Pub SAPO pushdown

53%. Uau.

segunda-feira, junho 17, 2013
Na televisão dizem que os exames da quarta classe (ou-lá-como-é-que-se-chama-agora) foram um sucesso e que 53% dos putos tiveram positiva a português. Eh pá, eu não quero ser pessimista nem desmancha-prazeres mas, assim de repente, não acho que seja espectacular que quase metade da criançada tenha tido negativa a uma disciplina tão importante. Acho até um bocado grave. É a nossa língua, e se a começam a maltratar logo desde pequeninos, teme-se o pior pela vida fora. Fosse eu a mandar nestas coisas e criancinha que tivesse negativa a português ficava mais um mês na escola a fazer cópias e a estudar gramática. Assim como assim, três meses são férias a mais, sempre se ocupavam com alguma coisa útil. Vá, podem começar a dizer que sou uma tirana sem coração, mas eu acho que é por causa de coisas destas, de se achar que 53% de positivas é uma média óptima, que depois a malta sai da faculdade sem saber juntar três frases.


141 comentários:

  1. Concordo e acho muito estranho também que tenha subido a média a matemática... mistérios!

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  2. É tão verdade, mas o problema é que agora quase não se chumba ninguém e os pais não têm a iniciativa de pedir para reprovar um filho, quando claramente ele não está preparado para avançar. Sinceramente, pelo que vi quando dei aulas nas AEC, os papás têm muita culpa. Não querem saber, não acompanham os filhos nos TPCs e depois querem milagres dos professores/escola. Mas que se vê cada erro de miúdos e graúdos, lá isso se vê!

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  3. A Pipoca devia ler o enunciado do exame de português... está no site do GAVE (com o telefone não consigo colar o link)... depois dê-nos a sua opinião.

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    1. Tem toda a razão... extremamente difícil para um aluno do 4º ano. Não admira que alunos com médias de 5 tenham tido 2 ou 3 na prova...

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  4. És uma triste!
    Preferes criticar o facto dessa criancinhas como tu lhes chamas de não saberem gramática, em vez de pensares que se lhe calhar miúdos do 4º ano estão sujeitos a exames nacionais sem a mínima justificação. A tua sorte é que não és destes tempos, é que se fosses, fazias o exame e nem opinavas sequer.
    Tens tido muita sorte na vida, é um facto, falas do que te convém, da forma como te apetece e ainda ganhas estatuto com isso. É preferível essas crianças não saberem a gramática, do que serem como tu: fútil, leviana, arrogante e crítica a toda a hora. És um ícone, pipoca, sem dúvida, mas para os que pensam igual a ti!
    É o país que temos, gentes com manias e vícios. Bloggers da treta!!

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    1. Ahhhhhhh! O bom e o velho insulto quando não existem argumentos mais pertinentes/inteligentes!

      1) Não acho que as criancinhas estejam "sujeitas a exames nacionais sem a mínima justificação". Se calhar, é precisamente por as notas serem miseráveis que é preciso começar a puxar mais pelos miúdos.

      2) Se no meu tempo houvesse exames, é claro que fazia e não opinava. Na quarta classe tinha 10 anos, não era suposto opinar grande coisa sobre o que quer que fosse. Do mesmo modo que não opinei quando fiz provas globais. Ou exames nacionais. Faziam parte do sistema de ensino e pronto, fiz, como toda a gente.

      3) Sorte? Talvez. Mas a sorte também se procura. E o talento também ajuda. A sorte, só por si, não faz tudo.

      4) Se acha porreiro as crianças não saberem gramática... bem, são opiniões. Eu acho apenas lamentável. Se calhar tem aí por casa alguma criança que não se safou no exame de português, daí achar que não tem mal nenhum os putos não saberem português. Uma vez mais, opiniões.

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    2. Bem, não conheço a Pipoca, mas pelo que vou lendo do seu blogue, leviana não é com certeza. O resto não sei, como homem não percebo um tusto de maquilhagem.

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    3. Bem, fiquei literalmente de boa aberta a ler o comentário do 1º anónimo, em q te insulta até mais não! Mas o q é isto, mh gente?! Quem ñ gosta ñ lê! Além disso, a inveja é uma coisa mt feia... Deve haver por aqui mt gente frustrada com a sua vida e vem p a blogosfera descarregar nos outros! Get a life people! Bjinhos Pipoca!

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    4. Convenhamos que estes exames não são novidade, a minha mãe que tem 63 anos ao completar a 4ª classe, há cerca de 50 anos atras, realizou exames de português e matemática! Além de prova escrita ainda teve de se submeter a prova oral! E devo dizer sr 1ºanonimo aprendiam bem mais do que as criancinhas agora!!!!
      E pipoca tens toda a razão, e quem reprova a língua portuguesa deveria mesmo ficar uma parte das ferias a melhorar os resultados!

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    5. Estou siderada com o comentário do anónimo das 16:05!!! Tanta inveja (e da grossa) é difícil de encontrar no mesmo comentário que, a propósito, é absolutamente descabido. A criatura que escreveu isto só pode ter os miolos calcinados. Pois eu,fui uma "mártir". Entrei para a 1ª classe com 5 anos (faço anos em só Novembro)julgo que com uma autorização especial, e na quarta classe, fui obrigada a fazer exame da 3ª. Confuso? É que naquela época, fim dos anos 50, já não havia exame da 3ª classe. Portanto eu passei para a 4ª classe, mas como continuava a ser muito nova, para aceitarem que eu fizesse o exame da 4ª e o exame de admissão ao liceu fui obrigada a fazer o exame da 3ª, para poder entrar no liceu obviamente!! Quando olho para trás acho isto um bocadito violento. Mas não morri e sei escrever português sem erros (só nunca consegui ter grande êxito com a colocação das vírgulas...).Não vejo qual o drama em voltar a haver exames.Fico doente ao ver as asneiras que por aí se escrevem. Conheci um engenheiro que escrevia, entre várias barbaridades, exitar em vez de hesitar. Também adoro o "à" em vez de "há"e quase todas as palavras acabadas em emos como "tivemos", "dissemos", "fizemos" etc. escritas "tive-mos", "disse-mos", "fize-mos" etc etc. Como foi e é possível que se deixe passar de ano uma criança que não saiba escrever a sua língua?? Com o acordo ortográfico ainda vai ser melhor. Se nem com o anterior sabiam...Maria S.

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    6. Quando se faziam exames da 4ª classe como os descritos acima, a posse desse diploma dava acesso ao mercado de trabalho - era também por essa razão que existiam. Testar os alunos agora tem de ter outros objetivos (e é bom que não nos esqueçamos que os países com os quais nos queremos comparar não fazem exames no 4º ano com componente eliminatória). E os alunos não sabiam mais, sabiam era outras coisas - a ideia de que o nível dos alunos é mais baixo sempre existiu, até na antiguidade clássica... Mitificamos sempre o nosso tempo de infância e juventude...

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    7. Pipoca, quando o teu filho nascer e vier com uma nega num teste, vamos ver o que é que tu criticas: o facto de estas "criancinhas" não saberem gramática ou o facto de TALVEZ entregarem exames muito difíceis a rapazes e raparigas de 10 e 9 anos.
      Gostas muito de criticar não é? E por acaso a vida anda a correr-te bem. Achas que és boa nisso e naquilo porque tens fama e que ganhas bem. Mas podes começar a acalmar-te, Pipoca, que começares a criticar CRIANÇAS já é muito baixo, mesmo para ti!

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    8. Aria, tome qualquer coisa para os nervos, que ainda tem uma apoplexia.

      O problema é mesmo essa, a incapacidade que alguns pais têm de se distanciar e de reconhecerem que os seus filhos têm, efectivamente, dificuldades nesta ou naquela matéria. É mais fácil dizer que o exame era muito difícil ou desadequado. Se o meu filho tiver negativa num teste vou tentar perceber porquê, não me vou limitar a dizer "oh, coitadinho, o teste era muito difícil, vamos lá à escola mandar vir com a professora para ver se te faz um teste mais básico".

