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quarta-feira, setembro 13, 2006
Caracol, caracol, põe o cócózinho ao sol!

Uma pessoa que se mete num curso de comunicação/jornalismo, já sabe àquilo que vai. É claro que toda a gente tem aquela expectativa de acabar o curso e arranjar logo um trabalhinho modesto, assim uma coisa tipo...editor do New York Times, por exemplo! Mas toda a gente também sabe que isto não está fácil, que o mercado do jornalismo está a rebentar pelas costuras, que se ganha mal e porcamente, e patati, patatá!
Quando antigos colegas de curso se encontram é inevitável não perguntar o que é que a malta anda a fazer, se têm notícias de alguém, se está tudo empregadinho, etc e tal. Este fim de semana fui jantar com duas amigas da faculdade, e lembrei-me, na minha inocência, de perguntar "então e a não sei das quantas, continua no Record"?. Uma das minhas amigas olhou para mim como se eu tivesse passado quinze anos a hibernar, e insurgiu-se com o meu atraso em relação às notícias mais frescas. E como as notícias que se avizinhavam eram bombásticas, houve todo um cuidadoso processo de preparação para que eu não tivesse um AVC. Começou pelo lado mais soft da questão, dizendo-me que essa nossa colega tinha deixado o Record há uns bons meses e se tinha dedicado à vida rural. Não fiquei espantada por aí além, imaginava-a perfeitamente no campo, no meio das vaquinhas, um cenário assim muito bucólico, que metia passaritos, apanha de maçãs e outras coisas que tais. Mas este era, de facto, o lado soft, porque logo depois segiu-se a pormenorização do novo negócio da minha antiga colega. Um negócio completamente inovador e que, contra tudo aquilo que possam imaginar, a está a deixar rica! Agora vou aqui fazer um compasso de espera antes de dizer o que é que a minha rica colega está a fazer, que é para não vos dar a notícia assim a frio. Vou então, falar do tempo merdoso que se instalou hoje em Lisboa e que me está a provocar dores de cabeça. Está fresquinho, está chuvoso, está cinzentinho, não está? É que isto é um tempo que não lembra ao Diabo! Pronto, já descontraíram? Posso voltar à carga? Ok, então o negócio a que a minha amiga se dedicou é nada mais nada menos do que o do...txan, txan, txan, txan.......estrume de caracol. Agora dou-vos cinco minutos para rebolarem no chão de tanto rir, para dizerem que estou a inventar, a tentar ser engraçadinha. Fiu, fiu, fiu... e continua a chover, hein? É isso mesmo, estrume de caracol! Fiquem os estimados leitores a saber que é um dos melhores fertilizantes, e como há pouco e é difícil de recolher, é vendido a peso de ouro! Diz que a empresa da minha amiga até já está a exportar! Diz que sim!
Eu fico contente por ela, que fico, mas depois também penso, "então anda uma pessoa a tirar um curso de quatro anos, a copiar feiamente para ter boas notas, e depois acaba a vender estrume de caracol?". Parafraseando o Marco do Big Brother, esse ícone da cultura portuguesa, apetece dizer "olha que... fodaaaaaaaaaa-se!".

1 comentário:

  1. Boa tarde, eu gostaria de obter mais informações sobre a produção desse estrume. Por acaso não sabe onde posso encontrar informação fidigna? Obrigado

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Teorias absolutamente espectaculares

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