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A Pipoca responde...ou tenta, vá #1

quinta-feira, agosto 25, 2011
A minha caixa de correio do blog é uma imensa confusão de mails. E a culpa é minha, pois está claro, que deixo acumular mails e mais mails e mais mails. Entre propostas de colaborações, pedidos de divulgação disto e daquilo, convites para eventos ou a vastíssima lista de perguntas dos leitores, nunca sei muito bem para onde me virar. E acabo por reagir como reajo sempre em situações de caos: não faço nada e fico sossegadita à espera que as coisas se resolvam por si mesmas. Foi o que tentei fazer com as dúzias de mensagens, mas não deu resultado (damn it). Elas lá continuam, quase todas sem resposta, à espera do dia em que vou tratar delas. Mas esse dia está difícil de chegar. Ao fim-de-semana tento tirar um par de horas para responder a mails de enfiada, mas leva tempo. Gosto de respostas personalizadas e não para despachar, gosto de responder àquilo que me perguntam, de dar uma ajuda nisto e naquilo. E e acho simpático que achem que eu sou uma pessoa capaz de resolver boa parte dos dramas da vossa vida, sejam eles sobre o que vestir num casamento, qual a melhor máscara de pestanas, o que visitar em Madrid ou como despachar um namorado. É fofinho, sinto-me uma espécie de Oprah em versão pobre. Vai daí, decidi dar início a mais uma rubrica espectacular, de seu nome "A Pipoca responde... ou tenta, vá", que mais não é do que a resposta a algumas das perguntas que me fazem. Muitas vezes as perguntas repetem-se, por isso matam-se logo uns quatro leitores com um post só. Até porque a discussão aberta tem mais graça, assim como a diversidade de opiniões (civilizadas e compostinhas). Não vou publicar os nomes dos leitores nem questões demasiado pessoais, e quem não quiser uma resposta pública está à vontadinha para o dizer.  Ah, e como já sei como elas mordem, fica desde já sublinhado que o eu escrevo é apenas a minha opinião, não são teses de mestrado de Harvard, está bem? Posto isto, vamos à primeira pergunta:


"Olá, Pipoca. Eu e o meu namorado decidimos morar juntos, mas não sabemos se é melhor comprar ou arrendar casa.  Sei que moras numa casa arrendada, achas mais vantajoso?"


Ora bem, quando eu conheci o meu homem ele tinha casa própria. Por motivos que agora não interessam nada, teve de a vender. Como já estávamos a pensar morar juntos, decidimos procurar outra e partimos logo do princípio que era para arrendar. Não sei porquê, mas não nos passou pela cabeça comprar, talvez por ainda não termos assim taaaanto tempo de relação e não nos querermos lançar na compra de uma casa. Há mais de dois anos encontrámos a casa onde estamos hoje, que foi um verdadeiro achado tendo em conta o preço, o tamanho e a localização, e por aqui temos ficado. Há pouco tempo, e também já não sei muito bem porquê (talvez porque eu sou pessoa que gosta de ver casas, só porque sim), achámos que talvez estivesse na altura de comprarmos. Mas depois procurámos, vimos muita coisa e chegámos à conclusão que nenhuma das casas que tínhamos visto era melhor do que aquela onde estamos agora. Posto isto,  decidimos ficar quietos por mais uns tempos. Não fazia sentido mudar para uma casa pior só para podermos dizer que era nossa. A verdade é que adoramos a casa onde vivemos, adoramos a centralidade, e rezamos a todos os santinhos para que o senhorio não queira regressar tão depressa. Pelo menos mais três anos estão garantidos, depois logo se vê.  Acho que isso de comprar casa é uma coisa muito portuguesa. Temos aquela necessidade do sentimento de posse, de sermos donos de qualquer coisa. Lá fora praticamente ninguém tem casa própria, acham até esquisito que alguém compre uma casa (é mais ou menos como dizer que se vai comprar um estádio de futebol), e o arrendamento é visto como uma coisa perfeitamente banal. Assim de repente, qual é a grande vantagem de se ser dono de uma casa? Deixar património aos filhos? Pois, a ideia é bonita, mas acho que  os filhos têm de se amanhar por conta própria e não estar a contar com a casinha que os pais lhes vão deixar um dia. Depois há o empréstimo. Pede-se dinheiro para uma casa e no final pagam-se três. E quando, finalmente, a casa é nossa e não do banco, já temos uns 75 anos e os pés para a cova. E depois as taxas, e os seguros,  e as obras, e as avarias, e os condomínios e o diabo a quatro.  No nosso caso, dificilmente encontraríamos uma casa com as características da nossa com uma prestação que pudéssemos pagar. Por isso, por aqui vamos indo, numa casinha linda e à nossa medida. Não podemos deitar paredes abaixo nem fazer grandes alterações? Não, pois não, mas também não queremos, tivemos a sorte de vir para uma casa de traça antiga completamente recuperada. E tivemos total margem de manobra no que toca a decoração. Quando há algum problema, o senhorio resolve (convém dizer que também nos calhou na rifa um bom senhorio). Se acho que é dinheiro deitado à rua? Não. Sinto que estou a pagar por um serviço como outro qualquer. E custa-me menos pagar ao senhorio do que ter de levar com a carrada de juros de um banco, na expectativa de um dia poder ter um papelito a dizer que a casa é minha. Claro que se um dia encontrarmos uma casa mesmo espectacular que nos fique mais barata do que um arrendamento, mudamos na hora, mas acho difícil. Se saíssemos do centro da cidade e fôssemos para os arredores, possivelmente arranjávamos uma boa casa com uma prestação decente (talvez até menor do que aquilo que pagamos agora de renda), mas não queremos abrir mão de alguns comodismos só para podermos dizer que temos uma propriedade em nosso nome. É coisa que não nos aquece, nem arrefece. Até porque depois, possivelmente, acabávamos por gastar mais noutras coisas, como gasolina ou transportes. Mas pronto, basicamente acho que é uma questão de fazer contas e de avaliar critérios, necessidades e prioridades. Que, como é óbvio, variam de pessoa para pessoa. Mas acredito que ainda há um certo estigma em relação ao arrendamento, como se quem vive numa casa arrendada seja um pelintra que não tem onde cair morto. É só uma opção, tão viável como outra qualquer. E pronto, tenho dito. Quem é pela compra que se pronuncie.

89 comentários:

Isa Maria disse...

como te leio imensas vezes e acho-te uma moça simpática, atrevo-me desta vez a publicitar os meus trabalhos, feitos em lã feltro e todos eles únicos e originais. Espero que gostes e que me ajudes a publicitar. Bye.
Isa

Isa Maria disse...

Esqueci-me de indicar o blog: www.isamar-meustrabalhos.blogspot.com

jinhos
isa

Kiki - Família de 3 e 1/2 disse...

Eu também prefiro mil vezes alugar casa! Para já porque me canso facilmente e passados 3 anos, apetece-me mudar. Quando se tem casa própria, não é fácil mudar... E depois porque, como as coisas estão, se algum dia for necessário deixar a casa ou ir para uma mais barata, só temos de sair e não devemos nada a ninguém! Ainda mais quando se vai viver com um namorado... Se as coisas correrem mal, só têm de ir à vidinha deles sem dever nada a ninguém nem ter chatices de partilhas e divisões. :)

Anónimo disse...

Eu sou pela compra e felizmente os meus pais também. Graças a esse pensamento, se tudo correr bem (espero) herdarei uma casa duplex (numa zona pacata nos subúrbios de lisboa), uma loja (valor baixíssimo) e mais outro imóvel de valor de 200 mil euros (imóvel que o meu pai já herdou do meu avô).

Não considero que arrendamento seja dar dinheiro ao lixo mas parece-me mais uma questão temporária. Como oiço muito os meus pais dizer: "ter património é muito importante" e creio que não se estejam a referir a sapatos (infelizmente para mim porque adorava ter centenas de contos investidos em Chanel vintage!).

Lilith disse...

Well, eu pronuncio-me pela compra, e quanto mais cedo melhor. Claro que tudo tem de ser à medida das possibilidades, e a vida neste momento anda mais difícil que nunca, mas eu olho para os meus pais e vejo um exemplo, que também tiveram imensas dificuldades quando casaram, tiveram um início de vida muito duro, mas sempre tiveram juízo e lá compraram casa ainda jovens, e com menos de 50 anos de idade tinham a casa paga.

É sempre uma segurança, é o "daqui ninguém nos pode tirar", temos sempre pelo menos um tecto garantido, um sítio onde dormir e um bem em nosso nome que pode ser vendido em caso de necessidade.

Olho também para o caso da minha irmã, que quis sair de casa aos 19 anos (para casar, com essa mesma idade), nunca teve juízo com o dinheiro, a casa sempre foi arrendada (e casas cada vez mais medíocres), já se mudou sei lá quantas vezes e com quase 40 anos de idade não tem, literalmente, onde cair morta. Não tem um único bem em nome dela, nada, nicles.

