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Só sei que muito sei

segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Tenho 30 anos e não sei nada sobre o amor. Gostava de poder dizer “quem me dera ter 20 anos e saber o que sei hoje”, mas seria pretensão. Porque não sei nada. Durante muito tempo achei que amor era viver com o coração nas mãos, no pescoço, no estômago, pronto a explodir e a projectar-se em mil pedaços. Gostar, gostar a sério, aquele gostar de paixão, só podia ser isso. Viver em ânsia o tempo todo, correr atrás, pedir, implorar, pedir de novo, pôr-me em bicos de pés e anunciar a minha presença. Fazer uma gestão de danos a todo o momento, tentar não incomodar, não estar a mais, dar, dar, dar e receber quase nada em troca. Achar que esse pouco era mais do que suficiente, que mais vale pouco do que nada. E foi isso. Achei sempre que pouco era melhor do que nada. A triste realidade é essa. Já não me lembro de quantas vezes me senti remediada, assim-assim, vai-se andando. De quantas vezes parti a alma e de quantas a voltei a colar. De quantas vezes me apaixonei e de quantas jurei para nunca mais. Que as coisas do amor não eram para mim e mais valia estar quieta. Uma treta. Nunca conseguir estar quieta. E via os acidentes emocionais a darem-se e não podia fazer nada para os evitar. Nem sequer fechava os olhos para não ver. Meti-me em muitas relações sem cinto de segurança, e depois achava estranho fazer mais uma fractura no espírito. As cicatrizes que para aqui vão. A verdade é que sempre fui uma crente, uma utópica, uma arrebatada. Uma totó, a palavra não é outra. Se calhar ainda sou, mas de aliança no anelar esquerdo. Afinal, amor podia ser outra coisa que não uma sofreguidão desatada, uma correria sem meta à vista. Afinal, comecei a perceber, amor era 50/50. E dias mais calmos. E tardes no sofá. E filmes, e séries, e amigos à mesa. E conversas, e planos, e os nomes dos filhos que se quer ter. E uma conta corrente, este mês pago eu a empregada e tu a conta da luz. E dizer que um cão num apartamento nem pensar. E voltar atrás e dizer que sim, haja espaço e boa vontade. E pegar num mapa e ver quanto mundo nos falta ver.  E decidir quem desce a pé os três andares para deixar o lixo, quem se arrasta para tratar da louça, quem encaminha a roupa para os armários, quem atira com a carne para o forno (ontem fui eu, hoje és tu). Gosto deste amor. Gosto muito deste amor que me dá beijos quando chego a casa, que não vive imerso em dúvidas existenciais e pós-modernas, que há já algum tempo que sabe o que quer. E que me quer a mim. Disse-o no altar, à frente de todos. Estava lá e ouvi. Retiro o que disse. Tenho 30 anos e sei quanto baste sobre o amor. Quem me dera ter 20 e saber o que sei hoje.
 

Texto publicado hoje no jornal Metro

94 comentários:

Cláudia Morais disse...

Lindo, Pipoca! Obrigada por partilhares aqui para quem, como eu, não teve acesso ao Metro hoje. Parabéns.

Humores disse...

ADOREI :)

Neuza Rodrigues disse...

Tão bonito. É mm isso.

www.nzlookbook.blogspot.com
(roupas feitas por mim)

Verita disse...

E adorei ora pois.... A isso se chama amor.

zitamina disse...

Muito bom, pipoca. parabéns :)

Miss T disse...

Pipoca, sem querer parecer muito "metida", tenho de dizer-te: tenho uns quantos a mais que trinta mas as tuas palavras assentavam na perfeição na descrição do que até há pouco tempo tinha sido a minha vida "amorosa". O simples facto de me envolver com alguém significava dor, muitas lágrimas, uma ansiedade desde o primeiro ao último dia, o coração e a alma quebrados, uma descida incontrolável na escala da minha auto-confiança. Presentemente, vivo outra situação, não sei se é amor e também não sei se percebo alguma coisa de amor. Sei que vem misturado com calma, com confiança, que me dá forças para fazer planos e acreditar que se vão realizar. Se queria ter 20 anos e saber isto tudo? Não sei, mas sei está a valer a pena viver neste estado.

