aí aconselho-te a procurar um psicólogo que saberá ajudar-te a ultrapassar esse transtorno.

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  37. Tenho fanicos desde os 15, 16 anos. A boa notícia é que, apesar de haver momentos piores, em que os problemas da vida tomam mais conta de ti, também aprendes a reconhecer sintomas e a controlar a forma como reages às coisas. E sim, é mesmo como dizes, aprender a desvalorizar, a respirar e a tentar não te subjugar ao medo e à depressão que se pode esconder por detrás de tudo isso. Como boa hipocondríaca que és, isso não te vai acontecer. Garanto.

    Beijos

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  38. Eu também sofro, aliás sofri do mesmo problema. Tudo começou há uns seis anos atrás, um dia acordei num estado de pânico em que nem sequer conseguia pensar em nada além de "vou morrer". Nunca gostei de médicos e resolvi não ir. Os ataques foram-se repetindo e eu fui ficando cada vez com mais medo de fazer o meu dia-a-dia, claro que isso afectou as minhas relações com os amigos, namorado... Quando já não fazia nada de interessante na vida, a minha mãe convenceu-me a ir a um psiquiatra. Ele apenas me receitou um monte de comprimidos e não fez mais nada. Nessa altura fiquei desiludida, mas como queria mudar a minha vida, lá tomei os comprimidos como tu fizeste. Quem me ajudou foi a minha mãe (que já teve uma depressão e sabe como são estas andanças) tentou sempre passar-me a mensagem que temos que ser racionais, tentar controlar ao máximo o nosso corpo, a respiração, os pensamentos, são fundamentais. Eu acredito que foi isso que me ajudou a ultrapassar, porque passado dois anos já não tinha ataques, tinha só o início que conseguia controlar perfeitamente.
    Em conclusão o conselho que te deixo a ti e a toda a gente que sofre do mesmo é além da ajuda que possam procurar tentem conhecer-se e saber lidar da melhor maneira, ou seja da forma mais racional, sem ceder ao medo, porque ninguém vos vai ajudar mais que vocês próprios.
    Beijinhos

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  39. há 3 meses,depois de ter abortado o meu primeiro filho desenvolvi a chamada fobia da perda. resumindo:tenho medo de voltar a perder pessoas que amo. o medo da morte não anunciada começou a assombrar-me. e tenho verdadeiros fanicos, sobretudo nos momentos mais felizes: quando estou agarradinha ao meu namorado no sofá penso que se ele amanhã for ao pão e morrer atropelado tudo aquilo acaba. quando estou com os meus pais a jantar e nos rimos de coisas parvas só me vem à cabeça que tenho medo que eles morram. e isto resulta nisso mesmo, coração acelerado e falta de ar. pânico e ansiedade. já fui a algumas consultas com um psicólogo e sinto-me cada vez mais convencida que não posso estar sempre com medo, mas ainda continuo à espera do dia em que não pense uma única vez na morte.

    obrigada por partilhares.
    sinto-me menos estranha agora.

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  40. Olá!
    Como te compreendo, há cerca de dez anos atrás tive o mesmo várias vezes e só quem passa é que sabe a sensação horrível que provoca. Foi no meu 12º ano, coincidiu com a altura dos exames nacionais mas, sinceramente, nunca fui pessoa de stressar com exames, depois de ter ido várias vezes para o hospital lá cheguei à conclusão que o mais certo é ter sido a morte do meu avô (cerca de uma ano antes dos ataques terem começado) a quem eu era muito ligada.
    Na altura lembro-me que nem podia tomar um café que ficava logo com aquela sensação horrivel!!
    Sei bem o que sentes, se fores como eu depois vai passando com o tempo, agora já não sinto nada do género há uns anos!!
    Mas se fosse a ti fazia um exame aos diabetes porque, anos mais tarde vim a descobrir que sou diabética e não sei se pode ter relação mas os sintomas são semelhantes com alguns dos sintomas de hipoglicémia, como os tremores e a má-disposição!!
    beijinhos

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  41. Olá pipoca,

    Há uns anos atrás, passado pouco tempo de iniciar a minha actividade profissional, também tive esses ataques de pânico. Eram suores e calores em simultâneo e uns tremores que não conseguia controlar. Era uma sensação horrível que, depois de passar, me deixava o medo de que pudesse voltar a acontecer. Tinha medo de sair, de ir trabalhar e que tudo acontecesse novamente. O médico também me disse que podia estar associado à iniciação da minha vida profissional, mas isso a mim nunca me fez sentido porque adorava o que fazia, e acredito que tivesse mais a ver com coisas pelas quais tinha passado anteriormente. Andei assim uns bons meses, depois essas sensações foram desaparecendo gradualmente. Actualmente, isso não tem acontecido, mas o medo ficou, e só de ler o teu post fiquei com uma angústia!
    Contudo, acredito que quanto melhor soubermos lidar com a situação, tanto melhor. O auto-controlo é importante. Quando pressinto que posso vir a ter um ataque de pânico novamente, tento pensar que o consigo controlar e pensar noutras coisas e isso tem resultado. Aliás, hoje até é muito raro pensar no assunto e vejo isso como coisa do passado, apesar de ter consciência que pode voltar a acontecer.

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  42. Olá pipoca,

    É a primeira vez que comento os teus posts, mas já leio o teu blog há muito tempo e adoro. Quero felicitar-te por este teu post sincero, que com certeza irá ajudar muita gente.
    Comigo também aconteceu há algum tempo após o acidente de um primo que ficou paraplégico, mas de uma forma um pouco diferente. Eu tinha dores de cabeça brutais, que não passavam com nenhum tipo de comprimidos. Tinha muito medo de morrer, especialmente porque tenho uma filha pequena, e fiquei convencida que isso ia acontecer e que tinha um cancro na cabeça. Felizmente o médico que me atendeu nas urgências (a primeira vez que fui) era extremamente atencioso e competente e após várias perguntas disse-me que o meu problema era o stress. Pensei que ele não estava bom da cabeça, porque eu sou uma pessoa que não me deixo levar em "baboseiras" dessas (pensava eu), mas mesmo assim ele convenceu-me a tomar ansiolíticos e ao fim de algum tempo as dores começaram a diminuir. Continuei o tratamento por 6 meses e melhorei imenso. Pensei que já estava boa e nunca mais fui ao médico. Passado um ano, voltaram as dores de cabeça e começou tudo de novo. Voltei a fazer tratamento, desta vez mais longo e agora já passaram 3 anos e nunca mais me aconteceu.
    O pior disto tudo é que quando dizia às pessoas que o meu problema era o stress, os comentários não eram muitos bons e olhavam para mim como se tivesse a ficar louquinha. Felizmente passou (penso eu). Espero que tu e que todas as pessoas que sofrem do mesmo tenham melhoras rápidas.
    Beijinhos

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  43. Olá Pipoca!
    Ando a seguir este blog há um tempo e cada vez gosto mais do que escreves!
    Não costumo passar por aqui ao fds mas parece que foi a melhor coisa a fazer.
    De há dois meses para cá também tenho sentido dores no peito e muitas vezes achei que ía desta para melhor.
    Não sou muito a favor de antidepressivos,etc, porque tive casos complicados na família com sobredosagens e afins, portanto, decidi optar por outras vias.
    Se calhar parece inútil, mas a mim tem-me ajudado: faço yoga e meditação e adoptei um estilo de vida mais activo (era muito sedentária...).
    Tenho-me sentido melhor, pelo menos.
    Vamos ver se resulta.

    Beijinhos e as melhoras para todos.

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  44. Olá.

    Tb me sinto mais ou menos assim e culpo o stress do meu trabalho..dá.me um dor e aperto no peito que penso q vou cair pó lado a qualquer momento...stress,stresss,stress que depois dá nisto..

    bjs

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  45. Do ponto de vista médico, posso dizer-te que a decisão de parar o anti-depressivo não foi a melhor. Estes medicamentos NÃO causam habituação, devem apenas ser utilizados durante o tempo que a patologia exige e pronto... (e dois meses é muito pouquinho!)

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  46. Muitos parabéns por assumir um problema tão mas tão comum hoje em dia, mas que ainda é visto como esquisito e como motivo de vergonha. E normalmente a resposta que ouvimos é que são coisas da cabeça!! O meu 1º ataque de pânico foi a conduzir, em plena autoestrada... Durante muito tempo não conduzi sózinha em autoestrada (eu que conduzo desde 0s 18 anos e perdi a conta ao nº de viagens sozinha que fiz, de noite inclusivamente). Achava que se me acontecesse de novo não tinha a quem pedir ajuda... É complicado!

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  47. Olá*

    Como licenciada em Psicologia (apesar de não trabalhar na área de clínica) O que aconselho a ti e a todos os que sofrem de depressão e/ou estados de ansiedade e/ou ataques de pânico, especialmente se jovens é a tentarem fazer uma terapia mista, ou seja acompanhamento psiquiátrico (aka medicação) e acompanhamento psicológico (não necessariamente psicoterapia, dependente dos casos).

    Explicando: Em estádios mais iniciais destes acontecimentos por norma não é necessário medicação (porque só afecta a nível funcional e não estrutural), mas como a maioria das pessoas cai no erro de demorar a ir a um médico, e quando vai, pensa primeiro a ir a um psiquiatra e não a um psicólogo (como teria mais lógica numa fase inicial), acaba por começar logo com medicação. O que não resolve nada na grande maioria dos casos.

    Por isso, em estados menos iniciais sem dúvida a melhor terapia é a mista.

    Sem dúvida que é um investimento talvez razoável, mas nunca percebi porque as pessoas davam menos crédito ao seu bem estar físico e mental de que a outras coisas da vida. Cuidem de vocês. O vosso corpo, a vossa mente são os mais importante que têm.

    Cumprimentos

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  48. Olá, também tenho ataques de pânico. Felizmente não são tão frequentes como os teus, porque são de facto desesperantes. Desses ataques só o primeiro me levou ao Hospital S. André, que (simpáticos) antes de eu começar a fazer exames para despistar fosse o que fosse me deram uma simpática injecção de cavalo. No fim de dar duas voltas ao hospital a fazer exames e mais exames, pude ouvir a médica (com uma moca brutal, a vida era linda entre aquelas paredes amarelas) a dizer que aquilo era resultado dos nervos. Quando sinto que está a chegar um, tento acalmar, respirar devagarinho e abstrair-me de tudo o que me possa irritar. Sugiro a práctica de yoga, que pode ser chatinho, mas ensina-nos a respirar e controlarmo-nos, o que ajuda mto nessas situações. Espero que tu e todas as outras pessoas que sofrem do mm, que curiosamente parecem pertencer à mm geração (estranho, n?), não se deixem dominar pelo medo dos ataques. Bem hajam!

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  49. gestorboy

    ola pipoca,

    Este é o meu primeiro comentário no teu blogue que sigo ,acho que escreves muito bem e comecei a ler por causa da minha namorada , claro que a parte que gosto mais é a de blogue meu blogue meu :).
    comento este post porque de facto há um ano para cá comecei a ter este tipo de sintoma , ansiedade ,também fiz imensos exames e tudo normal. comecei a tomar uns calmantes e vou controlando isso.
    Com o excesso de trabalho e objectivos a cumprir e responsabilidade são os factores que aponto para ter ficado assim.
    Mas até hoje ainda não tenho uma resposta 100% segura para o que me dá...depois é um mau estar e uma impressão no coração que não tem palavras.
    Enfim adorei saber que não sou o único .
    qualquer dia abrimos uma terapia de grupo para este problema.
    obrigado por este teu post e Muitos parabéns pelo teu blogue fantástico.
    cumprimentos
    gestorboy

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  50. Bom dia pipoca.
    Ao ler o teu post parece que estava a ler a minha própria história.
    Uma bela noite, sem mais nem menos, acordei com a sensação que não conseguia respirar, que o coração saltava pela boca, tremia, suava...Enfim, um mimo de sintomas. Quando me levantei decidi ir ao médico e fui diagnosticada como tendo uma gastrointrite (do belo!). Nesse mesmo dia fui outra vez às urgências porque não me passava. Ninguém falou sequer em ataque de pânico. Andei assim várias semanas, talvez dois meses a pensar que estava a enlouquecer definitivamente. Nada, mas nada me fazia abstrair de todos os sintomas. Não conseguia ficar sozinha, muito menos sair de casa.
    Chegou a altura de voltar para a Universidade. Estava a dar em louca. Não conseguia estudar, no comboio parecia que ia morrer...Dias intermináveis. Fui a biblioteca e vi um livro tipo dicionário da Psicologia. E eu, ora deixa cá ver. E pumba. Eis que vejo ataque de pânico, ansiedade, agorofobia. Encaixava.
    Fui a um psiquiatra que disse que como eu estavam imensos jovens. Na altura tinha 19 anos. Comecei a tomar medicação mas o medo era tanto que tive de desistir da faculdade. Não saia de casa. Aos poucos fui saindo, pa ir buscar o pão à esquina, mais uns quateirões a baixo à papelaria, até ir ao fim da minha cidade. Este progresso só foi possível graças à ajuda de uma psicologa que me deu ferramentas para lidar com isto (e os ansiólitocos e anti-depressivos também ajudaram à festa).
    Fui sempre uma pessoa super divertida, não tive nenhum momento chave que podesse despoletar tudo isto. Tal como dizes, vai acumulando e no momento em que parece que está tudo as mil maravilhas, lá vem ela, a maldita ansiedade.
    Hoje passados seis anos estou bem melhor. Sei lidar com isto e sobretudo racionalizar o que sinto.Volta e meia ela volta, mas agora eu sei o que é e tenho meios para a afastar. Por vezes dou por mim a dizer, preferia ter partido as duas pernas!lolol!! Tentei por várias vezes retomar os estudos e ela voltava sempre. Este ano vou tentar retomar definitivamente.Neste anos trabalhei em diversos locais e sempre muito bem, divertida e nada stressada.Não se pode desistir e ir-se abaixo ao primeiro sintoma!não é?
    Às pessoas que se encontram assim de momento, procurem um psicologo antes de um psiquiatra. Vão criar ferramentas mentais bem mais poderosas que os medicamentos (eu ainda os tomo, embora em doses muito minímas). Força e apesar de sermos faniqueiras podemos ser pessoas felizes e viver a vida como qualquer outra pessoa.