Portanto sim, sou pela compra, um bem é uma segurança e uma casa é o mais importante de todos os bens. Não ficamos sem tecto a menos que haja alguma catástrofe natural.

Anónimo disse...

Conversa de pobre.

Sara disse...

Quando comecei a viver com o meu namorado arrendámos. Pessoalmente, creio que é o mais acertado quando se começa uma vida a dois: namorar e viver com uma pessoa são coisas muito diferentes! Vivemos em duas casas arrendadas e, há dois anos, comprámos. No nosso caso, a casa que comprámos é a nossa cara e ficámos a pagar menos ao banco. É claro que não tarda vamos estar a pagar o mesmo ou mais, mas nestes dois anos já poupamos algum dinheiro com esta opção. Não acho que arrendar seja deitar dinheiro fora, tem as suas vantagens, mas quando encontramos o "nosso" cantinho, comprar também não é má ideia! :)

Anónimo disse...

Concordo, principalmente com a parte do ser "à português" o ter de comprar uma casa, só para mostrar que sim Eu tb tenho a sorte de morar no centro de Lisboa, numa casa alugada,e não tenciono comprar. Grande Pipoca! é que mais nada!

Anónimo disse...

Claro que quando se tem dinheiro para não pedir um emprestimo ou só se pede um que em poucos anos se paga, a situação é diferente.

não vejo como dinheiro deitado à rua não. pagamos tantos serviços e tanta coisa com a qual não ficamos... tv cabo, cinema, lavandarias, sei lá. mil e um serviços. para mim a casa é um pouco como isso, paga-se por uma utilização. quando não se gosta ou se quer mudar é pegar nas malas e ir, sem stress. tenho pena que não haja maior oferta de casas (pelo menos na minha zona). parece que é um bocado 'ah se aluga é porque não tem dinheiro, portanto posso impingir uma porcaria'.

Anónimo disse...

Tens três anos garantidos? Certeza?
Se a meio dos três anos o senhorio provar que precisa da casa para viver, alças o rabinho que é um instante. heheheh

NEXT STOP disse...

Francamente, nos dias que correm, com tanto assunto chato que nos consome o juízo, é bastante cómodo ter uma casa alugada! Só temos que nos preocupar em pagar a renda, água, luz, gaz e obviamente mante-la habitável. Poupa-nos de imensas chatices e incómodos como avarias de elevador, condomínio, as ditas prestações aos bancos, juros e taxas disto e daquilo, contribuição autárquica, ocupação do sub-solo (não é fruto da minha imaginação!! existe mesmo!!), blá blá blá...

Felizmente também tivemos a sorte de encontrar uma boa casa e um senhorio que até flores nos traz e telefona a perguntar como estamos, aceitou a nossa cadelinha de boa vontade sem restrições.

Eu e o meu namorado também decidimos alugar uma casa para termos um espaço nosso neutro, vimos casas para comprar mas era um absurdo, a todos os níveis!! Para além disso hoje estamos 'aqui' amanhã surge uma boa proposta de trabalho 'ali', temos um filho e a casa já não serve...

Bom, no final das contas cada um sabe de si e sabe da sua vida, apenas acho que esta partilha de opiniões acaba por ser construtiva :)

Boa Sorte*

Anónimo disse...

Eu cá sou totalmente a favor do arrendamento. Para que é que me serve andar 50 anos a pagar uma casa? Só para dizer que vai ser minha? Não preciso disso =) Se comprasse ia estar a morar num apartamento minúsculo, assim estou numa moradia, com garagem para 3 carros, tenho um jardim, tenho a minha horta pequenina (eheh) e a apenas 15min de carro da baixa lisboeta! Mas sim, ainda é estigma dizer que se arrendou casa. Quando eu digo que arrendei ficam a olhar para mim como se fosse uma coitadinha que não consegue pagar casa...no entanto posso ir morar para outro sítio qualquer, no momento que me apetecer, sem ter de me preocupar em vender um bem que, no fundo, nem vai ser meu! =D
Como diz a minha cara-metade: Arrendamento For The Win =)

Anónimo disse...

Dar 600 euros por uma casa nova ou dar os mesmos euros por uma casa a cair de podre, qualquer criança sabe que a primeira é a escolha correcta. E depois, a casa será sempre nossa.

Alugar serve para aqueles que estão em situação temporária ou que andem sempre a mudar de casa. Ou para aqueles que não têm muita certeza da relação, como referiste.

Ana disse...

Eu comprei, e estou arrependida. Primeiro, pq se trata de um T2 e tenho um casal. Segundo, porque não me dá jeito viver onde vivo, depois de ter filhos é damos valor a estar perto da família faz muita diferença. Terceriro, quero ir para outro sítio, e para isso tenho que vender o apartamento, e é preciso que alguém o compre.
Por outro lado, se arrendasse uma casa à minha medida, de acordo com as minhas necessidades, iria pagar mais com toda a certeza. Mas de certeza que me iria preencher as medidas, e se não fosse o caso, só tinha que trocar.

Gostei da iniciativa, no que respeita a esta nova rubrica.

Beijinhos

Anónimo disse...

Eu comprei casa em Março, mas sozinha, empréstimos com companheiros ainda não é para mim! =) Nada tenho contra o arrendamento, apenas na minha profissão, cada vez mais, me tenho cruzado com pessoas de 50/60 anos que pagaram renda uma vida inteira e que agora correm o risco de ir para a rua (situações de desemprego, doença, etc)... A compra de uma casa envolve muitas despesas e preocupações, é claro, mas a muitooooooo longo prazo pode ser uma garantia. Mas ok, confesso que este não foi o único motivo que me levou a optar pela compra... incluo-me nos que gostam da sensação de posse! =p O meu carro é um chaço, o meu telemóvel está nas últimas, consigo sobreviver sem tvcabo de livre vontade,... muitas coisas sempre me passaram muito ao lado, mas desde que me entendo por gente que sempre sonhei ter o meu espacito!

céuazul disse...

Se tiveres a garantia de ficar na mesma cidade ou lá perto... se calhar é mais vantajoso comprares doquê alugares pois se alugares é dinheiro qiue vai para o teto, se comprares é um bem que fica para ti e quem sabe mais tarde o podes negociar.

Anónimo disse...

Se for em Lisboa mais vale alugar casa pois a compra envolve valores exorbitantes. Se for nos arredores mil vezes a compra, a renda ao banco sai muito mais barata do que um arrendamento.

Sofia Araújo disse...

Gostei de saber a tua opinião! É que arrendei um apartamento há uns meses e as pessoas torcem o nariz e mandam bitaites por não comprar... Os senhores dos bancos já têm dinheiro que chegue ;)

Mary disse...

Como a maioria dos dilemas, este não é um caso de sim ou sopas. Como se costuma dizer, cada caso é um caso e há muitas variáveis a entrar nesta equação: a situação das pessoas em causa, o tipo de emprego, a zona do país, etc.

Eu tenho uma casa e moro na zona centro, onde pagar um alugar pela casa que tenho, seria mais coisa menos coisa, o mesmo que pagaria por um aluguer.
Da mesma forma que a Pipoca disse que teve imensa sorte com o senhorio, também posso dizer a excelente relação que existe no meu prédio: a administradora é uma reformada que não se importa em ficar todos os anos responsável pelo condomínio, trata de tudo, já expulsou umas brasileiras que atendiam no 1º andar, trata tudo com avarias e afins e ainda leva-me ameixas a casa.

A minha casa tem 20 anos e recentemente renovei-a do chão ao tecto e não a trocava por mais nenhuma ( a não ser uma na praia :)

A ideia é cada um/casal poderar a sua situação e escolher a melhor opção.

MakingMoney disse...

Por principio sou a favor da compra, pura e simplesmente, porque ao fim de 30 anos pagaste uma pipa de massa em rendas e nada tens, e no caso da compra ao fim de 30 anos de prestações tens a casa como tua, ou seja, podes vendê-la ou não, mas é tua.
EWntendo que nos primeiros tempos seja preferivel arrendar devido às incertezas, não queremos acabar num tribunal a discutir partilhas, e também entendo que este não é o melhor momento para comprar se precisares de recorrer ao crédito. Se puderes pagar a pronto, aproveita. existem no momento, no mercado, casas com 50% de desconto. Uma verdadeira pechincha. Também acho que a casa vsó deve ser comprada se tiver valor ou seja se o montante solicitado é inferior ao valor real do imóvel.

Sara disse...

