Ele há dias assim...
Acho que nao sou uma pessoa dada a depressoes ou sentimentos negativos, mas confesso que hoje o dia custou. De repente, viver numa cidade onde nao se conhece ninguem e onde há tanto para fazer que acaba por nao se fazer coisíssima nenhuma, pode conduzir-nos a momentos de fraqueza. Gosto de aqui estar, gosto de descobrir a cidade a cada dia que passa, mas a falta de convívio mata-me. A simples acçao de saír de casa para tomar um café com os amigos ganha, aqui, uma nova dimensao. Claro que tenho sempre a minha estimada coleguinha de casa, mas já passamos tanto tempo juntas que se há coisa que nao nos apetece ao fim do dia é sair para um cafezinho. O facto de termos poucas actividades também nao ajuda. Tenho procurado emprego, mas nao está a ser tao fácil como eu pensava que seria. Afinal, isto está mesmo mau para todos. E depois há sempre aquela altura do dia em que me dá a quebra, em que me apetece voltar para casa, para a comidinha da mamae, para as gargalhadas das amigas, para as conversas parvas e sem sentido...conversas sobre "a vida", como disse recentemente a alguém. Hoje, no metro, no regresso a casa depois das aulas, as lágrimas vieram-me, inevitavelmente, aos olhos. No iPod o Jorge Palma cantava que "a vida é um carrocel, onde há sempre lugar para mais alguém". A verdade é que o meu carrocel aqui em Madrid ainda tem muitos lugares para preencher....
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Teorias absolutamente espectaculares