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É preciso falar disto #15: a importância da Educação Física

sexta-feira, fevereiro 16, 2018

A Educação Física sempre foi o meu calcanhar de Aquiles. Dias de ginástica eram dias em que começava a sofrer assim que acordava, era uma espécie de porco a caminho do matadouro, não havia nada que eu gostasse naquilo. Não tinha jeito para nenhuma modalidade. Basquete talvez fosse aquilo em que me safava ligeiramente melhor (mesmo muito ligeiramente), mas era uma nulidade a tudo o resto. Ginástica, então, era a cereja no topo de um bolo de horrores, acho que ainda hoje tenho pesadelos com a professora a obrigar-me a fazer a cambalhota para trás, em frente à turma toda, e eu cheia de medo de partir o pescoço e ficar paraplégica (sim, era um bocado dada ao dramalhão). Nunca tive negativa a Educação Física, mas reconheço que foi só graças à boa vontade dos professores. Apesar de tudo, era esforçada e boa aluna nas outras disciplinas, por isso acho que eles se compadeciam da minha faltinha de jeito.

Na minha altura Educação Física não contava para a média de acesso à faculdade, e ainda bem.
Digo "ainda bem" a título meramente pessoal, porque estava bem lixada se contasse. Terminei o liceu com 17,5, se a Educação Física entrasse lá vinha a média por aí abaixo e era bem possível que não tivesse conseguido entrar na faculdade que queria. Foi em 2004, no Governo de Durão Barroso, que a disciplina passou a ser contabilizada para acesso ao ensino superior, e deixou de o ser novamente em 2012, com o ministro Nuno Crato (ao mesmo tempo que a carga horária foi reduzida). O argumento era de que muitos alunos estavam a ser penalizados pela nota de Educação Física para acederem a cursos que não estavam minimamente associados à prática desportiva. Tipo... quase todos. Por isso, a disciplina só contava para a média dos alunos que seguiam a área de desporto.

Agora o BE o e PCP uniram-se para exigir que a Educação Física volte a contar para a média de acesso ao ensino superior de todos os alunos, independentemente da área, e eu acho que tendo a concordar (sobretudo porque já não ando no liceu, muaaah, ah ah ah ah ah). Vivemos num país onde as taxas de obesidade e de sedentarismo são elevadas, onde os miúdos praticam cada vez menos desporto, onde deixaram de brincar na rua, por isso fará sentido retirar importância à única disciplina que promove a prática de actividade física? Tenho sérias dúvidas.

Podemos sempre alegar que há muita gente como eu, completamente inapta para o desporto e que, por isso mesmo, não deve ser prejudicada no acesso à faculdade. Mas, da mesma forma que eu odiava Educação Física, também havia quem odiasse Matemática. E Português. E História. E Filosofia. Há sempre quem odeie uma disciplina qualquer, quem não tenha jeito, se formos por aí cada aluno pode escolher que disciplina é que não quer que conte para a média. Da mesma maneira, há alunos que podem ver a sua média aumentada se a EF contar. Vamos tirar-lhes mérito por isso? Porque é que a Educação Física há-de ser considerada o parente pobre das disciplinas? 

Verdade que não será a Educação Física a ditar se os miúdos virão a ser bons médicos, advogados, engenheiros ou jornalistas. Mas acho que também não se pode chutar para segundo plano uma disciplina que lhes aporta alguns valores importantes: esforço, dedicação, competitividade, espírito de equipa, melhoria da condição física. Não são isso coisas importantes no mercado de trabalho? Eu quero acreditar que sim. Ao fim do dia, acho que queremos miúdos com uma formação transversal, que tenham competências em várias áreas e que, não sendo os melhores do mundo, pelo menos sejam esforçados e dêem o seu melhor. Se a Educação Física não contar para nada, vão esforçar-se para quê? Ninguém gosta de jogar a feijões.

Claro que há casos e casos. Claro que haverá sempre quem, por motivos de doença ou qualquer tipo de limitação, não possa mesmo fazer desporto, mas isso são excepções, e para esses casos há atestados médicos e outras alternativas. De resto, acho mesmo que a Educação Física é importante e que não pode ser tratada como uma disciplina de segunda, sob pena de ninguém a levar a sério. E, meus amigos, se há país que precisa de levar a actividade física a sério somos nós.

153 comentários:

  1. Eu fui como a Ana, um zero bem bem à esquerda em educação física, inclusive na minha altura, contava para a média e acabei por sair ligeiramente prejudicada.
    No entanto, quando entrei para a faculdade e deixei de a ter, senti "saudades e falta", no sentido em que me mexia muito menos e comecei a ganhar peso e a sentir-me uma batata. Se me podia inscrever no ginásio? Sim, claro. Até hoje não o fiz, detesto fazer desporto e se não for por obrigação dificilmente o faço.
    Talvez as aulas pudessem ser diferentes, no meu caso era sempre ou futebol ou dança ou ginástica (como não odiar os três?). Mas acho que realmente educação física faz falta e que se não for a contar para a média, ninguém se vai esforçar minimamente. Se existem pessoas péssimas e esforçadas também existem pessoas péssimas e que se encostam.
    "ah e tal, mas não tem nada a ver com o curso" sinceramente, filosofia, também nada tem a ver com o curso de ciências e temos de levar com ela...
    E quanto aos alunos que não podem praticar desporto por algum tipo de limitação física, os professores arranjam alternativas mais teóricas para que não sejam inteiramente prejudicados.

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    1. Os professores de EF têm alternativas, isso está contemplado no programa. Nenhum aluno pode ser prejudicado por incapacidade física. Existem alunos que fazem única e exclusivamente atividades teóricas, no caso de alunos paraplégicos e com outras limitações.

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    2. Então se é teórico, qual o interesse?! A ideia não é pôr o pessoal a mexer? Os alunos com incapacidade dificilmente seguirão EF. Atenção que reconheço a existēncia dos paralímpicos.

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    3. é verdade é verdade...
      as licenciaturas e mestrados em Desporto e EF são um desassossego; sempre a correr, a fazer mortais, a nadar, sei lá.

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    4. Cursei EF e sempre adorei desporto e acho sempre que deve contar para a média... lembro-me de ter uma colega que ficou tetraplegica e a faculdade criou um programa alternativo para ela. Nós temos que saber ensinar, não saber fazer tudo... e as licenciaturas e mestrados não sao só saltos e mortais e nadar. São estudar muito, desde anatomia a biomecanica... enfim, mentalidades!

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    5. que sorte, no meu tempo era sempre futebol. nunca tive dança, e na ginástica era das melhores, mas raramente fazíamos. e mesmo assim, não tive grandes oportunidades de aprender a jogar em equipa, porque até ao 9º estive numa turma gigante (era a gorda = ninguém passava a bola e era sempre a última a ser escolhida) e no secundário a turma era metade nabas como eu eu, metade atletas federados. já deu para tocar na bola, mas o mal estava feito.
      os professores têm uma responsabilidade gigante em motivar os alunos, e infelizmente, a maioria dos que tive, entretinha-se a fazer exactamente o contrário.

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  2. O argumento de que há sempre quem odeie matemática, ou português, não reflete minimamente aquilo que sucede com a educação física; é que a matemática é de facto relevante para um aluno que vai parar engenharia, ou economia, ou gestão, ou até marketing; e o português idem; a educação física, tal como está desenhada, mede apenas capacidades físicas dos alunos (a minha irmã, por exemplo, é asmática; nunca consegue fazer um determinado exercício nas aulas, que consiste em correr durante nove minutos seguidos; tem excelentes notas a tudo, mas a educação física tem 14; quer ir para medicina; as capacidades físicas, o jeito para o desporto, farão dela uma melhor médica? Não. Mas ser boa a biologia e a matemática sim? Provavelmente.).

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    1. Lá esta: para casos como o da sua irmã, há atestados médicos ou outras medidas. Ela deve ser avaliada e pontuada pelo esforço e dedicação aplicadas nas aulas, não pelos resultados que a condição física dela não lhe permite. E sim, em cursos como medicina, factores como a dedicação, o esforço, o sacrifício, etc. devem ser valorizados e as aulas de EF podem ser um excelente meio para um candidato ao curso aprender/reforçar essas bases.

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    2. Sendo asmática e com atestado a comprovar a sua irmã tem que ter avaliações teóricas. Não pode de modo algum ser prejudicada. Será que estão informados disto? Admira-me imenso que uma aluna com problemas de saúde não esteja devidamente informada. Provavelmente a sua irmã não é boa a EF (teórica) e ponto. Não se pode ser bom a tudo. Mas o seu comentário não tem lógica nenhuma. É que EF não conta para a média, informe-se melhor antes de fazer este tipo de comentários. E não sou professora de EF, sou de FQ e também odiava EF. Agora protestem com dados verdadeiros e não para denegrir uma disciplina.

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    3. Creio que o grande problema da educação física está nos métodos de avaliação. Não será justo para a sua irmã ser avaliada com 14 porque tem um problema de saúde! Deveria, sugiro, ser avaliada pelo esforço e dedicação à disciplina, pelo espírito de equipa e pelos muitos outros aspectos inerentes à disciplina de educação física! A educação física não deveria ser um testes as nossas capacidades físicas, porque sendo assim, qualquer aluno que seja atleta teria sempre um notão. Penso que o problema da educação física está sobretudo nos professores, que insistem em não mudar a mentalidade.. nos dias de hoje não se ensina um professor de educação física a avaliar e a ensinar capacidades físicas, é muito mais que isso. Mas nem sempre foi assim, e nem todos gostam de estudar e mudar os métodos de ensino!
      Além disso, como não odiar educação física se todas as aulas temos de correr 10 minutos à volta da escola? A maioria nem 2 minutos aguenta! É de facto uma tortura, e logo de início é fácil ganhar uma certa resistência à aulas de educação física!

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    4. Hum, então se eu me esforçar muito a matemática mas mesmo assim não souber calcular a raiz de dois, também devo ter para cima de 18? É que apesar de o meu cérebro não estar desenvolvido para compreender raízes, eu esforço-me muito e dedico-me totalmente á disciplina e blá blá.

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    5. Lamento mas nenhuma dessas coisas fará da sua irmã uma boa médica. Medias tão altas e tanto médico pouco vocacionado. Não vá por aí.

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    6. Cara Inês,
      Nunca aqui antes aqui comentei, mas decidi fazê-lo por ser a minha "área afeta". Espero que não entenda isto como uma afronta. É apenas a minha opinião.

      Sempre fui boa aluna e sempre pratiquei atividades extra-curriculares ligadas ao desporto, que eram grátis.

      Venho de uma família humilde, e sempre quis ser Médica. Nunca andei numa escola de Inglês, porque apesar de a educação sempre ter sido prioritária lá por casa, os meus pais não perceberam desde cedo que seria uma ferramenta importante, porque não tiveram oportunidade de estudar, e ingressei apenas quando pedi, e os meus pais fizeram o enorme esforço de me colocar lá! Como deve saber o Inglês é uma disciplina difícil, e por muito que me esforçasse, a minha nota de Inglês foi 15, e destoava no meio das minhas outras nota.

      Eu não entrei em Medicina no meu primeiro concurso, e foi frustrante, porque uma nota poderia ter feito a diferença. Entrei no segundo concurso, e estou hoje a terminar o curso.

      Com isto quero dizer que todos temos um calcanhar de Aquiles, que muitas vezes não depende do nosso esforço, mas sim da nossa condição, seja ela social, física ou até económica.

      Tenho a certeza que a sua irmã poderá brilhar no desporto, que será uma medida fundamental na terapêutica dos seus doentes, se um dia for médica. E tenho a certeza que não será essa disciplina a destoar na sua média devido a uma condição de saúde, porque para isso existem regulamentos que regem a atribuição das classificações. E os asmáticos podem praticar alguns desportos.

      Ninguém sabe matemática sem praticar. Ninguém joga bem futebol sem praticar. Ninguém é bom médico sem valores como a entre-ajuda, o esforço, dedicação união, espírito de sacrifício e humildade, que o desporto nos ajuda a desenvolver.