Em princípio vou alugar uma casa no próximo ano. Nem me passa pela ideia comprar casa por várias razões:

- o investimento imobiliário tem fases e posso precisar de vender a casa exactamente numa altura má e perder bastante dinheiro;

- sou jovem e, mesmo "assentando" completamente, podem surgir melhores oportunidades de trabalho noutros locais e prefiro não ter de lidar com vendas apressadas ou ter de arrendar a casa a outros, para suportar a prestação ao banco. Felizmente, tenho uma estabilidade financeira e laboral superior à maioria das pessoas da minha idade, mas tal não significa que nunca queira mudar de emprego/cidade/país. Também nunca se sabe o que o futuro nos reserva e se alguma vez tiver um problema que me impossibilite de pagar a renda da casa, é preferível acabar com um contrato de arrendamento do que o banco me ficar com a casa;

- se os vizinhos forem péssimos (não se sabe até se viver num prédio com esta praga), não me apetece ter de os aturar ad eternum "só porque a casa é minha";

- a despesa de uma casa própria é enorme, pois é tudo responsabilidade do próprio. Prefiro fazer outras coisas com o valor que pouparei e melhorar a minha qualidade de vida, incluindo garantir a minha velhice. Não acham curioso que Zurique tenha uma das percentagens de casa própria mais baixas e uma prestação sempre excelente nas listas das cidades com melhor qualidade de vida? Não prova que o aluguer leve a melhor qualidade de vida, mas mostra que não é preciso ter casa própria para ter uma boa qualidade de vida;

- prefiro mil vezes morar num local mais central (vivo em Lisboa), com melhores transportes públicos e até a possibilidade de andar a pé entre os sítios. Poupo no combustível, na manutenção do carro, tenho mais tempo (tempo é dinheiro), posso aproveitar os 15 minutos das viagens de metro para ler mais um bocadinho e é positivo do ponto de vista da saúde, pois não passo duas horas por dia alapada dentro de um carro no trânsito.

Só comprarei casa na cidade se algum dia tiver capacidade para comprar uma em muito pouco tempo e numa altura em que a possibilidade da minha vida mudar seja muito, muito baixa.

Alma de Anjo disse...

Olá Pipoca (olá leitoras da Pipoca)...

Antes de mais parabéns pelo enorme sucesso do Blog, é merecido...escrita fresca e variada.

Sou consultora imobiliária e posso dizer que a única verdade que conheço é que cada caso é um caso.

Há situações em que comprar sai muito mais económico do que arrendar, mas para isso é necessário que exista viabilidade financeira para comprar a pronto (ou para obter finaciamento bancário...o que não está tão fácil como antigamente)... temos casos de senhorios que aproveitando a subida da procura em arrendamentos, sobem os preços, mas temos boas oportunidades para arrendar, pequenos paraisos ...temos excelentes imóveis que podem ser um investimento de futuro para quem tem capacidade financeira para investir e comprar (pois os preços de venda estão super baixos)... temos outros que não valem nem um terço do valor...

Cada caso é um caso, por isso o que posso sugerir a quem está nesse impasse, é que se informe, que consulte um profissional que conheça bem o mercado e possa orientar e ajudar a tratar de todos os processos (desde a viabilidade bancária, passando pela negociação do imóvel,até à análise dos contratos) quer seja arrandamento quer seja compra pois existem boas oportunidades mas também péssimos negócios.

Se puder ajudar em algum esclarecimento mais personalizado contactem patricia.a.santossilva@gmail.com ( é o meu e-mail pessoal...não deixo contactos profissionais pois não acho bem usar o espaço da Pipoca para pub.)

Chila Camomila disse...

Sou a favor da compra, apesar de tudo não deixa de ser uma segurança. Ainda mais nos tempos que correm, em que os bancos perdem a credibilidade e as reformas já não se são como garantidas!

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Já achei que falhava por não comprar casa. Até ter percebido que tinha mais oportunidades de trabalho se não estivesse presa a um sítio. Até ter feito contas e pensado que não, para mim não dá "ter" (só se tem qdo a última prestação está paga) um apartamento em que o meu tecto é o chão de um vizinho. Até ter visto que não tenho sangue para me comprometer num sítio que de repente pode ficar mal habitado. Até ter notado que os valores oscilam conforme demasiados factores e o bnaco tem sempre razão.
Já tive amigos com a conversa estúpida do "isso é conversa de pobrezinha" sendo que a pobrezinha nunca teve a conta a 0 (como eles, os ricos) nunca andou a comer sandes por não ter para comida (como eles, os ricos) nunca deixou de fazer férias ou ir onde bem lhe apeteceu (como eles, os ricos). Acontece que os ricos desses amigos dois deles já viram a casa ir com os porcos porque ficaram sem forma de a pagar. Txaran! E um outro vendeu o carro para pagar prestações da casa, tá sem carro e está a 3 prestações de começar a ser persona non grata para o banco.
Comprar? Sim, um terreno porreiro e começar a subir paredes.

Só sou a favor da compra de apartamento se fôr para o alugar e dando um grande valor de entrada, pelo menos metade.
Esta é só a minha opinião. Paz e amor.

Unknown disse...

Acho que qualquer uma das duas opções são opções válidas e que se devem respeitar e aceitar. Tendo dito isto, acho que tendo em conta determinadas questões se deve analisar o que é melhor para si. No meu caso, também somos um casal, e namorámos 3 anos antes de tomar a decisão de viver juntos. Temos confiança na nossa estabilidade profissional e pessoal e por isso decidimos comprar casa. Mesmo assim, vimos mais de 20 casas tanto para alugar como para comprar. Acabamos por comprar um T2 novo no centro de Lisboa e analisando o que vi de valor de rendas posso dizer, com certeza absoluta, que o que pago de empréstimo é cerca de 2/3 do que pagaria se estivesse a alugar esta mesma casa. E isto contabilizando taxas, seguros e condomínios. Mesmo que fosse o mesmo valor continuaria a ser um negócio melhor. Para nós não tem nada a ver com património mas sim com um bom negócio no presente e no futuro. Já vivemos aqui há 2 anos e não podia pedir melhor. Para além do dinheiro que poupamos em relação à hipotética renda, é um óptimo investimento porque no futuro, esta casa valerá mais e sei que será sempre uma casa com "mercado". Portanto não se ganha apenas uma vez mas sim duas vezes. No presente e no futuro. No caso do aluguer gasta-se no presente e não se está a ganhar nada no futuro. Acho que é uma situação apropriada a quem privilegia o factor mobilidade (p.e. de emprego) ou facilidade de mudar de estilo de vida rapidamente (sair de casa sem ter de prestar contas a ninguém) o que compreendo perfeitamente. Mas mais uma vez volto a dizer, é uma decisão que cada um tem de tomar tendo em conta factores como estabilidade profissional, pessoal, localização da casa, possível valorização do imóvel, local de trabalho, etc... e claro, cada negócio é um negócio.

PinkMoon* disse...

Acho um tema bastante interessante, visto que é um assunto abordado por imensos casais que por opção ou por falta de possibilidades não chegam a um acordo.
Na minha opinião, acho que no início de uma vida a dois se deva alugar uma casa, porque ninguém sabe se a vida vai correr bem tanto financeiramente como amorosamente, mas depois de a relação estar estável e se o casal tiver possibilidades, porque não comprar uma casa?
Eu cá, adora, viver no início num apartamento e quando tivesse mesmo a certeza gostava imenso de comprar um casa e poder dizer que é a nossa casa, o nosso canto, o nosso aconchego..

Débora disse...

Acho que depende do momento que o casal está vivendo. Sou formada em contabilidade e na faculdade cursei uma disciplina chamada finanças pessoais! O professor era um investidor muito bem sucedido e o conselho dele é bem prático: O que um casal jovem precisa pra se divertir?? Uma cama! Então não adianta pensar em ter três filhos e partir logo para um financiamento de uma casa de quatro quartos, quando na verdade o que se precisa é de um único quarto. O ideal é inicialmente alugar algo adequado as necessidades do momento, o que certamente tem um custo menor e guardar a diferença do que se pagaria no imóvel dos sonhos. Assim se faz uma poupança para dar uma entrada maior e pagar menos juros. Acho esse pensamento interessante, mas sou das poucas. Aqui no Brasil dificilmente um casal se casa antes de ter casa própria, e sinto que alguns até tem pena por eu morar de aluguel. Sou tranquila em relação a isso, até porque não quero criar raízes em lugar nenhum por enquanto, estou aberta a me mudar a outros lugares do mundo se for conveniente, além do que se comprasse pagaria mais e teria que morar bem afastada do centro para viver em um apartamento equivalente ao que vivo hoje. Então vou levando a vida assim, com a intenção de no futuro comprar algo que se adeque as nossas necessidades. Quanto ao argumento de ter um teto garantido para morar, não acho tão valido assim, até porque se eu não tiver dinheiro para honrar o financiamento o banco toma a casa de volta. Então comprar desesperadamente hoje ou daqui a cinco anos não faz tanta diferença assim!

Anónimo disse...