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  51. Uma excelente descrição clínica!
    Felizmente a perturbação de pânico é curável... e aliando a terapêutica medicamentosa às psicoterapia esta perturbação é perfeitamente ultrapassável, na grande maioria dos casos.

    Conselho: voltar à psiquiatra (para fazer controlo sintomatológico) e procurar apoio na psicologia (descobrir a origem e aprender a dar a volta à perturbação)... com empenho e adesão às terapias os sintomas vão reduzindo gradualmente e vai sentir controlo sobre a doença... normalmente o processo não é muito moroso! ...e aprendendo a controlar a ansiedade pode começar a dizer, gradualmente, adeus à medicação :)

    :)força!!!
    só custa o primeiro passo! ;)

    Cumprimentos,
    Ana Costa (leitora assídua e psicóloga)

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  52. Ola pipoca sobre de ataques de pânico desde os meus 17 anos altura em que uma amiga minha faleceu num acidente na 24 de julho as cinco e meia da manhã ela estava bebeda em vez de atravessar a ponte por cima não atravessou a estrada veio um carro e atirou-a a 10 metros de destancia tive morte instantania sofre deste problema á quase 12 anos e só agora é que arranjei solução estou medicada pelo psiquiatra e ando numa psicologa que me tem ajudado muito isso trouse-me problemas de autoconfiança e auto-estima mas agora parece estar tudo a correr bem não tenho ataques de pânico desde outubro embora a autoconfiança e auto-estima ainda não as tenhas mas se tudo correr bem vou ter o medo de morrer continua mas já não penso muito nisso embora ainda quando penso fique aterrorizada por isso tento não pensar era isso que fazia ter os ataques de pânico uma fobia chamada pânico á morte.

    Beijinhos grandes e obrigado por partilhares a tua historia.

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  53. Querida pipoca,

    Fico muito feliz por escreveres e admitires esses "fanicos", aqueles que a maior parte das pessoas têm vergonha de admitir!
    Uma médica a mim me disse que esses "fanicos" podem advir da acumulação de stress anterior.
    Os meus "fanicos" reflectem-se nas costas! Uma pressão que só alivia com relaxante muscular...

    Um beijinho e com muito orgulho da pipoca mais doce!

    Andrea
    (a devoradora de pipocas)

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  54. como eu te percebo , ando há 4 anos a ser medicada para esse problema , inha isso muitas vezes até já inha vergonha de ir ao hospital e sempre com a msma moléstia, mas o curioso é que quero deixar o medicamento mas tenho medo que isso volte a aparecer e por isso digamos que tomo o dio , não para me curar mas para prevenir um novo ataque de pânico , é uma chatice , mas pronto...até tenho vrgonha de falar no assunto porque as pessoas parece que até gozam comigo... (putas!)

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  55. Ainda bem que escreveste este post pois eu sofri uma vez do mesmo e fiquei a pensar que tenho tendências para ter AVCs... Afinal é tudo "normal", por assim dizer. Obrigada...

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  56. Tenho o mesmo problema...tive de fazer psicoterapia, origem do problema é a ansiedade...e ainda hoje fico preocupada.... Fui tantas vezes ao médico e ao hospital...
    A minha médica quando me recebia dizia logo que não era dia para fazer exames...que não passava mais nada!
    Não foi fácil viver com o medo, nada fácil. Hoje em dia já acontece pouco, mas quando acontece tento lembrar-me que é normal e que vai ficar tudo bem. Tomo um comprimido por dia, receitado pela cardiologista. Uma médica querida, que me ouve sempre com muito carinho e paciência...Agora grávida, às vezes o receio é maior mas tento pensar noutras coisas...
    Não é fácil, tentar dar a volta da melhor forma é a solução. Mas que era bom não sentir nada disto, era muito bom !

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  57. Olá

    Eu gostaria de te dizer que a médica que te disse que poderias não ultrapassar o problema se encontra desactualizada.
    Sou psicóloga e garanto-te, se há patologia fácil e rápida de ser erradicada é a perturbação de pânico.
    Tens é de ir a um bom psicólogo e seguir o tratamento correctamente. Não se justifica continuares a sofrer com algo que tem resolução.

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  58. Por ser demasido extenso, opinei aqui:
    http://escrevoparanaomeouvirem.blogs.sapo.pt/29379.html

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  59. Pois passou-se o mesmo comigo. Comecei a ter esses mesmos sintomas nas férias de verão seguintes ao 12º ano (que coincidência...). Era noite, tinha ido ao café, quando comecei a sentir o coração palpitar, como se não bombeasse o sangue suficiente de que eu precisava. Achei que ia morrer, tal era o desconforto e a falta de ar. Não conseguia andar, sentia-me desfalecer. Chamou-se a ambulância. Depois de todos os testes que me fizeram, disseram que eu não tinha nada, que naquelas circunstâncias a ambulância não me podia levar, e que se os meus pais quisessem, me levassem ao hospital eles próprios. Enfim, e para resumir, os meses seguintes foram passados entre hospitais e consultas privadas de cardiologia, porque eu continuava a não me sentir bem, e não conseguia aceitar que estava tudo bem comigo, tal como os médicos diziam. A verdade é que nunca nenhum médico me disse, olhos nos olhos, que aquilo podiam ser ataques de pânico, e que embora o que eu sentisse fosse real, não havia nada de fisicamente errado comigo. E esta conversa franca teria ajudado, porque nós sabemos que o que sentimos é bem real, e os médicos falam connosco sempre como se nós estivéssemos a fazer uma fita. É terrível. Enfim, seis anos passados, (e muitas consultas de psicologia depois), esporadicamente continuo a sentir o coração saír do seu ritmo normal, mas não me assusto porque sei do que se trata, e o simples facto de não me assustar faz com que o sintoma dure apenas uma fracção de segundo.

    Um beijinho e acalme-se, que tudo não passou de um susto. Vai ficar tudo bem a partir do momentos em que se convencer de que realmente está tudo bem consigo, e que isso é apenas um sintoma de ansiedade.

    p.s.: há pouco tempo li um artigo científico que dizia que as pessoas ansiosas e com ataques de pânico não sofrem risco acrescido problemas cardíacos.

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  60. Sei exactamente do que falas. Sou nova, fiz 24 anos ontem, e sinto exactamente as mesmas coisas que falaste há alguns anos. Há uns 2/3 meses que não sinto nada, mas antes disso tive uma fase mto complicada, tb uso medicação para me controlar nessas alturas (tudo coisas mto fracas, mas que psicologicamente ajudam). Fiquei surpreendida pela que contaste pq acho sempre que os outros não sentem o mesmo q eu. É como se fosse a 'anormal'. É possível que tenhamos que viver pra sempre com isto. O truque é respirar bem e esperar calmamente que passe. Tb já fiz N exames ao coração e nunca acusou NADA.

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  61. Também eu tenho dessas crises, o coração pára, uma pontada enorme no coração, dificuldade em respirar, suores e o pensamento "estou tão lixada que é desta que morro". No princípio deste ano fiz uns 5 electrocardiogramas, estava tudo bem, diziam eles, mas as dores não paravam. Comecei a pensar nisso e aliei ao facto de ter tido (mais um) desgosto amoroso. Como já estou farta de psiquiatras e da medicação e daquela parafernália toda, decidi-me pela psicoterapia. Foi o melhor que fiz.

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  62. Pipoca, nunca tive nada parecido e nem sou muito dada a fanicos... mas conheço quem tenha tido o mesmo que tu sentiste e que agora está bem, ou minimamente controlada. Fazes bem em partilhar isto, em falar dos teus problemas, em mostrar que nem tudo é um mar de rosas na tua vida! Sei que vais superar esses ataques, quer porque tu és uma pessoa bem disposta e que encara a vida e os seus problemas de uma forma humorística, quer porque tens o teu "namorido" e os teus amigos para te apoiarem e darem-te a mão sempre que for preciso.
    Agora, não "paniques", aproveita as férias, descontrai e continua a fazer-nos inveja com as tuas bolas de berlim e histórias de praia :)

    SSF

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  63. Aprendi a ressignificar:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressignifica%C3%A7%C3%A3o

    O meu blog por exemplo, foi um escape perfeito para comunicar uma série de malícias que me atormentavam... encontrar um processo que nos ajude, é o segredo, tu tens o teu e vais encontrá-lo.

    Encontra o teu com tranquilidade.

    Uma sugestão: procura o Mário Caetano da Lifetraining, este Sr. possui muitas ferramentas capazes de te ajudar no processo de ressignificar, aprender a lidar com os ataques de pânico. (não fui eu que te disse lol)

    PS: um post com um pouco da minha história -> http://oneguyalone.tumblr.com/post/240210406/r-i-p-robert-enke

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  64. Também passei por isso, entre os meus 19 e os meus 23 anos. Como sabia que um familiar meu também tinha passado por isso e nunca tinha conseguido largar a medicação (e já lá vão 30 anos de medicação) fui tentando controlar a coisa sozinha. Primeiro com pastilhas elásticas, para me distrair. Depois com valdispert SOS. Deixei de os ter sistematicamente e sem motivo, para passar a tê-los uma ou duas vezes por ano, precedidos de "espirais" de raciocínio que já identifico. all in all, correu bem. e contigo tb vai correr, vais ver! Parabéns pela coragem de partilhares

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  65. Olá,
    Dou-lhe os parabéns por este seu espaço. É muito interessante. Já sou seguidor e vou passar por cá mais vezes. Deixo-lhe o convite para que passe no meu blogue, o Interjeições, e seja também seguidor do meu espaço.
    Abraço,
    Escrevinhador

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  66. Olá,

    Eu também sofro de algo parecido. Nunca consultei um médico sobre isso, mas li muito e penso serem também ataques de pânico. Já sofro há uns anos mas sempre foram muito esporádicos, de fases, e depois as fases passam e quase me esqueço deles.

    Ao inicio não percebia o que se passava comigo, simplesmente sentia um medo estúpido sem sentido e uma sensação de alienação. Às vezes nem sabia de que tinha medo. Era simplesmente medo. Pensava que estava maluca.

    Os ataques sempre que aconteceram, falar com alguém sobre o assunto era o que mais me ajudava a descer à terra, precisava que me mostrassem a realidade.

    Um dos piores e mais claros foi quando estava no cinema a ver o filme baseado no livro do Saramago, Ensaio sobre a Cegueira. Durante o filme, fiquei com tal medo de poder vir a ser violada.

    Eu só conseguia pensar que para evitar isso eu tinha de ficar o resto da vida fechada em casa, e mesmo assim isso não me garantia segurança, estava desesperada, a minha vida tinha acabado. Saí do cinema a correr a pensar que ia desmaiar a qualquer momento.

    Estava com um amigo, e foi ele que ajudou e me aturou e me ouviu falar sobre tudo o que estava a sentir, mas nos momentos iniciais até ele me pareceu uma ameaça, não conseguia admitir que ele me tocasse.


    Os meus sintomas são um aumento do batimento cardíaco, sentimento de que as coisas são estranhas e irreais, e alguma falta de equilíbrio também.

    E depois parece que por momentos paralisamos porque qualquer influência externa à nossa mente parece ser capaz de aumentar aquele estado. Não queremos que falem connosco, temos medo de virar o olhar e de ouvir.

    É realmente uma sensação terrível, impossível de se compreender sem se ter passado por ela.