Gelatina de morango disse...

Mesmo estando na fase de jurar "para nunca mais" cheguei ao fim do texto e senti um arrepio. Lindo, Pipoca.

Marta disse...

muito muito bom!

Cecília Fernandes Vigário disse...

Está aqui uma bela crónica... Daquelas que apetece imprimir, emoldurar e colocar no quarto, num local de passagem constante para nunca nos esquecermos disto. Porque paixão e amor são coisas diferentes... e vale muito mais a serenidade do amor (a longo prazo) que o desenfreamento da paixão! Vivamos serenos e seremos felizes neste sentimento grandioso :) *

JoanaDeCastro disse...

EU LI-TE HOJE DE MANHAAA...E BATI PALMINHAS E TUDO:D

marie disse...

Muito bonito Pipoca! Sou mais velha e quem me dera saber tanto.

Alex disse...

Talvez seja o post mais bonito que li aqui. Obrigada pela partilha e parabéns por esse amor!

Marta RLL disse...

directamente de paris um muito obrigada por teres posto no blog (a minha irmã já me garantiu que tem um guardado para mim) :) gostei imenso, e espero um dia ter a mesma sorte que tu e encontrar um amor 50/50, para os dias bons e maus, para os calmos e os agitados. Para as minhas birras e para as birras dele.

Obrigado Pipoca, de verdade :)


xx
Marta
www.music-love-fashion.blogspot.com

Fashionista disse...

Lindo! Já tinha lido no Metro!

Unknown disse...

aMEi*

Jade disse...

O amor é isso mesmo...

MSM disse...

Ninguém descreveria melhor o q é o amor! Perfeito!

(Depois de tantos anos, finalmente comento o teu blog!)

contigo ao amanhecer... disse...

Lindo! Lindo! É precisamente aquilo que sinto... Vou reler este texto muitas vezes e vou sempre sentir muita pena por não ter chegado aos 50/50.

B. disse...

Gostei :)

Xo
B.

O MEU LUGAR disse...

PERFEITO!!! Ao ponto de eu achar que a tua história é a minha história!

PARABÉNS!

Beijinho*,

AC

Mariana Costa Veludo disse...

Lindo, lindo, lindo !

kiss me disse...

Eu também ouvi, não foi no altar mas foi na fnac :) no meio de desconhecidos e sem medo (quer dizer, isso já não tenho tanta certeza que fazer um pedido deve ser coisa para dar cabo do estômago a um homem).

Eu sou a rainha das fracturas, das lesões múltiplas, do coração estilhaçado num chão qualquer. Neste momento estou em pleno mergulho de cabeça. Não sei se a piscina vai estar vazia e se me vou espatifar toda, se vai estar meia vazia e se vou ficar só com um grande galo na cabeça ou se vai estar cheia e vou lá ficar a nadar durante algum tempo. Mas atiro-me, atiro-me sempre, com esperança de um dia escrever um texto destes ;)

Felicidades para os dois!

Unknown disse...

Só espero chegar aos 30 e fazer a mesma cosntatação que tu. A 1ª parte já está...falta a segunda=)

Anónimo disse...

Muito obrigada por teres publicado! Adorei! :D

Beijinhos*

dagri disse...

está fantástico :)

Contas de um Conto disse...

Está lindo o texto! Pena hoje não passar por nenhum metro para ainda tentar apanhar algum. Gostava mesmo de ter esta edição em particular!

Acho que tudo o que disseste, ficou mesmo muito bem resumido na última frase.

Cris disse...

Adorei.

Doce disse...

Belas palavras!

Keke Manteiga disse...

identifico-me perfeitamente com o que dizes! a idade também nos dá esta capacidade de saber estar, de saber fazer, dá-nos experiencia acima de tudo. mas também não aprendia a dar valor ao que tenho agora, se não tivesse um passado que me permite ver o bom que é este presente. que não é mais que um verdadeiro presente com um enorme laço cor-de-rosa às bolinhas brancas!

Menina do cantinho disse...

Lindo.
De deixar a lágrima no cantinho do olho.
Parabéns Pipoca;)

Beijinhos

Unknown disse...

