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Não há cu para as praxes

quarta-feira, setembro 28, 2011
Ontem descia o Chiado quando vejo passar por mim um grupo de jovens de caras pintadas. Ao pescoço, levavam uma folha pendurada, que os identificava como "verme nº1", "verme nº2", e por aí adiante. Ora bem, eu odeio praxes, é sabido. Acho que é das coisas mais embaraçosas e humilhantes que pode haver e, tenho muita pena, mas não acredito que o intuito seja ambientar e enturmar os novos alunos. Acredito, sim, que foi uma coisa inventada por gente que gosta de mandar nos outros, e como não tem nehuma outra oportunidade para o fazer, aproveita o facto de ter ali à mão de semear uma dúzia de caloiros imberbes e que acreditam que se não forem praxados nunca terão amigos na faculdade. Uma miúda histérica, que não devia ter mais de 20 anos, berrava com uma data de alunos encostados a uma parede. E dizia que se não fizessem o que ela mandava, no dia a seguir voltavam todos a ser praxados (uuhh, medo). "E que isto não se volte a repetir", gritava ela com ar de Hitler, seguramente muito contente com o facto de estar no meia da rua e ter todos os olhos postos nela. Pela parte que me toca, limitei-me a abanar a cabeça, mas o que me apetecia mesmo era enchê-la de estalos. E dizer aos miúdos para arrancarem aquelas folhinhas a dizer "vermes" e as enfiarem pela goela dos seus "superiores". Graças a todos os santinhos, fui parar a uma faculdade anti-praxe. E nem por isso os mais velhos deixaram de nos integrar, de organizar jantaradas ou de nos ajudar no que fosse preciso. A sério, que parte de chamar "verme" a uma pessoa é que a ajuda a ser mais feliz na faculdade?

123 comentários:

Sara disse...

Pessoalmente os tempos de praxe foram os que mais adorei na faculdade e dos quais tenho mais saudades. Não gosto de praxar, aliás nem sequer o fiz quando tive oportunidade, mas adorei ter sido o "verme" no meu ano de caloira.
Percebo perfeitamente quando as pessoas não apoiam a praxe mas, na minha opinião, quando levado como uma brincadeira (sim, mesmo quando somos nós os vermes!) é das situações mais divertidas que alguma vez se vive. Voltava a repetir tudo definitivamente, e fui infelizmente daquelas pessoas que foi parar às piores instituições a praxar e ainda tive que ir muitas vezes para casa a cheirar a vinagre com um ovo partido na cabeça.

Mariana Costa Veludo disse...

Partilho exactamente da tua opinião.
Fui praxada, suavemente praxada, como nome de caloira calhou-me algo como caracolinhos, por ter cabelo encaracolado. Não houve nada de especial, nem de ofensivo, mas simplesmente pq n deixei. Por outro lado vi coisas ridículas, sim vi. Tanto como caloira, como nos anos seguintes. Ap´os o ano de caloira, ia trajada para receber os novos caloiros, mas não ralhava, não gritava. Não me sentia bem a fazê-lo. Acabei por deixar de aparecer trajada, pq achava q não fazia sentido aquelas praxes estúpidas. Uma coisa são jogos divertidos e não ordinários, como muitos deles. Uma coisa são guerras de gritos pelo curso, pela faculdade, outa são músiquinhas ridículas, que quando se passa na rua a cantar só se pode sentir vergonha, nojo, sei lá.. à volta da praxe estão sempre ordinarices - infelizmente - asneiras, sexo, enfim.. é nisto que supostamente se baseia a integração ?! Eu acho q não.
O meu namorado, que estuda na mesma universidade em q eu estudei, está no único curso, da universidade, q não entra nas praxes e não foi por isso q n se integrou. Aliás acho msm q é o curso mais unido q há dentro daquela universidade. Sim. Não é por n terem praxes q n se intregram e que deixam de ter união, muito pelo contrário.

Unknown disse...

Eu nunca achei graça nenhuma em praxes, entrei e saí da faculdade e tive muitos amigos, nunca participei de nada disso. Acho ridícula toda essa "tradição" e concordo contigo que isso não acrescenta em nada a vida de alguém que acaba de entrar na faculdade. Vamos mais é mudar de mentalidade!! acho que já ta na hora. Beijos Pipoca!

Gabriela disse...

Completamente de acordo! As praxes são uma manifestação de imbecilidade levada ao extremo!

ladybug disse...

Nunca admiti que me praxassem. Acho que a praxe não integra, humilha!

alva quase transparente disse...

não poderia estar mais de acordo!!
Felizmente também estudei numa faculdade anti-praxe mas o que acabava por acontecer é que as faculdades ali à volta vinham fazer os seus "rituais" na nossa (que não tendo muros nem nada que a vede é um convite a tudo e todos, bons e maus). Então tínhamos que os gramar à mesma.

Acho uma tristeza mesmo!

alvaquasetransparente.blogspot.com

SF* disse...

Ja fui tao feliz a ser praxada :)

Todo o meu periodo academico e todos os eventos praxisticos a ele associados, fazem parte das melhores memorias desses tempos!

Portanto, respeito a tua opiniao, mas tenho uma experiência muito boa!

Eduardo disse...

concordo inteiramente.

Anónimo disse...

Assisti às praxes na minha altura, já lá vão 7 anos, mas não participei dessas brincadeiras. Deixei que me pintassem no primeiro dia, porque não tinha muito por onde fugir, dado que foi no seguimento de uma aula fantasma, mas nos restantes dias foi um adios. Quando mandaram fazer simulações de relações sexuais com veteranos, disse que não, e quando disseram que ia ser desclassificada do concursinho deles, pensei 'who cares?'?.

E fiz amigos. O facto de não ter participado das praxes e de não ter ido nas brincadeirinhas, não fez com que fosse ostracizada e acho que são uma prática estúpida e que leva a muitos abusos, principalmente para com miúdos que vêm da santa terrinha e que estão completamente perdidos em Lisboa.

Fi ♥ disse...

Podia ter sido escrito por mim à excepção de na minha faculdade haver uma série de louquinhos pela praxe que pensavam ter um estatuto diferente...

Passatempo lá no blog*

Pés de Bailarina disse...

Superiores? Por terem um ano ou dois a mais que os caloiros? E duas cadeiras feitas durante um ano lectivo? Enfim. Ando na FCSH da Nova, assumi-me anti-praxe e não foi por isso que deixei de conviver ou fazer amizades. Lá os caloiros limitam-se a cantar umas músicas deprimentes e pouco mais.
As pessoas ainda não perceberam que ter "espírito universitário" não é, de todo, ser um pau mandado dos que se assumem "superiores". Mas isto daria muito pano para mangas...

Miminhos.com disse...

Ora aqui está uma opinião totalmengte igual à minha. Andei na Universidade de Coimbra e sai de lá anti praxe! Confesso que há alunos que até sabem tornar aquilo engraçado. Mas maioria não passa de uma cambada de idiotas a usarem "aquele poder" sobre os probres coitados que acabaram de entrar e assim se exibirem para que vê, terrivel!!

Unknown disse...

Felizmente também fui parar numa universidade em que a praxe é só mesmo para quem quer. Humilhação pública nunca foi muito o meu género!

Simplesmente Ana disse...

Eu também detesto. Assim como sei que os mais velhos das tunas também gostavam de humilhar os novos (pelo menos sei de um caso na minha faculdade). Enfim, detesto hierarquias de poder. No dia da praxe, simplesmente, não fui à faculdade. Tão simples como isso.

Maria João Rocha disse...

humilhar não é integrar ! tens toda a razão e ontem não consegui ficar indiferente e insultei uns :) que estavam a "praxar" um miúda ! raios os partam, mesmo!!!

Miss Piglet disse...

É preciso ter espírito para a coisa e levar para a brincadeira, q é o que a praxe é. Eu adorei a minha, chorei a rir:)

Mia disse...

Como concordo contigo! Eu também estive numa faculdade anti-praxes e sou totalmente contra essa estupidez. É ridículo que isso seja "integrar", quando eles acabam por se sentir ridicularizados e em poses estúpidas em frente a toda a gente, enquanto alguns se sentem bem na pose de comando, só para terem um palco e fingirem que são alguém de importante.

Enfim, uma coisa são as festas e as jantaradas e as brincadeiras. Muito bem e mais que aprovado, agora ranhosisses improvisadas no meio de espaços públicos, é de fugir a sete pés (ou se possível a mais).

Mia

http://pegadafeminina.blogspot.com/

Ana Morais disse...

eheheh

ainda na semana passada partilhei uma opinião muito similar!quem praxa sofre de uma enorme flacidez mental!!!
http://tapasnalingua.blogspot.com/2011/09/metam-as-praxes-no-cu.html

Andreia Alves disse...

Olá...
Confesso que esta coisa das praxes me dá o que pensar (pouquinho). Vou ingressar este ano no ensino superior e cá por mim, eu era anti praxe... Até porque não sei qual é o objectivo de tal iniciativa... Integrar as pessoas? Bah... há iniciativas bem mais giras e educativas...
Enfim, vamos lá ver como corre...
Cheers :)

Adriana disse...

Sou da opinião que quem não come do prato não pode criticar.. Se não foste praxada não podes criticar.. Se tivesses sido praxada e tivesses tido algum tipo de problema aí sim!! "Oh coitadinha ela realmente tem razão" Agora como andaste numa instituição anti-praxe não tens vapacidade critica.

Agora como em todo o lado até mesma na universidade há parvalhões e imbecis e cabe a cada caloiro decidir aquilo que quer/deve/pode fazer. Agora os caloiros é que escolhem.. E os doutores, engenheiros e arquitectos têm/devem respeitar isso.

Fui praxada. Só fiz aquilo que quis e foi divertido. Tenho uma relação com os colegas que foram praxados comigo totalmente diferente da que tenho com os outros colegas. Por isso, sim! A praxe afecta os teus relacionamentos!

ana disse...

A praxe é sempre apenas para quem quer. E respeitando a opinião dos outros, claro, fui praxada e gostei desses tempos. Acho que quando se enquadra em certos limites é saudável e cria laços, sim, entre pessoas que de outra não se aproximariam. Acho é que, como qualquer conceito, depois tem a sua interpretação por parte de cada um e há sempre exageros. Não sou/fui fanática por aquilo e tenho um irmão que o é. E discuto muitas vezes com ele por causa da visão que tem. Como em tudo, o que é demais enjoa.

Mas só para explicar com conceitos que talvez as pessoas aqui possam entender, ser tratado por «verme» e gostar é a mesma coisa que ser tratado por «pequeno pónei» e gostar. É uma brincadeira e são tempos engraçados quando levados com desportivismo.

Mas as liberdades de cada um devem ser respeitadas e só deverá comer quem gosta.

Elisabete Barbosa disse...

Concordo plenamente.
É uma síntese bem escrita de tudo o que penso.

DCDias disse...