    E é como dizes, quando acontecem o pior é o medo que se repitam, nas piores alturas. Por exemplo, tenho medo é que me aconteça quando esteja a conduzir.

    Mas como disse, nunca consultei um médico. Já senti necessidade disso mas as coisas foram passando. Como já não os tenho há algum tempo, não vivo com medo que aconteçam.

    Normalmente sinto quando estou susceptível a ataques desses, e eu sei que se me voltarem a acontecer vou ficar com um medo devastador que se repitam. Talvez depois consulte um médico. Mas por enquanto ando bem.

    PS. Já leio o blog há alguns anos. Gosto muito do teu blog, de todas as reflexões e futilidades!

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  67. Olá Pipoca,
    Eu sofro do mesmo mal a já há bastante tempo que não tenho ataques. Solução: alguma terapia (falar sobre o que nos incomoda com alguem que é pago para nos ouvir e supostamente guiar sabe bem), alguma medicação (podes ter a mente controlada, mas o físico, como coração acelerado e dores no peito é mais dificil), e principalmente, saber manter a calma, pensamento positivo e não dar muita importância ao assunto. Parece ridículo eu sei, mas quanto menos pensas nisso, menos energias atrais para o tema, so to speak.

    Boas férias*

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  68. Não queria comentar, mas pensei que talvez se tentar uma distracção tal passe esta sensação de desconforto. Não sou jornalista, nem sequer tenho jeito para escrever, fui militar durante uns anos valentes, e tenho uma licenciatura na área da saúde. Ultimamente não tenho estado no melhor da minha saúde, dores abdominais, palpitações, náuseas, vertigens, alterações intestinais, já fiz alguns exames e tudo parece óptimo.
    Nunca fui menina de mariquices psicológicas, dizia que não tinha tempo para maluquices e que a vida era demasiado curta para pensar em tretas.
    Mas hoje, e depois de fazer exames sem uma causa aparente para os meus sintomas, tenho receio que afinal a minha vida tão preenchida, tenha lançado uma trama da qual eu não sei sair.
    Eu sei que o último ano e meio foi de loucos, problemas físicos, casamento, pais doentes, avo doente, faculdade, desemprego, mas ...
    eu não sou de ficar a ver navios passar.

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  69. Mhh para quem tem um casamento à porta isso é coisinha para ser complicada!
    Mas não te preocupes se isso acontecer no dia da boda já ninguém liga porque todas as noivas tem aquele sentimento do "ai que me vai dar uma coisinha má" no dia C.
    Isso com umas aulinhas de yoga (se tiveres paciencia para elas) controla-se!

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  70. Pois eu tenho 22 anos e acontece-me o mesmo desde os 17.
    Nao vale a pena contar as historias porque sao iguais às tuas , chego a pontos de ter que sair de casa a chover e andar de um lado para o outro na cidade para ver se me acalmo.
    Tomei as ditas drogas "legais" e que nos deixam praticamente adormecidos , até que comecei a fumar um ou dois charros de erva da holanda por semana ( blueberry - é dada aos doentes de cancro para tirar as dores e para pessoas altamente ansiosas ) e nunca mais tive isso. Peço desculpa por "promover" as drogas ilegais aqui , mas foi a minha soluçao e creio sinceramente que mais "saudavel" que anti-depressivos.

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  71. Olá Pipocs, nunca comentei o seu blog, mas sou uma assídua leitora do mesmo, uns dias adoro a sua forma de estar outros penso que o bom senso não propriamente o seu melhor amigo, mas who cares? afinal todos nós somos um pouco incoerentes ao longo da nossa existência. Contudo, há uma coisa que é sempre boa, a sua escrita divertida, despreocupada e plena de bom humor!
    E porquê comentar hoje? um post que até mete fanicos? pois bem, não se sinta sozinha, esses tremores da merda e inquietações do demo também me perseguem com maior frequência quando levo a vida demasiado a sério ou quando o meu homem está longe!...palermas é o q nós somos...mas, sim, é uma valente merta esta cena de sentir q "agora é, já foste!"...e como não há uma sem duas...aqui está outra coisa em comum....daqui a um mesito e qlq coida estarei a subir ao altar! Viva as noivas e os seus fanicos!

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  72. Olá Pipocs, nunca comentei o seu blog, mas sou uma assídua leitora do mesmo, uns dias adoro a sua forma de estar outros penso que o bom senso não propriamente o seu melhor amigo, mas who cares? afinal todos nós somos um pouco incoerentes ao longo da nossa existência. Contudo, há uma coisa que é sempre boa, a sua escrita divertida, despreocupada e plena de bom humor!
    E porquê comentar hoje? um post que até mete fanicos? pois bem, não se sinta sozinha, esses tremores da merda e inquietações do demo também me perseguem com maior frequência quando levo a vida demasiado a sério ou quando o meu homem está longe!...palermas é o q nós somos...mas, sim, é uma valente merta esta cena de sentir q "agora é, já foste!"...e como não há uma sem duas...aqui está outra coisa em comum....daqui a um mesito e qlq coida estarei a subir ao altar! Viva as noivas e os seus fanicos!

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  73. O Rei Tomate adoraria dizer que este post está fantástico, mas a verdade é que não o leu, devido à sua extensão. Vai ordenar brevemente a um dos seus servos que o leia e lhe faça um resumo e depois talvez volte para comentar.

    Com os mais sinceros cumprimentos,
    o Rei Tomate do Reino do Ketchup!

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  74. Ou é mania dos médicos ou de facto isso está a acontecer a muita gente da nossa idade. Uma coisa que eu percebi que me ajudava era o yoga. Infelizmente deixei de fazer...Mas com o yoga aprendes a ter mais controlo sobre o teu corpo. aprendes a controlar mais a mente. e aprendes a respirar. O yoga nao é aquela coisa chata de estares ali sentada a pensar no nada. Da pa suar! e é bom!!!

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  75. Olá pipoca, hoje ao ler este post não poderia deixar de comentar, pois também eu sofro do mesmo.
    Tenho 25 anos e há cerca de um ano quando tudo corria na perfeição, emprego novo, casa nova, namorado perfeito, ou seja quando nada fazia prever, tive o meu primeiro ataque de ansiedade. Os ataques voltaram a repetir-se e a partir daí foi uma correria entre hospitais para fazer exames a tudo e mais alguma coisa. O resultado foi sempre o mesmo, não tinha qualquer problema físico. Apesar da insistência dos médicos para que consultasse um psiquiatra, não cedi, porque tenho muito medo de me tornar dependente da medicação. Há cerca de 3 meses que faço terapia com uma psicóloga e sinto-me bem melhor, a respiração profunda realmente ajuda bastante. Comecei também a praticar yoga, que tem uns exercícios óptimos de respiração para controlar a ansiedade. Sinto-me bem melhor, mas aquele medo miudinho que os ataques voltem a qualquer momento não me deixam desfrutar em pleno dos pequenos momentos.
    Além disto ainda tenho que lidar com a imcomprensão das pessoas que me rodeiam que minimizam o problema dizendo que são apenas coisas da minha cabeça. É verdade, é um problema psicológico mas que me afecta e não me deixa viver a 100%. Acredito que seja difícil de entender para quem nunca passou ....

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  76. Olá.
    pelo que li isso soa m um pouco familiar...o que posso dizer-te é que me parece ser algo mais psicológico....a nossa é fantástica e alertar-nos sempre para algo que está errado...ao que me parece ela está a dar-te sinais que algo nao está bem no teu "eu".
    o meu conselho é que procures um psicólogo e trates disso...também andava com uma situação semelhante mas menos intensa e foi o melhor que fiz...como sou contra tomar medicação, a psicóloga que consultei aconselhou-me florais. basicamente são essências feitas à base de flores, descoberto pelo médico Bach..nao é muito conhecido mas é muito bom e nao causa dependência.
    Trata de ti que isso é do foro psicológico...
    beijoca e espero que tudo se resolva pelo melhor ;)

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  77. Apesar da tendência ser o respirar mais e de boca aberta, experimenta apertar o nariz e fazer força (como se fosse para desentupir os ouvidos), vais ver que o coração acalma (foi o que me recomendou o cardiologista, e resulta).
    Beijinhos

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  78. Olá Ana
    "um acidente de carro em que vi a vidinha a passar em frente dos olhos".
    Já considerou a hipótese deste ter sido, efetivamente, o episódio que despoletou os ataques de pânico? Por lhe ter trazido à memória a perda do seu irmão e, eventualmente, pela proximidade da cerimónia de casamento que, inevitavelmente, estará marcada pela ausência física dele?
    Estando descartadas as causas orgânicas, seria importante descobrir as causas psíquicas desses ataques, para recuperar a sua tranquilidade.
    A nossa mente tem, por vezes, mecanismos muito retorcidos de lidar com a dor. Compreendê-los é um primeiro passo para seguir em frente.
    Um beijinho e tudo de bom

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  79. olá pipoca!!!
    Desde já, os meus parabéns pela coragem ao trazeres esse assunto tão pessoal à baila, especialmente porque irá ser um apoio para muitos que sofrem silenciosamente.
    Confesso que não tinha ideia da prevalência dos ataques de pânico na nossa população!!!! Vejo, pelos comentários dos leitores que é imensa!!! Esta vida do séc xxi cada x mais stressante e fugaz leva, muitas vezes a estas situações de ansiedade e/ou depressão.
    A psicoterapia é mt importante, especialmente para identificar a causa subjacente aos ataques de pânico, para a pessoa que os sofre exteriorizar o que sente e compreender o que se passa, serve também para avaliar o progresso do paciente. A medicação farmacológica é igualmente importante pois ajuda a controlar e aliviar os sintomas. A dependência é relativa, quem sente que é tempo de parar deve consultar o seu médico e discutir com ele o assunto, perceber s é realmente a altura de cessar a terapêutica e qual o melhor modo de o fazer. O chamado desmame é muiiiito importante, evita as síndromes de abstinência e recaídas, que podem ser bem piores que os ataques anteriores. Se tudo for realizado com responsabilidade e cumprindo todas as indicações, a pessoa habitua-se a estar sem a medicação, sem perigo de agravamento da sua condição. existem, ainda,técnicas de medicinas alternativas que reduzem o stress e a pressão, assim podem ajudar a minimizar a intensidade e frequência dos ataques de pânico/ansiedade.
    A todos os que sofrem destes ataques, não tenham vergonha de recorrer a um médico, nomeadamente a um psiquiatra, ao contrário do que possam pensar, estes não tratam só pessoas psicóticas, diga-se, malucas... podem ajudar-nos a viver melhor...

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  80. São mesmo uma grande merda :( e por mais que te auto-controles o que se aprende com o tempo é sempre uma grande chatice e eu que o diga :(

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  81. Considero este texto um dos textos mais puros e mais actuais que li nos últimos tempos, sobretudo pelo desassossego que nos transmite, e pelas semelhanças que revela a muitas outras histórias parecidas, que se remetem ao silêncio, neste tempo propício a nos fazer correr à frente do tempo e a criar um sem-fim de idealidades alucinantes. E em muitos casos, essas ilusões elevam os pés na terra e atrofiam tudo o que gira em nosso redor, criando esses desequilíbrios emocionais, - uns sintomas muito comuns nas crianças e nos adolescentes que pretendem ser a todo o custo “estupidamente famosos”.

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  82. tb tenho e geralmente acontecem durante a noite (acordo a sufocar)...