      Numa época em que a obesidade impera, em que os pais têm medo que as crianças joguem à bola e correram na rua; numa época em que as crianças fazem apenas o obrigatório, a educação física é essencial!

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    7. Sara Leite:
      É claro que o empenho, esforço e dedicação devem ser tidos em conta, mas não pode ser só isso. A disciplina é Educação Física, logo o desempenho físico é o principal factor a ter em conta. Porque por essa lógica, nas disciplinas teóricas também não se valorizariam as capacidades de raciocínio matemático ou de escrever um bom texto. E sim, um aluno que tenha um desempenho exemplar e seja atleta (ou não) deve ter uma nota elevada.
      Finalmente, o problema pode ser em parte dos professores, mas também o é certamente dos alunos. Porque tal como você diz que os professores não se querem esforçar/estudar os alunos também não!! Há quem odeie correr 10 minutos, há quem odeie 90 minutos de matemática, história, etc.

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    8. Marta o melhor comentario/explicação !

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  3. Eu detestava educação física.... Mas até concordo com a medida, no entanto, no meu tempo a educação física era uma palhaçada, ou os professores achavam que estavam a criar atletas olímpicos ou nem queriam saber. Deviriam dar formação extra a estas pessoas e ensinar que além de levarem os miúdos a mexerem-se convém também não os traumatizar para o resto da vida.....

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    1. Verdade, eram poucos os que se importavam mesmo! Atiravam com uma bola e façam o que quiserem...

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    2. Nem isto era Portugal se não viesse a conversa dos meninos traumatizados.

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    3. Não sei se é a conversa dos traumatizados, mas em 7 anos de educação física, 80% das aulas foram canalizadas para o futebol. Eu abomino futebol, mas era obrigada a jogar porque era isso que os professores metiam os alunos a fazer. É que recordo-me de olhar para o plano de aulas e englobar uma dúzia de desportos, por isso, sim, talvez seja mesmo um trauma. E depois?

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    4. Não tem a ver com o trauma, tem a ver com o facto de o exercício físico ser importante, no entanto, nem todos têm de ser ou querem ser atletas, humilhar uma criança/adolescente em frente a toda uma turma porque não sabe fazer uma cambalhota é só absurdo...

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    5. E já cá faltavam os iluminados que fazem leituras daquilo que não está escrito...
      A constatação de um facto, não quer dizer vitimização, sempre houve, há e haverá professores que se estão nas tintas para os alunos que não tem jeito, ou tem mais dificuldades...

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    6. Desculpem mas estão doidas? Qual trauma, qual quê! E é para ter vergonha...não saber fazer uma cambalhota! É como ir ao quadro noutra disciplina e não fazer nada de jeito à frente de toda a turma e daí? A vida é mesmo isso...sucessos, insucessos. Esforço, superação! Acordem, mexam se e viva a EF e toda a atividade física e desporto.

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    7. ding ding ding
      eu hoje ouço que sou boa a desporto, da boca de alemães, que, para quem não sabe, são raríssimos os que não praticam pelo menos uma modalidade desportiva a um nível quase profissional.
      em portugal era a gorda que ninguém queria para as equipas, a quem ninguém passava a bola, porque a disciplina raramente era leccionada por pessoas que tinham por objectivo formar seres humanos competentes.
      não posso dizer que todos os professores foram maus, mas os que tive até aos 15 anos foram péssimos.
      por sorte, aprendi a fazer cambalhotas e pinos muito por iniciativa própria, e por aulas que tive em criança. e era boa.
      tive colegas no secundário que nunca aprenderam, porque os professores que tiveram durante 5 anos nunca se deram ao trabalho de fazer o que lhes competia.
      a culpa é dos alunos?
      e lembro-me de um colega atleta ter feito uma lesão grave (a praticar desporto) e ter sido altamente prejudicado na avaliação da disciplina. faz sentido, isto?
      e todos os meus colegas asmáticos e com problemas cardíacos: ou faziam como os outros, ou lixavam-se. uma colega tinha constantemente crises, e o que a turma tinha de fazer era lidar com elas, já q a avaliação não previa casos desses.
      os professores estão-se bem a marimbar para os alunos. desde destruir a auto-estima a não saber abordar uma criança com medo.
      e atenção: concordo a 100% que a disciplina conte para a média. mas tem de ser bem estruturada e acolher os alunos com doenças e deficiências, assim como os casos de autismo.

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  4. Não estou nada de acordo com a ana.

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    1. Com esse forte argumento não há mais nada a dizer sobre o assunto...

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    2. Ahahahahahah!!!

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  5. Eu acho que o problema reside mesmo como as aulas são dadas. E o mesmo se aplica a todas as outras disciplinas. Sempre fui um zero a educação física, excepto a ginástica. Quando entrei para o secundário a minha escola tinha piscina o que incluía a natação nas aulas. Eram as duas modalidades que salvavam a minha nota e o facto de os professores terem pena da minha média e lá me davam o "dezito" a futebol, basquetebol e assim.
    Mas fui muito prejudicada na média de acesso por causa de educação física. Tinha 17/18/19 a tudo e lá vinha o 14 por favor a educação física.
    Além disso, a minha turma tinha 20 rapazes para 5 raparigas. Estão a ver os nossos jogos de futebol? Baliza ou então ninguém passava a bola!
    É preciso muita mudança! Aulas dinâmicas, criativas, modalidades diferentes e não excluir ninguém. Os miúdos com excesso de peso sentem constrangidos nessas aulas e os professores não se esforçam para os acompanhar e incentivar a melhorar.

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    1. Concordo com a Ana e consigo Há muita coisa coisa que tem que ser mudada na forma como as aulas são dadas e aplica-se mesmo a todas as disciplinas...
      A minha filha está no 7º ano, e na modalidade do futebol passa-se exactamente o mesmo que se passou consigo e comigo assim como no basket, por sermos baixinhas...

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    2. Apesar de também ter sido daquelas pessoas que detestava educação física, concordo que deve continuar a existir nas escolas, mas penso que há muita coisa a alterar. Se a questão é fazer atividade física, mexer, para ser saudável e tal, por que razão num ano letivo fazíamos 40 jogos de futebol e 1 jogo de futebol sem bola (que sinceramente eu adorava - não sei se conhecem, mas basicamente nós próprios é que somos a bola e temos de conseguir entrar na baliza do adversário); porque é que 30% do ano era para ginástica, 30% para futebol, 30% para basket, andebol e atletismo e 10% para tudo o resto (dança, ténis, badminton, patinagem, escalada, slide, etc...)?.
      No que toca a contar ou não para a média, já tenho as minhas dúvidas. Sempre fui uma aluna mediana, com notas entre o 12 e 15. A educação física era uma nódoa e por isso tinha um 10 ou 11. Tinha uma colega na turma com notas excelentes, entre 18 e 20 - mas que era tal como eu uma nódoa a educação física, fazia exatamente o mesmo que eu, pelo que deveria ter a mesma nota do que eu. A atribuição das notas era feita com a turma toda reunida e a professora explicava sempre o porquê de dar cada nota. Essa colega tinha sempre 15/16 a educação física "para não baixar a média", palavras ouvidas em todos os períodos da boca da nossa professora. Anónimo, não digo que fosse o seu caso, mas imagine que tem um colega que faz exatamente o mesmo trabalho que você e tem uma nota bem mais alta só para não estragar a média... como se sentiria?
      Eu diria que o problema está nos professores que dão as notas e nos motivos pelos quais as dão, e não propriamente no facto destas contarem para a média da universidade. Ok, eu aceito que sou má aluna a educação física e isso me pode prejudicar na média - não aceito que uma pessoa que desenvolve o mesmo trabalho do que eu tenha melhor nota para ficar beneficiada na média.

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  6. Eu odiava Educação Física e adorei andar no ginásio.
    Acho que não deve ser incluída, porque se for as notas voltam a ser ajustadas, para os melhores alunos não saírem prejudicados por, precisamente, contar a nota de uma disciplina completamente alheia à área de estudos pretendida.
    Mais, E. F. tem esses valores todos, mas a condição física de cada pessoa pesa quase em absoluto no 'jeito', ou nas notas que se tiram. Por mais esforçado que se possa ser, não é uma disciplina de marranço.

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  7. Apenas um comentário de uma aluna a acabar o secundário e que se safou porque educação física ainda não conta para a média de entrada na faculdade, penso que educação física deveria ser uma disciplina, tal como Religião Moral e outras, facultativa pois tal como a Pipoca disse para a maioria dos cursos educação física não é importante e será que é justo um aluno não conseguir entrar para o seu curso de direito, de medicina, de educação básica, de arquitetura e por aí fora por causa da nota de educação física??
    Os nossos horários, falo por mim, são horários muito bons e até com bastante tempo livre mas em anos de exames o facto de “desperdiçarmos” quatro horas ou mais semanalmente com educação física é frustrante para muitos alunos!
    Enfim, é um tema controverso e que dá pano para mangas!
    Um beijinho grande Pipoca!

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    1. Nem sabe o bem que essas 4h semanais de desporto fariam no seu sucesso escolar e nos exames se fossem bem aproveitadas!! Está mais do que comprovado que a atividade física melhora a auto-estima, diminui a depressão, facilita a aprendizagem... Têm é de ser estimulantes e não "um frete". :) Boa sorte nos exames e no futuro!

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    2. Veja bem porque a EF faz parte do currículo da educação básica.

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    3. No meu caso que fui para desporto foi filosofia que me estragou a média... Não gostava e também não precisava dessa disciplina para a minha área... Pela vossa lógica também devia ter opçao de excluir essa disciplina e de poder aproveitar as horas dessa aula, para algo que para mim fosse mais produtivo!!!

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    4. Essas quatro horas de EF mesmo em época de exames são mais úteis do que as passar em frente à TV ou internet.
      Eu também nunca fui fã dessas aulas, especialmente por passarmos tanto tempo a jogar futebol, mas reconheço-lhes a importância.

      A minha sorte no secundário é que a turma estava mais ou menos ao mesmo nível, assim para o baixo, o que fez com que ficasse menos constrangida ao fazer determinado exercício. Ter um professor compreensivo e que nos encorajava a fazer melhor também ajudou muito.

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    5. Educação física melhora a auto estima? De quem? A mim só serviu para me ghumhar perante os meus colegas, sempre tive falta de jeito, odiava EDF e eram as PIORES HORAS DA SEMANA. Horas que tinha de mostrar publicamente que não nasci para desportos coletivos, não tenho flexibilidade, não consigo apanhar uma bola que venha na minha direção.

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    6. Talvez no secundário os alunos pudessem escolher quais as disciplinas que querem no seu curriculo. Por exemplo no 12 ano optei por psicologia mas também queria ter biologia mas as duas disciplinas não era possível (apesar de serem as disciplinas mais adequadas para o curso que pretendia tirar). No entanto tinha E.F. e filosofia que odiava. Na minha opinião falta flexibilidade para os alunos optarem por aquilo que realmente lhes interessa.

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    7. Assim vai este Portugal, e é com comentários destes que sabemos que nunca vamos sair disto.
      Ponham os olhos nos países a norte da Europa, onde o desporto é essencial e têm o melhor ensino.