Por um lado concordo com o que disseste. Quando acabar o mestrado não vou comprar casa porque não faço ideia para onde vou e porque o meu tipo de trabalho pode implicar que vá para o estrangeiro ou que vá mudando de cidade, aí mais vale alugar.

Por outro lado desde pequena que tenho uma casa minha. Porque os meus pais tinham medo que se lhes acontecesse alguma coisa eu ficasse sem nada ou não me pudessem ajudar no futuro. É um apartamento que está mobilado, está impecável, está longe de onde vivo agora mas perto do resto da família e será sempre uma segurança que vou ter e isso ninguém me tira. Hoje em dia da forma como isto anda nunca sabemos como vai ser mais tarde, a minha geração talvez nunca tenha direito a uma reforma e quero saber que se tudo correr mal ninguém me tira o direito que tenho ao meu tecto, que tenho onde dormir.

Lá fora ninguém compra, tens razão e provavelmente é uma opção muito mais racional, mas podendo ter um plano B, prefiro :)

Maria disse...

Olá.
Na minha opinião sou pela compra porque gosto de pensar a longo prazo... e como sei que dificilmente terei uma reforma digna é sempre um investimento. Hoje em dia nos EUA e UK o pensamento é comprar quando se casa para na reforma vende e comparar uma mais pequena e usar esse dinheiro para uma velhice confortável!

Anónimo disse...

Eu vivo no interior do alentejo e não só comprei casa como tive que comprar o terreno e construí-la de raíz. Minhas amigas, não desejo a ninguém!!! Se soubesse o que sei hoje JAMAIS teria comprado uma casa. Tenho uma prestação bem alta ao banco (tive que pedir empréstimo), pago uma exorbitância de IMI, seguros e mais seguros... Sei que não conseguia uma casa arrendada tão grande como a minha mas também não teria tantos gastos nem tantas chatices.
E quando finalmente estiver paga e puder dizer que é mesmo minha estou "morta"; e se a quiser deixar na herança da minha filha ela não a vai querer porque se ao fim de 5 anos a casa está cheia de problemas, imagino ao fim de 20!!! Está em ruínas!
É óbvio que cada caso é um caso mas eu não voltaria nunca a comprar casa.

Fashion Faux Pas disse...

Engraçado, a minha irmã mora em Londres e diz que lá comprar casa sai mais barato que alugar. Alugou durante anos um anexo sem condições e com ratos num jardim pelo valor que paga pela casa que comprou agora, uma moradia de dois pisos na mesma zona de Londres. Enfim. Eu aluguei casa como meu marido durante 4 anos. Não pude pendurar quadros nem molduras nem prateleiras na parede durante 4 anos. Não pude pôr candeeiros no tecto durante 4 anos. Não pude mudar a cor das paredes durane 4 anos. Fui acordada de surpresa aos sábados de manhã pela senhoria que calhava passar por lá e querer ver como estava a casa. Vivi num T1 alugado mais caro do que o que pago agora ao banco pelo meu T2 onde tenho um quarto para o meu filho, uma cozinha em vez de kitchnette, uma despensa e uma arrecadação, onde pendurei os meus quadros e as minhas molduras e onde pintei as minhas paredes a meu gosto. No entanto conheço que alugue e possa fazer tudo isto, num T2 porreirinho e em condições, pagando metade da renda pois o estado deu subsidios para pagar a outra metade. Lá está, depende dos casos, das situações... há arrendamentos que são grandes negócios, há compras de imóveis que não os são menos. No meu caso acho a compra essencial pois visto o meu marido não poder mudar de cidade por questões laborais, nem se põe a necessidade de mobilidade. Mas em pondo-se, iria na boa para uma casa alugada noutra cidade e alugava esta que estou a comprar.

Anónimo disse...

Tanta gente a viver em caravanas...principalmente as que alugam casa. Eu pessoalmente tenho um apartamento arrendado, mas isto sou eu, que prefiro viver num bem imóvel.

Anónimo disse...

Olá

Comprei casa aos 22 anos com o meu homem, não me arrependo pq o meu T2 é fantastico, tendo em conta que estou na Madeira,claro que tenho vista mar e serra, tenho calma e tenho uma boa vida... não trocava por um apt arrendado no centro de uma cidade qualquer. O meu apt fica a 10m do trab, 5m da praia ... 5m de uma reserva natural...

CS disse...

1º Se nunca viveste com o teu namorado, jamais te recomendaria arrancar já com compra de casa... há muita coisa que muda quando um casal vive junto...

2º Se ainda não estás preparada para te colocares com a corda ao pescoço e entrar numa casa com o sentimento "É aqui que vou ficar toda a minha vida" não compres casa..

3º Se não tens disciplina para poupar e a melhor forma de o fazeres é ter um grande empréstimo no banco, pode ser que a compra seja uma boa opção para ti! (ATENÇÃO: Apenas se as alineas anteriores não se apliquem)..

4º Tens dinheiro e queres investir esse dinheiro? Nesse caso a compra de casa pode ser uma boa opção (sobretudo se ficar apenas em teu nome)..

Enfim, há uma série de questões que te deves colocar.. Sendo que ambas as hipóteses têm vantagens/desvantagens. Tudo têm a ver com o teu modo de pensar a vida...

Gluck

Anónimo disse...

Sou pelo arrendamento, também! Não sei porquê comprar parece-me uma prisão... E se eu quiser subitamente fazer as malas e ir para outro país?! E se me apetecer e mudar de cidade?! E se de repente não tiver dinheiro para pagar o empréstimo?... Claro que - eu que já moro em casas alugadas desde os 16, ou seja há 14 anos - por vezes penso que já podia ter meia casa paga... Mas mesmo assim, ter "coisas" significa perder um bocadinho de liberdade (pelo menos para mim) por isso concordo contigo a 100%! Viva o arrendamento! :)

Nor disse...

Concordo com cada palavra da Pipoca. Finalmente encontrei alguém tem exactamente a mesma opinião que eu. Vivo numa casa aluga há quase 3 anos com o meu namorado, que entretanto foi promovido a marido há 2 anos. Somos felizes, não nos temos de preocupar com juros de banco, spreads e afins. Sei que aquele é o valor da renda e se algum dia não conseguir pagar saio desta casa e procura outra mais acessível. E tal como a pipoca vivo no centro de Lisboa que tem muitas mais vantagens do que viver na periferia.

Whitesoul disse...

Bom, eu sou pelo arrendamento e pela compra.... eu explico, tal como disse a Pipoca, depende muito da localização e preços. No meu caso, que vivo nos arredores de Lisboa, o valor das rendas (há 7 anos quando comprei a minha 1ª casa), era largamente superior ao valor da prestação do empréstimo. Estamos a falar de cerca de 250€ de diferença num T2 (usado). Por isso optamos por comprar, entretanto quisemos uma casa maior porque iamos ter um bebé e não queríamos abdicar de um quarto/escritório, vendemos o T2 e compramos um T3 (novo)e hoje mesmo com os aumentos das taxas de juro, estamos a pagar ao banco menos 300 a 350€ do que pagaríamos pelo mesmo apartamento mas arrendado. Por isso sou pela compra, mas se tudo aquilo que aqui expliquei fosse o inverso, optaria pelo arrandamento sem qualquer problema.

Ália disse...

Bem, sou a favor da compra só e apenas se a mesma não implicar um endividamento por 50 anos.
Comprei a minha casa, com empréstimo ao banco, sendo que a hipoteca é de 15 anos. O que quer dizer que quando chegar aos 40, está paga. Po outro lado, a minha taxa de esforço é de 20% do meu rendimento líquido.

Anónimo disse...

Eu sou a favor do arrendamento: paga-se a renda e mais nada :) Problemas com a casa liga-se ao senhorio, taxas de esgotos o senhorio paga, obras no predio o senhorio paga, condomínio o senhorio paga !!!
Infelizmente há muitos portugueses que fazem questão de comprar casa e depois é ver casais separados a viverem na mesma casa, pois querem-se separar mas não conseguem vender a casa, é ver casas a serem entregues aos bancos pois a vida deu 1001 voltas e agora não conseguem pagar a renda ... há pois é se vivessem numa casa arrendada nada disto se passava, se não conseguissem pagar a renda era so mudar para uma mais baratinha.
Comprar um imóvel que só daqui a 40 anos é que é meu ... não obrigado !!! Eu sei lá onde é que vou estar daqui a 40 anos e eu quero VIVER durante estes 40 anos, não quero apenas sobreviver :)

Anita disse...