Concordo Pipoca, eu própria quando entrei na faculdade, nas primeiras semanas, cheguei a ir à praxe, apenas porque queria passar pela experiência de "passar na tribuna" (queima do porto). No entanto havia muita coisa com que não concordava, não achava algumas das actividades minimamente interessantes, e de facto..demorei algum tempo mas percebi lol.. que, quem ia à praxe (calma, digo isto em relação à minha faculdade!), eram os Tonos/postais (o máximo possível que possam imaginar), e que por não terem uma vida social minimamente interessante viam na praxe uma forma de pertencer a um "grupo", e claro, ter poder. Claro que depois de passar na tribuna e ir à serenata (etc etc) usei o traje umas duas vezes e nunca praxei nenhum caloiro. Aliás, tinha vergonha de entrar na minha faculdade trajada. Até porque os da "praxe", quando me viam trajada, olhavam para mim de lado, apenas porque eu não passava a vida nas actividades praxísticas. Como tal, nunca mais usei o traje, não faço a mínima ideia de onde ele anda sequer. Quando fui finalista comprei a cartola e bengala (acho essa parte da tradição académica engraçada), mas usei-as sem estar trajada (obvioo!). Acabei o curso há uma semana, e fui há pouco tempo a um churrasco na minha faculdade (integrado na semana de recepção dos caloiros) e olhei (como sempre olho) com cara de parva para uma miúda trajada a dizer aos caloiros "estás me a olhar para a cara? já a olhar para o chão!!" lool claro que a minha vontade, como estudante com mais matrículas (e portanto, mais importante na hierarquia uhh) era humilha-la em frente aos caloiros e pô-la a ela de 4..havia de ser lindo. Mas vá, fiquei por um olhar de desprezo. Mais uma coisa, 90% dos amigos que fiz na faculdade não foram à praxe, ou se foram foi tanto quanto eu. Na minha faculdade uma minoria pratica praxe, e não tenho qualquer dúvida que qualquer dia aquilo acaba!

McNafi disse...

Acho o debate do praxe ou anti-praxe um bocadinho estéril. Obviamente que, se estiver em causa a integridade física ou psicológica dos alunos (e infelizmente há casos conhecidos), não se trata de uma verdadeira praxe e sim de bullying ou abuso. Esses casos devem ser severamente punidos.

Agora, a grande maioria dos alunos nas praxes é perfeitamente livre de recusar ser praxado. Até pode ser ameaçado, insultado, mas que consequências sofre? Zero. Tem os mesmos amigos, as mesmas noitadas, a mesma popularidade. Aliás, vejo que as pessoas que comentaram atrás e que recusaram ser praxados não sofreram qualquer tipo de represália "real".

Posto isto, qual é o problema, afinal? Eu andei na Faculdade de Medicina de Lx e posso garantir que adorei as minhas praxes em 2002/2003. Diverti-me imenso e ainda hoje descrevo à minha família o quão divertido foi. E tenho orgulho e auto-confiança suficiente para admitir que me chamem verme e levar na brincadeira... por amor de Deus, quem é que leva os insultos a sério na praxe??

Já no meu ano de finalista (2009), nunca gostei de gritar com ninguém, portanto adorava ir conversando com os caloiros e perceber que também eles estavam a adorar aquilo. No nosso ano, os caloiros (e nós) fomos angariar dadores de medula para o CEDACE no Cais do Sodré, com excelente resultado! Claro que no caminho foram as cantorias do costume, os gritos de autoridade, e eles próprios inventavam músicas para cantar...

Foi um ano espectacular, e ainda hoje os caloiros FML 2009-2015 dizem que adoraram a praxe - se aparecer ai algum digam-me se estou enganada.

Contra praxe violenta e forçada sim, isso nem se discute!! Agora, ser anti porque é irritante um grupo de pessoas a gritar com caloiros, parece-me um bocado snob. Acham que um caloiro (no meio de mil!) se sente humilhado quando lhe chamam nomes? Por favor. Não passa de uma brincadeira. Quem não quer, não entra!

E não, não sou uma pessoa destruturada, infeliz, mandona, arrogante. Sou extremamente feliz, sensível em demasia, tenho um punhado de grandes amigos para a vida, uma família 5 estrelas, e sou interna de Oncologia com imenso respeito e carinho pelos doentes.

E quem me dera voltar a ser caloira!!

Pats disse...

Eu fui praxada e este ano também o fiz..na minha faculdade a praxe é algo divertido e caso alguem abuse acabam com elas de vez. Como caloira não me senti de todo humilhada e agora como madrinha sou o mais compreenciva possivel e cada um só faz o que quer, fazemos vários jogos para todas se começarem a conheçer mas só participa quem quer. Além de que no inicio é explicado o que se vai fazer e quem não quiser participar pode sair sem qualquer problema.
Para mim a praxe é isto mesmo, um dia divertido para todos. No que toca a humilhações fico de fora.

Semana Cultural 2009 disse...

No teu tempo não haviam praxes na FCSH mas hoje em dia o teu curso é o pior que pode existir em praxes aqui dentro é chamada a Comissão Académica de Ciências da Comunicação. Um mimo. Eu praxo e adorei ser praxad :P

salto para a lua disse...

muito do pessoal que hoje faz praxe está entre o parolinho e o grunho. muitos sem barba sequer, e elas com aquelas vozinhas esganiçadas e cheias de acne, ali aos berros...tss, tss...muito mau.

Isabel Lima disse...

No primeiro dia, no dia da inscrição, fui praxada e os "doutores" não me deixaram almoçar, mesmo eu tendo dito que estava sem comer à 5 horas, só com o pequeno almoço no estômago. Logo aí passei a não gostar da praxe.
Ainda fui a meia dúzia de dias e participei na latada mas aquilo não era para mim.
O meu curso até é bonzinho a praxar mas não estava para os aturar, para encher como se diz, e ficar de quatro, a olhar para o chão tem poder falar quase o dia todo e fazer outras coisas. Tinha mais coisas para fazer e me preocupar.
Agora, há praxes, mesmo na minha universidade, que não sei como os caloiros se sujeitam a tais coisas de cariz sexual. Houve mesmo um curso que ficou proibido de praxar por usar um método de praxe menos bom.
Rebaixam-se e humilham-se só para não ficarem "excluídos".
Eu só apareci a meia dúzia de praxes e não foi por isso que não me integrei na mesma no curso.
Este ano, se tivesse sido praxada todo o tempo, estaria a praxar mas e qual é? É menos uma coisa com que tenho de preocupar este ano. Para além de que não ia ter jeito nenhum para mandar.
É só para usar o traje? Não lhe ia dar muito uso. Também se poupa porque com três filhos na universidade o traje dos três ficava quase um salário mínimo para os meus pais.
Eu passei bem sem a praxe.

Eva Luna disse...

Já fui praxada, já praxei. Nunca fiz nada que me chocasse nem nunca mandei fazer nada que desrespeita-se ninguém.
É um ritual de iníciação como qualquer outro.
Se virmos bem, casar pela igreja também é parvo.
Estar ali, a levar com sermões de como as mulheres têm de ser "submissas ao homem", em que todo o discurso do padre sobre as uniões são do ponto de vista da procriação. Em que a mulher é um meio de satisfação do homem e de parir crianças para continuar a espécie. Como já ouvi infinitamente nos casamentos a que fui.
São rituais que só os fazem quem querem.
Se estavam a ser praxados foi porque estão predispostos a sê-lo.

Fii disse...

Sinceramente, também não acho piada!

Anónimo disse...

Totalmente de acordo! Respeito quem goste daquilo mas sentido não vejo nenhum. Nunca fui à praxe e os poucos amigos que fiz também não ligam a isso. Sou da opinião de que aqueles que para lá andam a mandar, precisam disso para se sentirem superiores. E sempre achei piada aqueles a quem só se podia dirigir-se-lhes por "Dr(a)" e depois ia a saber-se, no mínimo 3 cadeiras ficavam sempre para trás de ano para ano. Enfim...lembro-me quando entrei na faculdade pela primeira vez em meados de Setembro de 2008 e levava uma prima comigo mais nova e o comentário dela foi "Mas tu vens para aqui estudar ou vieste para um manicómio?" ahah

B. disse...

Completamente de acordo :)

Cynthia disse...

Respeito perfeitamente quem gosta e se diverte com isso, caloiro ou não. Só faz quem quer, sejam praxes mais suaves ou daquelas completamente absurdas. No entanto, seja qual for, parece-me tudo ridículo. Sim, sim, há quem goste, há quem se divirta e só participa quem quer, já se sabe... mas que acho aquilo tudo uma palhaçada, acho. Portanto, assino por baixo :)

*Lili* disse...

Eu realmente também acho que a praxe é um tema subjectivo. É óbvio que quem está de fora não sabe o que é pertencer à praxe. Eu desisti da minha e não foi devido a abuso foi porque realmente não havia originalidade... era aborrecido!
Mas lembro-me perfeitamente que os caloirinhos, independentemente de serem todos do mesmo curso ou não éramos unidos! E achávamos piada à praxe porque realmente tinha piada certas atitudes dos "superiores" por assim dizer porque muitos deles tinham a minha idade.
E sinceramente foram tantas as coisas que me recusei a fazer e no entanto continuei na praxe.
A praxe é uma brincadeira! Tudo o que é acima disso já deixa de ser brincadeira e deixa de ser praxe e aí há que ter em atenção e recusar fazer seja o que for, afinal de contas os caloiros também têm cabeça e atitudes próprias. Ou não? Têm medo de quê? Também eu pensei muitas vezes que tinha medo, mas de quê? Por amor de deus... são alunos como eu.
Seja como for sou da opinião que quem nunca participou nisso não pode simplesmente chegar ali e dizer um "concordo" é como nas votações... quem não vota não tem direito a critica. Ponto final.

Scarlet_Perry disse...

Assinei anti praxe e com muito orgulho!

stantans disse...

concordo a 10000%!! eu nunca fui à praxe e n foi por isso que n andei na faculdade, tive amigos, fui para os copos etc etc. odeio ver praxes e o pessoal trajado, acho ridículo

Bloco de Viagens disse...

Concordo plenamente.
Felizmente também frequentei uma faculdade onde, se não quisessemos ser praxados, não ficávamos excluídos da vida social.
No percurso da minha casa para o trabalho, passo por um instituto superior e todos os dias assisto a um monte de parvoíces. Não consigo mesmo achar qualquer piada. Só me pergunto se não têm coisas mais engraçadas para fazer? Beber um café na esplanada e ficar à conversa? Ir ao cinema? Ir para casa dormir??

♥ Guida disse...

Sem tirar nem pôr! Mas se essa gente acha divertido e gosta muito de andar toda cagadinha no meio da rua com uma série de morcegos estúpidos a berrar com eles... Bem, que continuem.

