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quarta-feira, junho 21, 2006
Lisboa?? Não, sou de... Sobral de Monte Agraço??

Hoje dei por mim a pensar que o sítio de onde uma pessoa é oriunda influencia, definitivamente, o campo dos engates. Fui ver a bola ao sítio do costume (PORTUGAAAAAAAAL), estava sentadinha ao balcão, sossegada e sem me meter com ninguém, quando um espanholeco se lembrou de me perguntar se eu queria uma bebida. Que não, muito obrigada, acabei de almoçar, fica para a próxima, sorrisinhos amarelos, alguém me tire daqui. A coisa podia ter ficado por aí, não fosse ele ter perguntado, logo de seguida, de que zona de Portugal é que eu era. E é aqui que a porca torce o rabo. Se eu tivesse respondido Freixo de Espada à Cinta, Cabeceiras de Baixo ou, vá lá, Fafe, a conversa tinha acabado naquele instante, porque de certeza que o gajo não me ia dizer "ah, Freixo de Espada, conheço tão bem, vivi muitos momentos felizes aí". Mas ao responder Lisboa (ou Porto, ou Algarve, ou Sintra), temos o caldo entornado, porque não há alma que não conheça, que não tenha tido um tio avô, uma namorada ou um gato oriundo de Lisboa! E claro que, a partir daí, ver o jogo se tornou uma missão quase impossível, porque da cidade a conversa evoluiu para o que é que eu estava a fazer em Madrid, e onde, e se de certeza que não queria uma bebida, e que foi tão bem tratado em Portugal, e que o português é uma língua tão linda, ainda que difícil, e não vai mesmo uma bebida? Assim que o senhor árbitro apitou o final da partida corri para junto da Caty (aquela que diz kispo), porque já sabia que se seguia o teatrinho do costume, o gajo a pedir o número do telefone, eu a ter que inventar, e já se sabe que mentir nesta altura do ano não está com nada. O Natal está cada vez mais próximo e o Papai Noel está de olhos bem abertos!

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