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  83. Querida, tb me senti há mais ou menos 1 ano e meio atrás. Foi a pior sensação pela qual passei em toda a minha vida. Hoje me trato com uma terapeuta 1 vez por semana e estou me sentindo bem.
    Tudo vai dar certo.
    Beijo grande

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  84. Ola ja a algum tempo que sigo o teu blog mas nunca o comentei filo hoje porque tal como tu também sofri desse problema durante 5 anos, nunca fui ao medico ate que os ataques passaram a ser diarios e 5 vezes ao dia andei num psiquiatra durante 9 meses e hoje estou bem melhor,queres um conselho nao deixes a medicaçao toma a durante um ano pelo menos os ataques voltam nao tem cura segundo o meu medico eu tinha falta de ar, arritmia e desmaiava é horrivel mas se fores acompanhada passa acredita. As melhoras para ti

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  85. oh meu deus . é fantástico o que acabo de ver . . . pensava ser o unico a ter algo deste género, nunca me senti tão bem por não ser especial, lol, mas não, não fazia ideia que isto se passava com tanta gente. já andava a fazer contas á vida, com medo de morrer aos trinta, já acreditava na máxima "die young live fast", já estava com algum medo de viver.
    Eu que tinha o maior gozo em fazer compras, comecei a sentir-me mal dentro de sitios publicos fechados, começo a ficar tonto e a sentir uma enorma carga em cima dos ombros, é estranhissimo mas é verdade, mal saio para a rua fico optimo, quase bom. Uma vez estava a guiar á noite, e deu-me "um fanico" estava com amigos no carro, parei no meio do transito, parecia que estava a ter um ataque cardiaco ou sei lá o quê, nunca me tinha sentido tão estranho, suores suores suores, o coração a bater a uma força tao bruta, só tive tempo de comer um chocolate que por acaso tinha por ali, abrir as janelas e respirar. lá acalmou.
    outra vez foi quando estava no sofá, a ver tv , estava optimo, de repente tenho a sensassão de estar a cair, levantei-me assustadissimo, e com segundos pensamentos de panico e ultimato lol, o meu coraçao parecia uma bomba, tive de me sentar no chao, via tudo a roda... depois fui a varanda e passou... sempre a achar que precisava de um transplante de coraçao de ovelha.
    quando tenho calor também comeco a ficar pior, e falta de ar, e ansioso........ o que me salva é o frio do mar portugues LOL.
    tambem ja m aconteceu no cinema... aquele ar viciado, escuro fechado nao deve ser o melhor para mim, vi o filme ate ao fim, mas estava mal disposto, com imenso calor, a ver a tela a andar dum lado para o outro...
    obrigado por partilhares ! MESMO ! és a maior ;P
    ninguém ou quase ninguem que n tenha isto, nao entende o quanto frustrante e limitador é. as vezes n saio a noite por medo que aconteca, nao vou ao cinema pelo mesmo, nao vou as compras por isso tambem, limita muito, preocupa e marteriza verdadeiramente. é castrador.... e triste.

    vou tentar arranjar uma """ccura""" lol

    um beijinhos e um milho ! ;)

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  86. Olá

    Vinha eu a procura de uma receita e aterrei neste post...:)

    Eu tive um episódio de ataque de pânico, há 12 anos certos - contas fáceis de fazer, estava na Expo 98.

    Nunca tinha tido nada de semelhante nem sabia o q era um ataque de pânico.

    De repente, "não mais que de repente" o coração dispara, a cabeça anda à roda, os suores frios atacam. Sinto q vou cair e afundar-me no chão, q este me vai sugar e ditar a minha inexistência.

    O q vem descrito nos livros como sendo um ataque de pânico confere com o q senti: a sensação de morte iminente e de falta de controlo do próprio corpo - até a falta de controlo do q se sente.
    Assustador.


    O q é de estranho e 'irracional' neste medo é q tu não tens medo de algo exterior a ti - o q te perturba, assusta e refrigera até aos limites da congelação :) é sentires q está dentro de ti aquilo sendo q tu não sabes o q é 'aquilo'.


    Como me explicaram os médicos e os livros, 'aquilo' tem a ver com coisas 'interiores' e 'anteriores'.


    E foi mt mt stress naqueles últimos meses ou anos. Stress, palavra nada vã.

    Não aocnteceu mais. Mas conheço os sinais. Se algum dia se aproximar esse sentimento, é tntar estar calma, saber q vai passar dali a minutos q sparecem uma eternidade e ir ao médico ao hospita. O ataque de pânico não mata - mas faz-nos crer q sim.

    Bom domingo e bom ginásio para mim q lá vou em peregrinação para lutar contra as calorias da receita q vou fazer. Ah pois.

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  87. olá pipoca. os sintomas que descreves e as situações em que aparecem são muito parecidos aos que eu também sinto de tempos a tempos, há já cerca de 10 anos. é verdade que podem ter origem em algum tipo de ansiedade mas a verdade é que o momento em que surgem parecem vindos do nada. apesar de parecerem sempre despropositados já verifiquei que por vezes surgem associados ao consumo de cafeína e de vinho tinto (mesmo em quantidades moderadas). a situação clínica é descrita como taquicardia e há medicação específica para profilaxia. a minha mãe faz essa medicação há anos mas eu tenho conseguido passar pelos ataques com apenas uma manobra que o cardiologista ensinou: a massagem das carótidas. colocas os dedos sobre as veias, nos pescoço junto ao fim do maxilar onde sentires o pulsar mais forte, e massajas em movimentos suaves circulares. podes ter que fazê-lo por alguns minutos mas tem funcionado sempre. há tempos até vi fazerem o mesmo procedimento na anatomia de grey. :)

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  88. De acordo com o Protocolo de Barlow e Craske no tratamento de
    controlo do pânico existem vários indicadores de que os fármacos de actuação rápida (benzodiazepinas,
    beta-bloqueadores) têm um efeito pernicioso relativamente à terapia cognitivo-comportamental usada
    isoladamente. Ou seja, o uso de medicamentos não permite a melhora da perturbação porque:
    - Há uma menor percepção de autocontrolo e auto-eficácia;
    -os medicações funcionam como sinais de segurança, mantendo o medo a longo-prazo;
    -interferem com correcção da leitura dos sinais corporais, necessários para a reaprendizagem;
    -diminuição da motivação;
    diminuição da generalização das aprendizagens;
    -maior risco de recaída
    O uso combinado com outras medicações tem resultados pouco claros.
    Por isso a solução verdadeiramente eficaz é a terapia cognitivo-comportamental.

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  89. Há algum tempo atrás, uns 5 anos talvez, dava por mim com falta de ar sem conseguir respirar. E isto aconteceu numa noite de Verão. Fiquei tão preocupada com o que tinha acontecido (tendo em conta que era uma coisa que não conseguia controlar - que horror, parecia q ia morrer) que na noite seguinte se voltou a repetir. Foram só duas noites. Um tempo depois, eu dizia que tinha uma sensação estranha no coração, uma espécie d4e moinha mas que não me doía. Mas levou nisto dias e dias... até que fui ao hospital. Tudo normal. Até que a médica me disse: eu acho que a menina deveria procurar um psiquiátra, porque aquilo que você sente é só você que sente.´Eu na altura fiquei pasmada a olhar para a médica e quando me vim embora chamei-lhe todos os nomes possíveis e imaginários.
    Certo é quue no dia seguinte, a moinha deixou de existir. Já não sentia nada. Foi nessa altura que percebi que eu só precisava que me dissessem que não tinha nada (ou que tinha alguma coisa). Percebi que estava relacionado com o meu estado de ansiedade. A falta de ar tinha passado, por isso é que dei mais importancia ao coração. Mas no rock in rio deu-me outra vez a falta de ar, tal não era o pânico. Enfim, é mais comum do que aquilo que pensámos. Tenta abstrair-te e levar isso como uma coisa normal, que faça parte de ti mas sem lhe dar grande importância.

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  90. O q eu aprecio neste post é a sua naturalidade.

    Eu não falaria em coragem da parte da autora ao escrever este post - falaria e falo da naturalidade e "segurança" de expôr naturalmente um assunto natural e algo comum

    (embora não se possam confundir os denominados ataques de pânico com os picos elevados de anisedade)

    e é a vida, a abertura de mente e as experiências q ela a vida nos dá q conferem estatuto de segurança e desassombramento a quem o recebe e aceita. E falo por mim.

    É por ainda existir algum tipo de mentalidade de 'vergonha' q o país não nada para a frente :p - quero dizer, é pelo facto de por vezes os próprios se deixaraem estigmatizar q se mitifica uma coisa normal. Sim, é normal e pode aconterecr a qq um! Ok, estou para aqui a falar ms claro q não é fácil. Mas há q ser aberto, caramba!

    Ainda bem q a Pipoca falu disto mas 'isto' não é um bicho de 7 cabeças! Dói, pois dói e custa mt pois custa, sobretudo na forma mais dura q é aquela sensação de q se vai morrer já ali

    (e é tão mas tão difícil explicar isto, mesmo a um médico - a Diana q é médica e q passou por isso, terá uma sensbilidade privilegiada; é q mtos médicos não sabem mesmo o q é e a pessoa tb não se sabe explicar, é normal)


    O meu episódio foi pontual e há vários anos com dois ameaços ali durante uns meses. A técnica a utilizar, se se conseguir utilizar: respirar fundo, permanecer calmo, ir a um hospital para sentir 'segurança' caso não haja medicação, partilhar com alguém a sensação horrível de q 'nos vai dar uma coisa'. Há q aprender a lidar com a sensação terrível de morte iminente, É tão difícil mas tão dífícil explicar isto q nem tento.



    E cada um de nós terá uma fragilidae qualquer, seja a q nível for - a força está em aprender em lidar com ela.
    É um treino. Um treino. Um hábito mental q se pode adquirir - as estratégias de lidar com.

    De qq forma, s/ querer ser ou parecer bajuladora, ainda bm a Pipoca falou disto. Houve imenso feed-back e isso é interessante...


    Bom, fiquem bem. Bom domingo.

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  91. O q eu aprecio neste post é a sua naturalidade.

    Eu não falaria em coragem da parte da autora ao escrever este post - falaria e falo da naturalidade e "segurança" de expôr naturalmente um assunto natural e algo comum

    (embora não se possam confundir os denominados ataques de pânico com os picos elevados de anisedade)

    e é a vida, a abertura de mente e as experiências q ela a vida nos dá q conferem estatuto de segurança e desassombramento a quem o recebe e aceita. E falo por mim.

    É por ainda existir algum tipo de mentalidade de 'vergonha' q o país não nada para a frente :p - quero dizer, é pelo facto de por vezes os próprios se deixaraem estigmatizar q se mitifica uma coisa normal. Sim, é normal e pode aconterecr a qq um! Ok, estou para aqui a falar ms claro q não é fácil. Mas há q ser aberto, caramba!

    Ainda bem q a Pipoca falu disto mas 'isto' não é um bicho de 7 cabeças! Dói, pois dói e custa mt pois custa, sobretudo na forma mais dura q é aquela sensação de q se vai morrer já ali

    (e é tão mas tão difícil explicar isto, mesmo a um médico - a Diana q é médica e q passou por isso, terá uma sensbilidade privilegiada; é q mtos médicos não sabem mesmo o q é e a pessoa tb não se sabe explicar, é normal)


    O meu episódio foi pontual e há vários anos com dois ameaços ali durante uns meses. A técnica a utilizar, se se conseguir utilizar: respirar fundo, permanecer calmo, ir a um hospital para sentir 'segurança' caso não haja medicação, partilhar com alguém a sensação horrível de q 'nos vai dar uma coisa'. Há q aprender a lidar com a sensação terrível de morte iminente, É tão difícil mas tão dífícil explicar isto q nem tento.



    E cada um de nós terá uma fragilidae qualquer, seja a q nível for - a força está em aprender em lidar com ela.
    É um treino. Um treino. Um hábito mental q se pode adquirir - as estratégias de lidar com.

    De qq forma, s/ querer ser ou parecer bajuladora, ainda bm a Pipoca falou disto. Houve imenso feed-back e isso é interessante...


    Bom, fiquem bem. Bom domingo.

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  92. Tomando aqui o último comentário que li, para mim a terapia não fez rigorosamente nada. E tenho muito tempo de terapia às costas. Continuo com os revertérios (iguais aos teus, taquicardia, boca seca, uma ou outra vez até com a língua dormente fiquei). Quando a coisa fica preta, e tento mentalizar-me de que passa, de que vai ficar tudo bem em poucos minutos. Se a coisa ficar mesmo preta, tomo, sim, um ansiolítico, sem medo nenhum. São remédios moderníssimos. E assim, com respiração funda e um ocasional xanax, a crise passa.

    Agora no divã a falar da minha mãe é que não me apanham mais.
    (Mas tenta, nunca se sabe. Eu sempre elaborei de mais, enquanto a terapeuta ia, já eu estava a ir e a voltar, cheia de epifanias.)

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  93. Ola, olha assim tanto para ser considerado ataque de panico nunca tive, mas já tive essa sensação de estar no cinema e quase ter que sair por estar a sentir-me cada vez pior, como que "mal comigo mesma", é dificil explicar, como se fosse uma ansiedade crescente, um mau estar e nervosismo inexplicável...é estranho porque acontece em situações em que era suposto estarmos bem e calmas... e isso dá medo! Asssusta

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  94. Tendo sido referida uma clínica de psicologia perto do Areeiro onde se efectua o tratamento da perturbação do pânico, aproveito para rectificar o nome da mesma: Oficina de Psicologia - Psicoterapia para todos os bolsos, acessível em www.oficinadepsicologia.com e situada na Av. Paris.
    Fiquem bem!
    Um abraço da equipa da Oficina de Psicologia.

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  95. Ola Pipoca. sou uma pessoa bastante ansiosa, não tomo nada diáriamente (apenas um ansiolitico de vez em quando ou uma coisita mais forte para andar de avião) Até há pouco tempo há pouco tempo só tinha desses trecos no coração, tenho-os desde os meus 13/14 anos. Tenho vivido uns tempos complicados (processos em Tribunal e uma louca a perseguir-me) e não tive nada, nenhum treco... ajudava estar grávida e estar bem e aquelas hormonas giras da gravidez. No entanto, de repente comecei a ter uns fanicos mais chatos: descontrolo-me muito facilmente com os nervos... tipo fico completamente descontrolada, apática e até chego a perder noção de tudo á minha volta... até já assustei muito minha pipoquinha com uma crise e o meu marido ficou completamente em pânico sem saber o que fazer... Isto de irmos aguentando tudo tem os seus quês... espero que continues bem e que continues a não deixar que isso te controle. Fica bem.