Algo que detestei quando entrei para a faculdade foi o facto de praticamente toda a gente dos anos acima tentar persuadir-me que as praxes eram uma coisa boa e divertida. Eu não andei a aborrecer ninguém com o meu ponto de vista, por isso também não deviam aborrecer quem não lá mete os pés com o ponto de vista contrário.

Beijinho

Rita disse...

Couldn't agree more! Quando entrei para a faculdade nem fui à primeira semana de aulas porque já sabia que ia ser basicamente apresentações e praxes ridículas que não lembram a ninguém! Sou completamente contra, acho que não contribuem em nada para a vida dos novos estudantes e há maneiras muito mais giras, e se quiserem muito mais inovadoras, de integração de novos alunos!

Pepita M. disse...

Olá Pipoca.
Sou de Coimbra e estudei em Coimbra.
Há tempos fiz algo que poucos estudantes hoje em dia se dedicam a fazer (infelizmente): informei-me acerca das tradições académicas (as verdadeiras) e do Código da Praxe.
E da maneira como foi pensada e instituída, a praxe é de facto uma forma de integração. Da mesma forma, o traje académico não é algo giro que está na moda usar mas sim algo instituído com a finalidade de não existir distinção entre os estudantes pela sua classe social (criou distinções e rivalidades entre estudantes e não estudantes, mas isso são outros 500). Por isso, e de acordo com o Código da Praxe, não se podem utilizar jóias quando se veste o fato académico, nem usar maquilhagem.

O problema não é a praxe em si... Assim como não são as tradições. O problema da Queima das Fitas não é a Queima em si, mas sim o que fizeram dela.

É este o problema de todas (ou quase todas) as tradições académicas neste momento... Não são elas, mas sim o que fizemos com elas.

Transformámos tudo num deboche, a praxe num abuso de poder e a queima num festival de bebedeiras.

E isso dá-me pena.. muita pena mesmo.
De qualquer forma, achei que devia esclarecer. :)

Beijinhos e continua o bom trabalho. Embora nem sempre comente, gosto muito de te ler! :)

Margarida Casa Nova disse...

Opah...Vivo paredes meias com o ISCTE e parecem uns totós a gritar desde as 8 da manhã!Como aluna sinto-me envergonhada!

quica disse...

Eu ODEIOOOOOO tudo o que é praxes e recusei-me a ser praxada e fui declarada como anti praxe e ainda hoje sou assim conhecida na faculdade.... E aborrece-me tanto.... Já não durmo há 2 anos só de pensar nisso!!!! ah ah ah ah

Pats disse...

Acho que estão a generalizar um pouco, as pessoas não são todas iguais e só anda a berrar quem quer. Eu praxei e nunca berrei com ninguém nem penso fazer tal coisa.

Lady Lamp disse...

"quem praxa sofre de uma enorme flacidez mental!!!" - diz-se aí em cima, vindo de alguém (Tapinhas, ou algo do género) que utiliza um linguajar não mais que taberneiro no título do post que aqui anunciou.

Como estudante de Coimbra que fui, vi de tudo: a praxe enquanto algo simpático, divertido e com o simples intuito de integrar e a praxe utilizada fora do que considero aceitável, por quem se sente no direito de humilhar alguém.
Fui praxada por pessoas que ainda trago no coração, que me apoiaram e com quem acabei por fazer amizade. Diverti-me entre colegas sem nunca ter sido obrigada a fazer algo que não quisesse. A título de exemplo, em praxes de grupo nunca quis comer sem talheres ou de olhos vendados, nem bebi garrafas de vinho de uma só vez. Nunca fui excluída por tais opções. Nunca me foi detectado qualquer tipo de flacidez preocupante - só no rabiosque, mas acho que isso não interessa a ninguém, certo?

Por outro lado, anos depois, vi ser colossalmente cortado o cabelo a um grupinho de caloiras assustadas e intervi.

Acho que nas praxes, como na vida, o problema são as pessoas, a sua falta de bom senso, carácter e princípios.

Não sou anti-praxe, sou completamente contra comportamentos abusivos.

Beijinhos*

Joly disse...

Eu quando entrei na faculdade decidi ir à praxe só para ver... Ao fim de 3 dias, a ouvir gritos histéricos de um monte de mulheres (andei em letras) pensei: isto não é para mim. E estava decidida a nunca mais lá pôr os pés, quando dois rapazes do 3º ano meteram conversa comigo no autocarro e me convenceram a ir à praxe do curso de história. Decidi dar mais uma oportunidade e não me arrependi. Foi super-divertido. Não andei na rua com orelhas de burro, nem tive BI de besta, pq isso sim é ridículo. Mas fizemos imensas actividades, desde teatros a inventar músicas e respectivas coreografias... Além disso, não éramos praxados na rua. Por norma, ficávamos numa sala ou no jardim das traseiras(na altura podiamos praxar na faculdade), por isso a palhaçada ficava entre nós. Fiz imensos amigos na praxe, até conheci lá o meu namorado (já lá vão dez anos, meu deus!,) mas não só, pois os melhores amigos que fiz na faculdade até eram um bocadinho anti-praxe. Confesso que depois do ano de caloira perdi o interesse. Nunca praxei ninguém. E depois de acabar o curso nunca mais participei em nada. (Acho um bocado idiota aquela malta que acaba o curso e vai para lá armada em veterana para mostrar quem "manda"!) Hoje confesso que a praxe não me diz nada... é uma estupidez, de facto. Mas também me irrita a certa neurose anti-praxe que surge nesta altura do ano... a praxe vale o que vale, não percebo porque se há-de dar tanta importância, ao ponto de se comparar a praxe (imagine-se) com ideais fascistas. Ok, menos...

Pantera de Quintal disse...

Totalmente de acordo em relação a essa aversão pessoal a ser praxada. Porém, sei que a minha é uma opinião muito pessoal, porque sempre detestei este tipo de coisas. Mas sei que o pessoal que se mete nestas coisas gosta deste espírito e diverte-se verdadeiramente. E ficam, de facto, a conhecer muita gente, ficam enturmados, sentem-se bem. Por isso não sou fundamentalista, não digo que sou anti-praxe. Comigo, não. Mas se outros gostam e se divertem, força nisso. Tenho amigos que andam por aí a praxar, ahah.

funkydisco disse...

O que eu gosto mais é destas generalizações parvas que para aqui vão. Por favor. Realmente há que concordar que nem toda a gente que aqui vem gosta de ser chamada de pequeno pónei e ser comparado à fotografia do animal, mas lá está a outros faz confusão o "verme". Cada um com a sua.

JoID disse...

Ritual de iniciação? Isto mais parece saído de uma ordem maçónica ou algo parecido, mas oki... Eu junto-me á varias "vozes" que aqui não concordam com as praxes. Andei em duas faculdades, que de praxes praticamente nem ouvi falar, mas sou de uma cidade em que as praxes já deram e muito que falar, Santarém. Essa historia da integração, é paleio para quem quer ser durante uma semana, o Hitler lá da zona. Eu cá praticamente levei com a cara pintada uma vez e nada mais, salvaram-me os dodot que trazia na mala já a pensar no caso, e foi tudo o que me aconteceu. Integrei-me muito bem e tenho vários amigos de ambas as fac. de á anos que como eu não sofreram na pele essas ditas integrações. Agora se querem fazer praxes por favor, não abusem, não menosprezem, não ridicularizem, não façam cm os de cá da santa terrinha e baptizem as vossas vitimas com estrume de bovinos... Sim isso aconteceu!!
xoxo JoID

Fiona disse...

Acho que existe muito boa gente que aproveita os momentos das praxes para poder ter aquele poderzinho que lhe parece delicioso e que não tem diariamente na sua vida...

Anónimo disse...

Como concordo contigo! Eu não me declarei anti-praxe mas vontade muitas vezes não me faltou. Houve alturas em que cheguei a casa a chorar de tão humilhada que me sentia. Não foi nas praxes que me integrei mas sim nas aulas. Foi lá que fiz amigos. Acho que o pessoal acredita mesmo quando lhes dizem que, como tu disseste, se não forem praxados não têm amigos na universidade. Ainda hoje presenciei uma praxe e só abanava a cabeça e pensava: estes tipos não têm mesmo mais nada que fazer! Perguntam-me porque razão não quero praxar, como se fosse anti-natura. Porque tenho mais que fazer! Se me dessem a oportunidade de torturar quem me praxou, aí sim não me importava mesmo nada de mandar uns quantos berros :)

Um beijinho grande e continua a a publicar textos maravilhosos como este :)

Nexitah disse...

Olá Pipoca nunca comentei nada aqui, mas este post criou em mim uma necessidade incontrolável de responder. Aceito a tua opinião, mas não posso deixar de discordar abruptamente com ela. Estudo em Coimbra, a Cidade dos Estudantes, onde os sons da guitarra se perpetuam... Fui praxada e praxei! Foi, sem dúvida, a melhor altura da minha vida! Talvez se não tivesse sido praxada, talvez não guardasse no coração tantas memórias alegres... Cantar, saltar, correr nunca fizeram mal a ninguém... Em Coimbra e salvo,raras excepções, a praxe é, SEM DÚVIDA, uma forma de integração. Nunca me senti humilhada ou diminuída em nada do que me foi proposto e nunca o fiz a nenhum dos caloiros que praxei. Praxe e conhecer pessoas, é brincar, é fazer figuras de urso (é verdade, mas quem não as faz gratuitamente no seu dia-a-dia?!), é cantar, é beber... Toda a regra tem a sua excepção, mas da praxe só guardo boas recordações! Guardo amigos, risos...Tudo tem um tempo e uma altura... Deixemos os "Drs" praxar e os caloiros serem praxados... Claro que ninguém é obrigado a ser praxado e em relação a abusos há sempre medidas a tomar... E pronto... foi só mesmo isto que vim aqui comentar!:)

DramaQueen disse...

Eu ontem também assisti a uma praxe, em que os ''superiores'' mandaram os caloiros apanharem uma gaivota.

morta de sono disse...

passando agora pelas praxes, não posso ter outra opinião senão a tua (e a minha faculdade é das mais boazinhas que para aí há neste assunto). na minha somos ratos e, além de achar algumas partes muitoooo aborrecidas, há coisas que eles fazem só porque têm o "poder" que me fazem não gostar daquilo. fui dois dias as praxes, entre 6, e só gostei de um. e porque, aí sim, fizeram coisas divertidas, jogos para integrar toda a gente e não tiveram com aquela gritaria estúpida e desnecessária com que muitos estão. e o que é engraçado é que muitos deles só têm mais um ano que nós e mesmo assim se acham muito crescidos com toda aquela patetice.

Márcia Leite disse...

partilho a mesmo opnião.

Feliz disse...

At Least! Alguem que comunga das mesmas opiniões!
Que coisa mais idiota e sem fundamento! Eu ia mais longe: para mim, quem praxa são os frustrados da faculdade. Aqueles que têm mais matriculas e, portante, que são os menos dotados de inteligencia. Fui praxada por uma tipa que era BURRA que nem um calhau - giro giro era ter podido praxa-la pois terminei o curso e aquele ser dotado de eximia sapiência ainda lá ficou.

