Pub SAPO pushdown

segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Esta manhã, logo pela fresquinha, devia ter ido a tribunal testemunhar num caso de (alegada) violência doméstica. Não me chateou que a polícia me tivesse aparecido em casa para me notificar quase à uma da manhã. Também não me chateou que me ligassem hoje ainda o sol não tinha nascido a dizer que a notificação ficava sem efeito, que se tinham enganado, e que depois logo seria chamada outra vez. Tudo bem, são coisas que acontecem. Não me chateei por ter mudado a minha agenda toda para poder ir a tribunal e por ter andado a enviar mensagens a desmarcar coisas às tantas da manhã. E por ter estado a incomodar um amigo advogado. E também tentei não me chatear com a pilha de nervos que apanhei à conta disto. O que me chateou mesmo, a única coisinha, foi que a polícia me tenha dito que "a vítima está a mostrar sinais de querer voltar para o agressor". Oh que caraças! Eu não conheço a vítima de lado nenhum, nem o agressor, mas quem ficou com vontade de pregar um par de lambadas nos dois fui eu. Está certo que há muitas versões de uma mesma história, que só quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro, e blá-blá-blá-Whiskas-saquetas, mas porra, não podendo revelar detalhes do caso, posso dizer que vi aquela mulher com a cara desfeita e que a tentei ajudar. E agora quer voltar para o namorado e habilitar-se a não sobreviver para contar história. Está bem, está certinho. Resta-me esperar que se voltar a ser notificada não o façam à uma da manhã. Quanto ao resto, já perdi a fé no mundo.

64 comentários:

nel disse...

meh...não entendo as pessoas.

Simplesmente Ana disse...

Há coisas que me revoltam de uma maneira...! A violência doméstica está no topo.

Só Maria disse...

Enfim... Quantas!!
http://de-sabafo.blogspot.pt/

Paula disse...

Pode estar a ser coagida e estar com medo. Normalmente é o que acontece...

vidademulheraos40.blogspot.com

MyNameIsTooWeird disse...

Meu deus..Acordem mulheres deste país!!

homem sem blogue disse...

Tantas histórias assim...

homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt

Unknown disse...

Quantas não voltam.. É um assunto muito serio e muito delicado!

Cristina disse...

No teu lugar, pulava fora! Nessa situação, eles que se entendam. Eu não aceitava mais nenhuma notificação (muito menos a essas horas, porque nem a porta lhes abria).

Anónimo disse...

É cmplikado. Minha mae supurtou 14anus d agrexoex pois nao tinha cumu sozinha sustentar 3filhos pequenus. Mal fiz 16anus cumecei a trbalhar e exigio o divorcio ou saia d kaxa. Minha mae ganhou coragem e boto.o fora da porta. Por ixu n falem do k nao xabem! Pois mzmu dpx do divorcio meu pai a agrediu xamamux a policia e nada fizeram.

Unknown disse...

Tive a infelicidade de ver uma amiga ser mal tratada durante vários anos, e apesar dos esforços dos pais e amigos para que ela não voltasse para ele ela voltou!
Vivem juntos agora.
É triste saber que estas pessoas estão completamente subjugadas ao agressor e nada fazem para mudar isso e nem ajuda aceitam!

my precious L. disse...

Infelizmente, conheço algumas situações assim. De mulheres que comprometem até o sigilio das casas de abrigo para estarem com eles. É triste e leva-me a achar que o problemas não está só nos agressores mas também nas pessoas que desculpam a violência. Essas também precisavam muitas vezes de sofrer sanções jurídicas. Podia ser que assim aprendessem o que a auto-estima não lhes está a conseguir ensinar.

Anónimo disse...

Podendo ou não estar a ser coagida, uma vítima de violência doméstica, a meu entender, deveria SEMPRE ter acompanhamento psicológico durante e após o desenvolver do processo (penso que não aconteça, que alguém me corrija se estiver errada). Compreendo que seja fácil condenar quem volta para relações violentas, eu própria também o faço, mas de facto só pode ser um acto de alguém que está muito, muito desequilibrado e precisa de ajuda. É só o que me ocorre.