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    9. Pipoca, o exame de 4 ano de português tinha dois textos de grande dificuldade de interpretação para crianças de 10 anos, como diz.
      Não queiras comparar os resultados com os dos últimos anos pois esses, chamados de aferição, nada aferiam!!!! A dificuldade de agora, com os putos a serem avaliados, é incomparavelmente maior do que aquela que tinham quando era o sistema a ser avaliado!!! Até aqui nada de novo!!!
      E sim, quem teve negativa na média ponderada da nota do exame com a nota de ano ficou mais um mês nas aulinhas para ser sujeito a um novo exame!!!
      Como mãe concordei. A minha filha não desceu nenhuma nota. Mas concordo que há que, também nesta matéria, fazer as coisas com equidade!!! E que depois, como toda a gente em tudo na vida, só avalia todos os parâmetros quando se vê na situação, também é verdade!!! Ainda nos vamos rir juntos, depois do nascimento do Mateus, a recordar posts sobre criancinhas que a Pipoca escreveu!!! ;)))

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  5. http://www.gave.min-edu.pt/np3/np3/451.html

    voltei cá para lhe deixar o link dos enunciados
    Português, caderno 1 e 2

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  6. Concordo plenamente ctg! Prof de Português cm sou, é de pôr as mãos na cabeça com os erros q os miúdos dão! Ñ sabem construir frases, mt menos composições... É triste estar-se feliz c 53% de positivas... Mas o normal é dar-se pancadinhas nas costas e achar q 'já chega'... Bjinhos.

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    1. Professora de Português a escrever assim? :/

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    2. Os seus alunos, pelo exemplo demonstrativo da sua retórica, foram certamente dos que engrossaram o descalabro do exame.
      Não sei se a Pipoca publica, mas devia porque como professora não devia incentivar ao assassínio da língua, tal como o seu comentário explicita.

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    3. E como "prof de português" que é, devia ter vergonha em escrever assim...

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    4. Qual é exactamente o problema de escrever com abreviaturas correctas que já se usavam em texto escrito em papel antes de haver Internet? Isto é um comentário pessoal a um blog post, não um artigo principal escrito num sítio público que deva ser levado a sério.

      Triste são críticas anónimas.

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    5. Eu, como professora de Português que sou, fiquei corada ao ler o seu comentário. Poderia ter omitido que desempenha a profissão de professora de Português, tendo em conta a sua falta de respeito pela língua PORTUGUESA: Não lhe ficaria tão mal, cara Anjo de Mel. Hoje tenho alunos que nas provas de avaliação usam uma escrita idêntica à sua e entristece-me perceber que alguma culpa se deve a professores de Português que insistem em alimentar esse assassínio.

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    6. Cara Mariana. São esses facilitismos que tornam essa linguagem portuguesa abreviada viral. Qual é o problema cultivar a escrita no seu estado mais puro? Mais correto? Só cultiva a mente e não adormece a qualidade da língua portuguesa. Hoje as crianças têm cada vez mais fácil acesso a blogs e a comentários na internet, se estiver rodeada de falta de rigor naquilo que leio, é claro que o vou aplicar mais facilmente ..até ao ponto que não controlo a minha escrita nos testes de avaliação. É só uma opinião.

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    7. Mariana; triste é quem não compreende. Passa a uma tristeza dramática quando concorda com isso.

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    8. Aos caros 'anónimos' (sim, pq para criticar ninguém assina o seu nome, tem graça!): eu escrevo com abreviaturas, pq estou a comentar num blog! Tanto aqui cm em sms, o objectivo é poupar carateres, mas parece q vocês ñ entendem a diferença! Em nenhum momento dei erros ortográficos, q foi disso q falei no meu comentário. Agora se ñ sabem distinguir falar e escrever em português em sala de aula ou aula de estudo e dar a mh opinião pessoal num blog (que já agora, mt admiro e sigo com assiduidade!) - temos pena! Força Pipoca! Bjinhos

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    9. Ahahahah mas esta gente é mais papista que o Papa! Triste, para mim, é deixarem as crianças estarem tanto tempo ao computador e na internet - em que o grande problema nem é quando se escreve com abreviaturas - e nem sequer saberem o que é um livro.

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    10. Ano de mel. Escreveu um comentário perfeito para nos ajudar a perceber ainda melhor a sua falta de competência para o cargo que diz exercer. Sinceramente, pela sua argumentação e "composição" neste último comentário (e entretanto nos outros que fez mais abaixo), duvido muito que seja alguma professora de jeito. Enfim. Aprenda a escrever, aprenda a utilizar e a conhecer dignamente o que ensina: PORTUGUÊS; para poder ensinar com qualidade.
      (E uma curiosidade: como professora de português não devia já aplicar o novo acordo ortográfico? Ou também o poupa nos comentários a blogs?).
      Ana Faria.

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    11. Mais que perfeito! Omnisciente! Agora sim! Todos ficaram esclarecidos.
      Por acaso, cara Anjo de Mel; pode explicar ao povo de que maneira a senhora assinando Anjo de Mel, se distingue mais na multidão do que um mísero anónimo?
      Depois escreve verdadeiramente muito mal para uma professora. Podia explicar-lhe como e onde, mas, sinceramente, acho que não vale a pena.
      E para terminar, das duas uma. Como profesora ou é uma incompetente ou menos inteligente. Não sabe, porventura nunca ninguém lhe disse, ou nunca deduziu que as crianças de hoje têm mais facilidade de acesso aos blogs do que o Messi a enfiá-las lá para dentro.

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    12. Ficou ainda por dizer o seguinte. O facto de a Anjo de Mel gostar e seguir com assiduidade este blog, não tem nada ver com a sua incompetência profissional. Ou pretende com essa particularidade, granjear maior simpatia? Se sim confirma a menor capacidade neurónica que já lhe descortinei; se não confirma na mesma porque o gostar ou não do blog não é argumento para uma pessoa que pense minimamente.
      Aliás, até é muito contraproducente para si esgrimir tal argumento. Do que conheço da Pipoca, compactuar com a burrice não faz muito o seu género.

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  7. Pipoca, podes fazer o post sobre o exame de português que decorreu hoje? Muitos alunos não o puderam realizar hoje (nomeadamente aqueles com nome cuja inicial vem depois do P) devido à greve de professores. Eu fui uma delas e considero toda esta situação bastante injusta.

    Sara Matos

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  8. o exame era demasiado difícil para miúdos do 4º ano, com um texto demasiado extenso e técnico, isto dito por muitos professores...e os miúdos que reprovaram (média do exame e avaliação contínua) vão mesmo ter de ficar mais 3 semanas na escola a ter apoio até repetirem o exame na 2a fase.

    Ines

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  9. É verdade sim senhor. Arrepio-me de cada vez que vejo trabalhos e textos de colegas do meu mestrado que nem sabem distinguir um "ficaste" de um "ficas-te". Digo mais, só estudo em Portugal desde o 9º ano e nem eu cometo esse tipo de atrocidades.

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    1. E o "Fôssemos" matamorfoseado em "Fossemos"
      Hilariante!

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    2. Esta com o matamorfosedo??? Também tem que se lhe diga. Raios me levem se não é a Juíza da Palmier.

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  10. Os alunos do 4.º ano que tiveram negativa ficam mais três semanas a ter aulas de português e/ou matemática (consoante as negas) e repetem o exame.

    Desconfio que só por isso é que não houve mais negativas, que alguns (felizmente nem todos) professores não estão para perder mais três semanas com as criancinhas.

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    1. sabe o que está a dizer?

      os exames são corrigidos por outros professores, NUNCA é o professor a corrigir o exame dos seus alunos. além disso, existem critérios muito rigorosos de correção e várias reuniões que asseguram que isso foi feito de forma correta.

      argumento falhado.

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    2. Sei.

      Se reler o meu comentário verá que falo em ter negativa a português ou matemática, nota para a qual o exame só conta 25%. Ou seja, para um aluno ter, efectivamente, negativa à disciplina de português ou matemática, é necessário que o professor desse aluno lhe dê a negativa no final do 3.º período.