Merece mais comentários?! Acho que não.

Go PoPcorn ;)

Marlene disse...

fui praxada e se fosse hoje jamais o permitia.

Anónimo disse...

Olá pipoca, como já li num comentário acima, eu também nunca comentei no blog, mas também senti necessidade de esclarecer algumas coisas, principalmente pelo facto das pessoas generalizarem demais.

Julgo que as pessoas ficaram com a ideia de que a praxe é sempre abusiva, devido há uns anos atrás se terem passados situações que foram levadas a tribunal. Sou a favor da praxe, e aliás, como já foi dito, uma pessoa só entra nessas brincadeiras se quiser, e não é levada a mal caso se recuse, pelo menos na minha faculdade.

Como também alguém já disse acima, a praxe é uma tradição académica, assim como o traje que usamos. Não podemos usar acessórios, como óculos de sol, brincos ou pulseiras, nem unhas pintadas, entre muitas outras regras. E acho uma vergonha os alunos que andam trajados com óculos,ou com sapatos que não os do traje ou com malas todas coloridas, porque esses sim, usam o traje apenas para praxar e porque "está na moda", e não é esse o objectivo. As pessoas podem achar uma estupidez, mas é uma tradição. Assim como é tradição muita coisa que fazemos. Comer um pedaço do bolo do casamento um ano depois, por exemplo, assim como muitas outras coisas. (Só para esclarecer, que me lembrei desta tradição do bolo de casamento, não com o intuito de te criticar, pipoca, mas porque foi a primeira que me veio à cabeça, uma vez que li o teu post no outro dia).
Mas se não foram praxados e vos respeitaram por isso, então também respeitem quem quis ser submetido à praxe ou quem anda a praxar. São decisões que cada um faz, e acho que quando entramos para a faculdade já somos crescidinhos o suficiente para saber o que queremos ou não queremos.
E, voltando à questão da tradição, na minha faculdade quando fui praxada, obrigaram-me a saber o código da praxe e todas a regras que o traje e a praxe envolvem.

E quando se fala da integração, não é só integração entre os caloiros (que na verdade acontece, ao contrário do que algumas pessoas pensam, porque quando fui praxada fiz amizades que ainda duram), mas sim entre os diferentes anos do curso. Conhecemos veteranos que te ajudam naquilo que for preciso, cedem-te apontamentos e tudo aquilo que precisares. Dão-te a conhecer os cantos da faculdade e mais pessoas.
E a união consegue-se muito à custa das "batalhas" que fazemos contra outras faculdades, onde cada uma canta músicas próprias da faculdade, com a maior força que tiver para defender o curso. Por outro lado, na minha faculdade, nós temos a semana do caloiro, que inclui eventos, como um passeio por Lisboa em grupos (para dar a conhecer Lisboa aos caloiros que não são da cidade, proporcionando ao mesmo tempo maior convivência entre os caloiros), a noite de tunas, a noite de fados, um jogo de futebol entre veteranos e caloiros, o jantar do caloiro, etc. É neste sentido geral que a praxe consegue integrar e unir pessoas. Claro que chamar verme a uma pessoa não a ajuda a ser feliz, mas também não vejo onde é que isso a torna infeliz.

Esta minha opinião é fundamentada, claro, na experiência que tive na minha faculdade. Acredito que hajam faculdades que sejam abusivas e cujo objectivo não é integrar, mas sim apenas praxar até os caloiros caírem para lado e essas eu também não sou a favor.

Agora, acho ridículo, generalizar, para além de que só quem passa pela praxe é que percebe o seu valor e mesmo no meio de tantas figuras ridículas que fazemos, todos nos divertimos.

Madalena Cruz disse...

Só quem nunca se integrou no verdadeiro espírito da praxe é que pode dizer que não são divertidas. Venho de uma Faculdade em que as praxes são para integrar e não para humilhar e quem afirmar o contário não sabe o que são praxes. As praxes são muito divertidas para os veteranos, mas são ainda mais para os caloiros. Sinceramente gostei muito mais de ser praxada do que praxar. Se tivesse oportunidade voltava a ser. Tenha pena que haja pessoas que tiveram más experiências e que nunca tenha vivido as verdadeiras praxes.

Silvéria Miranda disse...

Cara Pipoca,

da maneira que acabas de falar parece que a praxe é o diabo em figura de gente (ou muitas gentes,neste caso) e tal não é (totalmente) verdade.
Fui praxada e praxei, mas, quem me conhece, sabe que não apareci tanto quanto era suposto... pelo simples facto que cansa, é verdade. Mas independentemente de ter desistido ou não, acho que ninguém pode dizer que não gosta (da praxe, de uma comida, de um filme, etc) sem ter experimentado!
Depende muito do lugar onde se é praxado e das pessoas que nos calham no ano em que entramos.
Terminei a licenciatura com amigos que eram da praxe e outros que não eram, pessoalmente nunca diferenciei ninguém por isso, mas sei, por exemplo, que os da praxe sabem usar um traje correctamente (coisa que os outros nem sempre) e, acreditem ou não, a praxe ensinou-se, à sua maneira, a tolerar faltas de educação dos outros, gente aos gritos, por aí fora. Afinal, não é isso que encontramos ao longo da nossa vida? Não temos que engolir muitos sapos na nossa vida profissional?
Agora, se disseres que a praxe podia ensinar tudo isso de outra forma aí estarei 100% de acordo!

É muito fácil falar quando não se esteve lá. Quem esteve e não gostou, sim, pode falar com conhecimento de causa!

Joaninha* disse...

Olá Pipoca!

Desta vez tive de comentar.. Quando soube que tinha entrado na faculdade, comecei logo a pensar "AAAAHHH o que eu vou sofrer nas praxes".. Chegou o fatídico dia e adorei, amei e desejei por mais.. Nunca fui humilhada, sendo verme, porco ou lá o que seja.. Se ouvi os meus veteranos mandarem vir? Yaaaaaa, mas nada de mais.. Se é para ambientar quando se chega? Acho que sim.. Se não houvesse esta praxe, andava um mês ou mais para arranjar um "amigo", assim num dia arranjei carradas.. Quando chegou a minha vez, também os praxei.. E acho que torna as relações muito melhores.. E os anti-praxe, perguntas tu? Também se ambientam, mas demoram mais tempo.. Ninguém é posto de parte, apenas digo para não se perder esta tradição.. Como tu dizes que toda a gente deve fazer Erasmus, eu acho que toda a gente deveria praxar e ser praxada.

Vera disse...

Fui praxada o ano passado, numa Academia onde a Praxe é dura e muito mais psicológica. Este ano não praxei directamente, porque não posso, mas acompanhei de perto. Estive dentro da Praxe. É completamente diferente do que se vê aí pelas ruas, do berrar sem lógica nem objectivo, do obrigar a ficar não sei quantas horas sem comer. Nós ensinamos, transmitimos, acolhemos. Ligamo-nos aos nossos bichos e caloiros. Temos um consentimento informado que eles ou os pais assinam, em caso de não serem maiores. Estamos constantemente a perguntar se se sentem bem, se têm fome, sede, vontade de ir à casa de banho. Temos em conta as alergias que têm. Ninguém pinta caras. Ninguém simula relações sexuais. Não caímos no vulgar. Obviamente que não somos santinhos, mas não roçamos o brejeiro. A maioria deles adora. Temos ordem, hierarquias, os que estão no topo estão atentos a tudo. E acreditem, quem praxa e abusa, sofre consequências. Tentamos que se faça a ponte dos valores praxísticos (união, solidariedade, respeito) para a vida real. Não praxamos por vingança. Praxamos por amor à camisola. Com inteligência. Assim faz sentido. E é por isso que a nossa Praxe funciona dentro da faculdade, com o consentimento da Direcção. É assim que eu acho que faz sentido. É por isso que eu adoro a Praxe.
Tudo o que se vê de parvoíce nas ruas não é Praxe, são praxes, não têm qualquer lógica, é permitir a um chico esperto qualquer abusar de um pseudo-poder.

me ",) disse...

A praxe não é obrigatória: só é praxado quem quer.
Boas praxes são as que são feitas por pessoas (os tais veteranos) com bom-senso. E claro que há muita gente que se esquece dele em casa.

Fui praxada e praxei com muito gosto e orgulho. Nunca fiz nada que não quisesse e nunca "mandei fazer" nada que eu achasse parvo (é fácil, basta colocarmo-nos no lugar de quem está a ser praxado).
Eu defendo a praxe. Mas a boa praxe, a praxe consciente em que gritamos pelo nosso curso, brincamos e rimos.
São opiniões e, sobretudo, experiências

Camila disse...

Já vi que as opiniões por aqui divergem a favor e contra.. Na minha faculdade/universidade, as praxes são levadas a sério, duram sensivelmente um mês e meio e durante esse período admito que os caloiros têm muito pouco tempo para si próprios uma vez que passam mais tempo connosco (que os praxamos) e com os coleguinhas. Já vi praxes em que os caloiros choram, já vi praxes em que riem, e também já vi alguns declararem-se anti-praxe, acho que parte da pessoa aceitar melhor ou pior certas situações. Se fui praxada e gostei? Admito que havia dias em que queria desistir porque não tinha tempo para me coçar sequer, era praxada das 9 da manhã ás tantas da madrugada e no dia seguinte tinha de ir ás aulas (não por minha vontade, que a minha vontade era ficar na cama, mas porque para além de praxarem, os superiores se importavam connosco e não nos deixavam faltar às aulas). Concordo que muita vez são cometidos abusos e que esses abusos não devem ser tolerados e devem servir de exemplo para que nunca mais se repitam, mas acho que cantar, dançar, contar piadas, desfilar, e fazer brincadeiras em grupo não são coisas humilhantes ou que levem alguém a sentir-se inferiorizado. Se há pessoas que nascem para serem anti-praxe, sim é verdade que há, são pessoas que são timidas, ou que não gostam de fazer certas figuras em público.. aceito isso, tal como acho que quem é contra a praxe deve respeitar quem é a favor. E quando se fala em integração através da praxe, é verdade, porque a praxe é um momento de integração e de apoio que damos aos caloiros. Muitos vêm para cá sozinhos, sem conhecerem quase ninguém e acredito que se sintam sozinhos, mas sei que se sentiriam muito mais se nós não os mantivéssemos todos juntos e não os "obrigássemos" a conviverem no inicio quando não se conhecem uns aos outros.
Acho que até és uma pessoa muito festiva e divertida e se calhar se tivesses sido praxada, ou experimentado tinhas outra opinião.