Quanto às notificações, é uma m*rda, eu também estava notificada como testemunha para um caso de assalto (em que por acaso fui vítima) e foi um anda para a frente e para trás de cartas a notificar, depois a "desnotificar", é uma desorganização total. Mas temos que aguentar porque a não comparência pode dar direito a multa e, em último caso, a pelo menos um diazinho ou dois a ver o sol aos quadrados até compareceres à audiência.

estenaoeumbloguedemoda.wordpress.com

Cátia Henriques disse...

Infelizmente é o mais banal...
O ano passado presenciámos na rua uma zanga de namorados em que ele lhe deu ali em plena praça pública um verdadeiro arraial de porrada. Mais a frente estavam dois policias que corremos a chamar e que se recusaram a ir lá do tipo - Ohh minha senhora, isso é o pão nosso de cada dia, daqui a dois minutos estão aos beijos. E não é que passado um bocado lá passaram os dois, ela meio envergonhada mas lá ia de cabeça baixa, mão dada com ele...
É quase um "modo de vida" que me ultrapassa... :(

erambonecasdepapel.blogspot.pt

Pedro disse...

Numa discoteca de Lisboa vimos um gajo a espancar uma moça. Um amigo meu foi lá afastar o gajo e ajudar a moça a levantar-se e eis que ela se vira a ela ajudando o gajo à molhada com o meu amigo. A reacção dela fez-nos demorar alguns segundos para reagir e ajudar o nosso amigo. Quando tudo acalmou só dissemos " q ele te esborrache a cara toda da próxima vez".

Não percebo e nunca hei-de perceber como uma mulher, jovem, nos dias de hoje aceita e se submete a tal tratamento. Antigamente consigo perceber os motivos para o aguentar tamanho sofrimento. Agora mulheres com carreira, com bons salários e aceitarem esta situação?

Então quando vêm com a conversa do "amor"...Ui

Anónimo disse...

Nós não escolhemos o nosso pai, a nossa mãe, os nossos irmãos...enfim, a nossa familia, mas nós escolhemos o nosso companheiro, o pai dos nossos filhos e bolas faz isto com gosto e com algum critério!! Bate com a porta quando não te sentes valorizada, quando te sentes desrespeitada e principalmente quando em causa está a felicidade dos teus filhos!!
Os nossos antepassados estão repletos de maus tratos para com as mulheres, mas estas tinham muita pouca escolha e a própria sociedade aceitava de forma muito natural esta forma de viver. Hoje, salvo algumas excecões, sabemos que muitas fazem esta escolha, tem a sua inedependencia, são inteligentes e informadas, mas vivem "bem". Alegam muitas desculpas, como a casa, a educação, o conforto dos filhos. Qual é o miudo que quer ter um quarto, uma playstation só pra si quando os pais andam a partir a cozinha toda??? Não há nada mais angustiante para um filho do que ver, constantemente, uma revolução instalada em casa. São mágoas, angustias e medos que levamos ao longo da nossa vida e não há bem material nenhum que compense a paz e o amor. NENHUM!!!

Anónimo disse...

A porrada é lixada, mas o dinheirinho/status social e boa vida são melhores.
Evidentemente que ninguem defende os agressores, mas também é verdade que muitas vitimas sujeitam-se porque "dá jeito".

Enfim

Anónimo disse...

Infelizmente essa é a situação mais comum. Os agressores são geralmente muito manipulativos e as vítimas muito frágeis. Ele faz crer que se arrependeu, que não volta a acontecer e blabla, e a vítima perdoa, porque foi a primeira vez e porque ELA fez não sei o quê que o irritou. Quanto mais longa tiver sido a relação pior, porque maior é a intimidade. Tem que ver com o fenómeno de inclusão do outro no self. Quando falamos dos outros geralmente referimo-nos a eles em termos de traços psicológicos (ele fez y porque é burro), enquanto que quando falamos de nós explicamos os nossos comportamentos em termos situacionais (eu fiz y porque dormi mal nessa noite). Numa relação romântica passamos a descrever o outro como se ele fosse nós mesmos, ou seja, "ele bateu-me porque eu falei com o porteiro e eu não devia ter feito isso". Assim, a vítima passa a desculpabilizar o agressor com base em situações e culpa-se a ela mesma. E apesar de ter momentos de "luz" e tentar sair da relação, isso será tanto mais difícil quanto maior a frequência ou extensão temporal das agressões. Ou se salta fora após a primeira agressão e a pessoa é resiliente o suficiente para não voltar atrás, ou só quando houver uma ameaça à vida ou a outra pessoa próxima da vida (um filho, por exemplo) é que ela pode resolver sair da relação, e mesmo assim é raro que aconteça nestes últimos casos.
É um fenómeno psicológico difícil de explicar, e muito difícil de compreender e aceitar por alguém que nunca teve na situação, mas acho que é possível comparar com uma adição, uma toxicodependência. O agressor é a droga, que vulnerabiliza e fragiliza a vítima, e quanto maior o uso da droga, maior a dependência e incapacidade de se libertar.