      Era essa decisão que estava a pôr em causa e não a correcção dos exames. Se bem que também podíamos discutir os critérios de avaliação dos exames... Enfim, como não sou professora não me vejo nesse direito.

      Também não sou mãe, nem tia, nem avó, nem irmã, etc. de uma criança do 4.º ano. Sou só uma espectadora interessada.

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  11. o meu sobrinho fez o teste, ele era muito dificil, e mais por exemplo se em um exercisio de V o F se enganam em uma resposta leva 0 pontos. são muito exigentes, se esquecem que os miudos tem 9 e 10 anos. Desde a primeira clase querem que no 2do periodo os miudos consigam leer 100 palabras em um minuto sem se enganar, e quase imposivel.
    andrea

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    1. Ui! Pelos vistos também deveria ter ficado mais três semanas na 4ª classe..

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    2. Lírica Andreia. Já pareces a Juíza da Palmier.
      LOL!

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    3. Se o anónimo escreve "exercisio" e "clase" "leer" e "imposivel" não me admira que o seu sobrinho que à partida terá 10 anos.

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    4. anonimo da 17:48, peço disculpa por algum error cometido na gramatica, não sou portuguesa. Sou argentina, licenciada (lá os cursos superiores são muitos exigentes e o minimo são 5 anos). Só di a minha humilde opinião, visto desde uma perspetiva diferente. quem gosta, gosta e que não vai cantar para outro sitio.
      O anonimo das 18:59 e ANDREA não ANDREIA, mania de portuguesar os nomes!

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    5. Querida Andrea, está desculpada. Mas não me venha dizer que as licenciaturas lá, são mais exigentes do que cá em Portugal!E agora digo eu, que mania de rebaixar os portugueses!
      Ana

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    6. Querida Andrea. Não se abespinhe tanto por ter escrito Andreia, foi erro de pronunciação; escrevi rapidamente e o engano aconteceu, nada mais
      Porque se se enerva e grita por uma coisa tão banal, quer na Argentina quer em Portugal, todas criam rugas prematuras com os nervos desnecessários.
      Por acaso e já que se fala na Argentina. Lá não se começa uma frase com letra maiúscula depois de um ponto final?

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  12. compreendo perfeitamente que quem ouve essa notícia leve as mãos à cabeça e ache que os miúdos não passam de um bando de palermas que não sabem juntar duas frases. mas eu, tendo uma mãe professora, posso dizer-te que não é bem assim. o exame de português era ridículo. aliás, grande parte do programa do 1º ciclo tem vindo a tornar-se cada vez mais ridículo e complicado. não estou a dizer, de maneira nenhuma, que tenha de se facilitar a vida aos alunos só porque sim. mas quando numa turma inteira até os alunos muito bons tiram negativa a português, há que começar a repensar um bocadinho a coisa e não colocar a culpa apenas no aluno ou no professor.

    quando eu fiz os meus exames do secundário, por exemplo, o único exame que achei razoável e bem construído foi o de matemática: perguntas pertinentes, sobre a matéria dada ao longo dos 3 anos. o de português foi assim assim (acho que pecou muito por praticamente não questionar nada de gramática, quando o programa de português dá uma importância enorme à gramática ao longo dos 3 anos). já o de biologia e físico química foi de bradar aos céus. perguntas ridículas. para teres uma noção, eu era aluna de 16/17, tirei 11 depois de um mês a estudar intensivamente em explicações, voltei lá no ano seguinte sem estudar NADA (ia apenas tentar a ver no que dava), e tirei novamente... 11.

    os senhores que estão sentados nos gabinetes a fazer estas provas deviam levar um par de bolachadas a ver se acordam para a vida. é que depois são os professores que são incompetentes, e os alunos burros, e isto e aquilo, mas e que tal construir exames adequados? não seria o primeiro passo para uma avaliação correta?

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    1. Tem razão, mas os professores são os maiores culpados, como a escrita da professora Anjo-de-mel bem esclarece.

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    2. caro anónimo, essa perseguição cega os professores irrita-me. como em qualquer profissão, QUALQUER UMA, há bons e maus profissionais. hoje em dia os professores são os culpados de tudo: do mau aproveitamento, do mau comportamento dos alunos, da ignorância de uns quantos (pois alunos maus e ignorante sempre existiram e sempre irão existir...).

      quem não é professor ou quem não lida de perto com um professor acaba por não ter noção do trabalho e da dedicação envolvidos. é um trabalho que se prolonga muito para além da sala de aula.não sou professora, mas não gosto de generalizações. dizer que a culpa é dos professores é simplificar um bocadinho demais a situação, não acha?

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    3. Concordo plenamente Ana!!! Sou filha de dois professores (de português) e também aconteceu o mesmo em exames nacionais. E embora haja realmente alunos a precisar de mais regras e orientação, e embora haja professores que valha-me Sto António, tem de se ter muito cuidado com o tipo de exames que se fazem, com a forma como são corrigidos e com as condições que se dão aos professores! Está tudo interligado quer queiramos quer não!

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    4. Eu não digo que a culpa é dos professores. O que eu disse e mantenho é que há professores que nunca o deveriam ter sido, como o exemplo da Anjo de Mel é exemplificativo.

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    5. Queria apenas referir uma coisa.

      No 11º e no 12º ano, no programa de Português, não há quase gramática nenhuma para dar. É por isso que o exame está mais direccionado para as obras que fazem parte do programa.

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    6. Caro anónimo das 19:02: quem é você para julgar-me a partir de um comentário q fiz neste blog? Só pq escrevi (e escrevo) com abreviaturas ñ deveria ser prof de Português??? Fique sabendo que em termos ortográficos e gramaticais sempre fui uma das melhores alunas e reforço esse conhecimento nos meus alunos! Além disso, quem lhe diz que eu noutro contexto escrevo assim?! Nunca assassinei nem assassino a Língua Port.!Mas, pelos vistos, há aqui pessoas q gostam de mandar bocas aos outros, pq ñ devem ter nada de interessante para fazer na sua vida! Disse e volto a repetir: GET A LIFE! Ninguém tem o direito de julgar seja quem for, mt menos quem ñ se conhece! É pena a Pipoca ter comentadores q pecam pela falta de inteligência e pensamento (verdadeiramente) crítico! Bjinhos Pipoca!

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    7. Por que não se defende sozinha sem estar sistematicamente a solicitar o apoio da Pipoca? E pior, a sugerir que a proprietária do blog não publique os comentários que reprovam a sua escrita?
      Espero e desejo que nenhum dos meus meninos seja seu aluno. Mas não, não são, graças a Deus e a bons professores sabem falar e escrever português

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  13. Os exames eram muito difíceis para crianças que estão num quarto ano...

    Os testes intermédios de portugês e matemática do 2º ano foram vergonhosos!!! O grau de dificuldade aplicado numa prova que, apesar de não contar para nada,serve para aferir o trabalho de muitos professores e alunos foi lamentável... Vi alunos de 6º ano a resolverem o teste de matemática de 2º ano e a obterem satisfaz... A excelência que se quer às vezes, dá nisto...

    Relativamente à prova de português, o texto utilizado não era dos mais fáceis e os alunos de 9 anos ou 10 anos, não estão habituados a redigir um texto pelo número de palavras, como era pedido. Quanto muito fazem-no com um determinado número de linhas. Era ver os meninos a contar as palavrinhas e a verificar se não ultrapassavam o número pedido.


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  14. Pior que isso são as notas do Ensino Secundário (12º ano) em que a média, a Português, anda sempre ali à volta dos 8 ou 8,5! Lembro-me de um ano que chegou aos 9,5 e parecia que tinham todos tido 20...

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  15. e a dar erros ortográficos! No meu tempo era uma reguada por cada erro! E uma cópia todos os dias!

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  16. Mas desde quando é que um teste de Português é com respostas de escolha múltipla? Quando eu andei na primária, tínhamos de responder à pergunta por escrito e não se podia começar a resposta com "porque isto ou porque aquilo" que era logo descontado x do valor total. Assim como em perguntas de gramática, onde também não tínhamos espaços para preencher, nós é que tínhamos de desenvolver a resposta.

