Vivós noivoooooooos!
Ela ameaçou. Ela disse que se ia casar. E, no domingo, casou mesmo. E eu estava lá, para perceber que ir a casamentos de pessoas de quem gostamos tem, efectivamente, muito mais piada. E agora que ela deve estar a caminho do Brasil para voltar com um bronze nojento, eu vou aproveitar para falar do quão bonitas são as cerimónias pelo registo. Uma coisa linda. Nunca tinha assistido a nenhuma, até este sábado. E fiquei a saber que do nome completo dos noivos, à hora exacta em que se casaram (13h47, neste caso), tudo é esmiuçado ao mais ínfimo pormenor. Romantismo? Zero. Houve umas tentativas, mas fracas. Duma cerimónia em que se faz a pergunta "o que é que prende estas folhas? Um agrafo", uma pessoa pode esperar tudo. Até que se fale de rectificações ao decreto-lei de mil-novecentos-e-troca-o-passo. Ou que se diga "não é preciso assinar nada, que isto agora é tudo por computador. Nem eu assino". E pergunto-me eu: a quem não quer casar pela igreja, é esta a alternativa que lhe resta? Ver ali, diante de toda a gente, o senhor conservador a anunciar aos quatro ventos o nosso nome completo, uma coisa que eu tento esconder há para cima de vinte anos? A dizer o nosso número de BI, NIB, contribuinte, número de sócia do Benfica e tamanho de soutien? Na na na na. Se algum dia me casar é pela igrejinha, que também faz bocejar mas sempre é mais compostinho.
Beijinho prá noiva, que estava linda!
1 comentário:
"Na na na na. Se algum dia me casar é pela igrejinha, que também faz bocejar mas sempre é mais compostinho." ahahahahah
em menos de um dia tornaste-te uma das minhas genídolas (lembras-te da expressão?)
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Teorias absolutamente espectaculares