Carolina Ó i Ó ai disse...

quando li o post estava trajada à frente do computador e a fazer tempo até às 16 h para ir praxar . sim , os meus verbos são conjugados no presente , eu praxo ,eu grito com eles e mando - os olhar para o chão . e sabe o que vi hoje na praxe ? vi caloiros a mentir a doutores para proteger um dos deles , vi caloiros a saltar para dentro de uma taça cheia de água sem que ninguém lhes dissesse nada quando eu dos deles escorregou lá para dentro enquanto gritavam " espírito de manada pessoal " , vi doutores a darem as suas capas para os caloiros se secarem - sabia que eles não podem tocar no negro ? - vi doutoras a fazerem rodinha com as capas para as caloiras trocarem de camisola , vi caloiros a trocarem números de telemóvel e a combinarem coisas para o jantar , vi amena - cavaqueira entre doutores e caloiros no final da praxe , vi um caloiro a rir - se para mim e a olhar - me na cara enquanto lhe ensinava uma canção , vi vontade nas vozes deles ao gritarem pela casa que os acolheu , vi doutores unidos , amigos , a entenderem - se só com olhares , vi doutores mais velhos a olharem - me com um ar paternal , vi pessoas felizes .

a primeira regra da praxe é " somos um e um só " porque aqueles imbecis que praxam e os tontos que se sujeitam a isso , são frequentemente a família que se tem fora de casa .

e não , em Coimbra não se pinta a cara ao caloiro , é proibido , está escrito no código da praxe .

Caixa disse...

Verme é pouco. Na minha faculdade era cabr*ao, filho da p*ta, merd* e por aí em diante. E uma faculdade de direito... hão-de dar grandes defensores da justiça!

Cláudia disse...

Fui praxada, praxei e digo que foi uma das minhas grandes experiências na faculdade e das quais tenho boas recordações. Sou a favor das praxes, mas nada de muuuitos abusos!

Unknown disse...

Olá Pipoca, não sei se vais ler este comentário, mas concordo 50% com o que dizes.
Estive um ano em Aveiro e fui praxada, mas lá as praxes baseiam-se mesmo em integração. Não se olha para o chão, não gritam connosco, só há mesmo brincadeira e podemos falar uns com os outros. Claro que houve a cara pintada mas nada de mais. Agora vim para o Porto e gostava muito de levar apraxe até ao fim mas já tenho um galo na cabeça e ainda só fui um dia!! Somos bichos, olhamos para o chão e há mesmo caloiros que, se os mandarem para a linha do metro, eles vão a correr!!! Eu já tenho uma matrícula, sou da mesma idade ou mais velha que eles, para eles não é nada mas para mim é muito, relembra-me sempre de que não preciso de me sujeitar a nada que não queira.
Mas praxes das 8h às 20h???!! Não sei se aguento mesmo.

parafina falsificada disse...

Pipoca, isto é o mal do típico português: generalizar.

Eu sou, este ano, veterana dessa mesma faculdade e, com muita pena minha, não pude ir às praxes por causa do estágio.

No meu ano de entrada (2006), fui praxada e sempre disse que podia ter sido mais divertido do que foi; foi por isso que, nos anos seguintes, tentei transformar aqueles dias para os caloiros, nos melhores possíveis. Se berrava com eles?! Olha, sim, de vez em quando berrava. Mas tendo em conta que falo alto mesmo normalmente, não creio que eles se assustassem comigo. Se fazíamos brincadeiras com eles?! Pois, fazíamos, mas eram isso mesmo: brincadeiras.
É por isso que tenho orgulho na minha faculdade e posso dizer que temos um grande espírito de grupo, não só dentro do mesmo ano de entrada, mas entre anos diferentes. Afinal, estamos ali para nos ajudarmos uns aos outros. E creio que, se falares com muita boa gente que frequenta, não só a minha faculdade, mas como a Universidade de Lisboa em geral, ouvirás opiniões completamente diferentes da tua.

E se há coisa que eu não tolero é que se ande para aqui a generalizar, só porque é giro dizer que a praxe é má e "ai que horror!". Porque não é. E aquela que viste, certamente não é. Vai mais para o interior do país ver praxes, e aí sim, ficarias chocada. Ainda para mais, dizes que nunca foste praxada. Como alguém dizia num comentário ali acima, então não deverias mandas "postas de pescada" assim para o ar.

ana disse...

Só respondendo à Irina que achou que eu estava a ser parva e a generalizar quando comparei o ser tratado de verme com o apelidar os leitores de pequenos póneis. Eu não estava a fazê-lo para atacar ninguém nem generalizar coisa alguma. Não estava a dizer que todas as pessoas gostam de ser tratadas assim. Estava apenas a dizer que a praxe encarada como brincadeira é igual a vir aqui e ser tratado como tal. Não é para ser levado à letra.

Lamento que tenha lido mal o que quis dizer. Mas fica o esclarecimento.

HOPE disse...

Quem andou em Coimbra e já comentou antes de mim, disse tudo. Não se confunda praxe académica com falta de educação, falta de civismo, imbecilidade, abuso... Sob a fachada da praxe cometem-se verdadeiros crimes contra as pessoas, mas isso não é praxe, não é!
Fui praxada e bem. E não só no primeiro ano! Em Coimbra não há a semana da praxe, ela existe todo o ano, até à noite da serenata da Queima das Fitas. E qualquer Dr. pode/deve praxar quem esteja num ano inferior ao seu. Ainda hoje lembro com muita saudade todos esses momentos. Fiz amigos para a vida!

Pedro disse...

exato ou exacto?

Sheep* disse...

O meu comentário não é só sobre o texto em si, porque não me podia estar a importar menos com o que as outras pessoas acham de Praxe, praxes e outros que tais.

Mas há por aqui muito histerismo e uma espécie de veneração aos bloggers...

Enfim, eu cá sou pela Praxe. Lamentavelmente não sou pelas praxes.

Gostava de saber se a Pipoca fosse pela Praxe, quantos de vocês seriam antis xD

A minha casa é a FFUL <3

S disse...

Concordo plenamente... Também detesto praxes! Acho que não passam de bullying consentido! Ainda hoje, na rua Augusta, fui interpelada pelos ditos "vermes" que me pediram, por favor, para me juntar a eles nas suas triste figuras, fazendo uma fila e cantando uma música qualquer idiota. Ao que lhes respondi, que se queriam fazer figura de tótos, o fizessem sozinhos!

Goma disse...

As praxes foram o melhor tempo da Universidade! Ajudam a integrar, a fazer amizades e a ultrapassar a tristeza que é estar longe de casa (para quem muda de cidade, óbvio...)!! Repetia tudo novamente! Não me senti humilhada e assim que tive oportunidade praxei e muito!! Para quem não gosta, acho super natural defender que é MUITO MAU!!

Atlântida disse...

Olá!

Respeito todas as opiniões, toda a gente é livre de gostar ou não (apesar de, confesso, me ser difícil entender que não se goste nunca se tendo sido praxado...).

Mas não entendo como é que se pode ter pena de quem está a ser praxado! Como muita gente aqui referiu, não foi na primeira semana, declarou-se anti-praxe, etc. Fizeram muito bem, estão no seu direito. Por isso, suponho que os caloiros que são praxados o sejam conscientemente, de livre vontade.

Eu fui praxada. Passaram 18 anos. Tenho muitas saudades! Muitas... E, como, se calhar sou masoquista, fui praxada em 2 instituições diferentes: na Faculdade e no Orfeão!

Quanto a humilhações... Não as senti. Sinto-as agora, e desde que trabalho, por parte de alguns superiores que tive. Infelizmente, não me posso declarar anti-humilhação para que não voltem a repeti-lo. Chamam-lhe engolir sapos.

Beijinhos

Carolina Ó i Ó ai disse...

sheep , true story bro . :D

Anónimo disse...

Pipoca, nunca comentei, mas hoje tinha mesmo de ser. Se, como tu própria dizes, nunca foste praxada, então não sabes do que estás a falar. Compreendo que em algumas situações devem ter existido abusos, os abusos que passam para a Comunicação Social e que fazem as pessoas generalizar. Mas tenho a certeza de que na maioria dos casos a Praxe é uma coisa divertida.

Eu fui caloira e gritei a plenos pulmões "Sou um verme rastejante!" Brinquei à Barra do Lenço, à Cabra Cega, ao Sr Dr, Tire-me Esta Dor. Fui a jantaradas cujo aperitivo era umas flexões e a sobremesa uma amena cavaqueira com uns Drs já descompostos. Depois disso, trajei. Ascendi bem alto na hierarquia da Praxe e fui responsável pela coordenação de todas as actividades. A minha equipa fez de tudo para integrar os caloiros e para fazer daquela a semana mais divertida da vida deles. Porque foi isso mesmo que a semana de Praxe foi para mim.

Odeio ver pessoas a falar sem conhecimento de causa. Eu fui feliz na Praxe. Chorei de emoção quando fui baptizada e chorei de emoção quando vi os meus Afilhados trajados pela primeira vez.

À Praxe só vai quem quer. Grita-se aquelas coisas porque se quer. E é tão bom ter uma boa desculpa para fazer figuras no meio da rua!

Por isso, por favor, não generalizes. Para muitas pessoas Praxe é, sim, Tradição, Integração e Paixão.

Carochinha disse...

Pessoalmente acho que há muito cu para a praxe! Gostei de ser praxada, foram tempos memoráveis! Assim como a praxe, as serenatas, as queimas das fitas fazem parte de tempos que, quanto, a mim, foram os melhores da minha vida!
Trabalho numa faculdade e vejo por cá muita gente a divertir-se! Quem não gostar, como tu, tem sempre bom remédio e ficar de fora!

Mary disse...

Provavelmente nem vais ler este comentário, mas não pude deixar de dar a minha opinião: a praxe que conheces é a de Lisboa, uma cidade que pode ser a maior em muita coisa, mas não em espírito académico, seguramente. Aí nem sequer sabem o porquê da praxe, como surgiu... Enfim. Eu estudo em Coimbra e fui praxada. Cantei muito, andei com a roupa do avesso, comi só com um talher e com a mão colada à de uma colega, entre muitas outras coisas que fizeram com me divertisse muito e que deixaram boas memórias. Nunca fui humilhada, conheci imensa gente e foi através da praxe que conheci a minha madrinha de curso, que me emprestou mt material para o estudo, me levou a jantares e convívios e me fez um fato para o (divertidíssimo)cortejo da Latada. Se me podia ter integrado sem a praxe? Provavelmente sim. Mas não teria sido tão giro, com toda a certeza. Claro que até aqui em Coimbra há gente prepotente e que gosta de humilhar... Mas isso não acontece só na praxe, acontece em tudo na vida, não é verdade? De certeza que há maus jornalistas e não é por isso que vamos rotular a tua classe como tal. Além disso, se não viveste a praxe... Não fales do que não sabes :)

Lunka_Almeida disse...