Pedi a uma amiga que me trouxesse um Metro hoje de Lisboa para poder ler isto. Boa ;)

jOana disse...

Obrigada Pipoca por partilhares a crónica, também eu não consegui ter um Metro nas mãos.
Quanto ao texto? P-E-R-F-E-I-T-O.

Unknown disse...

Adorei o texto! vou "curtir" e compartilhar com meus amigos, essas impressões que ja vivi e que hoje são tão semelhantes as tuas. Beijos!

FR disse...

Adorei.
Deve ser por isto que hoje não consegui arranjar nenhum "metro"

Close Up! disse...

Ninguém o explica melhor que tu!

Emma disse...

:')

Tixa disse...

Adorei! Li logo pela manhão no metro do POrto! E amei, é que é mesmo isso!! Até há uns tempos tambem achava que para ser mesmo amor tinha-se que andar sempre com o coração ao pulos e o estômago às voltas, e previa para a minha vida amoroso muito atribulada, pois essas coisas passam ao fim de uns meses, pelo menos de forma diaria,mas... depois percebi que amor é partilha, é fifty-fifty, é calma , é rotina...


Mais uma vez... adorei!!!


* beijocas

D disse...

Adoro e concordo plenamente com esse tipo de "amor" porque, mesmo não tendo ainda aliança no dedo (nem estando perto disso) já o vivi. :)
Adorei o texto!

a Gaja disse...

Raramente comento mas hoje tenho a dizer que está simplesmente fantástico. Um hino ao amor no estado mais puro que há.

Ana disse...

Perfeito!

Lima e Tequilla disse...

Tão verdade. Infelizmente só aprendemos da pior maneira. Só quando nos partem o coração é que finalmente consegue entrar algum vestígio de razão. Lindo texto pipoca =)

Sofia Machado disse...

Está lindo, Pipoca! :)

mar_mag disse...

Li pela manhã o seu artigo no jornal O Metro de Lisboa, adorei o texto. Bem escrito e tantas coisas que "me recordam outros tempos" sim, porque eu também já tive 20 anos e se soubesse o que sei hoje...
Parabéns, está magnífico!

«Meti-me em muitas relações sem cinto de segurança, e depois achava estranho fazer mais uma fractura no espírito.» ADOREI!

Sofia disse...

Adorei o texto. LIndo, lindo, lindo!
Parabéns, Pipoca cada vez mais doce
(e posso arriscar, mais segura?).

Juca disse...

Obrigada por teres postado aqui o texto. O teu texto, porque qualquer coisa assim só podia ser tua! :) *

Teresa disse...

É isto mesmo! :)

Joana Dias Almeida disse...

Tão b o n i t o!
Tão p e r f e i t o!
Tão… e u!

(De)corações e Beijinhos,
coxim-interiordesign.blogspot.com/

Vera disse...

Acabei de ler este texto com um sorriso enorme. Gostava de chegar aos 30 ('só' faltam 6 anos) e saber por experiência própria tudo o que aqui está escrito.

:)

Maria Clara disse...

Olá minha querida
Como fiquei feliz com o que li aqui...
Amar é ser transparente e honesto,e foi o que senti ao ler este texto. Acho que há por aí tanto amor e tanto crescimento que só posso dar vivas ao Amor, eu que desacreditei no casamento e nesse amor.
Parabéns aos dois. Ah e obrigada pelos presentes. A generosidade é uma das variantes de quem sabe Amar. Muito obrigada. Beijinhos, todos.

Carla Bernardo disse...

Obrigada Pipoca especialmente por esta crónica! Depois de o meu coração já ter vivido numa montanha russa durante algum tempo e de quase ter "morrido" pela incerteza do dia seguinte, agora que leio a tua crónica percebo que talvez o amor seja mais do que aquilo que eu pensava. Bravo Pipoca!!!!

Rita Carvalho disse...

Mal cheguei à faculdade fui logo buscar o metro. Li a tua crónica e gostei! :)

http://caderno-de-folhas-brancas.blogspot.com/

Juana disse...

fiquei com uma lágrima no canto do olho o.O

Maria Aires de Sá disse...

eu juro que quero chegar á sua idade e ter essa noção do que é o amor!! =) adorei e ja pus no facebook para mostrar a todos os meus amigos!! *.*

T disse...

