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segunda-feira, maio 12, 2008
De repente...

... dei-me conta que, lentamente, assim muito devagarinho, o meu local de trabalho se está a transformar num prostíbulo. E já faltou mais para, depois da hora de expediente, trocar de roupa e começar a prestar outro tipo de serviços, que isto a vida está má para todos e quaisquer trocos extra dão jeito. Depois venham-me cá dizer que os jornalistas passam a vida a receber prendas e a ser bajulados. Aqueles dois cachecóis de plumas foram algumas das coisas maravilhosas que aterraram naquela redacção (e nem sequer foram enviados pela mesma entidade! Como raio é que duas empresas diferentes acharam que plumas é que estava a dar???). É que assim torna-se difícil corromperem-me, conquistarem espaço nas minhas páginas, porque aquelas penas... pronto... como dizer... não servem para nada, só para acumular pó. Se me querem comprar tem que ser com coisas mais compostinhas, voos mais altos, que assim não vão lá. No entanto, achei que era de mau tom não pôr à vista de todos os lindos presentes recebidos, por isso vá de decorar a sala ao melhor estilo cabaret de Freixo de Espada à Cinta. As flores ajudam a compor o visual kinky (mas são mto queridas, e foram-me enviadas num gesto simbólico de despedida ao maestro Rui Costa, que eu muito apreciei). Acho que o meu director estremece cada vez que olha para aquele canto. Desconfio que vai a correr rever o meu contrato laboral, na esperança de encontrar ali alguma cláusula que justifique o despedimento. Mas está tudo arrumado e limpinho, e isso é que conta. Perfeito, perfeito é quando arranjar um napron de renda. Lá chegaremos.

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