Acabei este ano a minha licenciatura.. Fiz alguns bons amigos, passei sempre a todas as disciplinas com distinção e nunca tive problemas; ia a jantares académicos, queima e coisas afins. Mas nunca andei na praxe (aliás, fui a primeira semana, por isso até posso dizer que experimentei lol). Goste ou não goste daquilo, tendo em conta que tirei o curso na cidade onde vivo, ñ precisava de ser integrada e sempre achei uma estupidez ter tipos mais burros que eu (do meu curso e que reprovaram tipo 10 vezes a uma disciplina que eu fiz à primeira), os tais chamados veteranos, a dar-me ordens ridículas. Quem me dá ordens é a minha mãezinha!... Sendo assim, nc mais lá pus os pés e ng me tratou mal por isso (aliás, até me dou bem com o Dux que tem o mesmo curso que eu!!)

Lunka_Almeida disse...

E o traje feminino do Porto é horrível xD Só fica bem aos homens!

Rita A. disse...

A Praxe é uma tradição q tem como objectivos a integração dos novos alunos no ensino superior; a transmissão dos valores do Instituto de Ensino; promover a interacção entre os novos estudantes; potencializar as capacidades de cada um; preparar para o mercado de trabalho; etc, etc... Tudo isto dito de uma forma pomposa para ficar bem na fotografia. Talvez se se enfeitar o bolo deixem de dizer mal dele sem nunca o terem provado.
Pertenço à Academia do Porto e represento a minha casa com muito orgulho. Desde caloira que tenho aprendido imenso e tenho adquirido competências para lidar com variadíssimas situações. Quando praxo, tento sempre ensinar algo novo aos meus caloiros, algo com sentido, porque tudo o que se faz em praxe tem uma lógica que deve ser explicada na altura certa. Por exemplo, um doutor não põe um caloiro de 4 porque lhe apetece, mas sim para impor respeito -> Finalidade? Quando fomos bebés aprendemos a gatinhar e só depois a andar. Compara-se o nascimento com a entrada na faculdade pois são etapas importantes na vida de qualquer pessoa. Assim, a posição de 4 tem esta simbologia: primeiro aprende-se a gatinhar e depois a andar. Não se põe um caloiro de 4 por ser burro (e o doutor que fizer isso é porque não sabe o que faz).
Toda a praxe tem aplicação prática no quotidiano de caloiros e doutores.
Aproveito para esclarecer que humilhar, rebaixar, maltratar, maldizer e abusar de poder NÃO É PRAXE, MAS SIM actos de irresponsabilidade da parte de certos estudantes universitários que se auto-intitulam de praxistas, actos esses que levados a um extremo podem incorrer em responsabilidade civil.
Tenho dito.

Ana Pinto disse...

Concordo, para muitos é apenas uma oportunidade para acharem que são mais que os outros. E em Lisboa as praxes não são nada por aí além. Estudei em Vila Real e vi praxes completamente humilhantes. Para além de que duram meses. Não fui praxada porque entrei em 3ª fase, e não me importei nada. Consequentemente também nunca praxei, mas também não tinha perfil para andar a gritar com alguém e a armar-me em superior!

aQ disse...

A minha faculdade é daquelas em que a praxe é todos os dias (2ª a 6ª), das 7h59 às 20he qq coisa, e está longe, mas bem longe de ser uma forma de integração dos novos alunos!

anne disse...

"Acho que nas praxes, como na vida, o problema são as pessoas, a sua falta de bom senso, carácter e princípios." Tudo dito. Fui praxada e vou praxar. Adorei cada momento, numa me senti aborrecida, injustiçada, humilhada. Pelo contrário, quem me praxou sempre se esforçou para nos proporcionar uma praxe calorosa e tinham uma preocupação com os seus caloiros admirável (e eu frequento uma das instituições com mais tradição praxista da Uni do Porto). Gritos? Estar de quatro? Flexões? Levar com ovos na cabeça? Sujeita-se quem quer. Eu levo no coração o meu ano de caloira e todos esses rituais. E a crítica Sr. Pipoca está intimamente relacionada com o conhecimento, se é que me entende. E acredite que seria uma grande perda caso esta tradição deixe de existir.

Muito bem dito NaFi. :)

Beatrice disse...

Há que saber praxar. sou caloira este ano e a minha experiência é óptima, estou a adorar, é divertido. E ajuda a integrar sim, conheci mais gente numa semana do que conheceria num mês sem praxes. Adorei cada momento desta semana, nunca me senti humilhada.

PATT disse...

fui praxada e a-do-rei. posso dizer sem qualquer sombra para dúvidas que até agora foram dos dias mais divertidos da faculdade. tenho pena que as pessoas achem que há quem se sirva da praxe para humilhar os outros. não foi assim comigo, de todo, e do meu ano só houve uma pessoa anti-praxe (o que, tendo em conta um universo de 240 colocados, é mto pouco). sim, diverti-me. e berrei e chinguei até quase me saltarem os pulmões. e atirei-me com toda a fé para o chão quando passava um avião ou fazia de mulher bomba. a única coisa que não gostei foi mesmo traçar a capa e deixar de ser caloira. portanto da minha parte sou M.A.M.A.T.A.- Movimento Anti Movimento Anti Praxe.

Anónimo disse...

Concordo plenamente. Fui pouco praxada porque so entrei na 2ªfase, mas agora que estou no meu 3º e ultimo ano, orgulho-me de dizer que nunca praxei, apesar de trajar, pois só a figura triste que aqueles ignorantes fazem ali aos gritos como se fossem donos do mundo, faz-me sentir envergonhada.
A minha teoria também sempre foi, o baixo ego desta gente que uma vez por ano lá tem a oportunidade de sair da toca e mostrar "o que vale".

Fashion Sisters disse...

Como já algumas pessoas falaram aqui só pode falar de praxe quem já passou por ela! E acima de tudo praxe é tradição, não é para andarem por ai todas bonitinhas a passear o traje, por isso acho inconcebivel que pessoas possam dizer que o traje é horrivel e que não favorece as mulheres (e as curvas femininas), quando o traje é uma maneira de tornar todos os praxistas iguais, quando estamos trajados somos todos iguais, não há diferenças sociais.
Eu aceito que muita gente não goste, porque realmente há por esse país fora, praxes completamente estúpidas! Mas é como tudo na vida...
Eu fui praxada e praxo e não tenho vergonha nenhuma de o dizer, nem de andar pela cidade do porto trajada, antes pelo contrário tenho muito orgulho do meu traje e orgulho nas pessoas que já praxei, é um espirito magnifico que se cria. E sinceramente não há melhor integração que a praxe podem dizer o que disserem, mas eu sei que não há! Até porque conheço muitos exemplos disso, enquanto que quem anda na praxe, sabe logo no primeiro dia o nome de todos os colegas e trocam números, quem não anda pode demorar algum tempo a arranjar amigos.
E acreditem que vou levar amigos para a vida, e são amigos verdadeiros que tiveram sempre comigo nos bons e nos maus momentos, quer nas maiores festas, quer nas directas a estudar!

M. disse...

Também acho uma anormalidade a praxe e consegui não ser praxada (graças à personalidade “evitante” que o meu marido diz que eu tenho, arranjei vários subterfúgios e tive a sorte de não ter apanhado gente muito “ferrenha”). E é como dizes: é a única oportunidade de alguns mandarem, ou melhor, humilharem alguém (não entendo o prazer, mas enfim...), até porque estarão no desempregozinho dali a pouco tempo.
Beijinhos,
Madalena

Vera Conceição disse...

Hà praxes e praxes.

As minhas foram bem fixes, jogavamos com os veteranos, as escondidas, futebol humano, o macaquinho do chines. Excelente ambiente, com eles a mandarem nos pregar partidas uns aos outros.

Enfim... bons tempos.

As que vejo a ser praticadas por lá agora... bem... essas concordo cntg.

Beijo*

SP disse...

CAMBADA DE MENINAS! Praxe é o melhor que há. C'mon. Deixem-se de merdas.

SP disse...

CAMABADA DE MENINAS! A praxe é o melhor que há. C'mon. Deixem-se de merdas.

Nandita disse...

Sofia, fui praxada e praxei em Vila Real, e tenho pena que vejas a praxe transmontana como humilhante...

Caras pintadas, andar de quatro, conhecer toda a gente... e esses "meses" de que falas, eram 2 quando entrei (2005), agora talvez não complete 1 mês sequer.

Em Veterinária, tentamos integrar. Há parvalhões? Há! Mas compete aos outros todos ser suficientemente organizados para evitar situações de abuso.
Quando praxei, a cantina estava em obras. Levámos caloiros a almoçar, comprámos-lhes comida, levei gente a casa a pé quando preferia mil vezes estar eu nos copos com os meus amigos. Mentiram-me (sim, também há caloiros parvalhões), deram-me trabalho, foi dificil, mas é compensador quando hoje volto aqui e vejo que se lembram de mim por isso.

E nós, (ups, ilegalmente), somos conhecidos por ter a pior praxe de curso (literalmente, na merda), e foi das coisas mais surreais e divertidas que já fiz.

Mas, admito, isto é porque sou uma barbuda, baldas, bebedolas, sem amigos, que demorou 15 anos a fazer o curso, não tem amor próprio e usa a praxe como forma de "poder" sobre os alunos mais novos... claro que sim!

Que bom que é generalizar... e que bom que é perceber que a Reitoria da UTAD tudo faz para limitar e extinguir a praxe, quando não se preocupa em integrar as centenas de alunos "deslocados" que aqui chegam todos os anos...

Anónimo disse...

Pipoca, existem praxes e praxes e não devemos generalizar. Lisboa é das cidades que menos espírito académico têm e por isso as nossas praxes são fracas, quando comparadas a Coimbra ou Évora. O objectivo da praxe não é humilhar ninguém e eu quando praxo não o faço para rebaixar os meus colegas. Faço-o sim para os colocar num ambiente onde estão todos iguais, e onde podem rir-se da sua figura e do próximo, mas sempre dentro dos limites do respeito e sem humilhar alguém. uma coisa é Praxe, outra é pseudo-praxe que só serve para humilhar e rebaixar..com essa é que não concordo.

Lígia Moreira disse...

Ao contrário de alguns comentários, eu concordo plenamente contigo.
Eu estou na faculdade, já é o 2ª ano! Infelizmente não estou no curso que gosto, mas isso é um aparte.
O ano passado quando entrei decidi logo que não queria fazer parte da praxe porque sabia que não precisava daquilo para me sentir integrada. Consegui fazer amizades na mesma sem ter sido praxada e sem ter feito figura de parva.
Mas respeito quem goste e quem tenha feito parte da praxe, embora isso não minha opinião seja uma perda total de tempo. Mas, opiniões são opiniões.

Mim disse...

Bem, ora aqui está um tópico sobre o qual tive uma necessidade incontrolável de comentar.

