Esta semana, a convite d'O Boticário (e a propósito do lançamento do perfume Elysée e da estreia do filme "Um Dia de Mãe"), estive no El Corte Inglés para falar sobre esta coisa de...ser mãe. Felizmente, não estava sozinha, que isto de ter de falar para uma sala de cinema CHEIA de gente não é pêra doce. Tive a companhia da Mónica Lice, da Vera Kolodzig (embaixadora da marca), da Bibá Pitta e da Mariana Alvim, que esteve a moderar o "debate". Foi uma experiência tão muito divertida. Para já, porque é giro perceber as diferenças que há de mãe para mãe. Das mais descontraídas às mais stressadas, mas todas com o mesmo objectivo: que os nossos filhos sejam os mais felizes do mundo.
Depois, porque me obrigou a pensar um bocadinho no tipo de mãe que sou. Antes de termos filhos sabemos exactamente as mães que vamos ser. Sabemos quais são as regras, sabemos quais são os limites, somos um poço de sabedoria. Depois eles nascem e...upsssss, não sabemos nada, é um engolir de sapos constante. Eu já engoli vários e tenho a certeza que ainda terei muitos outros para engolir. O que não é necessariamente mau, é sinal de que somos flexíveis e de que nos adaptamos às circunstâncias. Até porque não temos outro remédio se queremos sobreviver a este processo da maternidade. Sem cedências é meio caminho andado para enlouquecermos. Eu acho, mesmo, que sou uma mãe descontraída e acho que isso também se reflecte na personalidade do Mateus. Mas descontracção não implica desresponsabilização ou deixa-andar. O Mateus tem regras e rotinas, parecem-me essenciais para ter um puto estruturado, mas também não há cá fundamentalismos. Conta, peso e medida é a regra para tudo. Porque tanto o sempre como o nunca são ingredientes perfeitos para dar asneira.
Neste debate perguntaram-me como é que eu gostaria que o Mateus descrevesse a mãe. Bem, para já ele só tem dois anos e meio e a única coisa que consigo que ele diga é que a "a mãe é linda", e em modo "repeat after me". Sim, é feio pôr os putos a mentir, mas é a vida e o meu filho tem de me achar linda. Mas se daqui muitos anos lhe fizerem a mesma pergunta eu acho que quero que ele diga que teve uma mãe porreira. É isso. Uma mãe porreira. Uma mãe que não lhe faltou nos momentos importantes, mas que também lhe soube dar espaço. Uma mãe que fez uso do sentido do humor (tipo, "Mateus, vai ali ver se a mãe está na sala" e fica a rir uma hora quando ele vai), mas que falou a sério sempre que era preciso. Uma mãe que o encheu de beijos e abraços mas que também o deixou dar algumas cabeçadas. Uma mãe que o chateou para comer a sopa mas que também lhe deu batatas do McDonalds. Uma mãe que não é a melhor amiga (não há cá confusões) mas que esteve sempre lá para ele. Enfim, uma mãe porreira.
Muito obrigada ao O Boticário pelo convite e por estar sempre presente em todos os momentos.
porreira? a sério que não te ocorreu mais palavra nenhuma?
ResponderEliminarPorreira/o é palavrão? Não se pode dizer?
Eliminare que mal tem? A serio? acho o termo ideal para a descricao que a pipoca fez! Ressabiaaaadddooos! Porra!
EliminarTem razão..,Equiparável a ter uma mãe bacana... Eu gostaria que o meu dissesse que teve uma mãe que foi Mãe( mimo,autoridade,autonomia)
EliminarPorreiro não é palavrão, mas é calão... A minha mãe sempre me ensinou isso. E se eu lhe dissesse que ela era uma mãe "porreira" ela matava-me :p mas pronto, são opiniões
EliminarHá pessoas tão mesquinhas que até me metem nojo.
EliminarAs realidades a nível de educação e do que são palavrões ou calões variam de família para família. Dou o meu exemplo, em que trato os meus pais e tios por tu, enquanto que o meu marido foi educado a tratar os pais e os tios por você. Ou o facto de ele ser nortenho e a minha sogra usar as asneiras como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não há aqui certos ou errados, apenas formas diferentes de estar na vida - e ainda bem.
Com 33 anos e tendo a minha mãe 55, mostrei-lhe este post (sim, a mulher sabe o que é a Internet e até tem e-mail e Facebook) e disse-lhe que também ela é a mãe mais porreira que eu conheço.
Abençoada, que ficou orgulhosa! E não me matou!
As pessoas implicam com tudo..jasus!
Eliminarpor·rei·ro
(porra + -eiro)
adjectivo
1. [Portugal, Informal] Que agrada ou tem qualidades positivas (ex.: tipos porreiros, casa porreira, ambiente porreiro). = BELO, BOM, CURTIDO, EXCELENTE, ÓPTIMO
interjeição
2. [Portugal, Informal] Exclamação usada para indicar admiração, aprovação ou entusiasmo (ex.: porreiro, pá!).
Sinónimo Geral: FIXE
Palavras relacionadas: porreiramente, curtido, dreda, fixe.