Muito bom Ana.

Não são muitas as vezes que se leêm aqui textos destes, mas quando acontece, vale muito a pena.
Gostei mesmo mesmo muito.

Alice M. disse...

E eu que pensvaa que já tinha chorado o suficiente hoje:( Mas agora foi um chorar bom, acho eu... GOSTEI.

Viciada em Viagens disse...

Mais do que um texto sobre o Amor, é a declaração de Amor aqui implícita que me deixa arrebatada... absolutamente lindo!
Parabéns.

Sofia disse...

Identifiquei-me em absoluto quando dizes:

" Viver em ânsia o tempo todo, correr atrás, pedir, implorar, pedir de novo, pôr-me em bicos de pés e anunciar a minha presença. Fazer uma gestão de danos a todo o momento, tentar não incomodar, não estar a mais, dar, dar, dar e receber quase nada em troca. Achar que esse pouco era mais do que suficiente, que mais vale pouco do que nada. E foi isso. Achei sempre que pouco era melhor do que nada. A triste realidade é essa."

É mesmo isto, a minha triste realidade é a que descreves...
Este é o meu hoje... espero que um dia o meu amanhã possa sertao bonito como o teu hoje...

Parabéns e muitas, muitas felicidades!

Dina Garça disse...

Directamente da California e sem metro aqui por perto, adorei o texto. Obrigada por publicares :)

Gosto muito do teu blog. Parabens pelos teus textos.

Dina.

Vera F. disse...

Este texto levou-me às lágrimas... às vezes não damos o devido valor ao que encontramos... eu agradeço todos os dias!

Francisco o Pensador disse...

Magnifico Pipoca!
Decidamente, deixa lá a história dos sapatos, das malas, dos vestidos, das bugigangas e afins (que só denigram a tua imagem) e dedica-te inteiramente a estes "textos", porque eles sim...fazem de ti uma mulher hiper-mega-interessante.

Adorei. :)

Pedro disse...

tens toda a razão, tás mesmo apanhadinha. boa sorte

Sofia disse...

Adorei o texto... identifiquei-me tanto, tanto com a parte das tuas relações passadas. Fizeste-me pensar "olha, se calhar nem está tudo perdido...". Obrigada por partilhares :)

Su disse...

Gostei muito. Parabéns!

Salome disse...

Pipoca, sei que já viste muitos comentários como o meu mas acho importante ser mais uma a dizer-te que também que me identifico muito com este texto. Embora ainda me faltem uns anos para os 30 e ainda não tenha dito o "SIM" no altar (já o disse fora dele), sinto-me na mesma fase de tranquilidade, segurança e sobretudo AMOR verdadeiro de que falas. É uma paz...um conforto... depois de todo aquele novelo baralhado e confuso sabe bem descobrir que há outro mundo para além desse :) Obrigada.

Histórias Soltas disse...

Dou comigo a ler o artigo e a pensar que ele podia ter sido escrito sobre mim.
É mesmo o amor para ver vivido em pleno tem que ser vivido pelos dois...o que é que eu tenho andado a fazer à quase dois anos...a viver pela metade a dar por inteiro e a receber metade ou um quarto do que mereço.

Obrigada Pipoca!!

Apartamento T1 disse...

Parabéns, está de facto muito bom.

Opinante disse...

Parabéns pelo texto ;)

Subscrevo tudinho ;)

Unknown disse...

Fantástico. É sem dúvida um dos melhores textos do teu blog.
Parabéns pela escrita e por esse amor que tens ao teu lado.
Beijinho.

Verduxa disse...

E eu que achava que o meu dia nunca ia chegar, que para mim esse amor tranquilo não estava predestinado... Hoje, também sei o que é o amor! :)

Rosie, the Riveter disse...

Parabéns pelo tteu texto ter aparecido no Metro pipoca =)

mjoaob disse...

Opah...até me emocionaste. ;P
Muito bonito O Amor.
bjito

mjoaob disse...

Opah...até me emocionaste.
Muito bonito O Amor.
bjito fofo

SuperSónica disse...