    Como é que estão à espera que uma criança que, tirando na composição, pouco tem de escrever num teste de Português, venha a escrever bem? Por isso é que temos hoje jovens com 12 e 13 anos a mandar calinadas tais como "assério" e "havizei" (de avisar).

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    1. Então é fácil: é menos trabalho para os professores! E olhe que é bem preciso porque trabalham 35 horas na escola e mais 35 em casa... Tadinhos

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  17. Desculpem a mas a realidade é esta: depois do 25 de Abril o Ensino massificou-se e a acrescentar a isso a qualidade do mesmo também se perdeu! Basta ler textos e até de próprios jornalistas que é uma vergonha! Já nem falo do facebook porque maioritariamente são teenagers mas escreve-se mal e fala-se pior. Caiu-se no extremo de que o Ensino tem de ser lúdico e tem de ser divertido. Tretas! Ensinar tem de ser por alguém que SAIBA, os alunos têm de compreender que têm de MARRAR, DE DECORAR, DE LER TEXTOS CHATOS ( ATÉ PARA VALORIZAREM DEPOIS OS MAIS LEVES ), TÊM DE OUVIR BASTANTE, TÊM DE PENSAR, E JÁ AGORA NÃO DEVIAM MORRER SEM PERCEBER QUEO HÁ COM H É DO VERBO HAVER E AH! É UMA INTERJEIÇÃO E À É OUTRA COISA ENFIM... mais havia a dizer mas fica a ideia.
    Salesiana

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    1. Obrigada nem esperei que publicassem a minha opinião mas é o que me vai na alma... tem de se reconstruir o Ensino.
      Salesiana

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    2. Antes do 25 de Abril a grande maioria dos alunos não passava do Propedeutico e o Ensino Superior consistia em 2 ou 3 catedráticos por curso a debitar matéria num anfiteatro. Ah, e ainda bem que o Ensino se massificou... Já era tempo de sermos um país instruído.

      PS: 'Teenager' tem tradução para Português.

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    3. Não fale assim porque as crianças de hoje em dia ficam traumatizadas...não sei como sobrevivi...

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  18. Difícil?! Está tudo louco.. Difíceis eram os exames de 4ª classe dos nossos pais! Não pensem que estão a ajudar os vossos filhos a desculpá-los com o sistema! Os miúdos cada vez estão mais desatentos, têm falta de educação e não reconhecem a autoridade dos professores, não trabalham porque tudo lhes é dado e esses 53% espelham isso.. Não venham pôr em causa o trabalho de um ministério porque supostamente fazem exames "muita" difíceis para lixar a malta!
    Guardem os paninhos quentes e foquem-nos no trabalho, esforço e sacrifício como caminho para chegarem à meta!
    Cláudia

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  19. Tens toda a razão Pipoca. Mas uma coisa é certa: o exame de Português foi um absurdo para os miúdos. Perde uns minutos do teu tempo e vai dar uma espreitadela. Muita informação para pouco tempo...
    Depois vem à baila que os professores isto e aquilo. Sim, há muitos maus professores por aí sem vocação, sem paciência e sem amor por aquilo que fazem, mas temos de ver em que ponto está este país. Como é possível existirem turmas de 1ºCiclo (que é o fundamental) com 30 miúdos? É impossível para um professor conseguir gerir essa turma TODA com sucesso. E isto é triste, muito triste.

    Beijinhos pela excelente amiga virtual que és!
    Joana

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    1. Andei numa escola com uma exigência bastante alta, e sempre com em turmas com 30 alunos - num ano, chegámos a ser 33. E não era por isso que tínhamos melhores ou piores notas. Mas os professores tinham autoridade na sala de aula. O aluno portava-se mal, ia para a rua. Algum aluno incomodava outro aluno , ia para a rua. Portava-se mal, falta disciplinar. Os alunos andavam atentos, e tinham boas notas. E ai do pai que fosse queixar-se que o menino tinha tido falta por mau comportamento ou que tivesse ido parar à rua - chegava ao final do ano e não deixavam matricular o aluno. "Ai e tal, que isso é uma ditadura, coitados dos meninos!", pois é, mas esses meninos hoje em dia são, na sua maioria, adultos formados, bem educados que sabem ler e escrever, ao contrário dos meninos de hoje em dia que ninguém lhes pode tocar e que não sabem as regras mais básicas da gramática Portuguesa.

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    2. Impossível não é... no meu tempo era assim, 29, 30, 31 alunos por sala.

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    3. Pois é , mas nessa altura os pais reconheciam a autoridade dos professores e incutiam nos seus filhos qualidades como respeito pela figura de autoridade na sala de aula. É claro que a "violência" generalizada também contribuia para isso, mas numa escala menor, uma boa puxada de orelhas nunca fez mal a ninguém (falo como aluna do 12ano que sou e filha de professores).
      A realidade é que a exigência caiu muito também devido à perda de autoridade dos professores que se tem vindo a generalizar nos últimos anos (especialmente na administração sócrates) em que os meninos é que têm sempre razão e se dá tudo aos meninos! Respeito? Silêncio? Trabalhar? O que é isso?
      Por isso é que hoje em dia é complicado ter turmas de 30 alunos, alunos que não respeitam o professor e a quem uma boa chapada assentada na perfeição (infelizmente isso hoje iria levar à provável suspensão do professor, mesmo que tivesse toda a razão do mundo). A hiperatividade e essas novas doenças, a maior parte delas é sinónimo de uma educação demasiado branda e "fofinha" ou negligente por parte dos pais, que nem se interessam pelo percurso escolar dos filhos.
      Com muito orgulho faço parte de uma geração que ainda leva os professores a sério, mas já com bastantes exceções... Infelizmente.

      E sim é uma vergonha só haver está quantidade de positivas, mas é a educação que se está a generalizar, muito por culpa do governo e dos pais...

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  20. Triste é emitir opinião sobre um assunto destes sem fazer a mínima ideia do que está a dizer. Triste e muito grave. é certo que ninguém está à espera de aprender seja o que for por aqui mas não deixa de ser deprimente a total e absoluta falta de responsabilidade nos conteúdos que publica.

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    1. Então? Que parte do que eu disse é que é mentira? Que só 53% dos alunos teve positiva? Que isso é triste e não representa qualquer motivo de orgulho? Que devem ser mais exigentes com os alunos?

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    2. Creio que entretanto talvez já tenha percebido que o exame não era adequado para o 4º ano. Essa era a minha questão.

      Já percebi, há muito, que este tipo de posts são escritos de propósito para gerar muitos comentários e visitas.

      ...e isto faz-me lembrar...

      É como criar uma rubrica de leitura... na altura em que o marido está a escrever um livro. Desta vez disfarçou tão mal que nem a conseguiu levar a sério, deixando-a em águas de bacalhau e trocando os livros - num total desrespeito pelos pequenos e estúpidos "póneis" (burros?) que a seguem e vão a correr comprar o livrinho escolhido. Passado um tempo: SURPRESA! Desta vez temos apenas três livros (pouco tempo, pouco tempo...) e um deles vai ser o do meu amado esposo!!! E, talvez pela primeira vez um post deste blog tem UM E APENAS UM comentário (o que terá acontecido aos outros??? o mesmo que vai acontece a este, não é?). E qual foi o livro seleccionado? SURPRESA!!! Foi o do maridinho.

      Foi tão bonito de se acompanhar que é impossível largar este blog só para ver qual será a próxima! BRILHANTE!

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    3. Não sei se era adequado ou não. Teria de andar na quarta classe para saber se estaria, ou não, de acordo com a matéria dada. Acredito que muitos adultos acham o exame desadequado e difícil porque, como tantas vezes se vê, também eles não sabem escrever nem interpretar textos.

      Quanto às suas outras questões... bem, tenho o blog há quase dez anos, não o criei propriamente ontem, e sempre escrevi sobre tudo e mais alguma coisa. Não o faço para "gerar muitos comentários e visitas", mas sim porque me apetece escrever sobre esses temas. Há dez anos que é assim.

