Pub SAPO pushdown

quinta-feira, outubro 15, 2009
Hoje uma amiga perguntou-me se eu era amiga de fulana de tal. Pois que não, que não sou, mas conheço-a, sei quem é, já nos cruzámos um par de vezes, um olázinho-tudo-bem e pouco mais. E neste pouco mais eu até simpatizava com a moça. Nada contra, nada a favor. Bom, isto até a minha amiga me começar a dizer o que é que a ligava à outra. E era, nada mais nada menos, do que mensagens telefónicas um tudo-nada agressivas, com pérolas como “larga o meu homem”, “se te aproximares dele solto os cachorros” e coisas assim. Isto porque a minha amiga tinha uma relação meramente profissional (e eu, que a conheço, sei que sim) com o namorado da outra. E era ele que se fazia a ela forte e feio. Com mails e mensagens bastante explícitos aos quais ela se tentava esquivar como podia. Profundas declarações de amor mesmo à beira de se casar com a outra. E que não podia viver sem ela. E que estava perdidamente apaixonado. E que mal conseguia respirar. E que fazia de tudo para a esquecer e não conseguia. E que rogava a todos os santinhos para ela aceder às preces dele. E por aí a fora. Tudo muito bonito até a namorada descobrir, e então rebentou a bolha. E mesmo tendo descoberto apenas os mails que ele enviava e aos quais não havia nenhuma resposta por parte da minha amiga, a outra pensou que era com ela que devia ajustar contas. Não com ele, por ser um verdadeiro traste e andar a fazer declarações apaixonadas a outra mulher, estando de casamento marcado. Não, a raiva tinha de ser descarregada na outra, pois claro. Quando a minha amiga me contou isto, eu não consegui associar o gesto à pessoa. Simplesmente, não a via a fazer uma coisa dessas. O que me levou a pensar que as mulheres, em desespero, fazem tudo. Ou quase. Ora bem, eu percebo que uma mulher fique furiosa por saber que anda outra no pedaço. Percebo que, momentaneamente, tenha vontade de sair de casa e ir arrastar a outra pelos cabelos. Mas só pode pensar isto durante 4 segundos. Depois tem de sossegar e fazer uso do bom senso. Se for outra a fazer-se ao nosso homem, no máximo espera-se que seja ele a pôr a senhora no lugar. Mas se for ele a tomar a iniciativa, aí tenham santa paciência. É a ELE que é preciso atirar um ferro de engomar à cabeça. Então ele enrola-se com outra e nós vamos e ofendemos… a outra?? Em pensamentos ainda vá (tudo é permitido, tudo, de sonsa-prostituta para baixo), agora em acções? A minha amiga até podia corresponder às investidas do senhor, mas o facto de ele lhe mandar mails a dizer que está apaixonado por ela não é suficiente para a namorada lhe dar logo um valente chuto no rabo? O que é que era preciso mais? Ah, já sei, mandar mensagens ofensivas para a outra. Pois. O problema é que esta sai de cena e vem outra. E mais outra. E a namorada, que entretanto já é mulher (sim, casou com o imbecil que gostava de outra), vai ficar ali especada a ver e a tentar afastar toda a gente do seu homem. Mas com os homens é o mesmo. Se as namoradas os traem, eles querem é ir dar sopapos no outro. Faz todo o sentido. E onde é que fica o ego no meio disto tudo? Pelas ruas da amargura, claro. Mas haverá coisa pior no mundo do que fazer saber a uma mulher que odiamos, que estamos furiosas?? Que estamos com uma dor de cotovelo que vai daqui até Beja?? Deus nos livre e guarde. Antes ficar em casa, em silêncio (ao mesmo tempo que se aplicam pequenos alfinetes afiados numa bonequinha de voodoo...).

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