Adorei, tocaste-me no coração...e vi-me aí escarrapachada!

Inspiração Inesperada disse...

Lindo texto... obrigada por partilhares :)

Não sei que diga disse...

Lindo! Obrigada pela partilha.

Cláudia disse...

Adorei cada palavra. É tão bom saber que há quem não tenha problemas existenciais e saiba agardecer e disfrutar dessa benção.
Essa sou eu...
Mas com mais 15 anos ainda não cheguei à parte do final feliz pelo qual continuo a lutar (e a acreditar) 11 anos depois das promessas no altar. Os problemas existenciais matam alguns sonhos e adiam outros, muito, vezes demais, mas é difícil "deitar fora" quem os tem porque acredito que amar também é isso, esperar e ajudar a ultrapassar.
Muitas, muitas felicidades.
Cláudia

MG disse...

Muito bonito! :)

Feliz disse...

UaU!
Pipoca...este veio mesmo do coraçao - dá para sentir cada palavrinha escrita! Que texto delicioso - que veracidade no que dizes! Gosto, gosto muito da parte do "remediada" ...andar com o coraçao em todo o lado!
Leva tempo até ver-mos que amor...né nada disso :D

Felicidades para vós! Já esta na altura e tenho a certeza de que serás compensada por tudo! :D

(tb acredito nisso para mim - por isso acho que aos trinta é que é!!)

Bijous*

Unknown disse...

Escreves bem para cacete. Muito bom o post.
HM.

Ana Jorge disse...

Adorei, é isso mm!
Tb me vejo ai, ou vi-me durante mto tempo...e como alguem ai diz, so gostava q o teu hoje fosse o meu amanha.
Parabéns pipoca! (pelo teu texto e principalmente pelo teu amor)

Unknown disse...

Afinal alguém que me entende!!! (e sabe passar isso a papel)
Mesmo arrincando dizer mais do mesmo, Foi a definição mais realista de Amor que alguma vez li...
Faço parte de equipas do CPM (preparação para o matrimónio)e se me permite este texto vai passar a fazer parte do nosso material de apoio.
Parabéns Pipoca

XS disse...

E é tão bom ter 30 e O Amor!

Lua disse...

Brutal =)
É mesmo isso.
Parabéns*

Patrícia Lima disse...

LINDO! LINDO!!! LINDOOOO!!!
Nunca me aconteceu com ninguém, cujo rosto nunca vi, cuja voz nunca ouvi.. mas, cada vez que te leio (e leio-te quase desde o ínicio!)sinto que te conheço! Cada vez que digito o teu endereço na barra do Internet Explorer (e faço-o quase todos os dias) é como se me tivesse a dirigir a casa de um velho amigo, para o rever, abraçando-o com saudade... e cada vez que falo no teu blog, ou em ti (como a "Pipoca" e não como a "Ana Martins") faço-o como se falasse de alguém que gosto muito, que me diz muito. Aquela "alguém" com quem simpatizamos de verdade, que nos anima nos dias tristes, que diz piadas inteligentes sobre o assunto do dia ou sobre o drama nacional..
ÉS UMA PESSOA EXCEPCIONAL,ÚNICA, cheia qualidades e valores, e este texto é a prova disso.
Um beijo enorme, e sim... tu sabes do que falas. Seja amor ou seja religião. Porque não cais no erro de escrever sobre algo sem fundamento.

MSM disse...

Lindo, perfeito, magnifico!

C. disse...

Sabe bem *

Joana Gama disse...

Sweet! :)

menina-m disse...

muito obrigada, pipoca. mesmo muito obrigada. encontrei um amor assim, um amor devagarinho. e puseste em palavras esse devagarinho que não sei (não sabemos) os dois entender ou explicar.
felicidades e bom caminho aos dois!

Silence disse...

Fantástico...adorei!

Parabéns

Artemisa disse...

Acho que foste a 1a pessoa que me fez pensar que se calhar os 30 não vão ser uma tragédia assim tão grande... (e já falta tão pouco!)

Que continues a aprender cada vez mais sobre o Amor!

hello, sweetheart disse...

