Summer times
quarta-feira, julho 21, 2010
Quando eu era adolescente era anualmente arrastada pelos meus pais, que me obrigavam a ficar um mês de férias com eles no Algarve. Tudo o que eu queria era ficar em Lisboa sozinha e entregue aos bichos, mas não. Os meus pais obrigavam-me e toda e qualquer contestação ou argumento caía em saco roto. Geralmente a discussão acabava com um muito pedagógico "enquanto viveres connosco fazes o que quisermos, depois logo vais à tua vida". E pronto, lá vinha eu de trombas, a contar os dias para regressar à cidade (convém dizer que nessa altura tinha mais de três meses de férias, o que pode explicar que me sentisse aborrecida com um entediante mês na praia). Só uma coisa aliviava o martírio: arranjar miúdos giros com quem trocar olhinhos na praia. Era infalível. Assim que assentávamos arraiais, punha o meu radar a funcionar, em busca de alguém que não fosse um pai de família ou que não tivesse sete anos (o core business da praia da Manta Rota). Acabava sempre por descobrir um qualquer desgraçado que também estava subjugado ao poder parental, e os meus dias na praia ganhavam, subitamente, um outro interesse. Dava-me ao trabalho de escolher dedicamente as roupas e os biquínis que levava, ia à água quando eles iam, lançava um sorrisinho ao ir embora, e rezava ardentemente para os encontrar no dia a seguir (estou a falar no plural mas só me interessava por um em cada verão). Quando a quinzena mudava era uma tragédia, já sabia que, regra geral, isso implicava o final do pseudo-romance. Quando chegava o dia 15 e eles não voltavam à praia era porque já deviam estar de regresso a casa. E, nesse caso, das duas uma: ou arranjava rapidamente um novo interese ou ficava mais quinze dias a carpir mágoas. Claro que isto era tudo muito platónico, e só um caso é que chegou a vias de facto. Lembro-me de irmos passear para o fundo da praia (já quase a chegar a Monte Gordo, para quem conhece a zona fica com uma ideia da distância), para podermos dar beijinhos longe dos pais. Enfim. Agora, e mesmo com o meu homem a mais de 300 kms, tenho uma vidinha regrada. Também, olho para o lado e só vejo avós ou famílias transmontanas. O momento alto do meu dia na praia é esperar pelo senhor das bolas de berlim. Já agora, várias pessoas falaram de um vendedor gostosão, mas eu ainda não lhe pus a vista em cima. De certeza que é na Manta Rota??
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foi preciso andares tão longe para darem beijinhos? podiam ir só até à praia verde! lool
ResponderEliminarIsso é um história bonita :) quem me dera ter assim uma paixão platónica, mas acho que não tenho muito jeito para isso :P
ResponderEliminarDe certezissima Pipoca. É o jardineiro de cascais, ainda na quinzena anterior lhe comprei Bolinhas de Berlim SEM CREME!!!
ResponderEliminarAlias fazia questão de lhes comprar a ele em detrimento de um velho chato que para lá anda.
Há dois anos usava uns cabelos compridos com caracóis, (que não lhe ficavam muito bem, mas como a vista não parava nos cabelos, perdoava-se o mau gosto) mas o ano passado já se apresentou de cabelinho cortado e este ano manteve o visual.
Procura pelo jardineiro de cascais, aposto que vais regalar o olho...
Sim porque estás noiva, mas não estás morta!!! ;)
Ah... então eras tu!
ResponderEliminartadita de ti!! sinceramente, onde estavam as familias transmontanas com a cabeça para irem passar férias ao Algarve!! ir de lá de tão longe so pra molhar o pezinho, se ainda fossem lisboetas, da linha mas não! pacóvios
ResponderEliminarRita
a
ResponderEliminarOlá!!
ResponderEliminarParece que estava a reviver a minha adolescência ehehehe
O vendedor bonzão, girinho, mas com um corpo muito interessante (e todos os dias ao final do dia despe-se para tomar umas banhocas), está a vender bolinhas no lado esquerdo da praia da manta-rota, na entrada da praia que tem o restaurante Sem Espinhas.
Ele vende bolinhas da pastelaria Felismina que para mim tem as melhores bolas do mundo e arredores.
O rapazinho é realmente um amor de pessoa, simpático, atencioso e trabalhador, já à uns 3 anos que o conheço da praia.
Achei graça às partes que são praticamente uma "carbon copy" do que se passava comigo...
ResponderEliminarLol! Isso faz-me lembrar a minha adolescencia. Quem não teve amores platónicos de Verão? Fazia tudo isso que falaste :-)
ResponderEliminarpartilho contigo as mesmas recordações de verão lool
ResponderEliminaro homem das bolas q eu acho giro é o gajo da pastelaria felismina lool e ainda no fim de semana passado lhe comprei uma bola c mto cremeee!
algum problema com famílias transmontanas????