Hei-de fazer a minha tese de mestrado sobre isto e na altura saberei explicar melhor!

Anónimo disse...

Oh pá, doa a quem doer,na minha opinião, a mulher que volta para um homem depois de este lhe partir a cara merece é levar mais por cima!! Antigamente até compreendia, as mulheres não tinham como se sustentar, a sociedade achava mal, a família não apoiava, bla bla bla. Mas hoje em dia??? Sofrem agressões durante o namoro e ainda casam por cima.

Eu namorava á 3 anos com um rapaz, no dia que ele se lembrou de me dar um estalo, ACABOU. Pediu desculpa, chorou, disse que tinha bebido demais e não mediu a força, jurou que nunca mais acontecia, etc. Realmente nunca mais aconteceu... mas porque eu não quis, cortei o mal pela raiz. Se custou? Custou. Se eu gostava dela? Gostava, e muito. Mas gosto muito mais de mim.

Joana

Dondocs disse...

Não entendo essa maneira de pensar. Mas a verdade é que há mulheres que gostam de ser mal tratadas...

Chic Maria disse...

Eu ficava era sem vontade nenhuma de a ajudar novamente. Tb não percebo...

Nossa Senhora da Procrastinação disse...

Não foi a primeira e, infelizmente, não será a última...

Francesca disse...

Pois....

Pipoquinha.... faz-me este favorzinho.... :)

que tu e os todos os teus queridos leitores, pessoas de bem e sempre dispostas a ajudar, fossem aqui abaixo

http://mefrancesca.blogspot.pt/2013/02/precisava-assim-de-um-grande-favor.html

e me respondessem ao inquérito sobre saúde/alimentação saudável que preciso urgentemente para um trabalho.

É por uma boa causa. Pode ser?

Mil Obrigadas!!!

Anónimo disse...

Este é o tipo de pessoas de quem não podemos desistir pois precisam verdadeiramente de ajuda. Só volta para o agressor quem está só, sem ajuda de ninguém, sem saida mais viavel.

Em relação ao resto processava a policia, digo eu, sei lá, mas percebo a tua revolta.

Anónimo disse...

Só queria lembrar-lhe que, actualmente, já não existem muitas carreiras nem bons salários... Infelizmente, não estamos onde estávamos há 10 anos. (E não, a falta de liberdade financeira não é uma desculpa esfarrapada. Antes fosse.)

Anónimo disse...

Pipoca, não digas que "perdeste a fé no mundo" neste contexto. Posso dizer-te que casos destes , de violência doméstica, são sempre muuuito mais do que aquilo que aparentam e todos nós, seres humanos, temos uma certa tendência de generalizar as coisas - é inato, não vale a pena. E eu não critico a sua opinião, então a Rihanna também não voltou para o mocinho? Também não entendo isso e, obviamente, não acho normal. Mas há sempre casos e casos, um enredo grande... E mesmo que continuemos a não concordar, não podemos pensar nas coisas de forma linear.
Porque, quem não passa pela situação, sendo ou não a vitima, vai sempre dizer "que burra, então é porque gosta" / "se fosse eu, nunca me apanharia de volta". Não sabemos o amanhã...
P.S Espero que não leve como critica o meu comentário, mas espero também que entenda o meu ponto de vista! Beijinho

Anónimo disse...

"Merece levar mais por cima"!!!! "Há mulheres que gostam de ser maltratadas"!!!! Mas este povo está parvo? Ajudar uma vítima de violência doméstica é extremamente difícil mas uma pessoa com valores não vira as costas a uma coisa destas!