Estudo na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, estou no segundo ano (duas matrículas portanto), e ainda não posso praxar. O ano passado fui praxada, nunca me senti humilhada, rebaixada, ou tantos outros que tais. Aliás, muitas das pessoas que me praxaram hoje são minhas amigas. Na minha faculdade, primeiro que tudo, não existe praxe de cariz sexual. Temos um órgão que regula as praxes, e que verifica se tudo corre de acordo com o planeado e se ninguém "pula fora da cerca" - um género de comissão de praxe. Temos uma comissão de apoio aos caloiros. Temos festas até mais não para eles irem, se divertirem, conhecerem os colegas, fazerem amigos (por exemplo, hoje haverá uma noite de fados na FFUL). E, sinceramente, hoje olho para eles e penso "que saudades tenho de ser caloira". E foi apenas há um ano... Nem quero pensar daqui a uns quantos. Outra questão na nossa faculdade que se impõe é: ninguém do segundo ano praxa, observamos, e não praxamos logo no primeiro ano em que não somos caloiros (muitas vezes, as pessoas "vingam-se" nos novos alunos do que lhes fizeram no ano anterior... na minha faculdade isso não acontece). Escrevemo-lhes na cara "FFUL" e o seu nome, é verdade. Não andam cá com placas a dizer "Verme", até porque tal título de hierarquia não consta no nosso código de praxe. Mostramo-lhes Lisboa há uma semana, fizemos um peddypapper com eles, indo a vários pontos da cidade, com perguntas escondidas e tudo mais. Eles divertiram-se imenso, a cantarem músicas que eles próprios inventaram.
Não humilhamos ninguém, aliás, se for perguntar a qualquer caloiro da minha faculdade se gostou das suas praxes, duvido que a resposta seja não. Fazemos jogos, como por exemplo, formar cadeias de DNA, em que uns são as pentoses, outros fosfatos, etc etc... Aliás... Pode ler um pouco aqui:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/praxes-academicas-para-todos-os-gostos

C. disse...

Apoiada. As praxes são absolutamente ridículas. No meu ano de caloira, que durou que...dois dias, disse para o rapazinho que se estava a armar em espertalhão "Sr. Doutor. Sr. Doutor uma ova. Vai masé à m*rda seu parvalhão", e sai daquele cenário com um absoluto esgar de orgulho. Chamarem-me cortes, nada disso, pelo contrário, fui a maior. OH YEAH!

C. disse...

Ahah, estava a ler o meu comentário e apercebi-me disto - não o primeiro ano do curso que durou 2 dias, foi a praxe, pelo menos para mim :) Beijinhos *

Anti Anti-Tudo disse...

Muitas pessoas ouvem historias de comboio/metro ou vêm uma determinada situação e pensam logo que toda a praxe é assim. ENGANAM-SE. Não são um grupo de pessoas a querer mandar em outras, quem diz isso, desculpe que lhe diga, mas é ignorante! O facto da rapariga ter gritado com os tais "vermes" não faz dela um bicho - se bem que a praxe em Lisboa, o que é isso? enfim. Muitas vezes, não queremos gritar com os caloiros, nem mandar neles. E ninguém nos obriga, é certo, mas sei que lhes vai fazer o mesmo bem que aqueles tantos gritos me fizeram a mim: obrigaram-me a ter espírito de equipa, a ser sociável, a fazer coisas que me servirão para o resto da vida. Se me integrou no ambiente académico? Definitivamente. Sem ela, não conhecia 90 por cento das pessoas que conheci. Sem ela, não tinha conselhos de como passar a determinada cadeira, ou que professores escolher. Sem ela, eu não teria vivido parte dos melhores momentos da minha vida. E respondendo ao comentário acima, da Catarina, sem querer ser insolente, desculpe que lhe diga, mas se realmente disse isso a um "doutor", ridícula foi você e só prova que se foi 2 dias a praxe já foram muitos, visto que nem é digna de pertencer a algo tão grandioso. Sim, é preciso ser-se digno.

Um beijo.

Kelly disse...

Vou este ano para a faculdade e também é algo que me deixa a pensar.Infelizmente tive que ir para uma privada e acreditem que não fica nada barato.Não vou dizer que nao gosto da praxe,se for bem feita,é uma maneira de divertir os caloiros.Porem, já ouvi relatos de muitos doutores ranhosos que fazem os caloiros passar horas infinitas na praxe e qual o resultado?!Maus resultados,cadeiras deixadas para tras.A meu ver isto deixa a pensar qual o verdadeiro sentido da faculdade,se é para borgas praxes e afins,ou estudar para um futuro melhor.O meu primo,que anda agora no Isep vai para o 3º ano,foi a praxe um dia, ao final desse dia desistiu ,passados alguns tempos ele via os caloiros do curso dele a deixarem um muitas cadeiras por fazer.Deixou me a pensar.Eu vou demorar cerca de uma hora de minha casa a faculdade....o horario e muito puxado e o curso de enfermagem também não é o dos mais faceis .Se eu foce para a praxe chegava a casa a estourada e iria directamente para a cama .Onde ia buscar tempo para estudar?Sim porque com tanto dinheiro a sair do bolso aos meus pais ,nao me posso dar ao luxo de tirar mas notas ou a deixar cadeiras para tras.Sinceramente ainda não me decidi ,mas estou mais inclinada em não seguir a praxe pois o meus objectivo não é um dia mais tarde puder praxar e coisas desse genero.O traje, muitos reclamam que quem não é praxado nao devia trajar.Eu acho isso um absurdo , o traje em si nao é sinonimo de praxe mas sim de estatuto de estudante e ,quer praxados quer não , somos todos estudantes.E se ha algo que me irrita em cenas de praxe e o facto de muitos dizerem que quem nao quer ser praxado, fica sem vida social,sem amigos e sem diversão.Por acaso foi perciso faculdade para alguem se divertir ou vida social?!Bom é esta a minha opinião sei que muitos não vãoconcordar com o meu ponto de vista mas aqui fica!
Beijinhos fiquem todos bem :)

J.Pierre Silva disse...

TUDO SOBRE PRAXE E TRADIÇÕES ACADÉMICAS: VERDADE VS MITOS no blogue Notas&Melodias (Ver listagem de alguns artigos na coluna do lado esquerdo do blogue):

http://notasemelodias.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Boa tarde queria saber se me podia ajudar numa questão eu no ano passado fui praxada só que em novembro desisti da faculdade e este ano 2012/2013 vou voltar queria saber se tenho que ser praxada outra vez. podia responder-me para o meu mail sefasfavor sofia.godinho1990@gmail.com

Anónimo disse...

Acho que não há necessidade disso do que chamam de "praxes"
Para mim deviam de acabar de uma vez com isso sem deixar rastos da sua existência.
Eu como caloiro não irei gostar da experiencia seja ela de boa vontade ou de má intenção.
Chamam a essa forma de INTEGRAR os novos alunos?! Bem......BELOS ABRAÇOS DE BOAS VINDAS.
Eu não aprovo justamente porque EU NÃO ME CONHEÇO o suficiente. não sei do que sou capaz ou dos meus limites mas de certa forma essas pessoas nunca serão minhas amigas mas sim inimigas vitalicias porque ao me fazerem isso estão apimentando o meu lado mau.
Se tiver a sorte de me formar, NÃO IREI PRAXAR,ou seja, NÃO IREI HUMILHAR, NÃO IREI DESRESPEITAR, não irei essentivá los a fazer o mesmo, não irei violar a sua integridade. irei sim ensinar_lhes O PLANO DA UNIVERSIDADE, ajuda-los a conhecer os professores,tentar ser amigo deles, tentar fazer alguma diferença e que nos vejam como pessoas civilizadas que dão grandes exemplos. ISSO que para mim É INTEGRAÇÂO, lealdade, respeito com o próximo e muito mais.
NOSSOS Parentes pagam às universidades quase 1000 euros por ano para isso?
vim para me formar, ter experiencia de vida e não passar um mau momento.
concluindo espero eu não ser a vítima e ter maus pensamentos das universidades
saudações

Diana disse...

Não sei como é que pessoas que nunca foram praxadas podem dizer que são anti-praxe. O meu ano de caloira foi um dos melhores anos da minha vida. Hoje quando tou a praxar os caloiros, olho para eles e lembro-me de como foi bom o meu ano. E digo-lhes para aproveitarem ao máximo, porque passa muito rápido. Fiz amigos para a vida toda. E só quem anda na praxe sabe o sentimento que é passar na tribuna, agarrada as pessoas que passarm um ano a "brincar as praxes" comigo. Naquele momento é inevitabel as lagrimas não cairem. Os doutores e veteranos que me gritavam, que me chamavam de reles besta, são hoje meus amigos. E para quem diz que os veteranos são burros, não sabem mesmo do que falam. Os veteranos da minha faculdade tem vários cursos. E a maioria não reprovou um ano que seja. Nao falem sem saber..

Anónimo disse...

eu fui e estou a ser praxado toda esta semana e acho que está a ser uma das semanas mais brutais de sempre, é aceitavel que nao se queira fazer mas quem nao experimenta nao pode criticar, cada um sabe de si... a praxe é opcional, quem nao quer nao vai, mas acreditem no que vos digo, so perdem em nao ir porque é uma semana brutal mesmo... para a semana começam as aulas mas em vez de sermos todos desconhecidos ja temos espirito de grupo com os nosso colegas, ja falamos e conhecemos e passamos bons momentos com todos, por isso repito, a praxe vale a pena

Anónimo disse...

Fui praxada este ano e adorei! Tive receio no inicio pois não conhecia ninguem, mas depois de uma semana ouso dizer que fiz muitos colegas e alguns bons amigos.
Sempre houve respeito por parte da Comissão e por parte de outros colegas, aprendemos muitas coisas e perdemos muitas vergonhas.
Fico realmente triste quando vejo noticias de abuso durante a Praxe, pois so quem viveu esta semana de modo intenso sabe que esta realmente vai ser uma das melhores semanas da vida acadêmica. Se não gosta da Praxe não há problema pois vivemos numa sociedade democática onde podemos ser Anti-Praxe ou não. Para quem é a favor da Praxe deve apenas ter juízo e não abusar das pessoas.

Sweet Like Honey disse...

Eu já fui caloira e este ano sou outra vez e, antes de mais, não sou anti-praxe! Respeito perfeitamente quem goste de ser praxado e não tenho absolutamente nada contra, mas como já fui praxada ano passado, posso dizer que não foi das melhores experiências da minha vida! Só tive um dia de praxe de que gostei realmente, em que o curso se juntou e jogar futebol e a conviver de forma mais descontraída.Talvez o facto de ter sido praxada numa faculdade de Engenharia não tenho ajudado muito a despertar a o meu gosto por esta tradição académica, mas o certo é que, este ano, já numa faculdade da área da Saúde, digo que não tenho paciência absolutamente nenhuma para estas coisas.
Como na minha faculdade anterior passava a vida de 4 e 3 e a cantar canções absolutamente vergonhosas, decidi que este ano não o faria. Parece que não, mas a praxe necessita de uma grande parte do nosso dia e pessoalmente acho que posso aproveitar essas horas a fazer algo que significam algo para mim do que estar de "gatas" aos berros e a dizer "Sim, Sr. Doutor!", mas cada pessoa toma as suas decisões, e se quiserem envolver-se nesta actividade, força!
Mas uma coisa que não concordo e que acho uma bela ESTUPIDEZ é dizerem-me "Ah e tal, porque se não és da praxe, não socializas!" Oh por favor, inventem outra desculpa! Quer esteja ou não na praxe, não deixo de ser uma estudante universitária e tenho os mesmos direitos como qualquer outro caloiro/a.
Não é por isso que deixo de ir a jantares, a festas e outras actividades...
Ah, e o trajar! Já me esquecia..."Ah porque não fazes praxe não podes trajar!" Mas quem disse?! Todos podemos trajar e todos com o mesmo orgulho (não é por não ter andado na praxe que não se sente orgulho na nossa faculdade e no nosso curso). Quem realmente ama o curso que está a fazer sente tanto ou mais orgulho do que as pessoas que fizeram praxe, porque todos nós lutamos para chegar ao Ensino Superior e todos nós temos direito a esse ORGULHO!