ResponderEliminarVamos lá ver....
Eu tenho um problema é que não podem falar mal de parte nenhuma do país...pai e família do pai, transmontana, mãe e família da mãe, algarvia, nasci em Setúbal, estudei em Évora, e namorado da Beira Baixa.
E já agora, trisavó marroquina;)
Boas ferias e nada de dizer mal dos transmontanos!!!!
Vitoria
pelo menos ias de ferias para algum lado...e para a praia..eu nao saiu daqi da cidadezela.. q tédio... mas bom... este ano secalhar ja vou..portanto nem tudo a perdido.. :D
ResponderEliminarEu percebo... também ficava deprimida!!!! E ficava aquele sentimento de "quero voltar"!!!
ResponderEliminarEnfim, mas hoje sei dar valor àqueles tempos!
Quanto aos 300 km de distância, como eu te percebo... estou no mesmo. Mas é só uma semanita. Faz mesmo falta aquela pessoa... aqueles calorzito na cama!aiiii...
FSM
fogo ate monte gordo!!!!!!!!!!
ResponderEliminarpodias ir até praia verde, ricucu ou cabeço.....lol
Ê pá, isso deve ser o Nuno "das bolas". Mas há que ter cuidado, qualquer deixa servirá para ele assentar arraiais sem qualquer cerimónia e desatar a contar a vida toda.
ResponderEliminarÉ coisa para levar o tempo aproximado de uma digestão, o que nos obriga a uma segunda rodada de bolas.
A Manta Rota é um local propicio ao amor realmente, mas vocês andaram imenso mas eu compreendo, por amor faz-se tudo e que grandes amores deviam ser esses ;) beijinho
ResponderEliminarque sorte a tua pipoca, quem me dera durante a minha adolescência ter que ir com os meus pais 1 mês para o algarve. eu tinha que me limitar a ficar com eles em aveiro porque não havia dinheiro para ir para fora. ainda hoje só fui uma vez na vida ao algarve, e foi a faro.
ResponderEliminarPois é, era exactamente assim! Só que não durava apenas um mês, e sim todo o Verão!
ResponderEliminarEstou a ficar curiosa quanto à Manta Rota, é que é dificil arrancarem-me de Monte Gordo, mas parece vou ter de mudar de praia este fim-de-semana, só para lavar as vistas. E lá terei de fazer um esforço para comer as tais bolinhas de Berlim (que enjoei há anos)!
Intriga-me o 'mistério' das Bolas de Berlim (no Algarve, claro).
ResponderEliminarEntão o Mulherio anda o ano inteiro a cuidar da linha e quando chega ao Algarve só pensa nas Bolas de Berlim?
Mas porquê? ))
A Rita Catita, descreveu à sério o Jardineiro de Cascais, não poderia ter feito melhor.
ResponderEliminarEu cá chamo-o de jardineiro de cascais, porque não sei o nome dele, simplesmente sei que durante a época não-balnear, o rapaz de corpo moreno, é precisamente isso jardineiro em cascais.
Mas realmente mais importante do que ter uns atributos interessantes é que o rapaz é muito atencioso, e trabalhador, e humilde, e amigo das crianças, e das velhotas, ah e vende as bolas de Berlim da pastelaria Felismina que são deliciosas.
É óbvio que o Jardineiro de Cascais não é um Mark Vanderloo, mas numa praia, em homens com graça contam-se pelos dedos da mão direita,... como se costuma dizer, em terra de cego quem tem olho é rei.
A Rita Catita, descreveu à sério o Jardineiro de Cascais, não poderia ter feito melhor.
ResponderEliminarEu cá chamo-o de jardineiro de cascais, porque não sei o nome dele, simplesmente sei que durante a época não-balnear, o rapaz de corpo moreno, é precisamente isso jardineiro em cascais.
Mas realmente mais importante do que ter uns atributos interessantes é que o rapaz é muito atencioso, e trabalhador, e humilde, e amigo das crianças, e das velhotas, ah e vende as bolas de Berlim da pastelaria Felismina que são deliciosas.
É óbvio que o Jardineiro de Cascais não é um Mark Vanderloo, mas numa praia, em homens com graça contam-se pelos dedos da mão direita,... como se costuma dizer, em terra de cego quem tem olho é rei.
Eu ficava entre Monte Gordo e a Retur, hoje praia do Cabeço, e também era ali que dava uns beijinhos às escondidas :) Belos tempos!
ResponderEliminarUi já vi que não mudou nada... só tem mais a Maya que não ajuda ... ainda tem ai o estaminé certo?
ResponderEliminarpois eu tambem faço isso!!!!!
ResponderEliminarUm beijinho
rafi
PS vejam o meu blohttp://ladys-katieagathamarilyn.blogspot.com/g: