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terça-feira, novembro 21, 2006
Girls talk

Os meus últimos encontros de gaijas têm-se assemelhado, cada vez mais, a encontros sexocitadinos. Cada uma de nós vive situações amorosas completamente distintas. E os conselhos dados servem apenas para juntar à lista "a analisar", porque cada uma pensa uma coisa diferente, cada uma debita os seus ensinamentos de vida como verdades absolutas- eu incluída-, e às tantas já está tudo aos gritos e às gargalhadas, e a conversa que até ali era sobre um qualquer problema sentimental gravíssimo (são sempre!) já descambou para uma coisa que não tem nada a ver, e é preciso pedir gentilmente, ou não, que nos voltemos a concentrar no assunto verdadeiramente importante. Agora que penso nisso, nem sei porque é que o tema anda sempre à volta de gajos, porque quando estamos juntas isso é, sem dúvida, o mais irrelevante das nossas vidas, e nenhum homem, por mais "he's the one" que fosse, conseguiria entrar ali naqueles momentos. Mas também discutimos com violência quase física coisas mais sérias. As manifestações das criancinhas que acham que não querem ter aulas de substituição e por isso vêm para a rua, aos berros, insolentes que só eles, dar um ar da sua graça e mostrar o seu direito à indignação (e ainda dizem alguns psicólogos muito entendidos que não se deve dar umas boas dumas palmadas nos miúdos! Hã hã). Ou o precariedade do mundo laboral, a segurança social deficiente, a falta de aposta nos jovens. Ou mesmo o novo programa da Júlia Pinheiro, aquele das operações plásticas, em que nos questionámos porque é que as pessoas ficavam ainda mais feias depois das mudanças. No fundo, somos pessoas opinativas. E sempre sai mais barato que ir a um psicólogo.

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