A maior parte das mulheres que são vítimas de violência não tem auto-estima, acredita que de algum modo merece o que se passou. Acham muitas vezes que se forem melhores, que não voltará a acontecer, culpabilizam-se pelo agressor e caem sempre no conto do coitadinho, porque homem que bate em mulher também tem anos de experiência em manipular.

Deixo aqui uma questão: Aqueles que querem forçar uma mulher a abandonar uma casa, uma realidade familiar, não estarão eles também a violentar uma vítima com comentários como os expostos aqui?

Annabelle disse...

Não, perder a fé no mundo é que não pode ser! Então, prestes a ser a linda mãe de um pimpolho todo bonito e fresquinho e tu perdes a fé no mundo? Nada disso. O mundo pode não estar grande coisa, mas ainda há pessoas na terra que podem fazer a diferença. Pelo menos tenho esperança disso. Pensamento positivo, que o feijão que aí tens já sente esses teus estados de espírito ;)

Ana Campos disse...

Eu não percebo como é que uma mulher volta para um homem que a maltrata, muito provavelmente porque (felizmente) nunca assisti ou tive conhecimento desse tipo de situações entre as pessoas que me são próximas. Por isso mesmo não me sinto capaz de fazer juízos e tecer considerações superficiais sobre o assunto. Fico muito mais perplexa com o tipo de raciocínio patente nalguns comentários (alguns provavelmente tecidos por mulheres): merece é levar mais?! há mulheres que gostam de ser maltratadas?! não deixa o marido para não perder status social?! não te metas, eles que se entendam?! - Façam um favor a vocês próprios e não falem do que não sabem.

Girls Code disse...

Há qualquer coisa que não bate certo. A senhora dar sinais de querer perdoar o marido não faz com que o procedimento criminal fique à espera do "afinal até gosto de levar na cara, desculpem lá o incómodo".

É um crime público, não permite desistência.

O senhor só não irá a julgamento se na fase de inquérito não houver indícios da prática do crime (o que não será o caso...).

Anónimo disse...

Oh, Pipoca, já assisti tantas vezes a esse filme, do quanto mais me bates mais eu gosto de ti, eu profissionalmente já lidei tantas vezes com isso que dá mesmo vontade de lhes bater ainda mais quando 399 vezes depois se veem queixar de levarem porrada, para logo a seguir irem a correr para os braços deles! Cambada de gente doente.
Beijos! Célia R.

S disse...

Parece que o "ciclo" de agressão é mesmo assim, a vitima acaba por voltar para o agressor por uma série de razões que nos parecem absurdas para quem está de fora! A lei deveria ser de forma a mesmo assim manter a queixa e os trâmites legais todos a correr na mesma num caso desse género!!!
Bj S

Paula disse...

Acho que já explicaste muito bem Margarida!
vidademulheraos40.blogspot.com

Anónimo disse...

Não me venham com conversas ....
uma grande parte das vitimas já era vitima quando namoravam.
Ninguem está a desculpar os agressores. NUNCA HÁ DESCULPA PARA AGREDIR.
Mas as verdades são para ser ditas.

Muitas vitimas são vitimas porque não cortaram o mal pela raiz logo no principio e porque dá jeito.

O que nao falta sao casos de vitimas que apanharam porrada VARIAS VEZES (seja de que tipo for) quando ainda namoravam e mesmo assim continuaram com os agressores.
Merecem ser ajudadas na mesma, como é obvio, mas a analise dos factos tambem deve ser feita de forma objectiva para que essa ajuda seja REALMENTE EFICAZ


Anónimo disse...

No passado sabado tive de ir ao hospital (nao por essas razoes9 e das poucas pessoas que tavam na sala de espera 3 eram mulheres com olhos negros, uma delas tinha sangue a volta do olho.. uma tava com o namorado e entraram no hospital a discutir, a outra tava ao telefone toda contente a falar com amigas como se nao tivesse nada e a outra tava sozinha e muito triste estas situaçoes e ver mulheres que se sujeitam a ixo e o pior e k a maioria nao deixa msm a pexoa c kem ta:(

Anónimo disse...