Simplesmente adorei o texto. Não sei se é estranho ou não, mas dei por mim com a lágrima no canto do olho. Não tenho 30 anos. Hei-de lá chegar e às vezes só peço que chegue rápido, porque ao ler o texto pensei "tenho 18 anos e sei o suficiente sobre o amor". Quantas vezes olho para o meu namorado e penso "bolas quando é que somos MESMO adultos e independentes, com casa e filhos. Quando é que partilho a 100% a minha vida contigo!? QUANDO?". A sério obrigadíssima pelo excelente texto. Vou começar a ser leitora assídua porque vale a pena.

The Queen disse...

Olá ... Não resisti em comentar este "Post" ...

No último ano, a minha vida, encontrou e perdeu vários Amores ... Os incondicionais.

Aqueles, por quem o meu coração irá bater, sem nunca querer desistir ... Vou ser mãe, e é sem dúvida um momento suis generis. Recheado de amor, ódio, falta de auto-estima, ternura, raiva, momentos em que sinto que estou possuída pelo Diabo, ou que me sinto a mulher mais sortuda do mundo. Momentos em que uma pessoa se olha ao espelho, e deseja que tudo volte atrás, para que possas ter tudo aquilo que sentes que estás a perder... É um Amor "esquisito", amas alguém, cuja cara ainda não viste, cujo feitio, nem sequer sonhas como é que vai ser ... E por outro lado, o meu Pai. O meu Melhor Amigo, sem dúvida alguma, que perdi, e que nunca mais vou ver. Nunca mais vou poder abraçar, nem sequer fazer os telefonemas no gozo que lhe fazia, só para nos rirmos. Nunca mais vou ver os seus truqes de magia, muito previsiveis, devo dizer, e não, ele não tinha futuro algum como Mágico. E se, eu soubesse o que sei hoje, com 25 anos, ou com 20, ou até com 5, não me preocupava em tentar encontrar o Amor, numa perseguição louca pelo Principe Encantado. Mas sim, para aproveitar cada segundo da minha vida com ele, e aproveitar tanto, como se "hoje", deixasse de ter "amanhã".

É verdade, que não há nada mais excitante que sentirmos o coração a "bater" de certo modo, porque o menino dos nossos olhos se está a aproximar de nós. Sentir as pernas a tremer como se o chão fosse desaparecer por debaixo de nós numa fracção de segundos. Ou aquela impressão no estomâgo que nos ilude, e faz com que não tenhamos fome.

Mas não há nada pior que sentir o nosso coração a bater menos um bocadinho, porque existe um número no teu telemóvel, que não consegues apagar, mesmo sabendo que por mais que toque, esse nome, nunca mais vai aparecer no visor. Ou sempre que tocaram à campainha, existe uma cara que nunca irás ver. Que o meu Bebé, nunca vai ser mimado pelo Avô com ar de cientista louco, mas cujo Amor por mim, e pela minha irmã era a maior cesteza da minha vida.

Este tipo de Amor, é o que eu sinto falta. E neste momento, está a ser susbtituído por uma enorme saudade, que ao contrário que possam dizer, o tempo não cura, mas às vezes piora aquilo que já se sente.

O Amor, esse sentimento tão cheio de nós, e por vezes tão vazio, e tão egoísta. O Amor verdadeiro, é tão dificil de encontrar ... mas às vezes é pior ainda de procurar. E quanto mais o tentamos ver, menos o encontramos ...

Desculpa a invasão, o texto, tudo ... :/

Maria disse...

Não consegui não comentar, disse-me demasiado este texto. Acho que o amor é tudo o que descreveste, quer o que achavas ser quer o que agora denominas por tal. E o amor desfia-se por entre fases muito distintas: a vivida por um teenager de histerismos e sensações à flor da pele e a de alguém maduro pronto a lamber o futuro. E o amor só é bonito por isso mesmo. Por nunca ninguém o sentir do mesmo jeito. Por nunca ninguém lhe saber todas as pontas soltas. E tentar descrever algo tão grandioso que nem esse sentimento é um erro - um dos enormes - que nem rasgos de alma, sabes? É como tentar colocar em palavras o que só o coração é capaz de sentir. Por isso, bem, amor é isso mesmo - amor.

Beatriz Navarro. disse...

A-D-O-R-E-I!

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