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  8. Regra geral gostei de educação física, sobretudo dos desportos colectivos,com bola,por exemplo futebol, basquetebol, andebol... o que eu mais detestava era ginástica!! Não tinha jeito nenhum para fazer cambalhotas, pino, roda, ponte... acho que só fazia bem o barquinho :)

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  9. Eu era como a Ana a Educação Física. Detestava aquilo, de morte. Os dias de Educação Física eram um verdadeiro tormento. A sério, eu sofria psicologicamente só de pensar em ir para lá. Não tinha jeito para nada a não ser atletismo e ginástica acrobática. Tive a sorte imensa de o ministro Nuno Crato instituir essa medida e de, portanto, não ser prejudicada na minha média de secundário. Nunca tive negativa a Ed. Física, até tive 14 no 12.º ano, mas baixava-me imenso a média. Graças ao facto de não contar para a média, entrei em Medicina! :) Estou atualmente no 4.º ano e tenho certezas de que se não fosse isso, nunca teria entrado em Medicina. E sim, sou das que utiliza o argumento de que um médico, um adovgado, um engenheiro, um psicólogo, um tradutor, um economista não precisam de Ed. Física para nada na sua vida profissional futura. Porque é verdade. Acho que faz todo o sentido contar para média de quem quer entrar em cursos da área, para os restantes não.
    Eu saí do secundário apenas à 3 anos e garanto que as aulas servem para tudo menos para combater a obesidade. Isso é um quadro muito bonito, que nada corresponde à realidade. Até porque quando se tem um professor que não exemplifica qualquer tipo de exercício, manda algum aluno fazê-lo e que não serve de exemplo para ninguém por ser obeso. Sim, não era só excesso de peso, ele era obeso. E da mesma forma que critico severamente médicos que fumam, critico severamente profissionais do Desporto que não se mexem e que são obesos por isso.
    Em resumo, sou completamente contra que Ed. Física conte para a média. Preocupem-se antes com coisas mais importantes como a inflação das notas no privado para entrar em Medicina e outros cursos cuja média seja mais elevada, por exemplo. Tenho colegas que abertamente dizem que os professores "davam uns jeitinhos" nas notas. Isto dá-me urticária, pois vim de uma escola pública, que já esteve no último lugar do Ranking Nacional (que vale o que vale, também é verdade) e que anda sempre lá no fundo.

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    1. Concordo! No meu tempo a média felizmente tb não contava. Foi o secundário todo com 13/14 e antes sempre 3. Nas outras disciplinas sempre > 17. Para mim também era um tormento aquelas aulas... os piores dias eram os das aulas de EF, se fosse avaliação então ficava fisicamente doente. E não acho que seja comparável com ser mau a outras disciplinas. A matemática fazemos um teste e não temos a turma toda a olhar pra nós a falhar as perguntas todas. Nas avaliações de EF era uma fila de gente a olhar para nós a nao conseguir fazer o pino de braços ou a roda, nao conseguir saltar no boque ou no plinto... a ser eliminados logo em primeiro no lançamento no peso e no salto em altura. A ser sempre o ultimo escolhido para as equipas de futebol/volei/basket etc... Ja sai da escola há mais de 10 anos e ainda me lembro do horror xD e na faculdade fui para o Ginásio onde, pasme se, gosto bastante de andar. Simplesmente o formato de aulas e avaliações de EF é pavoroso e acho bem que não conte para a média. Isso nao invalida que a pessoa se esforce à disciplina ou que não faça actividade física

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    2. Eu também era sempre a última a ser escolhida para as equipas dos desportos coletivos nas aulas de EF! Era um martírio e as avaliações também eram um horror e uma humilhação pública! É bom saber que não fui a única a passar por isso!

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    3. Pois mas português é fundamental para todas as áreas incluindo medicina. É « há » e não « à».

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    4. Concordo plenamente com este comentário!

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    5. A menina que está a tirar medicina deveria de ter vergonha do que disse. Porque é que EF não há-de contar para a média? Por acaso existem disciplinas de 1ª e de 2ª? Por essa ordem de ideias, filosofia não faz falta para a maioria dos cursos. E Biologia não me interessou para nada. Sou engª química e tive que aturar a disciplina de biologia. Que mentalidadezinha!!! Espero nunca a ter como médica.

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    6. É assustador ver uma jovem no 4º ano da Faculdade a cometer um erro tão grosseiro como trocar o "há" com o "à". E não venham com as desculpas esfarrapadas da pressa ou do tipo de teclado. Estamos entregues á bicharada...

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    7. O anónimo das 23:37 devia ter vergonha de um comentário tão absurdo como esse “Espero nunca a ter como médica”. Por acaso sabe como será a competência científica ou técnica da jovem? Só porque pensa de forma diferente de si, já tem que ter vergonha. Desculpe-me a franqueza, mas isso pareceu mesmo ressabiamento. Entenda que por muitas engenharias que tenha, é obrigada a respeitar a opinião dos outros. É a vida.

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  10. Eu tive professores baldas, professores que estavam a ver se punham as mãos nos rabos das raparigas para "ajudar" nas cambalhotas e professores espectaculares que sabiam perfeitamente quem era esforçado e quem não era. Tinha um colega gordo, mesmo gordo, mas super esforçado, fazia tudo (tentava) e as notas eram melhores do que muitos espertos que achavam que não precisavam e mexer uma palha. Tenho uma amigo professor de educação física que leva as suas aulas muito mas mesmo muito a sério! E todos os miúdos gostam dele =)
    Acho que é como tudo, temos o bom e o mau. Mas no fundo acho que as aulas de EF são MESMO importantes!

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    1. Mas isso é excepçao, para a maior parte dos professores o facto dele ser gordo automaticamente levava nega, e se esse aluno por acaso fosse um futuro excepcional investigador, arquitecto, etc, ia-se perder um grande tecnico por causa do corpo dele.
      Enquanto outros menos inteligentes iriam subir a media so porque eram magros, mesmo que fossem banais a educaçao fisica.

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    2. Então o que está mal não é a EF, mas sim os professores de EF!

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    3. Anónimo das 16.54 essa sua teoria pertence ao passado e bem passado. Porque é que falam do que não sabem?

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  11. Boa tarde,
    Sou marido de uma seguidora do seu Blog e nunca comentei aqui qualquer assunto. Uns porque pouco me diziam e outros por não me sentir com conhecimentos suficientes para o fazer. Neste caso em particular, tenho de fazer um ou outro comentário, sujeito naturalmente ao legítimo contraditório. Sou professor de Educação Física e naturalmente, tenho uma opinião favorável à valorização da disciplina, mas há vários factores que concorrem para que seja imprescindível que tal aconteça.
    Em primeiro lugar, é essencial entender os objectivos da disciplina. Aqui, devemos considerar somente os principais:
    - Promover a prática desportiva nas crianças e jovens;
    - Adquirir o gosto pela prática desportiva;
    - informar sobre a importância e implicações que o desporto tem sobre o Homem.

    Tudo o resto é importante, mas secundário! Poderíamos e teríamos certamente, mais de uma centena de objectivos que iriam todos beber destes três. Poderemos discutir se a forma como isto se faz actualmente e se fez durante muito tempo, é eficaz ou não. E na minha humilde opinião, não é! E esse é uma dos factores que contribuiu para que se tivesse eliminado a disciplina da média de entrada. Essa é outra discussão. A estrutura e orgânica da disciplina devia ser profundamente repensada...

    No entanto, as premissas que foram públicas e aceites como válidas, são falsas! Vamos por partes:

    A média de EF prejudica a maioria dos alunos. É falso! É exactamente o contrário. A grande maioria é prejudicada por não contar. Há uma outra fatia cuja classificação é semelhante às restantes disciplinas e somente numa percentagem de aproximadamente 5-7 % é que os alunos poderão ser prejudicados. São dados fáceis de consultar. Aquela decisão foi feita à medida de alguém...

    Os alunos podem ficar de fora dos cursos de medicina ou outros de médias mais elevadas. Parcialmente falso. Quantas vagas ficaram por preencher em medicina, em engenharia aeroespacial ou arquitectura até 2012 por EF contar? Nenhuma! Se houve alunos que ficaram de fora? É possível sim. Mas entraram outros igualmente bons e com uma valência adicional... eram bons a tudo e também a EF. Será isto um problema para o país? Não me parece.

    Aumentando as horas de Matemática e Português, teremos melhores resultados. Falso como se comprova pelos resultados dos exames e pelas classificações finais dos alunos do básico e secundário. O número de horas das chamadas pelo senhor ministro Crato, disciplinas nucleares ou essenciais, já é elevado. O que os alunos precisam, é de tempo para interiorizar essas aprendizagens e momentos de descompressão da carga horária absurda que têm! Há diversos estudos e evidências que demonstram os benefícios da prática motora nos índices de concentração, avançando mesmo que os alunos com mais prática desportiva, em geral, têm melhores resultados.

    Não tenho jeito para desporto! Falso. Não existe jeito. Existe trabalho. Poderá existir uma aptidão para uma área ou outra, mas mais ligada ao gosto que propriamente à aptidão. O Ronaldo não nasceu a saber jogar futebol, nem Einstein um génio da Física. São fruto de muitas horas de trabalho. O nosso corpo tem alguns factores que concorrem para o tal “jeito”. O tipo de fibras musculares, a composição corporal, etc., mas que não são determinantes para a EF. São determinantes para atletas de alta competição.

    Aproveito para responder à Inês, ali um pouco mais acima, que referiu a questão da asma. Existem atletas de alto rendimento que são asmáticos, outros diabéticos, outros ainda com problemas de coluna, por exemplo. As limitações existem, mas estão mais na nossa cabeça que no corpo. Ela consegue fazer os nove minutos, aliás até conseguiria fazer uma maratona se quisesse. Precisa de ser enquadrada e mesmo que não conseguisse, existe legislação que lhe permite ter uma avaliação diferenciada.

    Para não me alongar mais, que já escrevi bastante, só referir que corremos o risco de ser a primeira geração que vai viver menos que os pais e avós. Isto é dramático... é triste!

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    1. Faço parte dos 5-7% a que EF, se contasse, baixaria a média e não gostava particularmente das aulas, pelo que estou do "outro lado" da barricada, mas não queria deixar de lhe dar os parabéns pelo seu comentário. Equilibrado e fundamentado.

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    2. Nao existe jeito para o desporto ??
      claro que existe, da mesma forma que existe jeito para desenhar, Jeito para cantar, Jeito para linguas (por exemplo).

      Voce pode ter aulas de canto/desenho com os melhores professores durante 10 anos e chega ao final e continua uma nodoa.
      Vai ser uma nodoa melhor do que quando começou, mas vai continuar a ser uma nodoa. Se nao tiver jeito para tal.

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    3. Também concordo consigo anónimo 16:48h. Eu por exemplo fui sempre uma aluna fraca a quase todas as disciplinas, e a línguas (Francês e Inglês) tive sempre imenso jeito, tanto que ainda hoje passados tantos anos sem ter prática de falar com estrangeiros se fôr preciso falo e escrevo nessas duas línguas sem quaisquer problemas, porque é uma coisa que me fascina e vejo que tenho jeito.

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    4. Se o Português não contasse para a média de entrada em Motricidade, talvez o Gonçalo não escrevesse tão bem. Muito bem escrito e argumentado.

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    5. Sou professora de uma disciplina dita nuclear e mãe de uma criança autista de alto funcionamento, perfeitamente integrada na escola "normal".
      Envolvi o meu filho em tudo o que pude, começando pela natação em bebé, o karaté por volta dos 2,5 anos, o futebol aos 4, o basket aos 5, quase 6. Nada funcionou. A motricidade e inaptidão para o desporto eram gritantes...bem como a incapacidade de perceber as regras.
      Sempre persisti, por entender que num qualquer recreio seria necessário colmatar a falta de competências sociais com a prática de um desporto que o fizesse ser aceite. E não é que o meu cansaço e persistência funcionariam?
      Adora futebol ( de mais, porque se puder só fala nesse assunto e cansa! ) e já joga como um menino dito normal.
      Nunca será um Cristiano Ronaldo, mas o simples facto de o ver a gargalhar com amigos ( muitos!)e integrado, graças ao desporto, vale tudo!
      Se concordo que é uma disciplina fundamental? Claro que sim. Ainda não sei é se concordo com a questão levantada.:)

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    6. PS: esqueci-me de mencionar que sou mãe solteira e o pai, com quem sempre houve uma excelente relação, se opunha à prática do desporto, sugerindo que "deixasse o filho fazer o que gostava(...)porque nem toda a gente tinha jeito para desporto". Referia-se, naturalmente, a Playstation e afins.
      Hoje, reconhece que eu tinha razão.

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    7. Muito bem escrito. Concordo plenamente. 👏🏻👏🏻👏🏻

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    8. Bem escrito, sem dúvida...mas tão desajustado!
      Olhe à sua volta, colega. Sabe bem o que se passa na maioria das aulas de Educação Física.

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    9. Gonçalo, tem toda a razão!