é demais

Ana Lima disse...

falo por mim, comecei a namorar com 14, e so aos 18 e q consegui por fim a relaçao q me causou tanto mal... e sim, neguei ajuda, vezes demais ate. mais tarde precisei e nao a tive...sim, deixei as coisas andar por receio do q acontecesse, pq depois "ja era mto tempo de relacao", e acima de tudo pq era de tal maneira manipulada q nao tinha como pensar e ver as coisas doutra perspetiva... vcs q estao por fora da situaçao veem todas as soluçoes e possiveis ajudas e saidas, mas qem esta nesta situaçao nem sempre consegue colocarse doutra perspetiva para perceber o q esta errado, qem tem culpa e como se pode resolver... nem tudo e preto no branco

Andreia Cardozo disse...

excelente explicação Margarida! ainda assim, quando pensamos que estamos a ajudar alguém a sair daquele buraco, daquela situação, que somos de facto capazes de ajudar! torna-se frustrante apesar de toda a compreensão possível que possamos ter.

Anónimo disse...

Noutros tempos era mais complicado saltar fora - o que não desculpa, de todo, a situação.
Apesar do problema que enfrentou, por favor, não escreva assim.

Anónimo disse...

Bem, também não se pode assumir q qualquer mulher com um olho pisado seja automaticamente agredida por um marido ou namorado!

Anónimo disse...

Ah rapariga. Abençoada! Fossem todas como tu.

Ana disse...

É que eu saltava já fora disso! Ela que se amanhe. Dá-me uns nervos essa gente ser uma cambada de ingratas. Então uma pessoa dispõe do seu tempo e paciência para ajudar e eles voltam para os agressores?!

É porquê? Por dar uma trabalheira desgraçada mudar o contrato de arrendamento? Por ter de dividir os filhos aos fins de semanas e férias? Por problemas de dinheiro?

Epá, eu acho que há coisas que o dinheiro não paga, nomeadamente a nossa saúde e a nossa paz. Essa gente é mas é burra que dói. É como a história das mulheres q se metem com homens casados. Eles trocam as esposas por elas e ainda acreditam que não vão ser elas as próximas encornadas/despachadas? Hé mulheres burras mesmo! Não são manipuladas, não! São burras, comodistas e poucachinhas.

Nunca um homem me bateu mas podem estar certas (sim só quem está dentro do convento é que sabe o que vai lá dentro, mas eu ainda tenho cérebro e sei analisar os comportamentos das pessoas com quem partilho a vida) que um homem só me bateria uma vez. Andaram os meus paizinhos a trabalhar que nem uns mouros para me criar e nunca me bateram e vem um matrafão que não é do meu sangue bater-me? E se me pedisse desculpa de seguida e me dissesse que amava quem levava na tromba era ele. Amor é amor, doença é doença.

Anónimo disse...

Exactamente! Apesar do Marinho Pinto querer que seja diferente, em que a vítima tem sempre a possibilidade de voltar atrás, mas, como o crime continua a ser público, também não entendo o que foi escrito no post.

Dona Ju disse...

Não percebo muito bem algumas situações que se passam na nossa sociedade. Antigamente o marido batia na mulher e era porque ela fazia alguma coisa, ou porque a roupa nao estava lavada ou a comida fria ou a agua do banho nao estava na temperatura correta, as mulheres sempre se calaram porque era uma vergonha acabar com o casamento. A sociedade parece que decidiu abrir um bocadinho os olhos e lembram-se que agora sim vamos ajudar aqueles que sofrem com agressões, sejam mulheres ou homens, vamos ajuda-las a ultrapassar esta fase, vamos a tribunal levamos todas as pessoas que tem conhecimento do caso, levamos a familia, os amigos e desconhecidos e vamos fazer frente aos que agridem. E metemos meio mundo ao barulho para depois voltar para o mesmo? Bom pipoca sinceramente as suas chapadas seria pouco para a abrir os olhos a essas pessoas!

O mundo não tem solução mesmo!

Anónimo disse...

"a mulher que volta para um homem depois de este lhe partir a cara merece é levar mais por cima!!"

Bolas! Quem não queria nada contigo era eu!

Anónimo disse...

Quanto ás perguntas de "não sei como é que uma mulher fica com um homem que lhe bate" é simples basta pensar que nenhum homem bateria numa mulher se não soubesse que podia. Simplesmente manipulam-nos ao ponto de que a unica coisa que temos na vida são eles e depois arranjamos-lhes desculpas " se calhar eu também falo demais" , "coitado anda tão stressado do trabalho". É daquelas situações que não se pode falar sem estar lá mas também é necessário que nos mostrem que não podemos voltar ou morremos de certeza.