      Sim, eu criei um clube de leitura no início do ano já a pensar que o meu marido ia publicar um livro em Junho e era preciso ajudar na promoção. Foi só mesmo para isso que me dei ao trabalho de andar a ler vários livros até aqui. Agora que o livro dele já saiu, o clube de leitura vai acabar, já cumpriu o seu propósito... (oh-valha-me-Deus).

      Devia informar-se melhor: quando eu troquei livros, não o fiz com o livro do meu marido. Troquei o livro do Murakami pelo do MEC que, tanto quanto sei, não é casado comigo.

      Quanto ao facto de o livro do Arrumadinho ter vencido... bem, tanto quanto sei não dá para endrominar a sondagem e cada pessoa só pode votar uma vez. Havia mais dois livros à escolha, escolheram aquele porque quiseram. Só houve um comentário a esse post? Pois, só, o que quer que faça?

      E sabe porque é que não larga este blog? Porque, no fundo no fundo, gosta de vir aqui diariamente procurar coisas para se insurgir. Chama-se "frustração com a própria vida" ou "falta de melhor para fazer". Mas pode continuar a vir. Sempre é mais uma visita para as estatísticas.

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    4. Então se não sabes se o exame era apropriado ou não para eles, é melhor ficar calada do que te enterrares mais. Criticar crianças de 10 e 9 anos é grave, sim senhora! E o que não nos orgulha mesmo é este tipo de criticas. Vá criticar o que faz, e não o que os outros fazem.
      Bjs

      PS: eu nem li o teu comentário todo, para barbaridades dessas não tenho paciência.

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    5. Claro que leu o comentário todo. Ah ah! Quem é que quer enganar?

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  21. Concordo! Acho demasiado mau.

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  22. Sou completamente de acordo! :)
    Cris

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    1. Lá está mais um exemplo de uma aluna orientada por uma professora do estilo Anjo de Mel.
      Não é "Sou completamente de acordo" e sim "Estou completamente de acordo"
      Sou seria, por exemplo, "Sou completamente a favor"
      depois dizer que a culpa é toda dos alunos, mas nada a fazer com professores incompetentes

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    2. E continuam a bater no 'ceguinho'! Ok, querem-me como bode expiatório para TODOS AS PESSOAS q ñ sabem escrever correctamente Português?! Força! Pipoca, ñ sei cm aguentas ler tantos comentários q só sabem é dizer mal do anterior... Fogo! Tomara mts escreverem tão bem português como nós! Se perdessem mais tempo a ensinar boas maneiras e responsabilidade às crianças q têm em casa, tinham a mh admiração (e já sei que quem voltar a queixar-se de 'mim' é pq lhe serviu a carapuça)! Bjinhos Pipoca!

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    3. E lá volta a Anjo de Mel a tentar...só tentar porque de loira a Pipoca não tem nada, que ela não publique os comentários que se insurgem( Com educação, diga-se em abono da verdade), contra a sua completa incompetência profissional.

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  23. Por aqui na Suécia no Verão existem aulas de recuperação. Os meninos que querem dar uma de malandrecos durante o ano lectivo, chega esta altura (em que os outros já estão de férias) e ficam lá assim como quem não quer a coisa a fazer recuperação durante no minimo 1 mesinho....
    E aqui as férias são bem menores que ai...Quando ai estao a começar as aulas, a minha pestinha ja leva mais de 1 mês e meio de aulas no lombo!

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  24. É verdade que o texto do exame era grande, duas páginas para alunos do 4.º ano acho muito. É verdade que estava de acordo com o programa, é verdade. Os alunos não estão habituados a contar palavras na composição, erro da escola, dos professores, porque nos exames dos outros anos as composições são com número de palavras. Além disso, na informação GAVE, publicada em Fevereiro ou Março, devia vir a informação do número de palavras. Deviam tê-los treinado. Deviam. Digo eu que não li a informação do 1.º Ciclo. Problema: estava adaptado aos alunos?
    O programa cumpre-se, os alunos passam com 53% de positivas. Os alunos quase não chumbam no 1.º Ciclo. Também sabemos que muitos vão para o 2.º Ciclo e mal sabem ler ou escrever.
    Também sei que os critérios do exame de Português eram muito fechados e para cumprir à risca. No exame de Matemática, como já tinham concluído que as coisas iam correr mal a Português, era para aproveitar tudo. Verdade? Não sei. Pareceu-me ouvir isto da boca de professores correctores.
    É grave, o 1.º Ciclo devia ser para alicerçar a Língua Portuguesa e a Matemática, para que quando chegassem aos outros níveis não houvesse erros ortográficos e problemas de interpretação. O gosto pela Língua Portuguesa perde-se muito cedo, se é que alguma vez se ganhou.
    Os alunos têm que se convencer que é preciso pensar, estudar, exercitar, ser rigoroso nas respostas.
    Muito mais havia para dizer... turmas grandes, meninos com necessidades educativas que precisam de apoio, os outros que não querem estar na escola, os outros que não têm acompanhamento dos pais, os outros que vivem em instituições, os outros que chateiam o colega do lado, os outros que por mais que se esforcem nunca lá chegam e os outros que até querem aprender, mas no meio daquela confusão... enfim... muito mais havia a dizer...

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  25. Assino por baixo! é que para além de não saberem juntar 3 frases, ainda vêm carregadinhas de erros ortográficos e gramaticais.
    Eu vejo cada uma....

    http://mefrancesca.blogspot.com

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  26. Concordo absolutamente que é vergonhoso pouco mais de metade dos alunos terem positiva à Língua Portuguesa, a sua língua. Apenas não podemos ter esse fator em causa. Quanto ao 1º ciclo não posso falar muito, mas penso que falo paralelamente aos estudantes. Cada vez mais o ministério "aperta" com todos nós. Estou este ano no 12º ano. O ano passado fiz exame de Biologia e Geologia e de Físico-Química. Ao primeiro fui com 15 valores, ao segundo com 16, ambas as notas dadas por professores cumpridores do programa e exigentes q.b. Agora, do exigente q.b. ou muito exigente, como aconteceu com os exames nacionais do ano passado (nomeadamente) vai um grande esticão. Esticão esse para o qual os alunos não estavam preparados, quer pela escola, quer pelos exames realizados em anos anteriores. Para além do extenso programa e da complexidade dos exames, os critérios de correção eram tanto ou mais horríveis. Posto isto, realizei hoje exame nacional de português. Aparte todas as polémicas em torno deste exame (polémicas sobre as quais nem merece a pena falar) acho de extrema importância realçar que o Acordo Ortográfico português mudou à relativamente poucos anos. Ora, eu já não sei a que palavras retiro o "c" e a quais não retiro. Eu não sei se escreva Egipto ou Egito. Eu não sei porque é que os habitantes do Egito são egípcios. Se eu, aluna de 12º ano, com maior capacidade de compreensão, raciocínio e memória não o sei, como podemos impor a crianças que estão este ano no 4º ano e que aprenderam a escrever e falar segundo o antigo acordo que o saibam? Para além disso, como podemos esperar que crianças do 4º ano/adolescentes do 12º saibam que os complementos circunstancial de tempo, modo e lugar passaram a designar-se por modificadores de frase e outros que tais?
    Para além de ser vergonhosa a média dos exames nacionais do país é também vergonhosa a maneira como todos os portugueses vêm sendo tratados, pisados e excomungados por um governo que cada vez mais de aproxima de um governo ditatorial.

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    1. podia começar a aprender a escrever e distinguir "à" de "há", por exemplo. E isso não tem a ver com o AO.