Quanto a comprar ou alugar acho que cada caso é um caso. Comprar permite-nos ter a certeza de que o senhorio não nos vai convidar a sair a qualquer momento. E isso é importante quando se tem filhos e já não se quer andar sempre de um lado para o outro. Alugar dá-nos flexibilidade e poupa-nos uma série de chatices e despesas. Eu discordo quando a Pipoca diz "Lá fora praticamente ninguém tem casa própria". Não sei se o seu "lá fora" inclui a Alemanha, mas é na Alemanha que moro e posso garantir-lhe que aqui muita gente tem casa própria, principalmente famílias com crianças. E, ao contrário do que diz, ninguém acha esquisito se alguém tiver casa própria. A grande diferença é que, como tão bem disse a Pipoca e aí estou 200% consigo, "o arrendamento é visto como uma coisa perfeitamente banal". Comprar ou alugar são duas opções, ambas com vantagens e desvantagens e ninguém é apontado por alugar, ou visto como um freak exuberante se comprar.

Anónimo disse...

Cada cabeça, sua sentença. Nós comprámos em Outubro já a pensar no futuro. É a casa onde nos imaginamos a viver durante muitos anos. Estamos a pagar para ter algo nosso e que ficará inevitavelmente para os nossos filhos e isso é uma garantia de futuro para eles. Mesmo que não queiram lá morar, é um bem que podem sempre vender se tiverem necessidade.Mas o meu namorado tem um trabalho estável, ganha bem e isso deu-nos alguma segurança. Mesmo assim, estivémos 7 meses à espera da aprovação do banco. Troquei Lisboa pela periferia, mas também passei a trabalhar na periferia por isso não estou nada mal. E é diferente saber que é a nossa casinha, o nosso canto. Sempre vivi em casas alugadas e bem via que a minha mãe passava sempre que era preciso fazer uma reparação. *Rita

Pedro disse...

O problema Pipoca, é que muito dificilmente encontras um arrendamento que seja mais barato que a prestação de um empréstimo para uma casa semelhante. Tu terás tido essa sorte mas não é fácil.

Por exemplo eu pago 500€ por mês ao banco pela minha casa e um arrendamento por uma casa igual ronda os 700€/750€. É uma diferença grande se analisares a despesa a curto prazo. Claro que a longo prazo pago duas ou três casas...é verdade.

Arrendando não tens as preocupações com impostos, com as taxas de juro,etc. Tb é verdade. Mas no final do contrato podes ter que mudar e não conseguires encontrar algo que gostes ou problemas com o senhorio, etc...

Diana disse...

Tenho 21 anos e vou casar me daki a dois meses... minha mãe tem um apartamento dela e a casa onde mora... neste momento é para la k vou morar... se ela não tivesse esta casa eu teria k ir para algum lado pagar renda obviamente não acho errado mas se a minha mãe me pode ajudar neste sentido... é dinheiro k me mete ao bolso sem lhe sair do bolso, se é k me faço entender.. eu dou valor aos bens materiais.. e para mim.. uma casa é uma casa... fazemos o k keremos, deitamos paredes abaixo, mudamos o seu exterior... enfim... e ninguém tem nada a ver com isso... a minha intenção é juntar o máximo de dinheiro para construir a nossa casinha... eu sei k não vai ser fácil... é verdade que temos k abrir mão de pekenos luxos... mas mesmo agr em solteira... desde k comecei a trabalhar eu nunca consegui passar um mês k fosse sem meter dinheiro de lado.. sou tola por moda, sapatos são mesmo a minha perdição e é dakelas coisas k não choro o dinheiro mesmo k me custem 80/100€ mas sempre abdiquei de algumas futilidades para não mexer nakele dinheiro mesmo não tendo compromissos nenhuns... meu irmão olha pro meu roupeiro e diz "já pensaste kto dinheiro tens aki?" eu não quero fazer contas.. mas realmente podia ter o projecto da casa feita ou o terreno comprado... enfim... sou consumista... mas racionalmente... pois as roupas e os sapatos que tenho no armário, não me vão dar de comer... ou não me vão dar um tecto... ainda sou mto nova.. não sei se kero ter uma pestinha a sujar me a casa toda e a por me cabelos brancos.. seja como for... tenho a certeza que kero uma casa minha.. independentemente de a deixar para filhos ou não... kdo morrermos não levamos nada... e as nossas roupas tb não serão aproveitadas pelos nossos filhos... logo tanto me faz... fila cá tudo.. por isso.. porque não lutar por uma coisa à nossa medida, k nos dá conforto e prazer? quanto a casa da minha mãe.. ela tb esta farta de dizer k não sabe se algum de nós quer a casa... mas não interessa kal dos irmãos ker a casa. o importante é k hoje vivemos confortáveis, com mta comodidade e o importante é realmente o hoje..


P.S. Esta é somente a minha opinião.. não deixo de seguir todos os dias o teu blog e de gostar do teu look... não somos ninguém para julgar ninguém.. cada um vive a vida a sua maneira, com ou sem casa , com ou sem futilidades no armário!
continua assim e parabéns pelo blog ;)

Fabulastica disse...

Eu concordo e assino por baixo dos fãs do arrendamento. Estou há um ano numa casa arrendada e não tenho intenção de me mudar tão depressa. O meu namorado discorda completamente de mim, quer comprar casa assim que possamos mas sinceramente, endividar-me numa casa e depois nem posso sair à rua e beber um café porque tenho que pagar uma prestação durante 50 anos?! Não, obrigada... Quero viajar e comer bem e viver bem, divertir-me, gastar em merdas e futilidades e coisas parvas do que ter uma casa quando tiver 70 anos. Aliás, provavelmente os filhos já nem vão querer a minha casa porque é feia ou desactualizada ou está num sítio que não lhes interessa ou simplesmente querem a casa deles. Vejo pelas pessoas à minha volta, o meu pai está sempre a dizer que vai vender a casa porque não quer aquilo tudo só para ele e para a minha mãe, vejo casais novos a pagarem uma prestação altíssima e de repente ficam desempregados, e andam aí aos caídos... A viver com a ajuda dos pais... E falo com pessoas que trabalham em imobiliárias e cada vez mais as casas são alugadas, há mais procura, tudo indica que caminhamos para o arrendamento.
É só ter um pouco de sorte com o senhorio, que até vos deixe pintar umas paredes às cores e ter bons vizinhos, é preciso procurar muito muito bem (pelo menos na minha zona, Leiria) e encontra-se algumas coisas boas. Boa sorte e bom post Pipoca!

Sofia disse...

Eu sou pela compra, ou melhor, era!! Tive a sorte do meu pai me ter dado o terreno onde construi a minha casa, claro que na mesma tive de pedir um empréstimo, mas acho que foi na altura certa. Pois há 6 anos atrás as coisas não estavam tão negras como agora, isto em relação aos Spreads e taxas de juros, que actualmente estão tão elevados que o melhor mesmo para quem ainda não tem o seu cantinho é arrendar. Hoje em dia era o que eu faria se não tivesse ainda um cantinho. Acho um absurdo as fortunas que os bancos cobram em juros e afins. E estou contigo quando dizes que, pedimos um empréstimo para pagar uma casa e no final acabamos por pagar por 3 casas.
Beijinhos e bom fim de semana.
Sofia

ana sofia santos disse...

há rendas que mais parecem prestações da casa (acho que muitos donos estão a alugar para ver se os novos inquilinos pagam a prestação no banco)

Anónimo disse...

Cada caso é um caso, e neste sou a favor doa arrendamento. tivesse eu tido juizo quando casei alugar uma casa. Quando fomos para lá viver achamos que chegava um t2 , passados dois anos vendi e tive sorte vendi bem. Agora sim comprei uma casa de acordo com as minhas necessidades e olhei bastante aos promenores :4roupeiros, lavandaria fora da cozinha,aquecimentos a, ar condicionado,etc.
Mas agora acho que estava fora de questão comprar com bancos a praticar spreds de 3.5% e a puderem alterar ao longo empréstimo. NESTE MOMENTO È MESMO MÀ OPÇÂO COMPRAR. Sou a favor doa arrendamneto.

Anónimo disse...

A minha opinião...
- quem tem dinheiro para comprar a pronto, fantástico!
- quem tem dinheiro para pedir apenas um pequeno empréstimo, fantástico!

Eu quis a ter a minha independência cedinho e não tinha dinheiro para comprar casa, aluguei.
Depois de uns anos a viver numa casa alugada, pensei que estava na hora de comprar, e o meus pais, que tem casa própria disseram-me que tinha todo o apoio deles (APOIO, não dinheiro, porque desde que saí de casa deles, pago todas as minhas coisas, com mais ou menos dificuldade. Sou orgulhosa e quando decidi que era para a independência, era para a independência) e disseram-me também, se ficasse sem dinheiro para pagar a renda a um senhorio, vinha para a rua e acabou, se ficasse sem dinheiro para pagar o empréstimo ao banco vinha para a rua e ficava com uma dívida. São práticos.
Por isso, vai da opção de cada um, vai daquilo que cada um acha que pode pagar e do que está disposto a abdicar, em ambos os casos.
FRITZ

Anónimo disse...