      Anónimo das 16:48h, jeito e aptidão são duas coisas diferentes.
      Eu sempre gostei de desenho e línguas. Desde que me lembro de ser gente que preferia papel e lápis a brincar com bonecos. Desde que comecei a aprender inglês na primária que percebi como era divertido conseguir falar para além do português. Depois veio o alemão, espanhol, francês e agora dinamarquês e sueco.

      Nós temos tendência para dedicar mais tempo ao que gostamos.

      E se praticar canto/desenho durante dez anos vai evoluir bastante isso lhe garanto. Só tem é de querer e esforçar!

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  12. Ó Ana, não gostavas, porque não tinhas um professor de Educação Física como o meu!
    O Grande Mister Rui Vitória do nosso SLB, foi meu professor de EF na Escola Secundária Gago Coutinho em Alverca, e se agora está um senhor muito charmoso, na altura era um verdadeiro pão!
    Nesses dias nenhuma menina usava a desculpa de que estava com o período e era ver quem vestia os calções de licra mais curtinhos e a T-shirt mais justa... Grande beijo!

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    1. Ai desculpe, mas o Rui vitoria é tudo menos charmoso...o único treinador com bom aspecto que passou no Benfica foi o quique flores (e o Mourinho, mas esse na altura não era charmoso).

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  13. Eu acho que a Ed. Física devia contar para a média, se as notas fossem dadas em concordância. Por exemplo, dois alunos: um "marrão" que estude muito e que decore tudo e outro mais perspicaz que até nem precisa de estudar tanto, mas capta bem os conceitos nas aulas. Se esses dois alunos tirarem as mesmas notas nos testes no fim do período têm as mesmas notas na pauta. No caso da Ed. Física, sendo uma disciplina tão abrangente, se um aluno for melhor a basquete e outro a futebol e outro a ginástica eles deviam ter a mesma nota, nem que nas outras modalidades compensassem a "falta de jeito" (mas não de esforço) com trabalhos/apresentações teóricas, o que normalmente não se passa nas escolas. Os rapazes, que normalmente jogam quase todos futebol (ou outro desporto de equipa) tiram as notas maiores porque os professores não querem saber do resto; e as raparigas que são normalmente melhores a outras modalidades (voleibol, ginástica, dança que eu nunca tive no secundário já agora!) acabam prejudicadas. Na minha altura, por exemplo, o meu professor só dava notas até 15 valores às raparigas, o que eu acho manifestamente estúpido. Havia rapazes que não faziam literalmente nenhum, nem futebol, nem corrida, nem nada e tiravam 17 e 18, porque eram mais fracos, mas comparados com outros rapazes. Concluindo, independentemente do género, as notas deviam ser dadas de acordo com a capacidade física de cada um (com complementação teórica se tal for necessário) e as aulas devem ser dadas de maneira diferente. Até lá, tudo na mesma como a lesma...

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    1. Concordo totalmente...a minha experiência a EF foi muito semelhante. E pior: eram professoras a dar excelentes notas aos rapazes, a dar primazia ao futebol, a colocá-los no campo de maiores dimensões, e nós, raparigas, que fizessemos o que nos apetecesse na aula. Não percebo como é que podem comparar uma avaliação de EF às outras ciências que contribuem para o desempenho profissional...adoro ir ao ginásio, melhoro a minha saúde física e mental, coisa que nunca sucedeu nas aulas de EF. Se calhar o problema está mesmo no ensino. Mas por esse ensino ser tão variável e subjetivo, nem deveria ser sujeito a avaliações quantitativas semelhantes às das outras ciências.
      Sandra

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  14. O problema é que na "Matemática. E Português. E História. E Filosofia." há ferramentas que te permitem aprender e obter resultados melhores. O mesmo não se aplica à Educação Física! A não ser que treines uma dada modalidade, só os que lhes calhou na genética serem aptos para o desporto, se safam muita bem! Não há como dar volta a isto. Eu tive que gramar com a educação física a contar para média: Também tinha muito boas notas a tudo o resto, mas a prof nã teve pena de mim e espetou-me um 11 na pauta. É justo?

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    1. é.
      "ter pena" não é um critério de avaliação.

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    2. Anónimo das 14.22 a disciplina de EF, tal como as outras tem critérios de avaliação que são dados a conhecer aos alunos no início do ano letivo. "Pena" não faz parte dos critérios de nenhuma disciplina

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  15. Ana, gosto muitos dos seus textos e prezo as suas opiniões, mas não concordo nada com esta. Parece-me um absurdo que a Educação Física volte a contar para a média de acesso ao ensino superior. Nunca deveria sequer ter contado. Não creio que possamos misturar alhos com bugalhos, isto é, a educação física é uma disciplina importante, sim senhora; mas é incomparável à Matemática, ou ao Português, ou à História. No acesso ao ensino superior, com excepção das áreas realmente vocacionadas para o desporto, o que deve valer são as capacidades intelectuais dos alunos, não as capacidades físicas, sobretudo porque nem toda a gente tem as mesmas capacidades físicas (e não há nada a fazer se nasci com pernas curtas e não me safo na corrida ou no basquete), mas toda a gente tem potencial para desenvolver as suas capacidades intelectuais. Claro que a educação física encerra em si várias vantagens, que mencionou. É importante, deve ser valorizada, concordo em absoluto com isso. Aliás, desde o ensino primário deve-se insistir mais na sensibilização dos miúdos para a necessidade da prática desportiva, assim como na sua formação relativamente à alimentação. Agora, daí a considerar que a educação física deva ser ponderada na média de acesso ao ensino superior... Para quê? Não vejo grande objectivo nessa medida, a não ser desviar o foco do que realmente interessa e dos problemas mais graves que têm de ser tratados. Porque há problemas bem mais urgentes a resolver no ensino... Continuam a chegar ao ensino superior alunos que não sabem escrever uma linha sem dar 10 erros, ou que nunca leram um livro na vida (bem sei do que falo, pois sou docente universitária); os casos de insucesso escolar a nível da matemática continuam a ser escabrosos. Creio que o nosso governo precisa de se focar no que realmente importa - que é na qualidade do ensino, no fomento das capacidades intelectuais e na formação de cidadãos esclarecidos a todos os níveis - e deixar-se de medidas pontuais sem verdadeiro impacto na qualidade do ensino.

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    1. E.F. faz parte do plano de estudos do ensino secundário! Porra! É assim tão difícil perceber isso?
      Filosofia serve para quê se vamos para medicina ou engenharia??? Não serve para nada e também conta para a média!!! E temos português do mesmo grau de dificuldade que os alunos de Humanidades. Deveria ser mais fácil para os alunos de Ciências e Tecnologias. Afinal os alunos de Humanidades não têm matemática.

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  16. Concordo. As disciplinas existem com um propósito geral próprio e, embora, por vezes, umas nos pareçam mais importantes do que outras, todas elas são absolutamente necessárias e assumem a devida importância na vida de todo e qualquer estudante, siga ele Medicina, Desporto ou Veterinária (... e por aí fora nesse mundo de possibilidades).

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  17. Há uma falha aí.
    Português, Matemática, Biologia, estuda-se. Melhora-se. Tem-se explicações. Digam o que disserem, havendo quem tenha mais ou menos jeito, quem se aplica mesmo, consegue melhorar.
    E se não são dados a ciências, vão para humanidades. Simples quanto isso.
    Educação física, não dá para se melhorar.
    Sei disso porque fui uma aluna que tentou mesmo melhorar a educação física.
    Mudávamos de modalidade todos os meses. E lá ia eu, para casa da Solange treinar badminton, ou basquet, ou voleibol. Ou tentar ténis, nos intervalos.
    Até cheguei a combinar com um grupo de amigas, pagarmos 1h de um pavilhãozeco, para treinarmos ginástica!
    Mas a verdade, é que não se fica bom num desporto, num mês. Nem sequer mediano.
    Tínhamos aulas de natação e na minha turma havia miúdos que nadavam desde os 5 anos. O professor mandava-nos fazer 500m de piscinas para aquecimento e depois seguia-se uma infindável lista de metros e metros de exercícios que iam até coisas como nadar mariposa. Percebo-o, adaptava os exercícios aos alunos que tinha. Mas para mim, era um terror.
    Foi bom aprender a nadar? sim. Mas o nível de exigência era sempre ridiculamente alto. Para tudo.
    E nem o esforço conta: os meus colegas faziam os aquecimentos devagarinho à volta do campo, enquanto conversavam, mas eu corria em silêncio. Enquanto eles davam 1 volta ao campo, eu dava 5. Acabávamos os 10 minutos de corrida e eu estava de facto quente: vermelha, suada, tinha dado o meu máximo. Os meus colegas estavam frescos como se tivessem acabado de sair dos balneários.
    Contava alguma coisa? Não. Quem não consegue fazer mortais como a Maria que anda na ginástica desde os 5 anos, não merece uma nota tão boa.
    "Ah, então, inscrevesses-te num desporto". Sim? Qual dos 10 que fazíamos por ano?: atletismo, futebol, basquete, ténis, badmington, natação, ginástica, andebol, dança ou voley?
    Em educação física, quem é bom por natureza, safa-se. Não se compensa o esforço. É premiar a fisionomia em vez do esforço.
    Parece-me tão justo como se a música passasse a ser uma disciplina obrigatória e se dessem notas a testes de ouvido absoluto.
    Se a obesidade é um problema, façam-se aulas práticas de culinária, ou aulas de nutrição - algo em que se compense o esforço. Ou mantenha-se a educação física. Mas que não conte para média.

    Portanto, sendo eu alguém que tentou mesmo subir as notas de Educação Física, aqui defendo: Não deve contar para média, porque não dá para se melhorar.

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    1. É TÃO mas tão isto. Não acrescento nem uma vírgula.
      Obrigada por ter escrito isto e que toda a gente leia este comentário!!!!

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    2. Tem toda a razão. E além do mais nem toda a gente tem possibilidades financeiras de se inscrever num desporto extra-escolar.

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    3. A minha filha anda no inglês desde os 6 anos. Tem melhores notas que os colegas. O inglês não devia contar para a média? Inscrevi-a não para ter média melhor mas para saber mais. Tal como os pais que inscrevem os filhos nas modalidades. Esse argumento não faz sentido algum.

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    4. É exatamente isso! Eu até tive a 'sorte' dos meus pais incentivarem a prática de desportos, aos 6 fui para o ténis, aos 8 tentei a ginástica e por fim o basket. Em nenhum deles me adaptei, simplesmente porque não tinha jeito nem gostava daquilo. No básico e já sem desportos extra-curriculares a cena repetiu-se: aulas de EF em que eu me dedicava ao máximo, praticava o que podia em casa com o meu irmão e resultados 0. Aqueles colegas que eram bons eram sempre elogiados, formavam as equipas, eram amigos dos profs e mesmo que fizessem asneira na aula tinham sempre boas notas. Nós, os desajeitados ou gordos, ficávamos sempre a um canto e muitas vezes o prof mal falava connosco, tínhamos aquelas positivas só pela assiduidade e comportamento. E foi assim até ao 12o ano!

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    5. Anónimo das 14.30 que comentário desprovido de bom senso. A sério que acredita no que escreveu, E quem não tem dinheiro para explicações, como é que fica? No meu tempo não havia explicações nem dinheiro para alugar uma pavilhãozeco e todos nós tirámos uma licenciatura e de 5 anos. não de 3 e a seguir um mestradozinho integrado

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    6. Sou o anónimo das 14h30.
      Acho que não percebeu o ponto que eu fiz que foi: quem quer melhorar a educação física, não consegue, porque não há estrutura curricular que permita essa melhoria, ao passo que nas outras disciplinas (as que contam para média e bem) uma pessoa melhora com esforço.

      Não tinha nada a ver com dinheiro.
      Nunca tive nem uma aula de explicação, a nada. E todos os meus colegas tinham. Ainda assim, sempre fui excelente aluna, porque trabalhava para isso.
      Arrendei o pavilhão, com um grupo de miúdas, lá na minha terra onde tudo é barato - saiu-nos a 1€ e pouco cada uma e já achei um luxo, porque não tinha mesada, nem semanada e aquele dinheiro teria dado para muitas fotocópias.
      O meu ponto era o empenho - o trabalho de procurar soluções para a dificuldade que tinha - não a capacidades financeiras. Não tinha dinheiro para explicações, herdava os livros usados do meu irmão e tinha subsídio na escola para comer. Não cresci em abundância, portanto, não era esse o meu ponto, de todo.