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    2. Cara anónima da 20:17
      Também nada tem a ver com o AO essa do "Aparte"
      Aparta...o quê? o correcto seria à parte
      Continua a nada ter a ver com o AO, o "Eu não sei "porque" é que os habitantes do Egipto", porque quer Egipto ou Egito, o correcto seria. "Eu não sei por que é que os habitantes do Egipto.
      Ou teve muito maus professores, ou a culpa é toda sua por não se esforçar em aprender

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    3. concordo com tudo excepto com isto: "Para além disso, como podemos esperar que crianças do 4º ano/adolescentes do 12º saibam que os complementos circunstancial de tempo, modo e lugar passaram a designar-se por modificadores de frase e outros que tais? "

      É que eu já estou na Univ há uns anos e sei, e não sou do tempo da aprovação definitiva do desacordo ortográfico. É preciso actualizar-mo-nos e prestar atenção aos professores. Na altura começou a surgir o acordo que ia ser imposto no ano seguinte ou dois anos depois, já nem sei, mas que acabou por não ser imposto logo devido às contestações e sei lá mais o quê. Sei é que a minha professora de nono ano nos começou logo a treinar para usarmos as novas terminologias enquanto os critérios para o exame desse ano não saíssem.
      Depois não foi preciso dar uso ao treino porque se aceitava os dois modos, e como dá para ver a ausência de c's e p's é coisa que recuso a admitir na minha ortografia. Fui ensinada assim, é assim que falo (convém ver que na universidade não há professor nenhum que vá ligar ao acordo com que escreves. Nenhum deles se adaptou também, e nenhum se incomoda a ler in the old fashion way). Bottom line é.. pessoal de 12º tem de se adaptar pelo menos até chegar ao superior, e os piquinitos do 4º já foram ensinados assim. Os anos do meio é que é mais chato, mas a minha irmã já está no 8º e fala sem c's por isso acho que também se adaptou.

      E pronto.. é isto. E é Egito porque não se lê o p, e egipcios porque se lê (o que me levou à conclusão que toda a minha vida pronunciei mal Egipto). Oh well...

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    4. Anónimo das 01h43,

      independentemente dos outros erros graves do anónimo das 20h17, não é "Eu não sei por que é que os habitantes do Egipto (...)".

      É, efectivamente, "Eu não sei porque é que os habitantes do Egipto (...)".

      V., nomeadamente, http://www.ciberduvidas.com/perguntas/get/270246

      Filipa

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    5. Pois Filipa, não prestou grande atenção ou não soube interpretar as explicações do link que me mostrou.É mesmo por que e não porquê.
      Eu não sei por que é que os habitantes do Egipto.
      Por que.( Preposição e pronome relativo ou determinante interrogativo)
      Que foi a construção da frase. Veja melhor se não foi.

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    6. Anónimo das 12h58,

      não, obviamente que não é "Eu não sei por que é que os habitantes do Egipto (...)". Seria "por que", se a frase fosse, por exemplo, "Eu não sei por que motivo é que os habitantes do Egipto (...)".

      Neste caso, é mesmo "Eu não sei porque é que os habitantes do Egipto (...)".

      Além do link que já sugeri, veja também este, que então certamente perceberá o seu lapso:

      http://www.ciberduvidas.com/textos/nosso_idioma/11368

      Filipa

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  27. Acho absurdo que seja um exame a definir a qualidade de um aluno/professor e que tal tanto interfira na vida e na média de 3 anos de trabalho dos alunos... É desmotivante quando alunos não entram na universidade em algo que querem e que até são bons porque num momento de avaliação que como prova de ingresso pode valer até 50%, algo correu mal... É triste e absurdo.

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    1. yaya e depois há aqueles que tiveram em escolas privadas ou os pais são conhecidos dos professores e vêm as suas notas inflacionadas.
      E os "comuns" os mortais é que se lixam.
      Pelo menos os exames são um elemento de avaliação comum para todos.
      Todos nas mesmas circunstâncias, quanto possivel, a serem avaliados da mesma forma.
      Acho bem, pois claro.

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  28. Portugal e o resto do mundo deveria adoptar o estilo de ensino da Finlândia... Não é através de testes, exames e outras que tais provas que se avaliam as competências das pessoas...

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  29. Acham que por metade dos alunos terem positiva se faz uma festa! Este país é mesmo de medíocre, pensam que está tudo bem, quando metade dos alunos tiveram negativa a Português, a nossa língua materna. Neste país há cada erro, eu já me farto de ver "à" com o acento ao contrário (*á - errado). Mas é o nosso país...

    http://youngfashion.blogs.sapo.pt/

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  30. Mesmo!

    (só uma palavra escrita por uma estudante universitária mas já está tudo dito em cima!)

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  31. Tive o mesmo pensamento que tu quando vi essa noticia!! tristeza

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  32. Sou aluna do 10ºano e, pode não parecer mas, acho que as coisas já mudaram imenso desde o meu 4ºano.
    Na primária sempre fui ensinada por uma professora exigente que nos tirava os intervalos quando não tínhamos feito os trabalhos, que nos puxava as orelhas quando tínhamos o comportamento errado e que nos mandava trabalhos para casa TODAS AS FÉRIAS. Na altura queixava-me mas no fim a minha turma foi a que teve as melhores classificações nas provas de aferição (ou Exames, como preferirem).
    Na minha opinião, e não falando só do 1ºciclo mas do ensino em geral, acho que a culpa de os resultados serem desastrosos não depende só dos professores mas também dos alunos e dos pais dos alunos. Algo que venho a reparar é que os alunos já não têm respeito pelos professores e muitos professores não se dão ao respeito. Anteriormente referi que os pais também têm culpa no cartório isto porque em vez de se preocuparem em ajudar os educandos a ter melhores resultados não, limitam-se a dar-lhes mais uns trocos para irem às festas mais badaladas.
    Se ninguém fizer nada, se ninguém se manifestar e lutar por um ensino melhor então aí esqueçam a valorização pelo ensino. Se continuarem a achar esses resultados satisfatórios então no secundário se a média for de 7% será espectacular?! Assim não podemos continuar.
    Somos um país cheio de cultura e de história, não podemos ser um país de analfabetos!


    Peço desculpa se a minha escrita não se faz entender ou se tenho erros ortográficos.

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  33. E como é que se sai da universidade sem saber que nota média de 53% nao é o mesmo que 53% de positivas?

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    1. A nota média não foi de 53%. 53% foi a percentagem de alunos que teve nota entre 3 e 5.

      Na verdade, a nota média nacional das provas finais do 4º ano a Português foi negativa, próxima dos 49%.

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    2. LOL ela está-se a referir aos 47% que tiveram negativa!

      100%(total de alunos que fizeram prova)-53%(alunos com positiva)=47% (alunos que tiveram negativa;este valor é quase 50%,quase metade)

      E já agora,53% não é nota média!Uma média não é uma percentagem!!!!!!!!

      E só para que se saiba consta para aí que o exame de português foi dificílimo e cheio de ratoeiras.Diz quem viu a coisa que aquilo não era mesmo exame para a cabeça de meninos do 4º ano!

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  34. Concordo plenamente. A minha mãe fez isso e não me fez mal nenhum. Amo-te mãezinha!

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  35. É vergonhoso o resultado.
    Não tanto porque as crianças não estejam capacitadas, mas pela realidade. Um exame muito desadaptado da realidade, critérios de correcção eliminatórios (erro = a zero) e crianças desculpabilizadas pelos pais de tudo.
    A média é péssima, é, igualmente, vergonhoso que não sejam capazes de escrever na nossa língua, mas não são só os professores que são maus, e os pais, qual a responsabilidade deles?

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  36. Quer um exemplo do que é um exame de Língua Portuguesa no 4º ano, Pipoca? Na composição, se for pedido para fazer um texto descritivo (por exemplo, com base numa imagem) e o aluno se entusiasmar e juntar ao texto duas linhas de um diálogo, tem zero. Tem mesmo zero. Por mais brilhante que seja a composição. Isto foi-me contado por uma professora do 4º ano, que estava amargurada por ver alunos esforçados a terem as notas reduzidas por algo tão pateta como isto. Parece-me que com este tipo de exigência (?) nas correções, nem o Saramago se safava! :) G.

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  37. 53% é um sucesso? E eu sou o pai-Natal então. Eu acho vergonhoso mesmo. É que, como tu dizes, é a nossa língua. Grrr

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    1. E como eu digo, eles têm 10 anos. E o teste era demasiado complicado para eles. Façam melhor, façam! Devem se achar mesmo bons, certo? Falam mal deles, pobres coitados, mas lá no fundo, todos vós falam bem pior!
      Tenho pena de todos aqueles que ainda não pararam de falar mal destas crianças... Mas bem, se fosse o vosso filho (a).. já era diferente, não era?