"Acho que isso de comprar casa é uma coisa muito portuguesa. Temos aquela necessidade do sentimento de posse, de sermos donos de qualquer coisa. Lá fora praticamente ninguém tem casa própria, acham até esquisito que alguém compre uma casa (é mais ou menos como dizer que se vai comprar um estádio de futebol), e o arrendamento é visto como uma coisa perfeitamente banal. Assim de repente, qual é a grande vantagem de se ser dono de uma casa?" <- Boa! Precisava de me rir hoje! Nada melhor para isso que uma "argumentação sem argumentos" assente em estereótipos de quem está a defender uma escolha apenas e tão somente porque foi a sua e quer com isso parecer uma pessoa melhor e mais sofisticada!

Anónimo disse...

Concordo com todos os teus argumentos, são eles que me levam a viver numa casa arrendada. Há quem diga que ao fim de 30 anos andei a pagar rendas e não tenho nada, mas isso é mentira ... vivo em cascais e o empréstimo para a casa onde vivo seria superior à renda, além que não pago juros, impostos e outros encargos que a compra acarreta ... poupo imenso dinheiro. Somos um casal jovem, com um bolo salarial inferior a 2500€, o que não é nenhuma fortuna para a zona onde vivemos e tendo em conta que a renda do nosso T1 são 525€. Diz o ditado que: o dinheiro não é de quem o ganha, mas de quem o poupa!!! À que saber gerir, à que saber comprar! Não sou uma agarrada, muito pelo contrário ... temos dois carros novos, comprados a pronto, num valor superior e 30 mil euros e ainda conseguimos ter uma poupança bem choruda que nos dias de hoje, com juros altos, nos dá um bom rendimento extra.
Quando terminarem de pagar as casas, daqui a 30 anos, eu não tive metade das preocupações e encargos, terei podido disfrutar muito mais dos prazeres da vida e terei uma conta no banco com dinheiro suficiente para comprar uma boa casa a pronto, carros e afins sem ter sido chulada pelo banco.
Um bjinho Pipoca

Anónimo disse...

... alguém disse que: "Dar 600 euros por uma casa nova ou dar os mesmos euros por uma casa a cair de podre, qualquer criança sabe que a primeira é a escolha correcta. E depois, a casa será sempre nossa." ... pois posso-te garantir que a minha não está a cair de podre, aliás, é um T1, bem maior e confortável que muitos T2 que conhecidos meus compraram.

Anónimo disse...

Olá,
Só para dizer que, mesmo para quem opte por arrendar (em Lisboa -mesmo nos arredores, nos outros sítios não sei), a coisa está complicada, porque os valores dos arrendamentos ainda estão um bocado inflacionados e não me parece que venham a baixar. Ou seja, há pessoas que estão um bocado encurraladas: por um lado, não têm hipótese de comprar (porque por ex. não é concedido empréstimo) e por outro não conseguem suportar uma renda alta (então para pessoas sós com um rendimento abaixo de 1000 euros ou coisa assim, nem pensar).
MJ

Ana Clara disse...

Eu tenho casa própria. Gosto tanto da minha casa, de ver as ovelhas a passar e de ver os putos a brincarem no jardim.

Agora vou mudar-me para o centro de Lisboa (não vou arrendar) e apesar de ir viver para a casa que me viu crescer e de adora-la estou "assustada".
A qualidade de vida não tem nada haver.
Quando me casei e fui para fora aluguei, voltei para Portugal, comprei um apartamento na Margem sul, mudei-me para Braga onde comprei também e agora vou voltar para Liboa.

Não vejo o arrendar como um negócio a longo prazo mas sim como algo temporário

Juanna disse...

Tenho de informar que em Espanha é igual. Vivo em Madrid e TODOS tentam comprar casa. E acho extremamente frustrante ter de pagar 1300 euros a um senhorio, ter de pagar as obras ligeiras na casa e um dia sair de lá com nada. E 1300 euros por mês é uma renda bem barata.

Nicole Francisco disse...

Depende da vida e das circunstancias de cada um, eu comprei há 13 anos quando me divorciei porque na altura comprar era mais em conta do que alugar, o governo criou benificios fiscais para a compra, o que hoje em dia não acontece, pois está a acontecer o inverso. Para quem está a iniciar uma vida, é melhor arrendar e depois logo se vê mas quem compra também tem capital investido e pode rentabiliza-lo mais tarde, alugar ou vender caso a sua vida mude radicalmente.

Unknown disse...

Alugar, definitivamente. O que se paga de condomínio, de IMI, que é 2 vezes por ano, e agora mais umas obras, e agora mais o elevador que avariou, e agora tem que se pintar o prédio, é uma dor de cabeça. A propósito, alguém quer comprar um T1 no algarve? eu vendo :)

Tânia Ribeiro disse...

Só queria deixar aqui o exemplo dos meus pais. Casaram com 21 (mãe) e 23 anos (pai). Moraram por uns 5/6 anos num pequeno anexo em casa dos pais, e por essa altura nasceu a segunda filha e já com um bom dinheirinho no bolso, decidiram construir casa. Construíram a casa que sempre sonharam, T3 com 2 andares, 3 casas de banho, sala, cozinha, garagem, jardim e um chalé bem grande que ocupa o andar de cima da casa.
Agora já com 40 e pouquinhos anos cada um e a casa com menos de 15 anos, têm tudo pago e a casa é deles, não têm dividas a ninguém, e quando forem velhinhos terão sempre a segurança de ter um tecto deles, de onde ninguém os pode tirar.

Imagino como seria se vivessem a vida toda em rendas. Quando chegassem ás pequenas reformas que terão (pois são empregados fabris e está claro de salários não muito avultados) como seria para pagar a renda e todos os medicamentos que precisarão certamente ?

Concluindo, sou definitivamente a favor da compra! É uma segurança enorme para o futuro.

Anónimo disse...

olá, pipoca! percebo muito bem a tua posição. e na tua situação em particular ou na da leitora, com uma renda dentro do razoável, para um casal jovem, acho muito mais interessante, arrendar e aproveitar para fazer umas poupanças e depois, no caso de haver essa vontade, partir para uma compra com uma entrada mais generosa e sim, "ter casa nossa porque nunca se sabe e pelo menos está garantido" é muito tuga...

ainda noutro dia vi na rtp1 um casal que se pôs a comprar um casarão porque o marido ganhava tão bem na altura que ela nem precisava de trabalhar, mas a vida mudou e agora não conseguem vender o casarão e não têm dinheiro para comer decentemente. com ou sem casa, nada está garantido! não é uma questão de garantias. é uma opção como outro qualquer, de gosto pessoal, de conforto, de prioridades. se soa a garantia para alguns, acho que é uma forma de se confortarem, mas de alguma forma, um conforto ilusório, porque não é por aí.

Unknown disse...

Gostei da rubrica e da análise da questão, dada a situação em que estamos economicamente a porque os financiamentos para crédito habitação estão muito complicados.

Anónimo disse...

ola

nao sei se alguem conhece, mas eu sei de situações em que é possivel alugar a casa e passado um tempo compra-la caso haja interesse.

Anónimo disse...

Como indicado em alguns comentários, depende... Trabalho na área do emprego e deparo-me diariamente com o mesmo problema: pessoas que têm casa própria que de momento ficaram desempregadas e querem porque querem um trabalho à porta de casa já que não se podem mudar ou porque a estão a pagar ou porque já a pagaram. Pois é, hoje não existem empregos para toda a vida e quem quer trabalhar precisa de estar disponível para se deslocar se for necessário.
E é então que me ponho a pensar que vantagem é que aquelas pessoas tiveram ao pagar uma casa uma vida inteira para por uma infelicidade ficarem sem emprego e agora mal terem dinheiro para viver... Não quero ser pessimista de forma alguma, mas a verdade é que se as pessoas estivessem disponíveis para se mudarem poderiam perfeitamente voltar a trabalhar. Por isso questiono-me regularmente sobre e essa questão e quando daqui por um tempo tiver que sair da casa dos meus pais vou pensar seriamente em alugar (o que vai ser uma guerra com o meu namorado pq ele quer comprar, p isso logo se vê!…)!
Mas cada um é feliz à sua maneira, se acharem que no vosso caso é mais importante ter uma casa, avancem! Se um dia eu tomar essa decisão o meu namorado vai ter que entender que eu preciso de trabalhar e da minha independência, e caso me aconteça algum azar enquanto não tiver filhos posso sempre ter que ir trabalhar para outro lugar!

Anónimo disse...

E ainda outra coisa: eu comprei casa com o meu ex-marido. Agora estou divorciada há mais de um ano e a casa não se vende, ou então tenho de vendê-la abaixo do valor que a comprei. Se fosse arrendada não tinha a casa agregada a uma coisa que já acabou...

Anónimo disse...