      O que defendi foi que em educação física, não se melhora assim de qualquer maneira.
      Comparemos então, Filosofia com Educação física, 2 exemplos de situações que eu vivi:
      Filosofia: primeiro teste do 10º. Tirei 9.5. A primeira negativa da minha vida inteira. Fiquei para morrer - nunca pensei que alguma vez viesse a ter uma negativa. Procurei então perceber a maneira de funcionar da disciplina (que era nova e diferente de todas as outras que tinha experimentado até aí) e melhorei. Para testes com 17 e 18.

      Educação física: Tive 14 no primeiro período do 10º ano. Entre outras coisas, estudámos basquete. Tentei melhorar a basquete. No segundo período não houve basquete, tirei 14. Tentei melhorar ao que havia. No terceiro período, novas matérias, tirei 14.
      Sempre isso. Sempre 14.
      Tinha boa condição física. Era sempre excelente em resistência, sabia as regras dos desportos todos. Mas não era excelente a nenhum desporto em específico. E o esforço/aplicação não compensava, porque estava sempre a competir com colegas altos, musculados, atléticos, flexíveis, que sabiam nadar mariposa, entre outras coisas.

      Obviamente que eu não merecia a mesma nota de uma aluna que fizesse a espargata, ou de alguém que soubesse nadar mariposa, ou de alguém que conseguisse defender 20 bolas de ténis mandadas pelo professor. Ter a mesma nota que eles só porque me esforcei, seria injusto. Eles eram melhores.
      Mas ter um nível de exigência destes, inalcançável e contar para média, é mesmo a dizer: "desculpa filha, por mais que queiras, não chegas lá".

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    7. Lá porque não melhora numa semana não significa que nunca vá acontecer. E se praticasse algum desporto fora da escola teria mais endurance.

      Atenção que eu nunca fui boa a desporto. Mas comecei a fazer natação de manutenção desde cedo. Para meu azar, natação nunca fez parte das aulas de Ed.F. Lá se foi o meu trunfo.

      Era futebol a maior parte das vezes e eu odiava de morte, mas lá sobrevivi e consigo perceber a importância das aulas!

      E além disso a vida é mesmo assim, há sempre alguém mais bonito, atlético, inteligente, esforçado, etc. Se calhar é essa uma das lições que podemos tirar das aulas de Ed. F.

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  18. O mesmo se passa com Educação Musical (parente muito mais pobre do que EF) e nem imaginam a importância da Música em toooodas as outras disciplinas. Há muito para crescer ainda na Educação Portuguesa.

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  19. olá...apanhei a nova reforma , uma serie de disciplinas no 12º e educação física , que contava para média... e fazíamos testes , não sei qual é o processo agora , mas na altura tinhamos parte pratica e parte teórica , natural como outras disciplinas..o ensino não pode agradar a todos, mas tbm não acho bem os alunos perderem tempo , terem que ir as aulas e depois não tem qualquer valor, tbm não me parece justo.

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  20. Eu só aprendi a gostar de educação física no 12° por ter tido um bom professor. Afinal a miúda maior que as outras até corria muito e força. Fiz parte da equipa de rugby e fui federada em atletismo. Só é pena ter descoberto a vocacav aos 17. Entretanto fui para a faculdade passaram 16 anos e continuo maluquinha do ginásio..

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  21. "alguns valores importantes: ESFORÇO, DEDICAÇÃO"... Estavas a ir tão bem Pipoca ;) só faltou a DEVOçÃO e a GLÓRIA, eis o SPORTING! :D Ihihih, brincadeirinhas à parte, concordo com a ideia do teu texto, mas acrecento que - tal como em todas as outras disciplinas - um bom professor, pedagogicamente estimulante, faz toda a diferença!

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  22. Eu também odiava de morte o dia das aulas de Educação Física! Era num ginásio mínimo, aqueles exercícios com o trampolim e o cavalo e colchões e tuditudo. E aquela trave para se fazer equilíbrio! Eu nunca tive equilíbrio nenhum. Até para tirar as rodinhas da bicicleta foi um inferno....!
    COmecei a adorar as aulas de Educ Física quando passaram a ser na Cidade Universitária e íamos de camioneta. Como foi nessa altura que tive o meu primeiro namorado (isto no 9º ano), aproveitava para namorar na camioneta e depois nas aulas até me esforçava para ele não achar que eu era uma totó! Ahaha, o amor....

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  23. Cavalheiro do Aeroporto16 fevereiro, 2018 15:25

    Eu era sempre um dos craques da turma a desporto e dias de educação física faziam-me contar os minutos até à hora da aula. Educação Física é fundamental na formação dos miúdos, pelos motivos apresentados e mais alguns.

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  24. Eu sempre me senti uma nulidade a EF. Acho que era um bocado maria vai com as outras porque era moda as meninas queixarem-se muito daquilo. Para ajudar, no meu tempo não havia condições e portanto cheguei a ter anos em que nem tive EF por não haver as mínimas condições na escola. Bem, no secundário voltámos a ter. Tive um prof de palhaçada, com umas bolas e uns apitos e a aula está dada e outra que vejo agora que tentava dar aulas a sério. mas lá está, não havia respeito pela disciplina e era tudo uma balda.
    Avancemos para 2018. Tenho uma miúda que fez prova de aferição no 2º ano com uma componente de EF (não sei o nome técnico da coisa) e foi o drama e o horror para todos os pais menos os da turma da minha. Teve uma professora que fez as coisas com eles todas as semanas desde o 1º período. Houve respeito pela disciplina e o certo é que todos fizeram aquilo razoavelmente, ao passo que noutras turmas foi o descalabro porque, como sempre, EF é mandar umas bolas ao ar e siga.
    Não pode ser. Olhando para trás, sei que se calhar teria uma nota de favor por ter excelentes notas no resto. Também sei que sendo uma disciplina a sério e respeitada, mesmo que eu fosse uma azelha a jogar futebol sempre poderia compensar com esforço e sabendo as regras. Também odeio de morte Física e Geografia e nunca tirei más notas por isso... Portanto... se calhar a EF tem mesmo de contar para a médica...

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  25. Nada de acordo, Pipoca
    Se pensarmos assim, então disciplinas como a Educação Musical, ou Educação Visual/Desenho, também parentes pobres das disciplinas, devem constar dos currículos escolares e contar para a média final do secundário.
    As médias devem ter em consideração apenas as disciplinas que efetivamente contam para os cursos que pretendem seguir.... que interessa a nota de educação física para quem queira seguir medicina, isso naõ faz qualquer sentido.
    E não pode ser nunca comparado a um Português ou à Matemática....estas são efetivamente disciplinas basilares para a vida, provavelmente as únicas duas, independentemente da área que se pretenda seguir.

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    1. Concordo inteiramente.

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    2. Aleluia! Bravo!

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    3. Não posso discordar mais. Basilar para a vida: é o exercício físico (seja ele qual for...pode até ser dançar). O nosso organismo não está adaptado à vida sedentária pós revolução industrial. Vidas dependentes das realidades imaginárias da cultura actual são uma falácia.
      O organismo preciso de estar sujeito a exercício físico: o aumento de volume pulmonar com o aumento do débito cardíaco (que melhora a oxigenação celular, e promove a circulação sanguínea excêntrica de forma a evitar os ateromas e agravamento de processos inflamatórios, entre tantos outros factores).

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    4. Ora nem mais!!São todos muito bons médicos,engenheiros,advogados etc..mas depois..
      morrem novos de AVC,Diabetes e outros problemas!!

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    5. Da minha experiência as aulas de EF não contribuíram nada para a saúde dos alunos, em especial das raparigas, que eram ostracizadas pelas professoras.

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    6. Por esse raciocínio num curso de Ciências basta ter Matemática, Biologia/Geologia, Física/Química e Geometria Descritiva. São as grandes disciplinas avaliadas em exame e que fazem falta em cursos superiores de Ciências.
      E não, o português já não faz grande falta no secundário. Por essa altura a gramática já deve estar mais do que aprendida e apreendida, assim como a capacidade de análise de um texto ou de argumentação.
      Reduzir a experiência do secundário à entrada no ensino superior é reduzir as capacidades e potencialidades dos alunos enquanto seres humanos a um curso e a um emprego.

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    7. Só uma pequena adenda à Mna. Maria que diz "seja ela qual for... pode até ser dançar". A dança, seja ela qual for (clássica, contemporânea, jazz, danças de salão, etc...) é dos desportos, a seguir à natação, que mais grupos muscular trabalha. Qualquer tipo de dança, e nem precisamos de entrar no ramo da alta competição, exige muito física e psicologicamente dos atletas que a praticam. Aposto que a Mna. Maria considera o ballet uma "arte" e não um desporto. Desafio-a a calçar umas pontas duma bailarina, não se ponha em cima delas, calce-as simplesmente. Mais ainda, aguente durante 5 segundos (literalmente, 5 segundos) uma quinta posição de braços com toda a postura correta e veja o esforço que faz. Agora pense em tudo o resto que a dança exige: força, postura, flexibilidade, coordenação motora, expressão, capacidade mental para decorar todos os passos e ainda um sorriso irónico para quantidade infindável de pessoas que dizem "ah fazes dança?" e fazem aquela típica pose com os braços em cima da cabeça que os faz parecer um cogumelo ou um macaco num galho a catar piolhos e acha imeeeeensa piada -.-' Na dança clássica temos um ditado: se fosse fácil chamava-se futebol!

      Tatiana

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    8. Ao Anónimo das 17 fevereiro, 2018 20:56:

      A "menina" Maria não falou da dança por acaso. Não foi um sarcasmo. Penso é claro.

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    9. Escrevi Menina porque não gosto de Dona e, não sabendo a idade da pessoa em causa não quis escrever Sra. Desculpe mas, no seu comentário o "pode até ser" sugere uma certa ironia, mais do género da expressão "nem que seja" ("Ajuda-me a fazer o jantar, nem que seja a por a mesa", por exemplo). Se não foi esse o seu tom de todo, peço desculpa.

      Tatiana
      (no outro comentário também coloquei o nome, o meu browser só me deixa comentar em anónimo não sei muito bem porquê)

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  26. Este é um tema muito interessante!
    A actividade física é muito importante e deve ser fomentada e ensinada nas nossas escolas.
    A questão da nota contar para a média não é menos relevante.
    Julgo que o paradigma do ensino da disciplina de Educação Física deve ser estudado e ter outra abordagem.
    Por experiência de ter 2 filhos em idade escolar observo que existem alguns alunos (mais do 1 ou 2 por turma) que não fazem esta disciplina por questões físicas, têm atestados médicos por causa dos joelhos, dos pés, disto e daquilo.
    Os professores não sabem o que fazer a estes alunos. Servem de assistentes nas aulas, como modo de também participarem e depois ainda levam trabalho para casa: têm de apresentar trabalhos sobre determinada modalidade (no 1º período apresentaram 4 trabalhos!).
    Alguns miúdos sentem-se injustiçados por 1º não fazerem Ed. Física (que adoram, alguns) e 2º ainda terem de trabalhar em casa, às vezes mais do que a outras disciplinas.
    Os que fazem Ed. Física sentem-se injustiçados por 1º fazerem Ed. Física e 2º terem, por vezes, pior nota do que os alunos que fazem trabalhos e não praticam a disciplina.
    Julgo que não é justo esta dualidade de critérios e esta disciplina tem de ser repensada para todos, ainda mais agora que tantos miúdos apresentam atestados médicos e estão impossibilitados de fazerem o programa definido.

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  27. Depende dos professores, eu até folclore dancei, o professor era giro que se farta, tratávamo-lo por tu e tudo, e não foi por isso que lhe perdemos o respeito. Pelo contrário, pôs-nos a todos, a dançar folclore, três meses... Sempre tive ótimos professores de educação física. Esses que atiram a bola e já está fazem parte do grupo de pessoas que vai para professor porque não consegue trabalhar em lado nenhum, não por vocação. E a prática regular de desporto, uma vez por semana só não chega, faz melhor à cabeça do que ao físico.

