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segunda-feira, março 01, 2010
Não há nada a fazer. Quando uma mulher leva com os pés, fica sempre a achar que acabou de perder o homem da sua vida. Que aquele é que era, uma alma tão boa, uma perfeição de homem, um encanto, sempre tão simpático, e agora onde é que vou arranjar outro com aquela altura, com aqueles abdominais, com aquele sentido de humor, aquela envolvência, aquele savoir faire? É sempre assim. Claro que passado o desgosto e voltando a inteligência e o bom senso a baixar no corpo da pessoa (duas coisas que se perdem assim que se acaba uma relação), percebe-se que afinal não. Que ele até não era nada de especial. Que estava a ficar gordo. Que as nossas amigas o odiavam. Que era um parvalhão de primeira. Que já não tinha capacidade para nos fazer rir há muito. E que, bem vistas as coisas, até nem era nada de especial na cama, cumpria os mínimos olímpicos, e, e...! O problema é que esta clareza de espírito demora a chegar. Geralmente, só quando aparece um novo interesse é que se começa a reparar em todas as coisas más que o outro tinha. E que, somadas, acabam sempre por ser mais do que muitas. Mentalizem-se, minhas grandes queridas, que isto é um processo sem fim. O que nos deixou será sempre um ser admirável, até ao dia em que se revela um traste. E todos acabam por se revelar, mesmo que já tenham terminado a relação há meia dúzia de anos. Há sempre um dia em que se percebe que, afinal, aquilo não tinha ponta por onde se pegasse. Que era tão parvo como os outros todos, tão infantilóide como os outros todos. Uma pessoa anda uma vida a desculpá-los, até ao dia em que cai a ficha e.... hmmmmmmmm, expliquem-me lá outra vez do que é que eu gostava nele? Posto isto, minhas boas amigas, nada de lágrimas, porque o melhor homem é sempre o que está para vir (excepto no meu caso, que já estou muito bem servida, obrigadinha).

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