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Vamos lá falar de bebés

sábado, outubro 15, 2016

Isto dos bebés é um mundo. Há quem tenha muitas dúvidas, há quem tenha todas as certezas do mundo, há quem viva no pânico constante de estragar os putos, enfiando-os numa redoma de vidro, há quem seja altamente descontraído e não queira saber se eles comem areia na praia, até lhes faz bem à flora intestinal. Há de tudo, só não há uma fórmula mágica ou um qualquer manual aplicável a todos os bebés, com garantias de sucesso absoluto. Era bom, mas não há. O que há é malta que se dedica a estudar a este assunto nas suas várias artes e tem coisas a dizer. Pois que daqui a uma semana (dia 22) vai acontecer o primeiro Congresso Nacional do Bebé, no Time Out Market (mercado da Ribeira), com uma data de oradores, conferências, música e um workshop sobre equívocos de comunicação entre pais e bebés. Ao longo do dia serão abordados temas como o sono do bebé, o parto na perspectiva do bebé (quem diria que o bebé tem alguma coisa a dizer sobre o assunto), o choro, a amamentação, and so on, and so on. Por lá passarão pessoas de quem gosto muito, como a Constança Ferreira (especialista em sono do bebé) ou a enfermeira Luísa Sotto-Mayor, com quem fiz o curso de preparação para o parto. Só por elas já valeria muito a pena, mas haverá outros oradores igualmente bons (por exemplo, a antropóloga britânica Helen Ball ou o pedopsiquiatra Pedro Caldeira da Silva). Se são pais, se estão para ser pais, se são educadores, cuidadores, médicos, enfermeiros, conselheiros de aleitamento ou outros profissionais nas áreas da gravidez, parto e primeiros anos, este congresso é para vocês. Deixo-vos o programa abaixo. Podem ver mais informação aqui e comprar entradas aqui.




1 comentário:

Dias Cães disse...

Eu sei que, de repente, parece que venho aqui estragar tudo e, em vez de contribuir com um comentário optimista venho ser depressiva, mas acho que também era importante falar-se da perda gestacional, ainda que noutra perspectiva. Neste congresso ou noutro mais vocacionado para o tema.
E digo neste porque não me parece totalmente despropositado que se abordasse o tema da perspectiva das mães e pais que, depois de perderem um bebé, muitas vezes já em estados avançados de gravidez ou até em termo, vão para casa de mãos a abanar e ninguém os orienta em termos psicológicos, ninguém lhes diz o que vem a seguir.
Há as aulas de preparação para o parto, para o pós-parto, para os primeiros tempos de vida do bebé na família mas não há nada sobre o vazio que fica numa família que não leva o seu bebé para casa, como era suposto.
Sem dramatizar, penso que podia ser interessante abordar esta temática do ponto de vista dos psicólogos e de como vamos tão mal a este nível no nosso Sistema Nacional de Saúde.
Fica a dica... [de uma mãe que perdeu um filho e não soube o que fazer ao berço vazio mas, sobretudo, não soube o que fazer às mamas e aos braços que queriam ter um bebé para dar resposta ao seu instinto animal, e não tinham como].
Beijinhos.

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