Pub SAPO pushdown

domingo, julho 05, 2009
Consegui sobreviver ao festival do Panda. Não sei que tipo de doenças apanhei, que já se sabe que muita criançada junta representa um elevado número de viroses, mas, para já, tudo normal. Levei um livro, na esperança de conseguir abstrair-me de todos os gritos, choros e birras. Invoquei toda a calma e paz de espírito possíveis, coloquei-me em posição zen e esperei que aquelas três ou quatro horas voassem. O meu enteado, esse, não quis saber do festival. Andava mais entretido a tentar comer relva. Podia muito bem ter visto em casa, o efeito era o mesmo e sempre me poupava ao martírio de ter de ouvir as Winx (um bocado descascadas demais, digo eu) e a banda do Panda. O meu homem lá ia dizendo "vamos só esperar pelo avô Cantigas e pelo Ursinho Gummy, é desses que ele gosta". Pois. Se o meu homem se tivesse dado ao trabalho prévio de ler a programação do festival, tinham-se evitado horas de sofrimento colectivo É que a coisa chegou ao fim e avô e ursinho nem vê-los. Não constavam do programa de festas. Enfim, superei com distinção tamanha prova. Não empurrei criancinhas, não lhes preguei rasteiras, não rosnei às que se aproximaram de mim, não furei balões, não lhes roubei os gelados... uma maravilha. Saí de lá com a música do Panda a martelar-me o cérebro. É daquelas demoníacas, que ficam ali o dia inteiro a moer-nos o juízo. Depois disto, tenho o meu homem na mão por muitos e bons anos. Se me apetecer damascos frescos do Azerbaijão às quatro da manhã, que remédio tem ele se não saltar da cama e fazer-se ao caminho. Eu fui ao festival do Panda. Temos de ser uns para os outros.

Entretanto, à noite voltei ao mundo adulto com o concerto da Kylie. Gira que só ela. Pequenina, é certo, mas eu abria mão dos 20 centímetros que tenho a mais do que ela, de boa vontade, para ter um rabo daqueles.

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Teorias absolutamente espectaculares

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