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  96. Olá,

    Vi o teu post e interessou-me o pormenor de referires que não andas stressada e de não encontrares uma causa lógica para o problema. Aconselho-te vivamente a ires a uma sessão de Reiki. Não há garantias de que passe, mas vais certamente sentir-te melhor e talvez entender o que está a acontecer.

    As melhoras,

    Kitty *
    http://6thnonsense.blogspot.com

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  97. Pipoca bonita! Quanto me identifiquei neste post! E quanta gente ainda pensa que isto é coisa de doidos!!
    Sempre me considerei equilibrada. A mais das minhas amigas. Sou peixes e como tal tenho uma forma de levar a vida bastante easy going.
    Até que fui viver para Shanghai!!! Muitos, muitos, muitos chinos! E carros, e poluiçao e um trabalho em que o timing é rei e senhor. Trabalho com moda e precisamente duas semanas depois de ter terminado uma coleçao imensa em tempo record, ao entrar no metro perdi completamente a noçao de onde estava... suores horriveis, o coraçao a saltar pela boca, o saber que nao estamos bem e nao saber como fazer para voltar a controlar o corpo. E o medo. De cair ali, desmaiar e saber que o mais normal seria os chineses passarem por cima de mim sem fazer nada! Rastejei pelas paredes da estaçao e sentei-me... nao sei quanto tempo. Acordei como se tivesse saido do duche. Entro no metro, sabendo que tudo o que tinha era na minha cabeça... e já na estaçao de minha casa volta tudo de novo. O calor horrivel, os suores, o coraçao... arranquei quase todas as camadas de roupa que tinha no sufoco... ao chegar a casa nao tinha forças para nada mais a nao ser chorar e chorar!
    Nesse mesmo dia liguei para Portugal, uma das minhas melhores amigas é psicóloga e nao errou no diagnóstico: ataque de pânico. Voltei a ter alguns, mas sempre mais leves e só me drogo ao entrar em avioes, mas vou sabendo os truques e controlar a respiraçao é sem dúvida o ponto fundamental para se conseguir dominar o processo. Ah...e evito situaçoes que envolvam mais de 1.000 pessoas apertadas. Nao vá o diabo...
    Mas odeio pensar que ainda assim a qualquer momentoooo...

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  98. Pipoca, já padeci do mesmo mal. Padeci! Not anymore.

    Só quando já não conseguia estar em locais públicos é que recorri a ajuda médica. Toma a medicação, lê uns livrinhos, faz psicoterapia e vais ver que passa.

    Pensei que era a única até uma amiga minha médica ter partilhado comigo que tinha o mesmo. Pelos vistos é muito comum entre pessoas muito bem sucedidas que sofrem muita pressão.

    Se precisares de alguma coisa (livros, terapias alternativas ou sugestões) contacta ;)

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  99. A minha irmã sofre do mesmo. O médico aconselhou-a a andar ao ar livre e beber água quando isso acontecesse. Espero que melhores. Beijinhos

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  100. Ainda não percebi se é da poluição, se dos químicos presentes em todo o lado (alimentação, cosméticos, etc...) ou se simplesmente está na moda ter estes faniquitos. Mas cada vez as pessoas sofrem mais destes males que vêm não se sabe bem de onde. Quase parece ser contagioso. Os meus exames também estavam todos óptimos e eu já a pensar que sofria de qualquer coisa estranhíssima (inspirada no Dr. House), e que ninguém iria descobrir e depois já seria tarde demais. O testamento foi feito, só para que não restassem dúvidas sobre as minha últimas vontades. Mas afinal "só" padeço de stress e nada que um comprimido para relaxar não faça maravilhas (lá muito de vez em quando que no que toca a drogas sou muito arisca). Mas pronto, quando começo a passar um mês inteiro a dormir 4 horas por noite e não conseguir descansar de outra forma, rendo-me às maravilhas da medicina e lá tomo os meus meios-comprimidos até voltar ao normal. C'est la vie moderna e apressada!

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  101. Olá Pipoca,

    Antes de mais, muitos parabéns pelo Blog!
    Sei bem do que falas... Há cerca de 4 anos comecei a ter ataques de pânico e entrei (quase) em paranóia. Não sabia o que era, por estupidez não fui logo ao médico e andava numa ansiedade constante, que me levou a uma depressão.
    Consultei um psiquiatra e com a medicação comecei a conseguir controlar melhor a ansiedade. Também fiz psicoterapia, pouco tempo, mas ajudou bastante. Andava um pouco assustada porque tentava ler tudo o que havia sobre o problema e ia dar sempre na expressão "ansiedade crónica", só pensava que não ia aguentar ficar assim para sempre.
    Felizmente, devagar, e com a ajuda do meu (agora) marido que na altura teve a maior das paciências, consegui contornar a situação e agora sinto-me bem.
    Não passou por completo e acho que não vai passar, mas encaro com naturalidade. Já não tomo medicação há mais de um ano e tenho o alprazolan como SOS, mas nunca mais o usei...
    Só há uma situação em que tenho que ter cuidado, senão é ansiedade certa. Posso beber bebidas alcoólicas, mas com muita moderação. Quando exagero um pouco acabo sempre por acordar em "sobressalto" e o meu médico disse-me que nestes caso é muito normal que o alcoól tenha uma influência negativa.
    Acho que a melhor forma de combater estes "fanicos" é tentarmos não lhes dar muita importância.

    Beijinhos

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  102. Obrigada por partilhar. Também eu achei que estava louca, da ultima vez que me aconteceu, ligaram-me a uma máquina que apenas registava pulsações altissimas, e pronto não tinha nada. Fizeram-me um inquérito: quase que me queriam obrigar a dizer que me tinha zangado com alguém, com alguma coisa, enfim....
    Também já aprendi a controlar, pelo menos por enquanto.

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  103. Como já reparas-te não és a única.
    Eu também passei por isso. Exactamente os mesmos sintomas, idas regulares ao médico e sempre tudo bem, fui a vários médicos diferentes porque já nem confiava neles e a receita era sempre a mesma, ansiolíticos. O meu medo era grande até porque o meu pai sofre de problemas de coração.
    Andava sempre em alerta. Já tinha vergonha quando me sentia mal em frente a outras pessoas. Toda a gente dava palpites sobre o que podia ser e como também estava noiva esse era sempre o motivo principal apesar de eu andar calma e faltar bastante tempo para o casório.
    Inicialmente recusei-me a tomar os ansiolíticos, não queria ser dependente, com o tempo decidi tomar. Os efeitos são horríveis, o sono durante o dia era o pior. A receita era 2 por dia, um ao levantar da cama e outro ao deitar, durante cerca de um mês fiz isso, com o tempo comecei a diminuir passando para 1 por dia e depois só meio ao deitar. Confesso que os tomei quase durante um ano. E fui largando aos poucos porque esse tipo de medicação causa mesmo dependência. Já se passaram uns dois, três aninhos que não os tomo. Muito ocasionalmente tenho as palpitações e mau estar, tento-me controlar, pensar em outras coisas, por vezes é muito difícil controlar, o facto de ser hipocondríaca também não ajuda muito. Ando sempre com um comprimidinho na carteira não vá precisar. Reconheço que em certas alturas eu perguntava-me se estava a ficar maluca e ainda precisava de ser internada, lutei para isso não acontecer. Não tive ajuda de nenhum psicólogo embora ache muito bem que se recorra a eles. Tive o apoio da minha mãe e do meu marido e isso foi muito importante. Desculpa o longo discurso. Desejo-te tudo de bom. Bjinhos

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  104. Olá Pipoca!
    Os "fanicos" de que falas também me acontecem mas com menos frequência: normalmente, 2-3 vezes por ano, quando tenho algum acontecimento mais stressante ou bebo mais café do que devia!

    No entanto, comecei a ter estes "ataques de ansiedade e de pânico" após os 30: lembro-me de estar no Rock in Rio há uns anitos em pleno concerto dos Foo Fighters e ter que ser "salva" por seguranças após sentir que ía desaparecer no meio da multidão!

    Também tento evitar pontes/passagens onde não existe protecção lateral ou subir escadas em que os degraus estão distanciados uns dos outros!
    Enfim, ao contrário de ti, nem mestrados, nem audiências em frente em imensas pessoas, nem outros eventos igualmente importantes me deram tais fanicos e só após os 30 comecei a compreender algo que me fazia rir e achava ridículo!

    Mas como sou anti-comprimidos e só os tomo quando não existe outra solução é tentar controlar a respiração, pensar "happy thoughts" (pessoas de quem gosto, cupcakes ou bolas de Berlim, viagens,sapatos), tudo que faça relaxar e controlar a respiração! Yoga e Meditação também resultam embora para mim sejam demasiado...calmos!

    Não estás sozinha neste barco dos ataques de pânico e fanicos idênticos mas se tentares controlar, terás cada vez menos!:)

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  105. Já tive, sei o que é, e é realmente díficil, porque o medo é o nosso pior inimigo nestes casos. Só o facto de pensares nisso, falar nisso ou pensar que poderá vir a acontecer, pode despertar o gatilho emocional para que aconteça mesmo um ataque de pânico. Pelo menos comigo era assim. Já tomei medicação, parava, depois tomava outra vez... Aconselho a que se tome durante bastante tempo, sem medo de ficar dependente. E normalmente pensar que só dura cerca de meia hora e depois já está. Mas sei que custa e muito e que não é justo passar por isso, mas tenta retirar os se's e os pensamentos negativos da tua mente, e aproveitar a vida junto da tua cara metada. Aliás o melhor ansiolítico que há é o prazer, portante já sabes!;)=

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  106. olá, apesar dos milhentos comentários que já lhe deixaram, deixo igualmente o meu.
    sofro do mesmo mal ha 9meses, fui dezenas de vezes á cuf, outras tantas ao hospital, montes de exames e nada tinha!Neste momento faço psicoterapia 1xpor semana, fui ao psiquiatra onde vou de 33m 3meses e tomo medicação.Se estou melhor?Sim bem melhor, se estou curada?Nao, infelizmente ainda não e acho que nunca vou estar. Preciso sempre do meu comprimido para dormir, não saio para lado nenhum sem o meu sos, qd saio à noite levo só uma bolsinha mas o meu sos anda cmg para todo lado, nem que seja para me sentir mais segura.Portanto, desejo te o melhor,porque sei que não é nada, nada fácil.Ao ler-te estava me a rever a 100%. Um grande beijinho e procura fazer psicoterapia e tomar medicação é o melhor.

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  107. Esses fanicos começaram a dar-me tinha eu 13 anos (que bela forma de entrar na adolescência!). No meu caso, não é no coração e sim na garganta. ou seja, fico com uma sensação de asfixia, sei lá, como se me estivessem a apertar o pescoço. Primeiro era nos concertos de música e relativizei, tipo, não vou ser uma daquelas miúdas que desmaia assim que os Excesso entram em palco (sim, sim, os Excesso). Mas depois começou a acontecer no dia-a-dia, cada vez com mais frequência e sem que houvesse explicação aparente. Próximo passo: médico. Diagnóstico: ansiedade. Tomei comprimidos e andei numa psicóloga que, felizmente, me ensinou alguns truques para saber lidar com esta coisa que não se vê mas que se sente (ah pois sente, sente). Passado pouco tempo larguei as drogas, salvo seja, e deixei também as consultas. Faço a minha vida normal e, embora a sensação de aperto esteja sempre à espreita, não deixo de fazer nada, mas mesmo nada. Vá, a não ser recusar andar numa montanha russa ou coisas do género porque são sítios que, só de pensar, já me provocam ansiedade suficiente. Portanto, nada de pânicos. Há coisas piores =)

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  108. pipoca querida não és a primeira e não serás a ultima.
    Quando tive o meu primeiro ataque de pânico não sabia o que era e achei que estava a enlouquecer e que ia morrer naquele preciso momento!Seguiram-se mais alguns.Fiquei com bastante medo, sempre à espera do próximo, cheguei até a um ponto de não conseguir sair de casa por medo...foram tempos dificeis!Felizmente hoje em dia já tudo isso está ultrapassado, recorri à psicoterapia (ainda hoje faço sessões)e é de facto o que pode ajudar.
    As mudanças e transformações que ocorrem são muito lentas, mas no final de tudo consegues lidar com isto na boa, e sobretudo saberes que consegues controlar de cada vez que surja um novo!
    Actualmente já não tenho ataques de panico, mas sei que se tiver vou lidar com tranquilidade e esperar que passe!sabemos que nessas situações passamos apenas por um pico de ansiedade que depois passa. Acaba por se tornar simples.
    Boa sorte, beijinho

