Efeito Vomidrine
A última vez que vim de comboio para Madrid, há uma semana, enfrasquei-me em comprimidos para o enjôo, vulgo Vomidrine. Não que o balançozinho do comboio me incomode ou me revolte o estômago, mas sim pelo efeito sonorífero que um comprimidozinho daqueles provoca. Uma bomba, acreditem! A viagem é uma seca de dez horas, nos assentos mais desconfortáveis da história ferroviária, pelo que vir num estado de semi insconsciência é meio caminho andado para que o tempo passe mais depressa. No entanto, e como pessoa consciente que sou, achei por bem ler as instruções antes de ingerir aquilo. Na verdade, estava era um bocado despeitada com a farmacêutica, que me disse que só podia tomar um comprimido meia hora antes da viagem, quando a minha vontade era tomar logo uns oito. Enfim, depois de comprovar que só se podia mesmo tomar um, passei para a parte dos efeitos secundários e fiquei desorientada com a quantidade de merdas que aquilo pode provocar. A saber: confusão mental (?????? haannnn???), excitação nos idosos (haaaannnnn?- parte II), diarreia, vómitos (mas então não eram compridos para o enjôo??) e...tcharaaannn... sonolência. Ou seja, se na próxima viagem de comboio, avião ou autocarro derem de caras com um velhinho a querer partir os bancos ao pontapé e a dizer que é o Marylin Manson; se virem uma jovem de ar perdido a perguntar "quem sou eu? onde estou? onde está o Wallie?"; ou se a fila para a casa de banho estiver invulgarmente longa, nada de preocupações. É apenas o efeito Vomidrine.
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