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    1. É verdade, uma pena... Muita gente vai para professor sem vocação. É só mesmo porque não tem média para mais nada!

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    2. Anónimo das 19.25 não seja idiota. Eu sou engenheira química, trabalhei na indústria (era diretora de produção) e odiei. Ensinar é a minha vocação. E na minha altura entrei com média de VINTE para o Instituto Superior Técnico. Assoe-se lá a este guardanapo

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    3. Engenheiros a professores? Sou totalmente contra! Entrou com VINTE? Que bom para si... Acha que é por isso que e melhor profissional? Se acha, a idiota não sou eu... Aliás, a sua escrita mostra uma pessoa pouco polida. Chamar-me idiota, mandar assoar-me a um guardanapo, só porque eu escrevi (e muito bem) que há imensas pessoas no ensino que não trabalham por vocação. Bem, eu não tenho necessidade de me gabar, senão até lhe contava a média com que entrei no meu curso, a média com a qual saí, as várias formações que fiz e a escola onde trabalho...
      Continuação de um excelente ano letivo 😉

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    4. A educação, aquela sem ser a física, tb devia contar para a média... É essa falta de educação que anda a ensinar às crianças?

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  28. Nao concordo nada. Acho uma injustiça, e que serve só para beneficiar alguns.

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  29. Errrr... Como dizer isto, sem soar demasiado mal... Ok, não há maneira de dar a volta, vai sempre parecer péssimo! Aqui vai: eu tive negativa a Educação Física! Pronto, já disse!
    Pior, nos idos do meu oitavo ano, tive que fazer umas provas adicionais para o professor decidir se me dava 1 ou 2!!! Sim, eu era assim de boa a Educação Física!
    Cambalhotas para trás?! Say what??? Sou alguma atleta olímpica, ou quê??? Mas todos os problemas fossem a cambalhota para trás. Não, a somar a este havia a cambalhota à frente (torta), os pinos (inviáveis) e as rodas (pfff, chamar roda a algo que se faz com as pernas a 10 cm do chão é um abuso de linguagem)!
    Em desportos de equipa a coisa era ainda mais melhor! Estão a ver aquela pessoa que é sempre escolhida em último para a equipa? Qualquer equipa, independentemente da modalidade? Pois... That was me! Always!!!
    Mas não é por isso que deixo de achar que a disciplina é importante para o desenvolvimento dos miúdos, principalmente hoje em dia com a maior parte do pessoa de cara enfiada nos tablets desta vida.
    Agora se a nota deve contar ou não... Bom, isso leva-nos a uma discussão um bocadinho mais séria. Por principio, acho que todas as disciplinas devem contar mas por outro lado também acho que se deveria ter em consideração o perfil do aluno, começar seriamente a implementar politicas de orientação curricular adaptadas, etc. A escola actual (de um modo geral, claro que haverá excepções) continua a formar massas e questiono se esta estratégia corresponde aos desafios do futuro.

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    1. Falo como mãe e parece que estava a ler o relato da minha filha 😃

      O que eu lhe dava na cabeça, mas lá está quando não se gosta, ou os colegas e professores não ajudam nada feito.

      Chegou ao secundário super motivada com notas de 15 e com um professor que só ia às aulas marcar as presenças e acabava a ir se embora.... como é que é possível ? !!

      O possível fez lhe bem tanto à auto estima como a nível pessoa, e hoje em dia até gosta de andar num ginásio.

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    2. Parece que me estou a ler a mim no seu comentário! Também era sempre a última a ser escolhida (facto que levava na brincadeira mas que marca sempre um bocadinho), quase que tirei negativa (não chegou a acontecer, creio que por piedade), enfim.

      Tive situações que me deixam triste ao lembrar. Tenho 25 anos, terminei o 12.º com 17 e confesso que apaguei as aulas de EF do meu pensamento.

      Era uma nulidade a EF. Detestava. Era um puro sacrificio todas as aulas. Tive professores péssimos e apenas um que gostei e que me motivava. A maior parte dos professores foca-se nos rapazes ou nos alunos com mais aptidão e ignora os outros... Parece que são um fardo. Tive professores que metiam os menos aptos de parte a fazer passes ao canto do pavilhão por exemplo.

      No secundário a nota de EF contava para a média. No meu caso tinha excelentes notas ao resto. Como era de humanidades e o curso que queria não tinha uma média por ai além acabaram por me dar 12/13 e consegui terminar o secundário com média de 17,5. A minha nota foi completamente injusta e tenho noção disso, daí discordar com o facto de EF contar para a média. Das duas uma, há professores que dão as notas de forma a não baixar a média e depois há os que não dão e que acabam por prejudicar todo um futuro profissional.

      Acho que EF é fundamental e sou contra retirarem a disciplina do plano curricular mas acho que um aluno não deve ser prejudicado pela sua falta de jeito, coordenação motora, etc., ficando totalmente dependente da generosidade do professor que lhe calhar em rifa. Também não creio que a carga semanal de EF torne uma pessoa mais vocacionada para o desporto no geral em adulto (MESMO)!

      Termino dizendo que hoje em dia faço exercício 3/4 vezes por semana (pilates e yoga, que simplesmente adoro), o que acho que denota que mesmo que se odeiE EF e se seja uma nódoa total, não faz de nós futuros sedentários ou obesos (ou afins).

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  30. Nunca vi uma aula de educaçao fisica a combater a obesidade.

    Ninguem obeso, ou futuro obeso, deixa de o ser, por ter 2 horas por semana de futebol, basebol, com colegas de turma que nao sabem sequer o que estao a fazer .
    Principalmente sendo uma disciplina obrigatoria e fazendo desportos que detesta.


    Fala uma obesa.

    Mas voces sabem disso, nao sabem ?
    Sabem que a obesidade na maior parte das vezes tem base num problema emocional, e nao em 2 horas por semana descordenadas de aulas que nao fazem sentido.

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    1. Bravo para este comentário!

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    2. Totalmente de acordo. Mas, o desporto pode ajudar a nível emocional.

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    3. Sim, mas o exercício físico é uma das principais ferramentas de combate à obesidade? Ou não?

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  31. Se é uma disciplina que está no curriculum e é obrigatória, tem de contar.
    Se não é para contar que seja facultativa.
    Ah e tal depois não interessa para certos cursos, se vamos por aí temos de eliminar mais disciplinas...
    Eu ando no 11.º ano e nem sou grande coisa a ef, mas esforço-me por melhorar. Agora tenho colegas que como "não conta" estão sempre a boicotar as aulas, ah porque está frio, ah e se hoje vissemos um filme e o prof vai na conversa... devia começar a contar e nota e queria ve-los a correr, literalmente!

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  32. Acho ridiculo que a EF passe a contar para a média. A matemática, história, português, etc são essenciais em qualquer profissão. Fazem parte da cultura e contribuem para a big picture . Já EF... Nota: sempre fui ótima aluna nesta disciplina (e globalmente a todas, na verdade)

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  33. Concerto perfeitamente! Tive um professor fantástico no secundário. Nunca fui boa a educação física, mas esforçava me ao máximo. Entrei para a universidade na altura em que contava para a média. Grande parte da minha turma também entrou no que queriam os que não o conseguiram não foi divida a ef

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  34. Tenho um filho que no 5º ano tem 5 às disciplinas de estudo (Matematica, Ciencias, Português, História e Inglês) mas quase que tem negativa a EF, a música e a E. tecnológica, teve negativa a educação visual.De facto não tem jeito nenhum para estas disciplinas, tal como a Ana ele tem medo de partir o pescoço ou qualquer outra coisa, tem pouca coordenação motora e por isso é também péssimo nas artes. Ao contrário do que acontecia antes, os professores das disciplinas mais práticas (na escola dele) tem especial prazer em castigar os bons alunos. Queremos mesmo que uma criança seja prejudicada pela sua falta de habilidade física? No sistema em que estudei, a nota de educação física servia para aumentar a nota final mas não a podia prejudicar (os pontos acima de 10/20 eram tidos em conta na média), quem tivesse uma boa nota a EF era beneficiado quem não tinha, pelo menos não era prejudicado. Poderia ser uma solução...

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  35. Para mais uma achega ao que disse:
    http://www.eosfilhosdosoutros.com/2018/02/o-que-nos-diz-a-ciencia-sobre-actividade-fisica-e-sucesso-escolar/

    e a propósito do Brincar na rua, envio um projeto que o promove e seria interessante se o pudesse divulgar:
    https://www.facebook.com/brincarderua/

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  36. Eu acho que a resposta certa é depende. Acabei o secundário no ano antes do governo decidir que não contava e sim, baixou-me a média. Tinha média de quase 18 e como tinha um 13/14 a Educação física baixava tudo. Mas enfim, tive duas experiências muito diferentes, um professor que seguia o currículo (que é ridículo, os alunos são avaliados pelo número de flexões e abdominais que fazem, o tempo que conseguem correr, o número de voltas que dão ao campo/escola e depois o jeito para futebol, andebol, enfim, não tem lógica nenhuma). Com esse professor tive 11 e odiei cada aula e cada segundo lá passado. Depois no 12º tive um professor fora da caixa, que nos levou a experimentar surf, por exemplo, e escalada e que avaliava todas as atividades que fazíamos e, no final, a nota resultava de uma média das atividades em que nos tínhamos saído melhor. Tive 15, justamente, porque descobri algumas atividades de que gostava e me esforcei nessas. Por isso, a resposta certa é depende (do currículo e da forma como se avaliam os alunos, sobretudo).

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  37. Sem duvida q devia contar! Se não for assim, os miudos não se vão esforçar, não querem saber! Acho a disciplina importante para o desenvolvimento do aluno tanto física como psicologicamente. Fazem desta disciplina um "tem que ser" quando para muitos é o primeiro contacto com a actividade física. Se não são bons têm de se esforçar exactamente como noutra disciplina qualquer. É claro que toda a gente tem mais jeito para uma disciplina ou p outra... mas isso não quer dizer que não podemos melhor nas restantes! Acho um exagero dizerem que não se entra num ou noutro curso p causa de ed. Física!!! Enfim..

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  38. Se é preciso ter jeito para educação física e é injusto para os que não têm, ponham na mesma bitola desenho, educação visual ou lá o que é, e trabalhos manuais, que também não servem para nada. E para os quais não tinha jeito algum. E vamos só valorizar o intelecto que tem dado um resultadão.

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  39. Boa tarde,

    Nunca tinha comentado até hoje, mas este tema causa-me alguma urticária. Tal como muitas pessoas que comentaram aqui, sempre fui uma excelente aluna e, uma vez mais, uma nódoa a Educação Física. No meu tempo, a Educação Física não contava para a média, e acabei o secundário com média de 18,6.

    A Educação Física, tinha 13/14, e era um 13/14 porque sempre fui muito esforçada, apesar da minha notória falta de jeito. Nunca me baldei, nunca arranjei atestados médicos para demonstrar a minha falta de condição física para a prática do desporto (era caso raro eu, porque mais de metade das meninas da minha turma arranjavam atestados médicos para não terem de fazer as aulas, só porque não lhes apetecia, e depois se fosse preciso andavam no ginásio e tal, e no final só eram avaliadas pelos testes escritos - se fosse preciso, tinham os mesmos 13 ou 14 que eu tenho), sempre tentei fazer o melhor que consegui.

    A verdade, no entanto, é que por mais que me empenhasse e esforçasse, nunca consegui ser um ás do desporto. Da mesma maneira que, nas disciplinas de caráter mais vocacional (expressão dramática, música, educação visual), por mais que muitas pessoas se esforcem, apliquem e pratiquem, dificilmente terão notas muito melhores que os tais 12 ou 13.

    Se a Educação Física devia contar para a média? Tenho as minhas dúvidas. Da mesma forma que a Educação Musical, a Expressão Dramática ou a Educação Visual provavelmente não deveriam contar (confesso que não sei se contam ou não, mas considerando que penso serem disciplinas apenas até ao 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, acho que o tema será menos relevante).