Anónimo disse...

Sim, é verdade. É preciso ter estômago. Porque no máximo só podes apoiar e nunca obrigar a pessoa a agir

Anónimo disse...

ja passei por essa situacao e concordo com o q disseste.. e muito dificil ter "tomates" aceitar que a nossa vida, o nosso sonho esta a falhar e decidir mudar, enfrentando tudo e todos. Pipoca, essa pessoa enquanto nao perceber q a culpa nao e dela e q ela tem valor, vai sempre perdoar, porque acredita q se ele lhe deixar de bater e ficar c ela e pq ela afinal vale alguma coisa. e triste mas e verdade. ja passaram 2 anos desde q me separei e ainda hj choro qd me lembro. nao e facil para as vitimas, mas para a sociedade é sempre mais facil criticar, sempre foi..

Anónimo disse...

mas e o mais normal que seja, pk tanta mulher há de ter o olho negro? uma via se k era de soko ainda a k tenho duvidas k n tenha xido do genero era a k tava ao telefone pk tinha pinta d xer do genero d goxtar de andar ai a porrada, agora ax outrax duax, uma entrou a dixcutir c o namorado e a k tava xozinha tenho kuaxe certeza k xo podia xer exte tipo de xituaçao pela forma k a xenhora extava.

S disse...

Posso falar por experiência própria - o meu namorado bateu-me, deixou-me com um braço negro, com o lábio a sangrar e com o tlm partido(...) e naquele momento não tive reacção.. mas saí dali, cheguei a casa contei aos meus pais, mudei de número, de mail, apaguei a conta no hi5 (na altura era hi5 :p) e nunca mais o vi... e a única coisa que hoje me arrependo é de não ter dado queixa dele. Fico enojada só de pensar nele, aliás ainda tremo só de pensar na situação.
Não consigo perceber como é que há mulheres que são vítimas de violência, continuam com os namorados/maridos e ainda conseguem arranjar mil e uma desculpas para explicar a situação como se fosse algo normal. É necessário ter amor próprio antes de gostar/amar alguém ...

Anónimo disse...

Só há um tipo de pessoas que consegue compreender uma atitude dessas: quem por lá já passou... e por isso penso que não se deve julgar mas sim ajudar.

E vou tentar explicar melhor: a pessoa só se vai libertar quando realmente se convencer a si própria que há vida depois duma relação dessas. Quem está numa situação dessas
a)não gosta de apanhar, como muitos dizem - ninguem gosta!
b)tem baixa autoestima
c)sente-se inferiorizada - normalmente o agressor mantem uma posição de superioridade quer seja financeira quer seja social e faz questão de o demonstrar
d)sente-se sozinha - é muito raro alguem compreender este tipo de situações e por isso o simples acto de desabafar com alguem é logo sinónimo de criticas e repreensões
e) a pior dor nem é a física, nem é a da vergonha de se apanhar em publico, mas sim a dor psicológica, a espiral de sofrimento em que a pessoa se encontra
f) e para finalizar normalmente o agressor tem o dom de se mostrar extremamente carinhoso e arrependido após cada agressão o que alimenta a esperança de que as coisas vão mudar e há ali um fio de esperança que alimenta a reconciliação.

Posto isto tudo, não tentem compreender pois não vão conseguir. É como alguem que nunca teve uma depressão tentar compreender atitudes que se tomam em situações de depressão. Se tiverem alguma amiga numa situação parecida dêem colo, dêem consolo, dêem bons conselhos mas nunca julguem. Só a vai afundar ainda mais.

E não pensem que quem está numa situação dessas é fraco, que a nós isto e aquilo, eu tambem não diria que alguma vez me acontecesse mas aconteceu! E libertei-me, mas antes de me libertar caí algumas vezes. Sozinha. Sempre sozinha.

ANA! disse...

és mesmo triste... nem acredito que escreveste isso.. tens sorte em nunca ter passado por nada disso senao tinhas outra opiniao.. burra!!!!

Ana disse...