Não vejo porque comprar casa signifique ter que abdicar de coisas como "beber café"...Como disse atrás, comprámos casa em outubro,um t3 soalheiro à nossa medida e a pensar no futuro. Eu estou a contrato e ganho cc de 900 euros/mês,o meu namorado está efectivo, trabalha para o estado numa profissão que à partida será sempre necessária e ganha cc de 1300/mês. Pagamos cc 450 euros de prestação ao banco. Não fazemos uma vida de luxo, mas temos conseguido mobilar a casa ao nosso gosto, com algumas coisas da IKEA sim, mas outras não. Ok não vamos de férias para fora, por enquanto há outras prioridades e temos casa de férias gratuita no Algarve, que aproveitamos sempre que possível. Fazemos os nossos fins de semana, jantamos fora, vamos ao cinema e a outros espectáculos. Não gastamos balúrdios em roupa, mas de vezem quando compramos uma ou outra peça básica um pouco mais cara do que é habitual. Não chamo a isto sobreviver e sinto-me muito feliz com a vida que levamos.Acho que é tudo uma questão de equacionar opções e ter prioridades. *Rita

tota disse...

Já comprei, depois mudei de vida e de cidade e lá está a casa... não se vende! Quando vim para cá aluguei com o namorado. Nasceu o piratinha e as prioridades mudaram, vamos mudar para outra arrendada. A possibilidade de mudar quando já não estamos bem ou a casa não preenche os requisitos que queremos é muito libertadora! Daqui a uns anos talvez compremos, de preferência, uma onde já estejamos e que adoremos. Sem pressas...

Unknown disse...

Não acho que arrendamento seja coisa de pobre. E penso que a decisão depende de vários factores. Preferia arrendar e viver na cidade do que conseguir pagar uma casa nos subúrbios só para dizer que era minha.

Mas em última instância, e para não prolongar o comentário, depende sempre do imóvel que se compra, por quanto se compra e o empréstimo que se paga. Se estes 3 factores forem favoráveis será preferível a compra, porque se se vender o imóvel mais tarde (bem vendido), consegue-se recuperar o investimento inicial.

Bjs***

Menina Perdida disse...

Voltando ao que interessa,eu acho que a rapariga deve alugar casa. São namorados, nunca viveram juntos, para um fase de adaptação o arrendamente parece-me o mais sensato. Já vi muita boa gente que comprou casa com a "cara-metade" e depois as coisas correm mal, ninguém quer pagar a prestação, ficam com os ordendos penhorados, enfim uma verdadeira tragédia grega. E além disso ao comprar tem de pagar o condominio, contribuições, seguros...uma série de despesas que ninguém se lembra quando diz que fica mais barato comprar que alugar.Boa sorte miuda ;)

Anónimo disse...

"os filhos têm que se amanhar por conta própria". Os meus pais deram-me um apartamento e fizeram o mesmo aos meus 3 irmãos. Conheço poucos exemplos assim? É um facto. Os meus pais são podres de ricos? Não. Tiveram de abdicar de alguma coisa vital? Não, felizmente. Tinham prioridades bem definidas na vida? Sim. E foi graças à forma como pensam, a qual herdei, que hoje tenho uma boa vida, folgada e sem preocupações desse género. E o meu contentamento/agradecimento não fica aquém da felicidade que os meus pais sentem por saberem que conseguiram dar aos 4 filhos, aquilo que na maioria dos casos é um pesadelo para os jovens. Dou menos valor às coisas ou luto muito menos pelos meus objectivos? Muito pelo contrário. E eu espero sinceramente conseguir fazer o mesmo. É muito mais fácil eu conseguir fazer o mesmo pelos meus futuros filhos, tendo já quem o tenha feito por mim? É cíclico :)

Alix disse...

por aqui só não compra casa, quem não reúne condições para fazer um empréstimo ao banco e comprar casa própria. porque como toda a gente sabe, as rendas são altas, e quase que se paga tanto pela renda, como pelo empréstimo, em certos [muitos!!] casos até mais. e depois, depende de muita coisa. há pessoas que gostariam de comprar, e até o podem fazer, mas não o fazem porque estão só temporariamente num sítio. não há uma resposta de sim ou não, para esta questão. cada caso é um caso.

e, claro, acho que quando o casal se acaba de conhecer que não tem lógica nenhuma ir comprar casa, mas sim arrendar.

Ana Princesa disse...

As rendas das casas na zona de Oeiras ascendem a 650€. Temos casa própria (quer dizer... do banco) e estamos a pagar de prestação cerca de metade desse valor.
Se estou arrependida? Não.
Se voltaria a comprar? Não.

:)

Anónimo disse...

Hola.
Nao costumo comentar por aqui, mas parece-me uma questao muito interessante, que traz a colaçao tambem o momento que estamos a viver actualmente. Só queria, em jeito de tentar trazer algo ao debate, dar uma nuance: vivo em Madrid há mais de cinco anos e se é verdade que em 2006 toda a gente queria comprar casa, actualmente as opinioes sao diversas. Eu e o meu namorado temos amigos que vivem em arrendamento, outros casa propria, dependendo essencialmente das suas opçoes de vida que a pipoca tao bem explicou. Eu e o meu namorado vivemos numa casa alugada, numa zona central de madrid ( perto da puerta de toledo e a dois passos de la latina) e nao pagamos uma renda exorbitante (nao chega aos 1.000 euros). Poupamos em carro, estacionamento e todos os gastos associados. Movemo-nos em transporte publico e somos felizes com a opçao. Eu sou portuguesa, o meu namorado é espanhol. Queria só deixar esta nota em jeito de explicar que o conceito de "em espanha toda a gente quer comprar" ou "lá fora é tudo diferente" nao é tao linear. Creio que tem de haver de tudo: pessoas que compram, pessoas que alugam, pessoas que compram para depois alugar, pessoas que alugam e que encaram como um serviço, pessoas que alugam com opçao a compra...O mais importante é quem vai viver na casa decidir onde quer viver e depois a partir dai ver vantagens e inconvenientes de um arrendamento, aquisiçao ou outro dependendo da zona e daquilo que nesse momento queira para a sua vida, independemente de pressoes externas, modas ou "ter juizo". ass: alexandra

Marlene disse...

Eu acho que nos dias que correm não serve dar os exemplos dos pais que compraram casa e ja a pagaram...toda a gente sabe que a actualidade não permite idealizar estabilidade financeira daqui a 20 ou 30 anos! Adorava poder ter uma casa minha claro, mas o que os bancos cobram de juros e restantes tretas é surreal...arrendar parece-me a solução mais viável actualmente

Anónimo disse...

Eu sou a favor do arrendamento, se bem que durante alguns anos senti-me algo "ostracizada" por uma opção que a principio foi forçada e depois já foi por vontade própria.
Os meus pais compraram casa e a coisa correu-lhes bastante mal, por sorte não foi pior. Não acho um argumento que ao fim de 50 anos a casa é tua, porque, muito provavelmente, ao fim de 50 anos terás de ir para um lar e aí nem disfrutas da tua casa nem nada.
Vivo á 10 anos em casa alugada, já vivi em Faro, Lisboa, Madrid, já pude poupar algum, mudar de trabalho, engravidar. E um conselho a quem aluga procurem bem, leiam bem os contratos, que há muito maus negócios por aí (como a Juanna de Madrid que paga 1300€ e as reformas ligeiras, eu tb vivo em madrid e pago 650€ por um t2 com piscina). Não digo que nunca vou comprar, possivelmente sim, mas só se for um muito bom negócio, rentavel a todos os niveis e que implique um esforço financeiro igual ou menor que aquele que tenho de momento.
Marta

Fuschia disse...

Eu sempre vivi em casa arrendada e ainda hoje os meus pais vivem na mesma. Têm uma renda relativamente barata (400€) e a casa já começa a ser velhota. contras: o senhorio não resolve nada. Ok se houver um buraco no chão o senhorio resolve, mas todas as casas precisam de obras sérias na canalização e todos os senhorios se encolhem. Essa é a desvantagem. O senhorio não resolve tudo e quando resolve, remedia, porque ele não vive lá e quem lá vive não possui a casa, por isso é terra de ninguém e quem se devia preocupar com aquilo não se preocupa.

Eu o ano passado comprei casa. Fiz um empréstimo a 30 anos, que espero encurtar. Na altura procurei primeiro por arrendamentos mas rondavam todos os 500€ ou 600€, em casas velhas, uma delas nem cozinha tinha, quem arrendasse teria que a pôr ainda (aqui na linha de sintra, nunca tive intenção de ir para Lisboa). Como tínhamos dinheiro de parte e só precisámos de pedir um empréstimo a 60%, ficámos com uma prestação de 300€, numa casa novinha em folha, bem perto da estação. É óbvio que me sabe melhor estar a pagar uma casa minha. Mas também sei que daqui a uns 6 anos terei que começar a pagar IMI e é uma verdadeira batelada anual. Talvez nessa altura tenha uma ideia diferente.