    Se acho que a Educação Física deve ser promovida na escola? Sem dúvida, do mesmo modo que as Educações Visuais e Musicais da vida. No entanto, para que possa contar para a média de uma forma justa e equitativa, terá de toda a avaliação da disciplina ser revista com critérios que permitam que, por um lado, aqueles que se esforçam sem terem efetivamente qualquer jeito para a matéria não sejam injustamente penalizados e, do mesmo modo, aqueles que não se esforçam (e arranjam os tais atestados só porque acham que a Educação Física é uma parvoíce) não sejam beneficiados porque só vão fazer a parte teórica.

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  40. Penso que está a discussão enviesada. Que eu saiba ainda é disciplina obrigatória, isso deve ser o bastante para garantir a saúde do povo. Não vejo como contar para a média o faria melhor. Mas isto sou eu, que considero desporto levar os talheres à boca.

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    1. A anónima da urticária concorda também com este ponto e deixa ainda uma série de considerações adicionais.

      Quando falamos no secundário, falamos de uma fase da vida escolar em que o ensino, sendo obrigatório, já está direcionado para a área de preferência dos alunos, e existem inclusivamente cursos profissionais que permitem ingressar na faculdade,pelo que me parece um pouco parvo que alguém que odeie línguas e história vá para humanidades, do mesmo modo que alguém que não gosta propriamente de teoria não equacione o ensino profissional, onde as matérias estudadas irão certamente mais de encontro às suas preferências, jeito e gosto.

      A educação física é obrigatória (pelo menos em todo o ensino secundário), logo estar a comparar a falta de jeito a esta disciplina com a falta de jeito a Filosofia ou Matemática nesta fase do campeonato parece-me parvo.

      Por outro lado, não nos esqueçamos que a Educação Física envolve um leque abrangente de modalidades, que vão desde a ginástica à corrida, passando por um sem fim de desportos coletivos e provas de condição física variadas. Já houve aqui uma série de posts a comentar que havia pessoas com muito jeito para isto ou aquilo mas que noutras áreas eram péssimas. Isso é razão para prejudicar? Comparamos a falta de jeito ao esforço e dedicação necessários, e falamos mesmo de Ronaldos e tal. Esquecemo-nos é que, por cada Ronaldo ou Messi no mundo, há 100 Éders igualmente esforçados que ficaram pelo caminho. Isso é razão para o Ronaldo ter 20 a Educação Física e o Éder só ter 10? E pior, isso condicionar o acesso do Éder à faculdade, quando o que ele mesmo quer é debruçar-se sobre as tribos auctótones da Nova Zelândia?

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  41. Discordo. Quando entrei para a universidade, EF não contava e ainda bem! Faço desporto desde sempre, desde os 16 anos que ando no ginásio e, para mim, as aulas de EF sempre foram um tormento! Professores que não motivavam e o facto de as modalidades praticadas serem as mesmas ano após ano, sem qualquer tipo de evolução, fizeram de EF a pior disciplina que tive. Cheguei, inclusive, a faltar a EF para ir ao ginásio, pois lá fazia mais desporto do que nas aulas!

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    1. Mas nesse caso a "culpa" é da disciplina ou dos professores?

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  42. um tema completamente fora da caixa (n é por acaso q com tao pouco tempo teve tentos comentários). a saude é o nosso bem mais valioso , que já devia ter sido avaliado/quantificado, o custo /beneficio do investimento em prevenção de crianças/ jovens/adultos saudaveis, face ao tratamento posterior dos mesmos. Para convencer os senhores q gerem o nosso dinheiro que a prevenção compensa largamente o custo.
    Se tivevessemos uma classe médica( os senhores dos 30 valores) , que soubesse comunicar / prevenir / e usar os argumentos q têm , esse calhar seria mais fácil caminhar nesse sentido.
    Salvar vidas é para heróis, mas o melhor, penso eu, é haver menos vidas para salvar…
    Com uma cadeira de psicologia , obrigatória, todos os anos talvez deixassemos de achar o máximo qdo encontramos uma equipa médica que é preocupada e nos liga para o telemóvel a dar noticias..…Parece que agora já não informam pelo telefone qdo alguém morre, chamam as pessoas, mas até há pouco tempo era assim ( q se lixe o AvC).
    O senhor q recebe 500 euros, consegue perceber os problemas , resolve-los e ainda se preocupa com a sociedade…
    Dentro deste enquadramento q temos de s cuidar e “nos” (se não ninguém cuida), o desporto é fundamental para mantermos o equilíbrio.
    Desde de q seja inserida numa oferta com varias opções de actividades , não apenas o futebol e o volei, não acredito q não seja possível criar e desenvolver estes hábitos. Quem diz q 4 horas de activividade física é mto tempo p as crianças , é pq não vê q actualmente eles estão o triplo do tempo nas redes . É tudo uma questão de rotina. E qdo existe o gosto verdadeiro por actividade física, ( q foi criado desde o inicio) , gostam de se deitar cedo para fazer desporto no dia a seguir.
    Se é difícil manter como critério que exclui a entrada na faculdade, então podem inverter o cenário e trabalhar com uma Bonificação na formula do critério de acesso: quem tem 17 é pq é competitivo, quer o seu desenvolimento e aproveita todos os pesos para a formula da entrada na faculdade e vai com foco vai buscar a bonificação (ou não vai lá pq não precisa mm dela e tem outras actividades) , quem tem notas mais baixas tem ali uma hipótese de aumentar a média (com a bonificação do desporto:)
    Para mim tb é uma disciplina difícil, por isso tenho andado adiar e só hoje me fui inscrever no ginásio (começo amanha), gosto mais de desportos ao ar livre …mas não têm a mm obrigatoriedade.
    A foto é o maximo...1985:)

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  43. Aqui está outra nulidade a Ed. Fisica! Tenho 22 anos e tive a disciplina desde o 1º ano - o que era uma exceção na altura. Se na primária ainda era capaz de achar alguma piada àquilo, depois foi sempre a descer. E nunca, mas nunca, em 12 anos de disciplina, fui realmente boa àquilo por muito que me esforçasse - e esforçava. Eu fazia as aulas todas, incluindo avaliações, mesmo no secundário e mesmo sabendo que a cada aula e a cada avaliação eu fazia descer a minha média. No fim de contas, acabei por entrar naquilo que queria com uma média de 17,5 que não era mais alta por causa de um 14 a Ed. Fisica, uma nota que, literalmente, me saiu do corpo e que sinto que merecia.
    Para mim seria melhor que não contasse e continuo a achar que não devia contar, mas não por causa do meu caso específico: é pelo processo de atribuição de notas de Ed. Fisica que testemunhei ao longo do Secundário é que revela muito sobre o estado do sistema de Ensino.
    Em reunião, por acordo, os professores de outras disciplinas fazem subir as notas de Ed. Fisica de alguns alunos. Até pode ter acontecido comigo - não sei - mas acho isto tremendamente injusto. É injusto para os bons na disciplina e para os maus que ficam com o rótulo de ter notas dadas (sim, acontece!).
    E é injusto também porque há uma grande diferença nisto entre cursos. Olhando com atenção para as pautas vê-se que são os alunos de Ciências que levam as melhoras notas em Ed. Fisica, comparativamente com os restantes cursos (pelo menos na minha escola). Isto porque os professores acham que só os estudantes de Ciências precisam das notas para entrar nas Medicinas e Engenharias Biomédicas e outras que tais. O que não é verdade e o que mostra desde cedo uma desvalorização das letras, das ciências sociais e das artes. E o que é, repito, injusto.
    E tudo isto para não falar nas tão badaladas diferenças entre ensino público e privado. É que nos colégios é difícil haver notas de Ed. Física inferiores a 15/16 e, parecendo que não, se a disciplina voltar a contar para a média cria-se outro grande contributo para o abismo entre público e privado.
    Mas isto é só a minha visão e experiência. Não quero de todo dizer que sou dona da verdade absoluta, admito que possa haver opiniões, casos e realidades bem diferentes.
    Mas, de acordo com o que vivi e com o atual mau estado e mau funcionamento do Ensino português, acredito que esta medida só vem ampliar as injustiças e não esbatê-las. No fundo, o que era mesmo preciso era uma grande reestruturação da Educação, mas isso dá trabalho e deve ser cuidadosamente pensado.

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  44. Bem...se o nosso país tem a reputação de produzir licenciados como a Alemanha costuma produzir salsichas, é natural que se queira dificultar de alguma forma o acesso ao ensino superior para uma grande parte dos alunos...

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    1. Lol...ja ouviu falar de bumeros clausus? Limite de vagas de acesso? O número de pessoas a entrar seria exactamente o mesmo, as médias e que seriam mais baixas. E atenção: quando se diz que a média de determinado curso é 17, a frase está errada, quando se falam das notas de acesso à chamada "média" é na veradade a nota do último colocado, do último candidato a ser aceite, pelo que todos os outros tiveram notas superiores.

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    2. Números* e não bumeros.

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    3. Rita, confesso que desconhecia a existência dessa cláusula (bumeros clausus), mas também é muito natural porque não é que ande propriamente a tentar saber dessas coisas. Mas, assim sendo, isso são boas noticias para as empresas portuguesas. É sinal que nos tempos vindouras o mercado retalhista, por exemplo, vai dispor sempre de mão de obra altamente qualificada para vender roupa nas lojas e trabalhar nas caixas dos hipermercados...

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    4. Que comentário tão superficial, Francisco... Estranho seria se fosse de outra maneira.

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    5. Anónimo(13.21), mas se é assim tão normal ver-me fazer isso porque continua a ficar espantado(a) com a minha superficialidade a ponto de comentá-la?

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    6. Não disse que me tinha espantado, desta vez é o Francisco a tresler o que se escreveu. O que me espantava era que fosse de outra maneira.
      Parece que o Francisco se vê na obrigação de comentar todos os temas, mas olhe, não é. Fez um comentário, explicaram-lhe que as coisas não funcionam como disse e depois desdenha essa informação e diz que não anda a tentar saber sobre o assunto. E depois remata conseguindo misturar a necessidade da educação física no currículo escolar, com o facto de haver demasiados licenciados a trabalhar em caixas de supermercado. Enfim.

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    7. Este fulano Francisco, é uma praga nos comentários. Não se aguenta

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    8. Anónimo(18:54), desdenhar é um termo muito forte...
      Se disser que desdenhei a informação e depois disse que não estava a tentar saber sobre o assunto, terá que indicar-me a informação que desdenhei porque não a vejo. Se disser que desdenhei a informação dizendo que não estava a tentar saber sobre o assunto, terá de indicar-me onde vê uma falta de consideração da minha parte por estar a dizer isso...
      Depois, se abrir melhor os seus olhos vai ver que eu não rematei com misturas nenhumas mas sim com um sarcasmo à produção de licenciados neste país. De que serve ter muitos anos de estudo e conseguir um canudo se a falta de oportunidades de emprego obriga os licenciados a ter que trabalhar como caixa num hipermercado?

      Pronto, agora já deve conseguir perceber porque razão algumas vezes também acabo por tresler certas coisas que são ditas. É que as pessoas fazem isso com tanta frequência que acabo por perder a confiança nelas e chega um dia acabo por ficar também contagiado...

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    9. Anónimo(22.38), se diz que são uma praga, é porque se dá ao trabalho de ler os meus comentários...logo, se diz que não se aguenta, deixe de ser masoquista e pare de os ler. Simples, não?
      Agora já sabe, quando vir um comentário meu, passe à frente porque eu até agradeço que o faça. E isto serve para todos aqueles que não gostam daquilo que digo. Rabugentos e chatos anónimos é aquilo que mais conheço e menos faz falta à minha vida.

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  45. Eu cá acho que estamos a olhar para o problema errado. Ser justo Educação física entrar para a média ou não, não devia ser questão. Deviamos era preocupar-nos como funciona o processo de candidatura á Universidade. Esta coisa de avaliar as competências de uma pessoa através de números é completamente retrógada. Um médico não vai necessariamente ser um bom médico porque teve média de 20. Numa sociedade em que estamos carecas de perceber que cada pessoa é diferente, tem formas diferentes de aprender, tem competências diferentes, insistir em fazer uma leitura através de números é só rídiculo e tem tudo para dar errado. E isso sim é que não é justo.