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    2. Não percebo esta teoria do "eles têm 10 anos". Sim, têm 10 anos e puseram-lhes à frente um exame da quarta-classe e não um exame de acesso à universidade. Eu não sei se faria melhor ou não, precisava de ter dez anos e estar na quarta classe. Olhando agora, à luz dos meus 32 anos, parece-me um exame simples. Não estou na quarta classe, por isso é impossível saber se conseguiria ou não fazer o exame. Mas se fosse o meu filho e se tivesse tido negativa, pode ter a certeza que não me ia limitar a passar-lhe a mão pelo pêlo e a dizer que tinha sido uma vítima do sistema.

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  38. Não percebo qual é a escandaleira dos exames do quarto ano. Vão ter exames o resto da vida amigos, pelo menos começam a habituar-se desde pequenos. Eu felizmente tive a sorte de ter uma professora à antiga que me ensinou a escrever e falar bem, caso contrário muuuuuuitoooooos dos meus trabalhos de grupo iam com erros! É vergonhoso chegar ao ensino superior (su-pe-ri-or) e não saber distinguir há de à, nem saber onde se mete o -lhe nem coisa nenhuma.
    E quem começa com negativa a português no 4º ano não vai longe sinceramente. Ou até vai... mas vai ficar com vergonha para o resto da vida. Eu teria

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    1. Considerações curiosas de quem ali em cima escreveu "actualizar-mo-nos".

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  39. Raquel Andrade18 junho, 2013 09:36

    No meio disto tudo as crianças sao provavelmente as menos culpadas...a culpa é maioritariamente dos pais e dos professores!dos pais pq não lhes explicam a importancia de estudar,nao estabelecem uma hora oara estudo diaria,nao insisten na realizaçao dos TPC's,nao insistem na leitura...depois dos professores pq mts vezes sao pessoas sem competencia para exercer a profissao!ha tempos ia num autocarro e no banco atras do meu ia um professora primaria,a falar com uma colega que disse que só na faculdade percebeu que a multiplicaçao é a sucessão de somas dos mesmo número....como é q isto é possivel???eu percebi isto assim que me foi explicado na primaria e nao sou propriamente um genio....para além disso qd eu andava na escola primaria a minha professora obrigava-me a fazer uma copua todos os dias e corrigia as copias de todos!!!

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  40. É, de facto, uma grande tristeza estes números!
    Concordo plenamente com o que escreveste.. e é igualmente triste certos comentários que são aqui escritos.. =

    Joana - Extensões de cabelo
    http://joana-extensoescabelo.blogspot.com.es/

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  41. viu o exame? Era absurdo para aquela idade. Muitos de nos, que fomos bons alunos toda a vida, se calhar tambem teríamos tido dificuldade com aquele exame naquela idade. nao sei qual é o objetivo da atual política de educação... Chumbar tudo e todos.

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    1. Concordo plenamente! Pena é que esta gente gosta é de falar mal, só que não faz melhor... Mas enfim, é a sociedade a que, infelizmente, pertencemos.

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  42. É vergonhoso, sim senhor, mas não é só culpa dos alunos. Nem sequer dos professores.
    Vi eu dois professores do 4.º ano, da escola onde anda a minha filha(ainda no JI) a chorarem depois de verem o exame. E são óptimos pofessores, exigentes, dedicados. Mas viram que aquele exame não era para meninos do 4.º ano. Estavam com pena em especial daqueles que sabem que são bons alunos e que irão ficar com as expectativas estragadas, porque alguém que não faz ideia da realidade, sentadinho atrás de uma secretária, se lembrou de fazer tal exame. Exigência sim, mas é preciso adequar os conteúdos a leccionar com os exames!

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  43. Por acaso tenho gémeos que tiveram negativa no exame de português, mas desde o primeiro ano nunca tiveram menos de 92% num teste e sempre foram excelentes alunos, tanto que não tiveram que repetir o exame e também não tiveram que estar mais um mês a fazer cópias, vê-se bem que não sabes do que falas, a maioria dos restantes por cento são excelentes alunos e já pensaste que nem sempre é uma questão de burrice!?

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    1. E eu conheço uma aula do terceiro ano, Terceiro! Em que a professora e para mostrar os seus alunos, fez esse exame aos meninos. Muitos não conseguiram, os restantes tiraram negativa e só uma menina, Deus a abençoe que tem tanto de bonita como de esperta, tirou 91 na boa.

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    2. Na escola do meu filho em 120 (+-) alunos apenas houve uma negativa a português. A média foi de 78%.

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    3. Sou o anónimo das 12:04 e venho repor a verdade. Falei com a mãe e a professora dessa menina, e não é bem como eu disse porque só sabia por alto. A professora fez o mesmo exame à classe dela(terceiro ano) sem qualquer obrigação e só por curiosidade, e o resultado foi este. Mais de metade reprovou, um quarto da turma não conseguiu fazê-lo, uns quantos, poucos, fizeram-no com média de 65 e essa menina, bonita e esperta, Deus a abençoe e Guarde, tirou 92, muito próximo do 93.
      Mas a mim não me surpreendeu por aí além. A inteligência e fome de conhecimentos dela, conheço-os eu de ginjeira.

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    4. Já pensaram um bocadinho que seja! que houve situações que houve nervosismo, pânico até! E que crianças até bonitinhas e inteligentes tiraram negativa? Pois, mas para vocês é tudo uma questão de burrice. Parabéns a essa menina, é só pena a mãe que tem...

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    5. Não é a mãe. A mãe, infelizmente, tem o tempo dela todo preenchido como educadora de uma classe dos três anos. E sim! Pode dar-lhe os parabéns porque ela merece-os com toda a justiça.
      Desde o primeiro ano todas as notas dela a todas as disciplinas. (Todas as disciplinas sem excepção) foi sempre Muito bom. Nunca falhou uma.
      E sem ajuda de ninguém porque, como lhe disse, infelizmente, só vê o pai e a mãe bem à noitinha.
      Não é uma questão de inteligência ou burrice, mas sim de prestar atenção e fome de saber.
      E toca viola, pinta e escreve histórias. À maneira dela, mas escreve.
      E sim! É muito bonita.

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  44. Concordo plenamente. Acho muito triste mesmo! Por isso é que depois, chegamos à faculdade, e vemos pessoas que cometem erros inacreditáveis e não conseguem desenvolver um texto em condições...

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  45. Se o exame de portugês se resumisse a gramática, como muitos pensam, se calhar as crianças não seriam tão "burras". Era marrar e pronto.
    Mas esquecem-se que a interpretação aos 9 anos não é (nem pode ser) a mesma de um adulto, ou aluno mais velho.
    Aquele exame, não era, de forma alguma, acessível à maioria das crianças daquele escalão etário.

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  46. Bom dia. Tenho duas filhas gémeas que tiveram 2 a esse exame. Uma delas na sub classificação teve 5 na avaliação da composição e 1 na interpretação do texto (basicamente não percebeu nada do que se tratava e ela até já tinha ido às Berlengas). É desmotivador para as crianças. Consegue imaginar o que isto faz a uma criança de 9 anos, que até escreve bem? E se fosse a Pipoca com 9 anos a fazer um exame destes? Estaria neste momento a fazer o que faz, o teria desistido de escrever?

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  47. Pipoca, tenho 23 anos, estou a terminar a segunda licenciatura, e em muito devo-o à minha mãe! Pelas tarde infindáveis em que me obrigava a fazer ditados! Hoje, orgulho-me, de dar poucos ou nenhuns erros na escrita, orgulho-me de ouvir elogios dos professores pela forma como escrevo! Enfim, quero com isto dizer, que hoje são poucos os pais que dedicam 1 a 2 horas dos seus dias para fazerem ditados com os filhos, e são ainda mais os que pensam que são os explicadores que têm essa obrigação!

    Um beijinho,

    Inês F.

