Quando há uns meses os Hotéis Real me falaram do projecto das Aldeias de Crianças SOS, achei-o logo diferente e interessante. Na altura, por estar fora do país, não pude juntar-me a uma acção de solidariedade, mas agora, quando me foi feito novo convite, aceitei de imediato. Ora bem, antes de mais nada, convém explicar um pouco o trabalho promovido por esta instituição. As Aldeias foram criadas na Áustria em 1949 e, neste momento, estão presentes em 133 países, acompanhado as crianças e jovens que se encontram em situação vulnerável (que perderam o apoio parental ou estão em risco de o perder) e promovendo o seu pleno desenvolvimento e autonomia através do acolhimento, prevenção e fortalecimento das suas redes familiares e sociais. No fundo, a base de tudo. A ideia é simples: cada criança necessita de uma mãe, cresce com os seus irmãos e irmãs, na sua própria casa e dentro de um ambiente de ajuda mútua dentro da aldeia. As Aldeias de Crianças SOS acreditam que é na família que as crianças podem alcançar o seu bem-estar a todos os níveis, por isso procuram desenvolver esse ambiente no seu espaço. Cada casa pode levar até seis crianças que são "controladas" por uma mãe voluntária. É a ela que cabe a integração e educação das crianças,  é a ela que cabe tratar das refeições, de lhes dar amor, de as orientar no estudo, sempre numa base de entreajuda. No fundo, como se de uma  verdadeira casa se tratasse.