"porreiro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/porreiro [consultado em 03-05-2016].
drama queens pah!!não há pachorraaaaaaaa!!
Tenho uma pergunta p ti a proposito daquela que a Mariana te fez la no cinema. Vamos supor que o Mateus chega p ai aos 9 anos e na escolinha do benfica te dizem para esqueceres que o puto não dá para a bola que aquilo não é a praia dele e para lhe arranjares outra coisa p fazer, mas aquilo que ele gosta mesmo de fazer é jogar à bola e vem ter contigo um olheiro do Sporting e te diz que na academia ele tinha futuro e que gostavam de apostar nele (tipo o que aconteceu ao Veloso). o que é que fazes? Mandas o puto virar pescador ou metes o puto nas escolas do Sporting (até porque só ali é que ele tem hipoteses de ser o proximo Cristiano Ronaldo e tu a proxima D. Dolores)?
ResponderEliminarPassas a torcer ferverosamente pelas vitorias do Mateus no Sporting ou não metes os pés num jogo de futebol??
Tou curiosa :p
"metes o puto virar pescador" és mesmo otaria!! Até parece que não é uma profissão digna!
EliminarChamar a atenção da comentadora por uma expressão infeliz não justifica chama-la de otaria. A boa educação, definitivamente, não parece acompanhar o seu "elevado" sentido de justiça social...
EliminarSim, porque ou se é futebolista ou pescador. Não há mais nada.
EliminarMetáfora, pessoas. Em vez de vestidos, comprem uns livros. Do sexto ano.
EliminarQuerida Mel, metáforas não justificam tudo sabes? Sabes o que é teres um pai pescador e teres constantemente piadas destas? Como se fosse um profissão para burros e que não sabem fazer mais nada.
EliminarEu gostei muito do termo!!! Porreiro é exatamente como descrevo o meu pai (que é o melhor do mundo) e como espero que o meu irmão me descreva a mim!
ResponderEliminarTambém gostei. Acho que engloba perfeitamente tudo aquilo que a pipoca descreve depois no posto. Descontraída ou presente não seriam termos tão bons!
EliminarDe qualquer forma, e pelo que nos é dado ver pelas fotos e vídeos no instagram e no blog, o Mateus dirá certamente que foi feliz. E não há melhor que isso!
As mães não têm que ser porreiras. Devem estar a confundir com os amigos, vizinhos ou conhecidos.
EliminarEntão têm que ser o quê? Chatas,paranóicas,super restritivas e autoritárias?
EliminarExactamente, anónimo da 21:53.
EliminarFalta de paciência para estas pessoas....A pipoca explicou muito bem explicadinho o que significa, para ela, ser uma mãe porreira. Preferem o termo "mãe fofinha", ou "mãe amiga"? Parece-me que mais importante que o termo usado é mesmo a descrição feito!
EliminarAs mães não têm que ser porreiras, mas se forem... tanto melhor.
EliminarA minha mãe é porreira. É gira, veste-se bem, usa saltos, sai à noite com as amigas ou com o meu pai. É minha amiga. Liga-me todos os dias porque vivemos a 350km de distância. É chata quando quer. E preocupa-se, por vezes até demais. A minha mãe é porreira, sabe usar um telemóvel "daqueles em que usam os dedos", como ela diz, sabe usar um PC e um tablet. Tem Facebook. E quando o meu pai também. E eu sou amiga deles no Facebook e eles colocam likes nas minhas fotos, até nas mais tolas!! É um porreiro o meu pai, meu amigo quando preciso. Entende-me sem eu precisar de usar as palavras. A minha mãe e o meu pai são os pais mais porreiros. Graças a Deus!
EliminarE que eu seja como eles quando tiver filhos e não chata, mesquinha e mal amada como a maioria destas comentadoras que aqui andam!
Não podia estar mais de acordo consigo =)
EliminarEsse casaco (de organza?) é de onde? é LINDO!
ResponderEliminarÉ isso mesmo, ser mãe é ser amiga sem deixar de ser mãe. Não se podem confundir os papéis. Quanto ao Mateus de certeza que um dia dirá que és uma mãe porreira. Vê-se de longe que o és só pelo tamanho do sorriso dele. Feliz dia da Mãe!
ResponderEliminarhttp://lifeworklive.blogspot.pt/
A mãe porreira tem um casaco LINDO... fiquei apaixonada.
ResponderEliminarUm dia, quando for mãe, quero ser assim: preocupada mas relaxada, exigente mas a deixá-lo fazer o que gosta e quer. O meio sempre foi e sempre será a virtude.
"Porreiro/a" é daquelas palavras que me enervam solenemente, não sei bem porquê! É um pet peeve, como dizem os outros.
ResponderEliminarCuriosamente no passado dia 26 de Abril escrevi um post no meu blog exactamente com essa descrição - que no fim da linha gostasse que a minha filha me recordasse como uma mãe porreira. E ser uma mãe porreira para mim é exactamente aquilo que descreves.
ResponderEliminarBE
De onde é o casaco dourado? Ando à procura de um assim!
ResponderEliminarPipoca, tu e a Mariana Alvil são irmãs separadas à nascença?!
ResponderEliminarFeliz dia da mãe
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