Em conclusão. Tenho andado atenta às alterações das condições aos créditos por causa da crise, e posso garantir-vos que apenas com um ano de diferença, se fosse a comprar a casa agora, não o faria. Não aconselho ninguém a comprar casa neste momento. Sejam cuidadosos, não se metam num empréstimo se não ganharem confortavelmente, mesmo muito confortavelmente. As rendas mudam pouco de ano para ano, uma prestação pode aumentar muito mais se as coisas ficarem piores.

Anónimo disse...

Pena a pipoca não postar todos os comentários...mas sim aqueles que lhe convêm.A mim quer parecer-me que a pipoca não pode comprar casa pois tem outras prioridades na vida, tais como roupa,malas e sapatos, para depois andar a mostrar aos outros, enquanto que com as casas ninguém sabe se é nossa ou se é alugada!Isso sim mentalidade de português, viver de aparências...mas quando viradinhos do avesso, nem 1 tostão furado cai! Pipoca, em conselho, deixe esses comentários a quem percebe dos assuntos em questão, a senhora nada sabe da vida. Mas o pior defeito é quem lhe pede tais opiniões, têm menos juízo que a pipoquita!

apipocamaisdoce disse...

Anónimo das 17:38, mas porque é que eu hei-de publicar comentários em que se alvitra sobre a minha vida e sobre as minhas escolhas, tecendo-se juízos de carácter sobre as mesmas? E se eu realmente preferir ter mil sapatos a uma casa? Em que medida é que isso o/a incomoda? Não são prioridades, são gostos. Se algum dia decidir comprar casa, e se for preciso, logo entrarei noutro regime. Para já, e como não me quero privar de variadíssimas coisas, prefiro não me empenhar numa casa até aos 85 anos. E sabe lá se, no meio do que eu compro e do que eu deixo de comprar, há algum espaço para poupanças? Por acaso tem acesso às minhas contas? E, mesmo que eu chegue ao fim do mês com 70 cêntimos na conta, volto a perguntar, porque é que isso o/a incomoda? Eu não vivo de aparências. Viver de aparências era dizer que vivo num mega palácio oferecido pelos meus tios avós que são aparentados dos reis de Inglaterra. Ora se eu digo que vivo numa casa arrendada, em que parte é que está o "viver de aparências"? Não gasto aquilo que não tenho, não devo um tostão a ninguém (ou será que lhe devo a si e por isso é que está enervado com os meus gastos?). Se aparento ser rica? Olhe, então é só isso mesmo, aparência!
Ah, e eu expliquei que isto é só a minha opinião, não é uma tese de mestrado. Posto isto, vale tanto como a sua. Não se enerve, não?

Anónimo disse...

Só não entendi o que leva alguém a perguntar a si se deve arrendar ou comprar casa. Se não consegue tomar essa decisão com o namorado e tem de consultar uma pessoa que só conhece através da escrita num blogue...epá...por mim nem alugar nem comprar. Ficar em casa dos paizinhos e crescer!

Gisela disse...

é incrivel como maior parte dos "anónimos" têm opiniões que ai jesus!!!
concordo plenamente contigo pipoca...arrendamento não é nada de pobre ou temporário como alguns referiram, por isso existem contratos que cada vez mais protegem quem está arrendar...irão haver mais beneficios fiscais e o próprio governo está incentivar ao arrendamento!! paises desnvolvidos como EUA, Alemanha, Inglaterra, Bélgica e afins têm maior poder de compra e são apologistas de arrendar...humm porque será? estar 50 e tal anos a pagar uma casa? NUNCA!!!

Chocolate disse...

e eu acrescentaria ainda o facto de em casa alugada não termos q ser administradores do condominio! so isso é priceless!

AF disse...

... isto de ter um blog não é coisa fácil, pelo menos no teu caso pipoca ... o último anónimo que comentou, é qualquer coisa do mais anormal que se pode encontrar. Não entendo o que leva uma pessoa a ter este tipo de atitude: deve ser o desemprego causa da imensa estupidez que tem na cabeça.
Cmp.

R. disse...

Comento apenas o "lá fora toda a gente aluga casa"... o resto do debate tem basicamente a ver com o budget de cada um. Enfim!!! Que experiência de "lá fora" é q a Pipoca tem, para além de ter sido estudante em Madrid??
Eu posso falar apenas da Europa, mas já vivi na Itália, Bélgica e Noruega, e exceptuando os portugueses e restantes expats que vivem em situacao +/- temporária no país, cá fora toda a gente compra casa! Na Noruega entao é ponto assente - comecar a trabalhar e comprar casa, mesmo que a viver sozinho, é essencial.
Eu tenho casa no centro de Lx desde os 18 anos, e acho optimo. Agora esta quase paga e como estou fora alugo, o dá para pagar as despesas todas com o banco e afins. Sim, tem mt mais chatices e responsabilidades do que alugar, e sim, se quisesse vender agr estava screwed porque o mercado está pessimo. Mas património e capital próprio pesam mais do que todos os inconvenientes!

Anónimo disse...

Oh Sr./Sra AF eu com o meu comentário não ofendi ninguém, apenas opinei que quem não tem capacidade para decidir se deve comprar ou arrendar e vem fazer uma pergunta dessas a uma estranha...tb não terá muita maturidade para aguentar a "estaleca" de uma relação.Já a sua pessoa tomou a liberdade de me chamar "anormal". Eu até lhe explicava o quanto o conceito de normalidade é relativo,mas não me parece que compreendesse tamanha explicação.Compreenderia se eu o ofendesse,se lhe chamasse nomes...mas eu não tenho por hábito "achincalhar" as pessoas só porque sim, percebe? E quanto ao desemprego.Trabalho todos os dias,obrigada.Tenho uma vida bastante ocupada.E espero manter-me assim, empregada,ocupada e educada. Fique bem AF.E contenha-se nas ofensas que isso fica-lhe mal.

Anónimo disse...

Pipoca,
Acho é que devias retomar o "espelho meu (...)". Acho que era assim que se chamava, não? À terça feira se não me engano, era sempre uma risota pegada aqui no escritório!
Bjs
Catarina

Anónimo disse...

Tal como já aqui foi dito, cada caso é um caso.
Arrendei casa há cerca de 1 ano com o meu namorado, um T1 em Lisboa, por 600€. Não pendurei quadros, não comprei móveis (porque gosto de estantes nas paredes) e moro paredes meias com um bairro social, onde há sempre barulho e as ruas estão sempre super sujas :( Agora, descobrimos o mundo das penhoras dos bancos e ficamos a saber que podemos comprar um apartamento com poucos anos, T3 com garagem e arrecadação, com condições de financiamento que fazem com que a prestação mensal fique no mesmo valor do que pagamos agora. OK, é nos suburbios mx eu trabalho nos suburbios, portanto já vou p o trabalho d carro...e demoro mais ou menos 15 minutos de onde moro agora e 20 para onde (espero) vir a morar :) Posso pendurar quadros, tenho espaço p todos os meus sapatos e livros... O meu namorado trabalha em Espanha mas isso nao é problema, se eu também quiser ir, sei q facilmente arrendamos a casa, paga-se a ela própria e, s calhar, ainda temos lucro pois o arrendamento n zona da grande Lisboa está muitíssimo inflacionado.
No fundo, acho que tudo depende do negócio que for...

Anónimo disse...

Para quem tem medo dos aumentos repentinos na prestação da casa, também há empréstimos com taxa fixa e prestação fixa, paga-se um bocadinho mais mas não se está sujeito às flutuações do mercado. Sou pela compra porque, pelo mesmo dinheiro, tenho uma casa minha, onde posso remodelar, transformar, pintar...sem precisar de autorização.

Anónimo disse...

Olá Pipoca!! Acho contraditório quando diz que gosta de dar respostas personalizadas e não despachadas, quando mais abaixo em resposta à questão da leitora diz que mata 4 leitores num post só. Em que é que ficamos?

Matilde disse...

ate q enfim alguem me entende ;) adorei o post,Pipoca :)) e vou partilha-lo!!! tem tudo o q penso!! bjinhos

Ricardo Fernandes disse...

Tu deves ser muito rico!!! Se fores tens muita mania ainda por cima a postar em Anónimo... cobarde!

Joana Barradas disse...

Assino por baixo!
Tenho casa comprada, que neste momento está alugada para estar a viver na capital!
A minha casa estava-me a tirar anos de vida, em viagens e dinheiro. Agora estou com mais tempo para mim, numa casa a minha medida, estou muiot mais feliz!

Anónimo disse...

Isso é tudo muito bonito mas não há nada melhor do que ter uma casa só nossa, sem preocupaçoes de renda ou senhorios ou emprestimos. Não há nada melhor do que isso. Ter uma casinha tua era o que tu querias mas falta-te o recurso monetario, escusas de estar com desculpas esfarrapadas.

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Teorias absolutamente espectaculares

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