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  48. olá, como tenho um filho de 10 anos que fez o exame e teve 2 estou á vontade para dizer... que ele tem dificuldade na interpretação, tem é verdade... que tem uma letra que não é façil de entender, tem é verdade a professora sempre me disse tudo bem mas que o texto e a prova em si era muito complicada era e isso foi dito pela maioria de professores com quem falei... não era um texto fácil, muito comprido e segundo a professora do meu filho com uns critérios de corrigir que deixaram muito a desejar... jinhos

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    1. pois, e a senhora da as artes da xana acha que fácil tem cedilha! Façil com cedilha e sem acento...

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    2. e já agora: à vontade e não á vontade. Credo, se o filho estudou com a mãe está explicado o chumbo.

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    3. Meteres-te em casa não é melhor? No mínimo, ela mostrou a cara ao invés de ti. EU não mostro a minha não, mas pelo menos não falo mal do facto de ela poder enganar-se numa palavra ou noutra. Porque todos cometemos erros. E provavelmente, ela é melhor pessoa que tu. Que tu e que a Pipoca. E que os outros que ainda não pararam de criticar os erros de crianças de 10 anos. 10 anos! Que fizeram uma prova horrível e complicada para todos eles! Gostaria muito de vos ver a fazê-la...

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    4. "Fizeram uma prova horrível". Não estaremos a cair aqui num certo exagero? Ninguém está a criticar os erros de crianças de 10 anos. O que eu acho preocupante é que TANTAS crianças tenham tido negativa a uma disciplina tão fulcral como o português. E não acho que 53% de positivas seja um valor para congratulações. Se os exames servirem para que os miúdos se apliquem ainda mais, então só posso estar de acordo com a existência dos mesmos. O meu pai tem 60 e tal anos e também tinha exames na quarta classe. E esses sim, pareciam-me bastante exigentes. Mas hoje parece que é crime pôr as crianças a pensarem um bocadinho. Ou lhes fazem a papinha toda ou cai o Carmo e a Trindade e lá vem toda a gente dizer que era muito difícil, muito exigente, muito complicado. É por causa da desculpabilização geral que depois a língua portuguesa é tratada assim, ao pontapé.

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    5. FYI, eu escrevi a partir de casa, bastante confortável até. Eu mostrei a minha cara em todos os meus exames, e foram 19 anos de estudos, e portanto centenas de exames (sem reprovações). Criticar um exame e não saber escrever parece-me bastante parvo. Não aceitar ou não perceber que se a palavra está sublinhada a vermelho no seu ecrã é porque tem erros ortográficos parece-me preguiça ou pura estupidez.

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  49. cara Pipoca, as positivas no exame de Português foram de 49% e não ponha as crianças afazerem cópias. Cópias servem para passar tempo de quem tem preguiça de ensinar! Cumprimentos

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  50. Outra vez eu... Ó pipoca eu que gosto tanto dos seus "post"... Ai ai, tantas vezes eu vejo pessoas exaltadas a reclamar consigo para que antes de os editar, informar-se devidamente... Faça-me um favor a sério (a minha formação é de números)... vá ao site do GAVE (é só gogglar) e veja a prova de portugues de 2013 e depois comente aqui o que acha, na sua opnião de escritora, do texto que aqui se fala. Isso é que era um serviço público para estas mães exasperadas. Beijinho

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  51. Felizmente o meu filho mais velho que tem 9 anos fez os exames e teve boas notas, acabou por ter 4 a português e 5 a matemática, embora confesso que vi o caso "mal parado", pois o Afonso deixou um grupo inteiro por fazer no exame de português porque pensava que seria para fazer depois do intervalo!!! Foi a primeira vez que houve exame deste género e nem os professores sabiam como iria ser...felizmente era o que valia menos mas também era o mais fácil (gramática)...valeu-lhe o 5 à escrita...
    Os professores eram todos da opinião que os textos eram desadequados para o 4. Ano e sem dúvida que eram...mesmo eu que sou bióloga achei o primeiro texto (de uma expedição científica às Berlengas) nada fácil. Por outro lado, acho que ode matemática era bem acessível apenas 3 ou 4 perguntas eram mais difíceis para distinguir os melhores.
    Em conclusão,mesmo eu, que sou das maiores críticas do estado actual da educação, não posso concordar com o conteúdo do seu post, pois neste caso não é assim tão linear. Eu até acho que de há 2 anos para cá o ensino no 1. Ciclo está muito melhor e mais exigente e normalmente quando são menos bons ficam para trás.

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  52. É verdade...esqueci-me de referir que os alunos que chumbaram ficaram mais 3 semanas na escola e penso que depois têm de repetir o exame (não sei se já alguém tinha referido isto atrás...).

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  53. Concordo plenamente! É absurdo congratularem-se com 53% de positivas num exame, em qualquer exame, não apenas exame da 4ª classe aqui em questão.
    Tive a oportunidade de ler o enunciado e o exame não era assim tão difícil! Aliás acho ridículo um exame de português ter tantas perguntas de escolha múltipla e tão poucas de desenvolvimento. A gramática era de caras, os tempos verbais os mais fáceis, todos do modo indicativo, e as palavras para preencher os espaços as mais comuns, são as que são dadas frequentemente como exemplo de palavras homónimas, homófonas e homógrafas…
    Composição de 90 palavras! “Era ver os coitadinhos a contar palavras…” em cinco parágrafos escrevem-se 90 palavras sem dificuldade. E alunos da 4ª classe têm de contar 90 palavras enquanto o diabo esfrega um olho.
    Na minha altura escreviam-se composições, relatos de página inteira em que por maior que fosse a nossa caligrafia tinham pelo menos umas 500 palavras.
    Os critérios de correção atém podem ter sido apertados mas em perguntas de escolha múltipla e espaços não existem muitos critérios.
    Este país é uma vergonha os pais culpam os professores, os professores os pais, e todos culpam o sistema, os pais têm de aprender que os professores para ensinar os alunos têm de querer aprender e saberem comportar-se na sala de aula. E os professores para ensinar têm de ter vocação e saber impor respeito.
    Com pais a escrevem barbaridades como a conjugação do verbo ficar no futuro – ficaram em vez de ficarão… trocar há por à, não podem acompanhar os estudos dos filhos nas escolas pois se acompanhassem saberiam distinguir estas matérias que fazem parte do programa.
    Desculpem as criancinhas… tadinhas não sabem mais, ficaram desiludidas, pois bem só com a derrota e a desilusão se aprende a dar valor às conquistas e vitórias.
    Para fazer um exame são pequeninos para terem telemóveis e tablets de última geração para jogarem jogos de adultos são inteligentes e responsáveis! É país que temos!

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    1. Esquece-se é que muitos pais bem gostariam de saber escrever melhor, mas não tiveram essa oportunidade.
      É muito fácil criticar de barriga cheia!

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  54. Pipoca, subscrevo integralmente a tua opinião, o que não tão frequentemente acontece,mas não é por isso que deixo de seguir o blog, muito pelo contrário, não estou interessada em ouvir maisdo mesmo, a mentalidade das pessoas só se constrói com opiniões divergentes. Ainda por cima a tua escrita é sempre tão directa e frontal, sem paninhos quentes, eu não sou assim nas minhas opiniões exprimo muitas vezes as dos outros, concordo nisto e porque?, discordo totalmenteporque penso assim e assado. Por isso estava muito curiosa para saber o que pensas acerca da greve de professores no passado dia 17.

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  55. Não acredito que existam muitos pais de crianças que andem na 4ª classe que não tenham pelo menos eles a 4ª classe!
    Por isso têm pelo menos a obrigação de escrever português decentemente!
    A minha mãe tem apenas a quarta classe e escreve muito bem português e não dá erros ortográficos.
    Agora existem muitos portugueses e portuguesas que são agora pais que quando estudaram não souberam aprender, tive muitos colegas de escola que pouco se importavam se aprendiam ou não!
    E se continuam a falar e a escrever mal é por opção porque somos um pais pobre mas ainda existem bibliotecas, internet e até as “novas oportunidades”, o conhecimento nunca esteve tão acessível mas é preciso querer alcança-lo.

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  56. Completamente de acordo! 53% de positivas é péssimo... Temo por esta criançada.

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Teorias absolutamente espectaculares

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