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  109. pipoca querida não és a primeira e não serás a ultima.
    Quando tive o meu primeiro ataque de pânico não sabia o que era e achei que estava a enlouquecer e que ia morrer naquele preciso momento!Seguiram-se mais alguns.Fiquei com bastante medo, sempre à espera do próximo, cheguei até a um ponto de não conseguir sair de casa por medo...foram tempos dificeis!Felizmente hoje em dia já tudo isso está ultrapassado, recorri à psicoterapia (ainda hoje faço sessões)e é de facto o que pode ajudar.
    As mudanças e transformações que ocorrem são muito lentas, mas no final de tudo consegues lidar com isto na boa, e sobretudo saberes que consegues controlar de cada vez que surja um novo!
    Actualmente já não tenho ataques de panico, mas sei que se tiver vou lidar com tranquilidade e esperar que passe!sabemos que nessas situações passamos apenas por um pico de ansiedade que depois passa. Acaba por se tornar simples.
    Boa sorte, beijinho

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  110. Achei imensa piada quando comecei a ler as primeiras frases acerca dos fanicos.. porque já estava mesmo a pensar no que se trataria. Tive/tenho exactamente o mesmo, e senti exactamente o mesmo, que ninguém compreendia, que não era maluca, que devia haver uma explicação. Sentia frios/calores por mim acima, tinha sensações de desmaios, tonturas.. era uma total perda do controle do corpo. Aparecia sem razão aparente, do nada, em situações em que eu estava perfeitamente normal. Comecei a ter medo de estar sozinha, de sair sozinha, de conduzir sozinha.. tudo porque não sabia quando me ia dar um fanico. Isto tudo veio depois de um ano infernal de mudanças, complicações, finais e inicios. Felizmente, aliado a isto, iniciaram-se outros sintomas e finalmente conseguiu-se ver que era realmente problema de tiroide, mais especificamente hiper-tiroidismo, com o qual vou ter de viver o resto da minha vidinha. Fiz tratamento para os ataques de ansiedade/panico durante um ano, depois fiz meio ano de "desmame" e decidi não tomar mais. Tal como tu tenho os SOS para tomar em casos extremos. Mas tento sempre controlar-me sozinha, perceber que são coisas da minha cabeça, e que o meu corpo apenas está a reagir. Acredito que muitos dos pequenos fanicos que ainda vou tendo acontecem exactamente devido à tiroide e às mudanças hormonais, e tento sempre pensar isso, que quanto mais pensar no assunto, pior me vou sentir. Ainda tomo por vezes o SOS, e já não acho que isto só acontece aos malucos, porque acontece a muita, muita gente, cada vez mais. Ainda vivo um pouco naquele medo de que se não levar o SOS comigo na mala vou sentir-me mal, e é psicologico, eu sei, mas vou tentando fazer uma separação aos poucos. Houve uma altura em que tinha vergonha. Por causa da tiroide, fiquei extremamente magra e débil, todos achavam que eu andava doente, e explicar o que se passava, e que envolvia anti-depressivos e ansioliticos, só me fazia sentir pior porque a maioria não entendia e associava isso a fraqueza e a malucos, e por mais que eu explicasse que não andava deprimida com nada, as pessoas julgavam e falavam "ah está com uma depressão" de modo jucoso, de modo que optei por não falar a quase ninguém. Hoje em dia já não tenho vergonha, lido com a minha ansiedade/panico de forma bastante tranquila, quem não compreende, azar. :)

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  111. Olá a todos,
    Eu felizmente não sofro desse mal mas o meu marido sim. Sente umas fortes dores de cabeça, tonturas e fica mesmo mal.
    No inicio a médica de familia mandou fazer montes de exames e não deu em nada. Tudo normal. Mandu que fosse para o ginásio, que saisse e receitou-lhe primeiro valuim e depois outro que é mais ou menos a mesma coisa.
    Resultado, depois de 2 meses continua igual. Agora para a semana tem uma consulta no psiquiatra, sim porque entretanto já foi a outras especialidades, e vamos ver se tudo se resolve. Ele tb é como tu, detesta medicação e tenta o máximo aguentar mas às vezes é impossivel. É mau para quem sofre e para nós que estamos ao lado e nada podemos fazer.
    Beijinhos, boas férias e muita força! :)

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  112. nunca senti isso mas, pelo que li, sinto exactamente o mesmo quanto aos anti-deprê. a médica (clínica geral) receitou-me de dois tipos, eu só tomo de um, porque ainda me lembro bem dos efeitos secundários do outro.. quanto a ir ao psicólogo, há um ano e meio que estou a tentar aceitar que tenho que ir, que não vai lá de outra maneira. mas acho sempre que não vale a pena..
    boa sorte com os "fanicos", espero que não se repitam frequentemente :)

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  113. Olá Ana (é a gaja dos Jimmy Choo). Tinha que comentar este post porque realmente bastava teres me telefonado e não precisavas de ter feito exames. Tive o meu primeiro ataque de pânico no metro, devia ter 18, 19 anos na altura. Mesmo sendo uma ataque de pânico, não entrei em pânico (esta merda parece um confessionário). Porquê? Porque estou habituada a ver a minha mãe a ter bypes desde miúda, então quando estava ali debaixo da terra algures entre a estação do heroísmo (onde não há rede) e o Campo 24 de Agosto a pensar vou morrer e este pessoal não vai saber o que fazer lembrei-me: a minha mãe já teve isto. O que é que ela fazia? DEitava-se (e metia o belo do comprimidinho mas eu na carteira devia ter quanto muito a pilula). Então não tenho mais nada, saí na paragem seguinte e deitei-me nos bancos do metro com os utentes a passarem me um atestado de loucura. E fiquei bem. Telefonei a minha mae dise lhe que tinha tido um ataque de pânico mas já estava bem. Não tomei nada. A partir daí foi uma roda viva. Mas eu sei sempre quando é que vai ser um. Começo a sentir pressão debaixo do peito, falta de ar, depois o coração acelera até ser invadida por uma coisa muito estranha que suga a alma. (isto tá longo eu sei, mas não estruturei a coisa). A questão é que desde os 15 que tenho taquicardias, e quando as tinha o meu coração batia a 298 pulsações por minuto (o aparelho da farmácia deu erro) e então mandavam-me para o hospital e davam-me umas drogas dírissimas que essas sim dão a sensação de morte iminente, porque num segundo de 200 passa para 40. Então o corpo esvai-se e a minha mama deixa de saltar como se fosse a MArisa Cruz no anuncio da maxmen. Então o ataque de pânico é como essa droga (chama-se adenosina já agora), em que há uma descarga de adrenalina e esses sintomas são a tua mente a lidar com a questão. Porquê? Porque isto são coisas de gente mais ou menos inteligente, que se preocupa com parvalheiras retóricas e filosóficas.Não dás por ela, eu só sei que algo me anda a perturbar quando tenho um ataque de pânico. Ah! olha um ataque, deixa me lá ir para casa comer haggen daz e pensar o que me andar a irritar. Tomei uma benzodiazepina uma vez, quando estava a morar no algarve porque a dona da casa onde eu estava hospedada me obrigou. Não tomes, a minha mãe tomava e não é boa ideia. Só tens de conhecer os sintomas e mal começa pores te numa situação familiar e confortável. Que passa.(claro que nunca é má ideia teres um victan na mala pelo sim pelo não). Mais cedo ou mais tarde começas a controlá-los, de eles atingirem 5 fases passam a chegar só à terceira, segunda, até conseguires pela força da mente que não passem da primeira e não sintas que vais morrer. Áté acaba por ser giro, perceberes que a tua mente é descontrolada, mas que começas a pegar nela pelos cornos e fazeres oq ue queres do teu corpo. E pronto, só para saberes que não és só tu, és tu e mais os 112 comentários. Beijos

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  114. Pois, eu também sofro do mesmo. E até ser diagnosticado fui parar as urgencias do hospital umas quantas vezes... O remédio é tentar manter a calma e uma vida o menos stressada possivel... E hoje em dia é muuuuuito dificil!

    Eu

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  115. Oi Pipoca, tive isso em 1996, foi horrivel. Pensava q ia morrer, qdo estava a conduzir e me via presa num engarrafamento me deseperava pq achava que nunca mais os carros iam andar, que os minutos nao iam passar, q o tempo estava paralizado e eu ia morrer alí. Tinha alem de sintomas com palpitaçoes, aperto no centro do peito, esfregava as maos sem parar. Eu sinceramente na altura pensei q estava ficando louca, emagreci 30 kilos, tenho 1,70 alt fiquei com 48 kilos. Toda gente dizia, vai ao medico q vc está com alguma doença grave. Sofri demais, só pensava q estava para morrer e que como seria estar enterrada num buraco escuro e frio, um terror.
    Isso aconteceu depois de gdes perdas, na época terminei um relacionamento e tb tinha perdido meu emprego (no qual ganhava um salario astronomico). Isso foi o suficiente para ocasionar a minha sindrome do pânico e depressao.
    Recusei-me a tomar qq medicamente justamente com o medo de nunca mais conseguir largar; passei a fazer cromoterapia auxiliada pelo cromoterapeuta Moriel Sophia (brasileiro renomado na área), foi aí que melhorei. Hoje ja nao tenho mais nada e jurei à mim mesma q nunca mais passaria por nada parecido, e q tao pouco ficaria assim seja por quem for.
    Levantei minha cabeça, segui em frente, destroçada, mas venci.
    Obg por vc partilhar connosco sua experiencia, pois mta gente passa por isso e nao sabe o q é. Bjs e td de bom p/ vc.

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  116. Pipoca, também sofro de ataques de pânico, mas os meus sintomas são diferentes...em alturas de maior stress e ansiedade começo a ficar muito enjoada e com muita actividade intestinal (para não dizer outra coisa)...sou uma pessoa muito ansiosa e insegura e passo muito mal por causa disso.Tomei uma decisão na minha vida à cerca de 2 anos e desde aí isto acontece frequentemente...Apesar de me ter acontecido durante a adolescência também...e só me acontece a noite, a noite para mim é horrivel quando estou assim...
    Adorei o post e achei maravilhosa a quantidade de comentários e de pessoas que sofrem desde tipo de ataques, por toda esta solidariedade que foi aqui manifestada...foi como se sentisse um certo alivio por não ser a única pessoa a passar por isto....
    Obrigado

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  117. Eu nunca senti nada no coração... tudo começou com uma tontura (mais uma sensação de desmaio) de vez em quando quando andava na rua... depois começou a ser mais constante, fico com calores, e depois frio e começo a tremer.
    Cheguei a um ponto que só queria estar em casa que era onde me sentia menos mal. Uma constante pressão na cabeça quando ando na rua, e a sensação que as minhas pernas vão ceder a quelquer momento e que me dá o fanico logo ali.
    Fui a uns 5 médicos ... primeiro era dos ouvidos, depois era falta de açúcar no sangue depois era anemia, depois era por ser vegetariana... Fiz análises e estava tudo perfeito.
    Até que uma médica me disse que parecia tratar-se de alguma fobia e receitou-me logo 3 caixas de comprimidos, que não tomei obviamente, visto que não tenho confiança numa médica que em 5 minutos de consulta me receita anti-depressivos e coisas do género sem tentar saber mais qualquer coisa, ainda por cima sendo de clinica geral.
    Conclusão... ando assim há 2 anos e tal, sempre que ando na rua esta pressão na cabeça e fraqueza nas pernas persegue-me e o que me vai valendo é um Xanax de vez em quando.
    Mas já decidi. Assim que conseguir marcar uma consulta, vou ao psiquiatra.

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  118. Abandonar abruptamente um anti-depressivo é completamente irresponsável e perigoso. O mau desmame do Prozac (tem diversos genéricos,fluoxetinas diversas...) é um dos fautores da taxa de suicídios em Inglaterra. Devem ser ministrados com acompanhamento médico. Pf, cuidado com isso. E que a saúde se restabeleça sem muitos sustos. Teste de Holter também pode ser aconselhável, caso n tenhas feito.

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  119. È simplesmente uma questão de auto-controlo. A mim ajudou-me muito yoga para controlar a respiração mas há psicologos que fazem esses exercicios ctg tb.
    Depois de me conseguir controlar melhor foi sem dúvida o andar com os comprimidos SOS que me fez ter uma vida mais sossegada.
    Eu que também sou um bocado hipocondriaca com a ajuda do meu médico e de alguns amigos percebi que faço muito pior a mim própria não tomando os comprimidos quando preciso do que tentar evitar toma los.
    Eu nunca tomei anti-depressivos e ansioliticos de forma continuada, sempre tentei controlar-me mas não tenhas duvidas que é preciso uma ajudita por mais pequena que seja.
    Tu tens de acreditar que não vais morerr, e que o teu coração não se vai cansar de bater tão rápido. Há dias que é fácil há outros que é mais dificil nessas alturas tomas qualquer coisa, respiras e contrarias o que te está a afzer ter medo. Lá está parece saído directamente do segredo mas é uma questão de enfrentar mesmo.