Sim, tenho sorte tavez. Mas lá está, se passasse só passaria uma vez. Com o q é q não concordas? Com o facto destas mulheres serem burras? Então o q serão? Alem de masoquistas e egoístas, as q envolvem filhos nisto? Se calhar um dia destes engulo cada palavrinha destas mas espero que Deus me leve antes de mudar tanto a ponto disso. Just mt 2 cents

Anónimo disse...

Joana, 100% de acordo contigo. Tantas tretas psicológicas a explicar o inexplicável. Tu disseste tudo, quem leva a primeira e aceita, é porque gosta de apanhar.

Anónimo disse...

Ana, completamente de acordo.

R. disse...

Há situações inexplicáveis e tenho muita pena de quem sofre de violência doméstica. Infelizmente, apercebo-me que tal acontece cada vez mais em casais jovens e em pessoas que não estão dependes do outro e por conseguinte sem motivo nenhum para continuarem numa relação destrutiva.

Anónimo disse...

Como homem que sou, até admito que uma ou outra discusão e troca de palavras, já no limite da paciencia, se faça.Agora, bater? Nunca! Não se faz. É feio e triste. E serve para os dois lados. Há pessoal que não bate bem da tola.

Anónimo disse...

Mto bem Margarida. E para confirmar o que dizes, lembro de um caso da zona onde moro, em que uma mulher pedia insistentemente que o marido lhe batesse cada vez mais. É assusador, estúpido e parece irreal, mas era verdade... tal era a dependencia que ela tinha dele.Ou melhor, do seu controlo sobre ela.

Ana disse...

Exactamente! Com a agravante que se um puto cresce achando isso normal, um dia qndo casar vai achar normal a sua propria esposa levar porrad E se for uma filha vai achar normal ter de levar na tromba pq a mae tbm o fazia. Os nossos pais sao os nossos maiores exemplos. As mulheres envolvidas em violencia domestica ate disso se esquecem.

Ana Campos disse...

Mas o que é que a Ana sabe sobre a história da senhora para estar a fazer esse tipo de juízos e chamá-la burra e ingrata? A Ana sabe tanto como nós, que não conhecemos a senhora... nada...

Ana disse...

Ana Campos, sei o que a Pipoca contou e para chegar a algumas conclusoes chega. Já viu a quantidade de gente que mobilizou o espancamento a essa senhora? A quantidade de gente que sente pena dessa senhora por ve-la com a cara desfeita e que torcem para que o marido seja punido, e ela mostra sinais de querer voltar para ele?! Para mim isso é burrice e ingratidão sim. É a minha opinião e admito que as hajas diferentes da minha. A minha é esta.

ANA Aleixo!! disse...

as pessoas falam mt a toa, pq vivemos numa sociedade em que falar mal e criticar é sinonimo de nos sentirmos grandes mulheres, tenho pena de ter o mesmo nome que tu.. mas o meu escrevo-o com maiusculas. ja tu, deves ter uma vida mt frustada para dizeres o que dizes. eu posso falar pq fui vitima de violencia domestica durante 2 anos, e NAO FOI NADA FACIL. saí, consegui sair. mas sozinha, pq a sociedade e a familia e os amigos pensavam como tu, que as vitimas sao vitimas pq querem. MENTIRA!!! SO QUEM PASSA POR LA E QUE SABE. AS Q NAO PASSAM, PARABENS... MAS NAO CRITIQUEM O DESCONHECIDO.
Pipoca, na minha opiniao devias ajudar o maximo q conseguires, pq mais cedo ou mais tarde, essa senhora vai perceber que ainda existem caminhos diferentes e melhores para ela.

Ana disse...

Mas tu achas que por escreveres o teu nome em maiúsculas te tornas mais mulher que eu? Ganha juízo.

Para começar, nunca disse que ser vítima de violência doméstica era fácil. E isso tu melhor que eu há-de saber. E é tão mau que saíste dessa.

E fica a saber que não sou frustrada, sou muito feliz e realizada se te interessar saber. Sou feliz mas faço por isso. Tal como tu fizeste. Porque saíste? Porque o que viveste decerto que não é vida para ninguém. Não estás melhor agora? Há dinheiro no Mundo que pague a paz que tens agora e que não tinhas antes?