Unknown disse...

Adorei a minha praxe. Frequentei a Universidade dos Açores com uma das praxes mais severas mas o espirito de união que se forma entre os caleiros num sentido de auto-ajuda é inacreditavel. Apesar de estar a 2000 km de distância deles, são todos irmãos.

Anónimo disse...

Ora bem, vim parar a esta página por acaso, e dado o tema que pesquisava, não pude deixar de ler este post e os seus comentários.
antes de mais, deixo claro que não só sou a favor da PRAXE como amo a praxe. E não, não tenho flacidez mental, não tenho tenho problemas de integração, sou finalista com todas as cadeiras feitas, não tenho a mania que mando nem sou a favor do Nacional-Socialismo nem coisa do género.

Lamento que as pessoas critiquem algo a que nunca pertenceram e que portanto não compreendem. Será que alguém poderia criticar algo que desconhece? Se nunca pertenceram a uma Comissão de Praxe, ou se nem se quer foram caloiros, então não têm o direito de criticar a tradição académica. Pertencer à Comissão de Praxe é algo de que me orgulho. Esforço-me diariamente para que os meus caloiros tenham uma praxe tão boa ou melhor que aquela que eu tive. E sabem que mais? praxe não é gritar e mandar.
Praxe é integração: os caloiros têm todos que se conhecer e dar bem da mesma forma, nem que seja somente entro da praxe.
Praxe é união: o que um caloiro faz, os outros fazem
A praxe ensina os caloiros, que são miudos que chegaram à universidade, pensam que sabe tudo, mas não sabem nada (o mundo académica é tão complexo, mas o melhor ao mesmo tempo). Caloiro não ri, pois não se ir nas situações mais sérias.
E digo mais, já repreendi caloiros por terem fraco aproveitamento escolar.
Em praxe, veteranos apenas tentam integrar os caloiros, como manda a tradição académica
Posso dizer ainda que a maioria das amizades que fiz nestes tres anos foi graças a praxe, pois ser praxado com alguém ao lado, ou até mesmo praxar ou preparar actividades de praxe com alguém ao lado pode tornar as relações mais fortes.
No entanto, apesar de amar a praxe, sei que esta não é respeitada muitas vezes. é verdade que há abuso de poder, pessoas que usam o traje para "aumentar o ego",pessoas que trajam mal, pessoas que praxam para ter afilhados... e é muitas vezes por estes motivos que a praxe não é respeitada pelos de fora, pois não é levada a sério pelos de dentro.
Para terminar, vou só salientar que as pessoas podem até nem ser as melhores amigas, mas em praxe, são unidas. E acreditem, a praxe é uma hierarquia sim, mas a exigência aumenta á medida que o grau sobe. Custa estar um dia inteiro em pé, ao calor, com sapatos que não são propriamente confortáveis, no entanto, faço-o por amor, para integrar.

Grohlevelyn disse...

Acabaste de me aborrecer com a tua opinião.

J.Pierre Silva disse...

Muito daquilo que se pratica, se faz e se diz nada tem de Praxe, mas releva da imbecilidade de invenções sucessivas movidas por mau carácter e ignorância dequem inventou e de quem, depois, deu continuidade (acrescentando pontos ao conto).

Para saberem de Praxe e tradições Académicas, sem mitos, sem ficção:

http://notasemelodias.blogspot.pt/ (existe uma listagem do lado esquerdo do blogue).

Sobre Praxe Vs praxes: http://notasemelodias.blogspot.pt/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html

Anónimo disse...

Estou actualmente no 1º ano da Universidade, fui praxada. Houve alturas em que não foi fácil, até porque tive de sair de casa. Mas não me arrependo em NADA de ter sido praxada. Para mim a praxe serviu não só como integração, mas também para me distrair e não pensar nas saudades. Por isso, sou a favor da praxe mas APENAS quando é bem feita.
Certas pessoas não sabem praxar como deve ser, mas isso não quer dizer que quando eu poder praxar não o faça. Vou praxar, sim. Não vou humilhar.
Muitas vezes as pessoas estão contra a praxe ou por nunca terem sido praxados, ou por não terem sido praxados como deve ser.
Apesar de tudo acho que ninguém deve ser contra a praxe. Podem ser "anti-praxe", que corresponde a uma decisão individual de não querer ser praxado e ser abster entre outras coisas, de o fazer no futuro; mas nunca contra a praxe, porque como disse há pessoas que o apoiam, e ser contra a praxe indica uma acção que impede TODO o corpo estudantil de ser praxado.

Anónimo disse...

Estando eu no 1º ano, concordo plenamente!

Anónimo disse...

A tua definição de praxe é "encher" e ser "humilhado" , mas a praxe não é isso. Aliás, a praxe é o contrário, não ser humilhado, e encher suficientemente.. No entanto, estou também numa faculdade, mas que tem uma praxe séria e rigorosa, segundo o codigo, mas que é tão foleira como faltar a luz quando estás a tomar banho, e sei isso o que é...

Daniela Cunha* disse...

Estou no 1ª ano e tenho uma opinião sobre a praxe que a maioria das pessoas que aderiram à praxe não têm, mas tenho os meus motivos. Os meus praxadores têm uma falta de imaginação enorme. No meio de tantas praxes que tive posso dizer que gostei apenas de uma, porque aí sim, souberam ser diferentes e originais. Em todas as outras limitavam-se a fazer joguinhos (em que alguns até tinham piada, mas outros nem por isso - como é o caso de imitar posições sexuais), a mandar-nos encher só porque lhes apeteciam ou porque se tinham zangado com os/as namorados/as, a andar aos berros connosco(de uma forma, que nem os meus pais jamais me berram)e a cantar músicas completamente depravas e porcas. É-se excluído por se declarar anti-praxe? É-se sim. Quem praxa, exclui completamente todos aqueles que não vão à praxe, não os deixam participar em jantares de curso, nem na latada nem nada do género.
É completamente ridícula a forma como eles praxam! Vêm com sermões de que não somos caloiros unidos e que há quem fale mal uns dos outros, quando eles não têm moral nenhuma para falar (fazem exactamente o mesmo, ou pior!).
Somos obrigados a dar todas as justificações quando faltamos a uma praxe. E mesmo com as justificações, na próxima praxe enchemos por não ter ido à anterior.
É desumano a maioria das atitudes deles. Tivemos uma praxe ridícula e monstruosa em que nos obrigaram a encher quase toda a tarde. No fim da mesma, fiquei com os joelhos negros e inchados (e como eu, tantos outros caloiros).
Quando a praxe chega a estes extremos acho que é da maior monstruosidade e falta de sensibilidade que pode haver, é o ridículo no seu pior.
Acho que em nada isto nos ajuda a integrar, já que alguns dos praxadores, por vezes, só combinam cafés com certos e determinados caloiros e deixa os restantes de fora (e depois ainda dão lições de moral sobre grupos unidos).
Por tudo isto, e mais algumas coisas, não concordo em nada com as praxes. Mas sei que em muitos cursos isto não funciona assim, em que a praxe funciona realmente como deveria e os caloiros de divertem.

Seph disse...

nao fale do que nao sabe

Seph disse...

nao fale do que nao sabe

sandra disse...

Todos temos opiniões divergente...Afinal cada um vive a fase académica como quer! Ao contrário de si, felizmente, eu entrei numa Universidade que respeita acima de tudo a "pessoa". E sim, fizemos trinta por uma linha, mas sempre nos disseram: "se alguém abusar já sabem com quem têm de falar", e assim foi. Foram os melhores anos da minha vida, fiz amigos para a vida e encontrei o meu noivo, com 3 matrículas. As pessoas são ótimas a partilhar as opiniões dos outros mesmo que nada saibam acerca do assunto. Ao contrário do que dizem o "não" também existe na praxe. Felizmente para mim, fui muito bem recebida, conheci 600 alunos num só dia e muitos deles fazem parte da minha vida :)

Anónimo disse...

Deixo aqui também a minha opinião sobre as praxes.
Estou no 1º ano de Engenharia Informática e desde o inicio que queria ir experimentar as praxes para ver como eram e se iria gostar. Bem não foi nada o que eu estava à espera, eu nunca fui anti-praxe nem o sou mas a praxe que existe no meu curso e algo demasiado estupido para eu fazer parte daquilo(na minha opiniao), fui 2 semanas e já saí.
No primeiro dia estava ansioso e na expectativa de que a praxe fosse algo mesmo muito divertido mas desde cedo se revelou que não. A primeira coisa que nos fazem é contar até 10 à maneira do nosso curso e sempre que cada um falhava todos eram obrigados a "encher", epá se fosse 1 ou 2 vezes até não me importava mas agora horas naquilo!! Tenho mais que fazer da minha vida mas continuando, nas praxes seguintes estava à espera que fosse algo de diferente mas enganei-me... Mais do mesmo, eram 5 horas de praxe, quase todos os dias por semana em que 90% do tempo era a fazer coisas estúpidas como encher, correr, fazer figuras de estupido junto a postes de iluminação. enfim, só mesmo uma ou outra é que fizemos algo engraçado tais como jogos ou contar histórias,etc. Resumindo, os meus praxantes eram pessoas normais, não obrigavam ninguem nem desrespeitavam só que a falta de imaginação era tão grande que passavamos horas e horas de pé a olhar para o chão, ou a tar de 4, de 3 ou simplesmente a encher e foi então que eu decidi que aquilo não era para mim. Eu já tenho problemas fisicos, eles sabiam e diziam me sempre que quando quisesse descanssasse mas mesmo assim, conheço amigos meus de outras universidades em que as praxes deles são como as praxes devem ser, jantares, saidas, alem de serem praxes ocasionais e não praxes que duram até maio e que praí ate novembro são quase todos os dias...

Anónimo disse...

"Compreensiva"... Aprenda a escrever primeiro "madrinha".

Anónimo disse...

Presumo que não tenham tido sorte xD

Anónimo disse...

Entrei este ano na faculdade e estou a pensar fazer o mesmo que tu xD

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