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  46. Pipoca, deixe dizer-lhe que tambem há injusticas no lado oposto. Tive colegas que eram nulidades a E.F a ter 19 só porque tinham média de 19 e queriam Medicina.No entanto, eu era atleta federada e integrava uma seleccao regional e no entendo ficava-me pelo 18...

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  47. Educação física é muito mais importante que muitas outras disciplinas. Vivemos num ma sociedade sedentária, incentivos ao desporto devia ser preocupação de todos. Quanto às notas, devem ser justas. Na minha altura, os alunos de 18, tb tinham 18 a EF mesmo que não mexessem a peida... isso é que me incomoda!

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  48. Entrei na faculdade com a Educação Física a entrar para a média e baixou-me o suficiente para não entrar na faculdade que queria (a minha média foi de 17,8 e terminei com 14 ou 15 a EF). Sabe o que é que é ridículo? É que eu não era má aluna à disciplina em questão. Gostava e era até bastante esforçada (em praticamente todas as modalidades... só detestava volley). No entanto, tive professores que não o souberam avaliar... E lixei-me. Claro que toda a gente pode alegar "ah, o meu professor de Filosofia / Matemática / Português também não gostava de mim e lixou-me". Not the same. Um dos meus professores que só dava boas notas aos rapazes. Que falta de... tudo. Enfim xP Hoje em dia já não sou frustrada em relação ao assunto, mas tenho sempre mixed feelings.

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  49. Neste momento estou a terminar o meu mestrado em engenharia mecânica e quando entrei para a universidade a nota da disciplina de Educação Física contava para a média de entrada. Tenho a certeza que a minha média baixou porque desde o meu 5 ano que tive más experiências com esta disciplina.
    Em todas as escolas que andei nenhuma delas tinha um ginásio ou um pavilhão para a prática da disciplina portanto as aulas eram dadas ou num de dois campos de cimento ou num campo de terra. Quase sempre tinha educação física logo as 8.25h. No inverno era horrível, estava imenso frio, muitas vezes nevoeiro e lá ia eu muito contrariada correr à volta do campo para aquecer. Nunca tive jeito para nenhum desporto, era melhor no basquete e no volei mas péssima no futebol! Um horror mesmo, eu tentava mas ainda hoje é muito difícil para mim rematar uma bola! Com isto estava sempre a rezar a todos os santinhos para que chovesse porque se tivesse a chover não tínhamos aula!!! Íamos para uma sala ver um filme ou quando o professor não se estava para chatear mandava-nos para casa.
    Esforça-me o mais que podia durante as aulas mas tinha sempre 3 e depois no secundário não passava do 12.
    Entrando agora nas minhas aulas de educação física do secundário cuja a nota me baixou a média. Passo então a exemplificar 90% das minhas aulas: a minha turma tinha apenas 7 raparigas o resto eram rapazes, então o professor separava as raparigas para um lado e os rapazes para outro. No grupo das raparigas o professor incluía sempre dois rapazes que como eu não tinham jeitinho nenhum para a coisa. Os rapazes iam para o campo jogar futebol e nós ou fazíamos passes de volei à volta do campo de futebol ou passes de ténis. Isto foi SEMPRE assim! O professor estava a arbitrar o jogo de futebol dos rapazes e nós por nossa conta. Numa semana ele lembrava-se e dizia: bem hoje vamos fazer avaliação de andebol e dava-nos 20 minutos para treinar e a seguir avaliava-nos sem nunca termos tido uma única aula dessa modalidade. Isto para mim não era uma disciplina, não era nada e se fosse nessa altura eu teria dito que não queria que contasse para a minha média. Na minha turma existiam 3 raparigas que queriam ir para medicina e eram tão más como eu a educação física e tinham sempre melhor nota que eu por causa disso e eu ficava muito irritada com isso. Não havia nenhum mês em que não ficassem uma semana a assistir as aulas por causa do período. Sempre que estávamos nas aulas passavam metade do tempo sentadas sem fazer nada porque o professor não estava lá e no final tinham sempre 2 valores a mais que eu porque queriam ir para um curso com média mais alta do que eu queria apesar de as minhas notas serem iguais às delas! Isto é que não pode acontecer caso coloquem a disciplina a contar para a média. Eu concordo que conte para média SE a metodologia da disciplina for reestruturada e SE não derem notas "por pena" a alunos que queiram ser médicos ou entrar em cursos com médias equivalentes porque se os professores da disciplina querem tanto valoriza-la então não a desvalorizem para esse grupo de alunos.

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  50. Sobre as notas que contam para a média vou contar aqui uma história.
    Não sei como são agora as coisas mas no meu tempo, além das disciplinas "teóricas", havia umas práticas que, no meu caso, foram Tradução e Informática. Vou falar da discplina de informática porque tem muito a ver com esta história das médias e da EF. 90% dos meus colegas eram absolutos desastres na disciplina. Eu tive colegas que tentavam ligar o pc na tecla Enter... Ora, o professor teve pena de muitas meninas que queriam ir para Direito e coiso e as notas foram todas acima de 15. Eu e mais uns poucos sabíamos realmente daquilo (isto nos tempos do MS DOS, em que usar um pc era um bocadinho mais que clicar numas janelas). Portanto, quando ele me disse que me ia dar 18 eu passei-me. E disse-lhe isso: a nota contava para o meu acesso e a minha questão nem era eu saber para 20 mas não admitir que me distinguisse em 3 valores de pessoas que não sabiam ligar um PC. Deu-me 20 no fim do ano a contragosto. Comparemos então com EF. Tive 15 e foi injusto porque era mais do que eu merecia. Sei que mo deram pelo resto das notas. Sei que me deram 5 no 6º e no 9º ano porque tive 5 a tudo e um 3 destoava. E acreditem que mesmo no 6º ano achei injusto e senti-me mal.Nenhum bom aluno gosta de ter notas falsamente inflaccionadas mas tambem ninguém gosta de ser avaliado por baixo quando sabe as coisas. E sobretudo no secundário já não estamos a falar de crianças que não entendem mas de pessoas que conseguem avaliar realmente que nota merecem
    O que me irrita nesta história toda é certas disciplinas não serem vistas como disciplinas sérias e avaliadas seriamente. Os próprios profs de EF deviam valorizar a própria disciplina e fazer testes decentes e dar matéria decentemente. Sim, temos de fazer desporto mas uma coisa não invalida a outra...

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  51. Além de tudo o que foi dito, falta uma coisa muito importante. A EF é uma excelente oportunidade para ensinar muito mais coisas além de regras do basquete. Trabalho em equipa, respeito pelos outros, pelas regras,... O mal é verem-se certas disciplinas de uma forma muito limitada. Toda a gente acha a música, EF e a EV uma perda de tempo e depois andamos como pais a gastar rios de dinheiro para terem cá fora essas mesmas disciplinas. Quem acha que no secundário conta português e matemática e pouco mais é completamente tapado. Depois temos adultos formados na área deles e completamente limitados como cidadãos. Posso dizer que tive uma colega de psicologia que não sabia quem era o Mozart... juro. Além dos benefícios académicos com a aprendizagem das artes e do desporto (concentração, etc etc) temos os benefícios para a sociedade. Conheço muita gente que é perfeitamente capaz de desempenhar a sua profissão mas que não considero pessoas bem formadas. Não lêem, não apreciam música,... que raio de educação podem estas pessoas dar aos nossos filhos e que país lhes deixamos assim?

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  52. Pipoca, mas não é a avaliação a Educação Física que vai mudar algo quanto a esse aspeto. As pessoas continuam a ir às aula e a fazer educação física. Porém, no final, podem optar pela contabilização, ou não, dessa nota.

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  53. Se deve contar para a média? Talvez.. Mas a forma de leccionar a disciplina também tem de mudar.. Devia existir avaliação prática e teórica, e devia cada professor ter o bom senso de avaliar o espírito de equipa e o esforço.. Pois mesmo que não exista muito jeito para AA cambalhotas, se existir o esforço e o aluno provar saber como deveria ser feito na prática, não vejo porque não deva ter uma boa nota..

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  54. Ora, eu também gostava de eliminar Filosofia - a que fiz exame de equivalência à frequência, porque a minha prof era uma besta. Queria eliminar Biologia e Química, já que as minhas profs decidiram lixar-me (e eram DUAS das minhas específicas). O que sobrava? Português, Matemática (a minha prof do 10º e 11º não dava mais de 15 e eu acabei com 16 graças ao exame), Psicologia (a mesma prof de Filosofia, que me deu 15 porque não lhe dava graxa, acabei com melhor nota do que as meninas de 17 e 18), Inglês, na minha altura as TLB e TLQ. EF era o menor dos meus problemas, sempre fui das melhores da turma. No meio de todas as bestas que me calharam como profs, não entrei no curso que queria, por centésimas. Estive três anos numa licenciatura, que não terminei porque, pasmem-me, o prof chumbava-me com 9 na única cadeira que me faltava. Ao fim de três anos, mudei para o que realmente queria. Terminei a licenciatura que queria, com outra maturidade, aos 27 anos. O meu percurso não foi o "suposto", mas foi o meu. O que importa agora o passado? Exerço, no estrangeiro, tenho um bom salário, viajo, trabalho que me desunho. A vida não termina por causa de um 14 a EF. Não entrar na universidade à primeira não é o fim do mundo. Um médico que só marre não será um bom médico. Hoje, com tanta informação, investigação e literatura, como é que há quem ache que, num país com as taxas de obesidade que tem, o Desporto não é importante? É sim preciso reformar os conteúdos e a forma de avaliação, não só na EF, mas em TODAS as disciplinas. A escola não deveria servir para formatar os alunos, devia sim, ajudá-los a crescer, a pensar pela própria cabeça. Claro que os conteúdos são importantes, mas conteúdos decorados só para o exame não trazem benefícios a ninguém.

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  55. Ora na minha humilde opinião, o problema está na maneira como se expõe educação física, e não na disciplina em si. Acho que de tudo teríamos a ganhar se em vez que obrigarmos as crianças e jovens a praticar toda e mais alguma modalidade, e a ser avaliados em frente a toda a turma, imitasse-mos muitos outros países e dividisse-mos educação física por modalidades. Penso que tal como já disseram noutros comentários, é uma questão de gosto. Ora se criasse-mos a obrigatoriedade de 4 horas semanais de uma modalidade em vez de 4 horas semanais de ed.f. conseguiríamos focar os jovens num desporto a seu gosto, que teria como objectivo o mesmo que a ed. f. promover o desporto e combater a obesidade e o sedentarismo. Eu nunca fui muito fã de ed.f. exactamente por metade das modalidades leccionadas não me dizerem rigorosamente nada, mas aos 14 anos comecei a praticar ioga, e mais tarde pilates, que hoje passados 12 anos ainda pratico. Talvez se conseguisse-mos expor os jovens a diferentes modalidades até acharem uma em que se enquadrem, conseguiríamos ter melhor proveito das mesmas.

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    1. Concordo em absoluto. O ensino devia incutir nos alunos o prazer em fazer desporto e assim a disciplina não seria encarada como uma obrigação. Os alunos deveriam poder escolher uma modalidade que gostassem de praticar. Como isto não acontece, depois de um dia de aulas, é ver os pais a levarem os filhos à natação, à música,... quando tudo isto deveria estar incluído no período letivo.

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  56. Ter ed.fisica é bom, mas eu cá acho que não se deve avaliar as pessoas pela sua condição física.
    Sem querer generalizar (mas meio que já o fazendo) uma pessoa mais gordinha não terá o mesmo aproveitamento ou desenvoltura que uma pessoa num peso mais saudável ou que uma pessoa que já faz desporto fora da escola. Não acho justo avaliarem esse tipo de coisas, até pq não vejo utilidade em dar melhor nota a quem consegue fazer X abdominais do que a outra que não consegue fazer tantos.
    Não concordo que deva valer para a média.

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Teorias absolutamente espectaculares

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