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  120. Numa palavra: Psicoterapia. Da boa, que há muitas pessoas pouco preparadas. Os ataques de pânico são um reflexo, um sinal de alarme do corpo. Ele está a tentar dizer-te algo, e é duvidoso que lá chegues sozinha ou com ajuda de amigos. Isso não é, de longe, a mesma coisa. Não há soluções fáceis, muito menos imediatas. Sugiro disponibilidade interior, auto-reflexão.
    O outro lado existe e, lá, está sol.

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  121. :)

    Tal como diz o Pedro M. Fonseca,

    "Não há soluções fáceis, muito menos imediatas. Sugiro disponibilidade interior, auto-reflexão.
    O outro lado existe e, lá, está sol."

    Tal qual o q penso.

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  122. Olá querida pipoca!!

    Gostei de perceber que por trás de um iceberg, há sempre um tórrido calor humano que também tem medo... e muito, não é?
    Só fiquei preocupada por não ter percebido se estás ou não a fazer acompanhamento psicológico!
    é que o que tu tens é mesmo somente isso, e nada mais, daí achar que o problema só se irá resolver quando aprenderes a trabalhar a tua ansiedade de alguma forma.
    Estás a fazer acompanhamento? Ou só está a fazer medicação?

    Tudo de bom para ti querida e relaxa... Aproveita bem esses algarves maravilhosos que temos..

    BJNHS a "M"

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  123. Olá pipoca
    Eu sigo o teu blog com bastante regularidade , algumas vezes comento outras não conforme o caso, mas neste vou comentar ,pois tenho uma situação parecida com a tua .
    Posso te dizer que já fiz muitas medicações , daquelas mesmo que parece que andas a dormir em pé ,e já larguei a achar-me uma grande heroina por conseguir fazer um desmame de medicação para os nervos é altamente terrivel mas eu passei por isso tudo , e estive sem nenhum ataque durante bastante tempo, só que lá está o maior erro de todos é armarmo-nos em heroinas e largar a medicação sem fazer o desmame com acompanhamento médico , quando volta tem o dobro de itensidade , ee foi isso que me aconteceu um dia enquanto trabalhava como em todas as outras vezes no passado , comecei a achar que estava a deixar de respirar, o braço esquerdo a doer-me como o proprio lado esquerdo na totalidade e hospital com ela , o meu homem quase que batia no rapaz do guiché porque eu estava a hiperventilar e a ver que ia desmaiar e estava a lutar contra isso, tive sorte que a médica que estava de serviço , se amedrontava e atendia rapidamente as pessoas que tinham problemas de respiração , a sra coitada achava que eu tinha asma , lá me tirou sangue , a custo pois eu tremia por todos os lados e a oxigenação no sangue estava no maximo tal era a forma como respirava , fiz exames ao coração e não tinha nada , claro que tudo isto tinha sido um ataque de pânico, a medica uma querida achou melhor que fosse a uma consulta de psiquiatria e assim fui nesse mesmo dia , falei com o médico e ele medicou -me mas mandou-me ser seguida por um especialista no julio de matos e assim tem sido , e tem sido muito bom, pois é uma médica espetacular nunca mais tive ataques de pânico mas também sei se me começa a dar algum sintma eu tenho um SOS e tomo-o porque ainda não consigo controlar o medo , neste momento já estou a fazer o desmame a minha medicação é minima , um relaxante meio ao almoço e ao jantar e um anti depressivo ao deitar.
    E tenho me sentido cada vez melhor , mas há coisas que eu acho que esta doença traz que jamais muda que é a insegurança , o medo .
    Mas acredito que com a minha força de vontade tudo ficará bem .

    Uma coisa a parte cada vez que vou ás consultas saio de lá horrorisada , pois existem pessoas que vivem no hospital que divagam pelas ruas e jardins completamente dopadas , e eue um dia questionei a minha médica e ela respondeu-me que aquelas pessoas jamais iriam sair dali e se eu queria saber , a minha medicação equivalia somente a meia grama do que eles tomavam.

    beijinho pipoca e que consigas contornar o teu fanico :)

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  124. Olá Pipoca!
    Há muitos anos que te leio e apesar de me identificar com os teus posts, nunca tinha comentado...comento este infelizmente porque é com o que me identifico mais...não vale a pena dizer muito, os 120 comentários que estão para trás falam por si. Este é realmente um mal que atinge muita gente, segundo o meu psiquiatra é a doença dos inteligentes, porque apenas eles pensam antes das coisas acontecerem...
    Querida apenas para te dizer que não estás sozinha nesta luta e que admiro a forma como encaras mesmo as coisas mais sérias sempre com esse humor que pauta a tua escrita.

    Boas férias!

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  125. Pois é... sou mais uma, que sofre desse mal há 10 anos... tenho 32... passei muito mal por falta de informação, por mau acompanhamento medico e entupiram-me de medicamentos que so mascararam o problema, todos os medicos me dizem que isto me acompanhará para a vida toda, mas que se aprender a lidar com isto podem nunca mais repetir-se... é uma questão de atitude, e tentar controlar quando percebes que algo deste genero está prestes a acontecer...

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  126. Olá.
    Não li os comentários que aqui deixaram mas posso dizer que não há nada como fazer umas sessões de acupuntura! e hipnose.

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  127. Been there! Posso dizer-te q, hoje, controlo tudo muito melhor, e sem medicação.Acho q é mal das pessoas ansiosas, e eu sou uma delas.

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  128. bem vinda ao clube (infelizmente).
    assim muito curtinho aqui vai:
    a mim aconteceu-me em milão a primeira vez e entrei em pânico só de pensar que ia morrer a milhares de km de casa! (vá-se entender a preocupação, morrer pode ser em qualquer lado, depois de morta que se lixe certo?)
    voltei a portugal e repetiu-me mais vezes com mais intensidade. muitos exames, muitos médicos, o maior especialista de arritmias do país Dr. Primo (fica a informação caso precises), e pronto agora ando a mamar inderal (medicamento beta-bloqueador de arrtmias) duas vezes ao dia e natação pra descontrair.
    muita respiração controlada, e o que me ajuda nestes ataques é ir para um lugar quente. dizem os entendidos na matéria que acalma o sistema nervoso simpático diminuindo a frequência cardiaca.

    força nisso.
    um xi

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  129. Querida,
    Infelizmente tb já passei por isso e sei como pode ser agonizante. E lembro-me que acontecia do nada, de vir a passar a ponte 25 de Abril e o coração disparar, sentir suores frios, e falta de ar, parecia que ia desmaiar e vinha a conduzir pelo que pensava que ia morrer.
    Isso aconteceu-me várias vezes assim durante um ano. O coração batia tao rapido que juro que via o peito mexer.
    Fui a vários medicos, ao inicio às urgencias. Fiz ecocargiogramas e sei la mais quê. Felizmente tudo normal. Uma medica perguntou-me se andava numa altura stressante, mas não, tinha andado antes disso acontecer... mas o pior ja tinha passado.
    Chegaram a receitar-me calmantes, mas davam-me sono, alem de poderem causar habituação. Depois passei a andar com valdispert (acho que se chama assim, é uma coisa natural de valeriana, acalma), na carteira.
    E sabes que mais tenho 34 anos e já há uns bons anos, talvez 6 ou 7 que nunca mais senti nada. Nunca mais me aconteceu, e espero que nunca mais volte, mas tb nunca soube a razão.
    Explicaram-me que como o coração bate muito rapido, o sangue nao chega bem a todo o lado, pelo que é normal as tonturas e os suores.
    Acho que ajuda, ou ajudava, meter a cabeça entre as pernas e respirar fundo.
    Bjinhos

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  130. Tenho 17 anos e infelizmente sofro do mesmo, nos ultimos dois anos da minha vida aprendi a lidar com isto e a controlar! Não tomo medicação e deixei de ter acompanhamento psicológico por vontade própria, pois sempre me achei suficientemente forte para encarar esta situação! No entanto isto reflectiu-se no meu rendimento escolar e desci bastante as minhas notas, o que me fez ficar deprimida e voltar a um ciclo vicioso de picos de ansiedade!
    Mas queria dizer que pelo menos para mim não há nada melhor do que uma boa companhia e uma distração para que estes ataques se afastem de mim por algum tempo!
    Beijos

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  131. Ola Pipoca

    Estreio-me aqui com este comentario no teu singelo blogue.
    Já o sigo à alguns meses e percebo perfeitamente o que sentes. tenho 24 anos e desde os 16 que tenho ataques de panicos. Agora já estou "curada", embora ache que os ataques do panico é quase uma doença cronica. Podemos estar anos sem os ter e de repente lá vem um.. Também tive de tomar antidepressivos, ansioliticos, psicoterapia, uf....

    Não conseguia entrar em centros comerciais, supermercados,cinemas, sitios com muita gente, até a conduzir me davam estes fanicos.

    As tuas melhoras e acredita que isso vai passar.. Eu mesmo depois de curada nunca conseguia entrar em supermercados, sentia sempre um aperto, um desconforto.. Agora trabalho num!!lol

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  132. Olá, Pipoca!

    Obrigada pela partilha de um tema tão delicado mas tão próximo das pessoas, como vês pelos comentários.
    Tive o meu primeiro ataque de pânico aos dezanove anos. De repente, senti um calor a subir pelo corpo, quase a sufocar, que me obrigou a despir. Enquanto isso, o coração disparava e a ideia de que ia morrer era o único pensamento que me ocupava a cabeça. Depois dessa crise, seguiram-se dias muito complicados, pois tinha medo de que o que tinha acontecido se repetisse. Andava triste, preocupada e assustada. Até que houve um dia em que estava na rua, no meio da multidão e comecei a sentir o mesmo. Fui a correr ter com a minha mãe a chorar baba e ranho. A minha mãe pegou em mim e levou-me a uma psiquiatra fantástica, a Doutora Célia Santos. Foi essa médica que me ajudou a aprender a lidar com estas crises. A verdade é que eu não tinha razões para estar assim e não percebia o que é que se estava a passar. O diagnóstico era claro, estava com ataques de pânico, que afinal são muito mais comuns do que nós pensamos. Em três meses fiz um tratamento à base de medicação e psicoterapia. De facto, foram as conversas com a médica que me ajudaram a lidar com o problema. Hoje percebo que um ataque de pânico é apenas uma reacção normal e instintiva do nosso organismo a reagir a situações de perigo. É ter medo do medo e deixar que essa sensação tome conta do nosso corpo. Felizmente não tenho crises há muito tempo mas quando me sinto mais ansiosa faço exercícios de relaxamento, de respiração e tento distrair-me a pensar noutras coisas. No dia a dia vamos acumulando muito stress e ansiedade e chega o momento em que eles se manifestam. Por aquilo que tenho lido sobre o assunto, um ataque de pânico não causa um ataque cardíaco. Num caso extremo, pode provocar um desmaio.Pois o nosso organismo está preparado para reagir e aguentar estas situações de stress. Depois de atingir o auge, o organismo estabiliza. Eu sei que esses minutos parecem eternos... e fatais. Portanto, há que trabalhar a parte psicológica para desvalorizar os sintomas.

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  133. Olá Pipoca, bem vim aqui ter ao blog por sugestão da minha filha mas por causa da UNL e dos cursos. nesta cusquice deparo-me com este post:
    ora aqui vai uma sugestão para para o tratamento pois as crises de pânico podem ser um dos muitos sintomas da SDP - Sindrome de Disfunção Proprioceptiva. É que uma das características básicas é mesmo essa. Não há nada que os exames acusem. E, eu sendo psicóloga, garanto que a "papoterapia" não resolve o assunto, se for SDP, é claro. É fundamental fazer um bom diagnóstico diferencial e a despistagem de co-morbilidades. O tratamento exclui o uso de qualquer medicação!!
    Espero ajudar todos os que aqui estão com este problema.
    www.cappaportugalcappa.blogspot.com

    Um abraço

    Maria José Carrilho

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  134. Olá Pipoca!
    tb eu sofri/sofro? do mesmo mal.O primeiro foi num circo com os meus miúdos...Horrível! Só mais tarde é que vim a saber o que se tinha passado realmente..."Ataquei" em várias frentes: deixei de beber café, comecei a praticar Tai-chi, recorri à homeopatia (porque o 1º anti-depressivo que tomei provocou-me um ataque...as letrinhas pequeninas do medicamento diziam que em algumas pessoas pode provocar isso mesmo!!!).Foi passando aos poucos mas o medo de ter um ataque continuou por muito tempo... Estou melhor agora, porém tenho consciência que podem voltar a qq momento.Força!

