Claro que os planos saíram todos furados. Aquilo que eu esperava ser um dia tranquilo e pacato a embrulhar presentes e a ouvir o Sinatra em versão natalícia, acabou por ser uma correria desgraçada. A loja estava uma loucura pegada. Depois o meu homem lembrou-se que ainda tinha presentes para comprar (parte I) , por isso andámos pelo Chiado a tratar disso. Seguiu-se uma paragem no oculista para fazer testes para os óculos novos (já não dava para adiar mais), mais uma paragem para ir buscar o presente de uma das sobrinhas, mais uma visita às Amoreiras para comprar uma parte do presente que, provavelmente, me valerá o título de melhor esposa do ano (depois conto). Depois o meu homem lembrou-se que ainda tinha presentes para comprar (parte II), por isso, e depois do Chiado e das Amoreiras, resolvi completar a Santíssima Trindade do Consumo e juntar-me a ele no Colombo. Que era mesmo o que me estava a apetecer. Mesmo, mesmo, mesmo. Felizmente, não estava tão caótico quanto eu temia (pelo menos, não vi gente à chapada a lutar pelo último peru), mas só consegui sentar o rabo no sofá 12 horas depois de ter saído de casa. Os presentes estão embrulhados, amanhã ainda há uns quantos para distribuir, mas pronto, tudo feito. Lá pelas cinco espero estar a começar a enfardar filhós, lampreias de ovos, pinhões, sonhos e todas essas coisas que só me sabem bem no Natal.