Uma mulher que volta para um agressor e que se deixa levar pelas falinhas do "amo-te tanto e vou mudar e bla bla bla" há-de ter razões para isso mas eu não as compreendo, boa? Sou obrigada a compreender? Não te apresses a responder porque respondo eu: NÃO SOU! Não sou porque entre escolher a violência e a paz eu não hesito. E porque gosto de mim acima de tudo. Porque acho que mereço mais que uma vida amedrontada.

Fico imensamente feliz que estejas livre desse traste agora. Mas a minha opinião não muda. As mulheres, até as que não trabalham e que, por isso, não têm rendimentos, são ajudadas. Só têm de QUERER sair dessa vida.

Agora olhando para trás não achas que foste burrinha por ter aturado 2 anos disso? É uma pergunta sincera. Agora vês as coisas com mais clareza com certeza, mas ainda assim faz-me confusão uma mulher que vive no meio de tanta violência e que não sai dessa vida.

Os homens só manipulam as mulheres porque elas deixam. Se ao primeiro estalo tivessem jogado as malas do homem porta fora acabava-se o jogo da manipulação.

É como as traições. Meti os patins a um assim que soube que o fez uma vez porque quem faz uma faz duas e a mim não me fazem duas iguais.

Não precisas de concordar, ok?

Anónimo disse...

Julgar é fácil. Mas entender o ciclo, ou pelo menos tentar pesquisar sobre ele não é difícil. O agressor nos casos de violência doméstica é um manipulador nato. Começa como o homem perfeito. Atencioso, romântico, ela é o centro das atenções. Vai convencendo a mulher que só ele a entende, mais ninguém. Controla-lhe todos os passos convencendo-a que assim a protege. Aos poucos, já ela rendida e completamente apaixonada, o cenário está montado. A presa está na teia. Então começa a isolá-la dos amigos, da família, a afastá-la de qualquer tipo de apoio que lhe quebre o poder. E nela surge uma dependência extrema dele porque se habitua realmente a estar e a viver para ele porque ele a convence que vive apenas para ela. Começa então o ciclo: a violência psicológica e/ou física, seguida do arrependimento, os pedidos de desculpa, o nao volta a acontecer. Ela cede. E é a fase da lua-de-mel. Por um tempo ele volta a ser perfeito. Até à nova explosão. E de novo a lua-de-mel. E é assim o ciclo. A vítima é enfraquecida, desprovida de toda a auto-estima, e os agressores sabem escolher as vítimas (muitas vezes mulheres fortes mas bastante vulneráveis).
Quantas e quantas vezes mulheres que diziam "nunca admitiria violência doméstica comigo" acabaram vítimas dela.

Só quem passa entende como é difícil quebrar o ciclo.

Lúcia disse...

Eu concordo plenamente. Sou totalmente contra a violência doméstica, sempre fui e sempre serei, mas cada vez mais os valores estão a mudar e as mulheres são mais fracas fisicamente, em geral, mas não psicologicamente. Aos primeiros sinais de agressão,a mulher deverá ter a lucidez de se afastar.
Mas há ainda outra questão que eu gostaria de tocar aqui, e aproveitando o assunto. Não se esqueçam que os tempo de agora são de ressaca de violência doméstica. Infelizmente são muitas as mulheres que também se aproveitam disso para ganharem processos, só pelo dinheiro ou até para se vingarem, porque o namorado acabou com elas. Eu já presenciei uma situação dessas. E aí? Como é que se faz? Como é que se faz quando uma maluca inventa uma história só dela e finge de tal forma ser verdadeira que a faz mentir do princípio ao fim em tribunal e mesmo assim o "arguido" é acusado e só o salva o recurso? Como é que se faz quando ela diz conversas como "eu sou fácil de marcar, porque sou muito branquinha" e quando confrontada com o advogado que lhe perguntou porque é que não havia testemunhas dessas marcas, porque é que ela nunca tinha ido ao hospital, porque é que a polícia que a tinha atendido na altura não tinha registado as marcas que ela referira, ela respondeu que "não era fácil de ser marcada"...? (isto um dos inúmeros exemplos que poderia dar)
Há homens que também sofrem de violência doméstica. Violência doméstica não é só física. É também psicológica, que é tão grave como a física.

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Teorias absolutamente espectaculares

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