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  135. Ola, nunca tinha lido o seu blog, e achei muito interessante. Ao ler este post,reparei que realmente á muita mais pessoas a ter ataques de pânico, aquilo que para mim já se torna um pouco familiar, tenho apenas 18 anos e já tenho ataques de pânico ou ataques de ansiedade as uns 5 anos só tive medicação dita "sos", e nunca fui seguida num psicólogo, pelo menos por essa razão, essa medicação fui me dada no hospital onde entrei nas urgências, com um ataque de "asma" pensava eu afinal era um ataque de ansiedade sabe se la vindo de onde. entretanto quando tenho um ataque tento fazer a respiração correta que entretanto a psicóloga da escola ensinou, depois de assistir a um -.-'... entretendo falado com ela também tem ajudado. No principio pensei que era completamente estranha ter este ataques, depois fui conhecendo mais pessoas com alguns ataques parecidos, uns com mais intensidade outros com menos...
    Mas vai chegar a uma altura que via ja achar normal enbora possa ter ainda algumas dificuldades em controlar, eu passados 4 anos e meio nao consigo controlar bem.

    ps: parabéns pelo blog esta muito bonito

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  136. Olá,
    Venho aqui de vez em quando mas quando vi este post não podia deixar de comentar. Também sofri o mesmo este ano entre Janeiro e Fevereiro,e tb tive o primeiro episódio a ver tv numa de relax total. Fiz exames que não acusaram nada! A minha sorte foi um cardiologista que me viu e me receitou magnésio, disse que eram palpitações derivadas da ansiedade/stress/ataque de pânico ( ou algo assim). Melhorei e ultimamente não tenho tido. 2 carteirinhas de magnésio-card por dia :), mal não fazem! Boa sorte!

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  137. Hipocondria e ataques de pânico. Exactamente o mesmo que tive há um ano atrás. Como consegui livrar-me dos tremores, das insónias, das "dores do braço", das palpitações, da vista distorcida, do cansaço, entre outras coisas? Medicação durante 5 meses, 2 meses "desmame", muito apoio de quem me quis ajudar porque não gostava de me ver assim, muita força de vontade de superar esta merda, muito autocontrole,meditação, medicina alternativas, ginásio..deixei de procurar cenas na net sobre doenças, deixei de fumar durante 9 meses.. sei lá quis tanto ver-me livre desta prisão que fui tentando deixar de pensar que tenho os sos na minha carteira. Tenho-os lá porque sei que não estou livre disto e porque são silenciosos. Não me vou alongar mais por aqui. Um beijinho e caso queiras ou te sintas á vontade envia email, terei todo o gosto em partilhar as minhas vitórias diárias. kissKiss

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  138. Não sabes qual foi o meu espanto quando, na segunda feira, dia 26 de Julho, li este post!! É que me deu um graaande fanico precisamente no dia em que o escreveste!! O meu primeiro (e último, espero) fanico de sempre, que me fez pensar que estava sozinha neste mundo e que ninguém me compreendia... Claro que no dia 24 fui ao médico e ele me compreendeu IMEDIATAMENTE "a menina é um livro aberto, como é que ainda ninguém lhe disse que lhe estava a dar o fanico??? Tome lá estes comprimidos e vá lá à sua vidinha miserável..."
    Bem, senti um certo conforto ao ler o teu post. Obrigada por isso! :)

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  139. Pipoca,

    a minha mãe está passar pelo mesmo... mas ainda não a conseguiram convencer que o coração está realmente bom, e que é tudo psicológico.
    Obrigada pelas dicas, vou pedir a ela para ler o artigo

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  140. Ola...já conhecia o teu blog (penso k te posso tratar por tu, pk pelo k percebo eu devo ser mais velha), e em conversa com umas amigas, devido a minha história de vida, surgiu o nome a pipoca mais doce e a partir dai decidi seguir com mais regularidade até k parei neste post.COncordo com a Ana Sofia logo k comecei a ler percebi quase de imediato o que se tava a passar ctg. Pois eu sofro desde os 13 anos do mesmo problema (tenho 35), sempre com crises de pânico como os médicos chamam, esteve estagnado durante 10 anos e em 2007 voltaram tal e qual como descreves, fui ao hospital e o médico disse-me o k menos esperava " isso são crises de ansiedade"....eu só pensava, ele não está bem da cabeça, crises de ansiedade??? Eu sinto k tou a morrer, como pode ser uma simples crise de ansiedade? Eu sei o k é ansiedade? Mas com tudo isto, voltei mais 2 vezes ao hospital e então encaminharam-me para um psiquiatra k posteriormente me encaminhou para psicoterapia, tou melhor ja fiz o desmame dos medicamentos (o k deverias ter feito tb) mas continuo a fazer terapia... mas sabes qual foi a grande ajuda disto tudo? Foi saber que existem milhares e milhares de pessoas com o mesmo problema, e descobri varias comunidades na net, várias pessoas desconhecidas onde nos encontramos em chats ou msn que desabafaram e procuraram entender o k se passa. Mantenho contacto diario com essas pessoas, inclusive conheci uma pessoalmente onde nos tornamos grandes amigas.
    Tudo se resolve, o segredo é controlar a respiração e como sei k vais casar (desde já muitas felicidades) vai-te preparando pk pode acontecer antes do tão esperado dia...Controla a respiração e tudo correrá super bem....Beijinhos, muito sucesso

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  141. Olá
    Andava a pesquisar sobre o medicamento sedoxil e vim aqui parar...apesar de já passarem uns anos este post está actualizadissimo.
    Estes meu ataques apareceram há muitos anos, na altura vivia um casamento de 11 anos infeliz com muito stress, medo, nervos...achei que seria disso. Tal como tu fiz imensos exames e estava tudo bem.
    Volta e meia o coração disparava,mas também rapidamente voltava ao normal. Durante anos deixei de os ter. Há uns 6 anos voltei a ter um...grande.os batimentos quando dei entrada no hospital estavam a 190...bem, o cansaço é mais que muito e o medo de morrer,nem se fala. Acabei por levar uma injecção que achei que ia morrer.O coração parou,mas parou mesmo(eu senti...era um aperto enorme)edepoisvoltou a trabalhar normalmente.
    Mais examese nada. Eu tal como tu só desejava que me encontrassem alguma doeça que explicasse o queestava a acontecer. Agora no ultimo Natal(http://momentosdisparatados.blogs.sapo.pt/2011/12/ ) e em pleno trabalho aconteceu o mesmo. Resultado...urgência com o coração a trabalhar a 200 e tal.Desta vez fui a um cardiologista...diagnostico:depressão.
    Carregou-me com uma dose de cavalo. só tomei aquilo um mês e depois de deixar senti-me muito melhor.É normal as pessoas terem momentos mais tristonhos,momentos em que andamos mais em baixo, mas não é por isso que temos depressão.
    Desde essa altura nunca mais tive nenhum desses ridiculos episodios,mas não sei se a coisa entretanto não se manifesta...amanhã irei viajar,o que me deixa terrivelmente nervosa...8 horas de avião é demasiado para mim. Acho que vou tomar uns comprimidinhos de sedoxil...pelo sim pelo não.
    Bom fim de semana

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  142. Espero que não te importes com este comentário: tenho um blog novo onde decidi partilhar, sem rodeios, tudo sobre os meus ataques de pânico. De como começou ao que faço para os controlar. No meio disto, também vou ter outras temáticas menos sérias :) Se quiseres seguir, estás à vontade. Eu vou seguir o teu porque adorei o que vi ehehhe
    Força,
    Cisma

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  143. Boa Noite.
    Sou Jovem, bastante jovem até e já sofro de problemas como estes.
    Mas, para mal de mim, sofro de uma depressão também. Este é o local certo para falar sobre isto?
    Acreditem procuro psiquiatras, psicólogos, tudo o que me possa ajudar/orientar.
    Estou desesperada, tenho vergonha de o admitir, mas estou, completamente. Admito também, que já tomei há uns dias doses excessivas para falecer. Exatamente e devido a isso, estou muito, mas muito em baixo. Já fui ao médico, mas nada me fizeram. Não me aguento em pé durante muito tempo. E a minha dor? É tão sufocante, a dor parece que não se vai embora. E eu volto a repetir: Estou desesperada, não sei mais o que fazer. Escrever, já não é solução. Pensei em internamentos. E será opção? Procuro ajuda, apoio.
    Agradeço respostas.

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  144. pipoca eu tb sofro do mesmo e tb sou hipocondriaca,so vi agora este texto mas ja sofro do mesmo á 3 anos e tal.ja tentei de tudo,podes me aconselhar?

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  145. nao podes aconselhar pipoca?se já resolveste o teu problema?e como conseguiste?por favor responde-me.
    obrigada

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  146. Boa noite a todos. Sei que já passou algum tempo desde que escreveram aqui mas se puder ajudar alguém.. Penso que a medicação por vezes é necessária e não devemos ter vergonha de recorrer a ela quando precisamos. O meu melhor conselho de quem passa pelo mesmo e já procurou muitas alternativas é que é muito importante termos alguém que nos ouça verdadeiramente. Além disso o que me tem ajudado muito é a meditação e outras práticas energéticas que à partida são difíceis mas com o apoio certo fazem toda a diferença! Procurem afastar-se de pessoas e locais negativos e aproximem-se de boas energias e verão que aos poucos as coisas começam a mudar. Acreditem!

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  147. E passado estes anos ainda sente o mesmo ou está resolvido de vez ?

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  148. Boa tarde a todos,

    Também tive "estes fanicos", que começaram em 2013, e como muitos dos relatos, tenho a dizer que é uma experiência difícil, e tal como muitos dos casos aqui relatados, fiz os exames todos da praxe, e só quando fui a um psiquiatra é que foram diagnosticados os "ataques de pânico". Contudo, no meu caso, tinha um pré aviso: as minhas mãos começavam a suar fortemente e daí a 5 minutos o "ataque" estava instalado- dava-me tempo para colocar o SOS (diazepan) debaixo da língua, trincar e esperar 15 minutos, a seguir vinha a ressaca - corpo completamente prostrado.
    Durante algum tempo evitei as situações /lugares onde me tinham acontecido os ataques. Evitar situações de stress tem sido um remédio eficaz, mas o problema é quando não se consegue evitar as situações que provavelmente desencadearam as crises. Por isso, apesar de não ter ataques há mais de 1 ano, ando sempre com os SOS.

    Agora é fácil lidar com a situação, mas enquanto não sabia o que tinha, a sensação de morte eminente é terrível, principalmente quando se está sozinho. Um conselho que dou a quem conduz (aconteceu-me por várias vezes a conduzir) é encostar logo o carro ao menor pré aviso.

    -- João

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  149. AJUDEM ME
    Olá ..eu sinceramente fiquei aliviada ao ler isto e saber que não sou a única a sofrer disto... é um sintoma horrível e eu não sei que fazer mais, eu não me consigo controlar.. entro em pânico e desespero. vou às urgências e dizem me que está tudo bem. O problema é que eu tenho dores fortes no peito, que passam para as costas e tudo. Isto prolonga se por vários dias e acho que só piora. Preocupam me as dores no peito e acabo por entrar ainda mais em pânico. Os médicos dizem que é normal devido à ansiedade. Mas eu continuo com as minhas dúvidas e só peço que alguém me consiga ajudar, por favor eu só preciso de uma opinião ou algo que me tranquilize. AJUDEM ME

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    1. Passei por isso tudo. Não conheço a sua situação específica mas se for parecida com a minha penso que deve procurar um bom psicoterapeuta...

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  150. Queria agradecer muito ter partilhado a sua historia! Foi a primeira vez que conheci alguem que passa exactamente pelo que eu estou a passar e e tao bom saber que nao estou a ficar paranoico de vez.

    Eu (nos meus 30(M), mesmo fazendo exercicio 2-3x por semana), ha um 1 ano atras comecei a sofrer do mesmo, parecia que algo acontecia com o coracao, um vazio, uma aceleracao, algo, sempre que acontecia achava que ia desta para melhor. Comecei a viver com medo, medo que aquela sensacao voltasse, medo de morrer a cada minuto que passava acordado.

    Depois de algumas idas as urgencias, 3 cardiologistas especialistas, n EKGs, Holters, Ultrasons e algumas Provas de esforco sempre me disseram que estava tudo bem, nao havia nada que os preocupasse.

    Curiosamente isto apareceu depois de um ano em que muito muito aconteceu: trabalho extremamente exigente, casamento, compra de casa, viagens de longo curso extremamente cansativas.

    Agora ca estou eu resignado que isto e uma batalha comigo proprio, tenho semanas melhores e outras piores, mas quero muito aceitar e esquecer para ver se isto passa.

    Preferia que voce nao estivesse a passar por isto, mas sinto um certo conforto em saber que nao estou sozinho e tenho a certeza que mais cedo ou mais tarde vamos deixar isto para tras, que remedio temos nos nao e?!

    Cumprimentos e tudo de bom!!!

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Teorias absolutamente espectaculares

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