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Então foi assim:

sexta-feira, junho 11, 2010
Há umas semanas alguém me deixou aqui um comentário a dizer que em vez de responder a comentários parvos podia antes falar do meu percurso, das minhas opções em termos de estudos e de trabalho. E como logo a seguir a mails a dizerem "és uma puta!", o que mais recebo são mails a perguntar "vou ou não para jornalismo"?, decidi acatar o pedido. Mas só desta vez, que tem muito mais graça responder a gente parva e a minha vidinha não é assim tão gira. Não sou propriamente um case study.
Ora bem, corria o ano de 95 ou 96 quando os meus pais me "sugeriram" que fizesse testes psicotécnicos. Estava no 9º ano, tinha de escolher área a que seguiria no 10º, por isso lá fui fazer desenhos, responder a exercícios de lógica, ver que tal estava nas contas, etc e tal. Tal como eu desconfiava, os resultados apontavam para a área de letras. Sobretudo para direito, pela "capacidade de argumentação". Nunca tinha pensado em nenhuma profissão em específico, nem me lembro de ter decidido "já sei, é para jornalismo que eu vou". Percebi que gostava de escrever e queria estar ligada a isso. Sem ter de ir para professora de História. Ou para um escritório de advogados. Ou para um curso inútil de línguas. Como não sobrava muita coisa, Comunicação pareceu-me o melhor. E o menos chato. De entre todos os cursos que havia na área, decidi que queria ir para Ciências da Comunicação, na Nova. Por ser o mais antigo e, supostamente,  o melhor (ah ah). Na folhinha de candidatura pus todos os cursos de comunicação do país e ainda uma opção de direito, just in case. Acabei o secundário com média de 17 e candidatei-me à faculdade com 16,7. As médias para a Nova sempre foram inexplicavelmente altas, mas deu para entrar. Nesse ano, a última pessoa que entrou tinha uma média de 16,2. Fui agora espreitar e a nota mínima de acesso está agor nos 16,8. Bonito. Assim que aterrei no curso e tive as primeiras cadeiras, vi logo que estava no sítio errado. Aquela ideia muito bonita que nos iam pôr a escrever e ensinar a ser grandes repórteres era uma grande treta. Apanhei com cadeiras como Semiótica, Lógica para as Humanidades ou Teoria do Texto e apeteceu-me bater com a cabeça violentamente contra uma parede. Como era um curso com uma média alta e para o qual as pessoas tinham marrado para conseguirem entrar, achei que tinha um espírito competitivo muito forte e que a maior parte das pessoas se levavam demasiado a sério. Ninguém estava ali para brincar, em vez de haver uma primeira fila com espertinhos havia várias filas de pequenos cromos. Como não me identificava muito com aquele ambiente, só punha os pés na faculdade para ir às aulas (e, e...), e cumpri os mínimos olímpicos para fazer o curso. Acabei com média de 14, o que me pareceu uma grande proeza para quem estudava na véspera dos exames. Achei o curso desinteressante, mal estruturado, excessivamente teórico, com muitas cadeiras que não tinham a mínima relevância, com muitos professores que davam fama ao curso mas não lhe davam nenhum proveito... e, sobretudo, achei que não saí de lá com nenhum conhecimento específico. É tudo tão geral e superficial que sinto que me licenciei em coisa nenhuma. Quem tira um curso de comunicação e aterra numa redacção, vai de mãos a abanar. A melhor parte do curso foi, sem dúvida, poder fazer Erasmus, experiência que recomendo vivamente a quem queira passar seis meses ou um ano a sair de segunda a segunda. Foi muito agradável. Sete mesinhos de férias em Itália, numa casa com mais sete pessoas de todas as nacionalidades e mais algumas, muito passeio e pouco, pouquíssimo estudo. Uma loucura.
Bom, concluído o curso era altura de escolher um sítio para estagiar. Apesar de ter muito mais queda para a escrita, decidi que era para a rádio que queria ir, por isso fui para a Antena 1 e, depois, para a Antena 3. Não deu para aprender grande coisa. Fiquei um bocado entregue aos bichos, não aprendi grande coisa, ninguém tinha tempo para dedicar aos estagiários. Ia para os estúdios gravar sons, escrevia umas noticiazecas, fazia inquéritos de rua, e pouco mais, quase sempre na base do auto-didacta. Entretanto, ainda estava na rádio quando um colega me avisou que estavam a pedir estagiários para o jornal A Capital (Deus o tenha em descanso), para a secção de cultura, e lá fui eu. De manhã na rádio, à tarde no jornal (e completamente morta). O estágio na rádio chegou ao fim e acabei por ficar no jornal. Como tinha sido a última a chegar e não tinha uma área específica, escrevia sobre música, televisão, cinema, teatro, and so on. Convidaram-me para fazer um estágio profissional de nove meses (dinheeeeeeeeiro) e depois entrei para os quadros. Entretanto, passei para a secção de Sociedade (onde cabe tudo e mais alguma coisa) e escrevia grandes reportagens. Pelo meio, tive direito à minha primeira crónica. Ao domingo, com foto e espaço para todas as minhas divagações.
Quando A Capital fechou já lá estava há mais de dois anos. Aproveitei a indemnização e decidi que estava na altura de voltar a estudar. Como me apetecia ir novamente laurear a pevide, escolhi Madrid. Suficientemente perto, mas suficientemente longe. E lá fui, fazer uma pós-graduação em Comunicação, Relações Públicas e Protocolo. Estava desiludida com o jornalismo, por isso queria começar a ter formação noutra área. Gostei do curso, gostei de viver em Madrid, mas tive de voltar. E voltei ao jornalismo. Como freelancer, a escrever para onde me pagavam, depois numa agência de conteúdos. Quando a agência fechou, fiquei novamente a escrever como freelancer (parece-me a melhor coisa do mundo, desde que se consigam várias colaborações e se tenha método de trabalho, coisa que me falha), até que surgiu a oportunidade de fazer um estágio pago no departamento de comunicação de um banco. E lá estive, um mês, a fazer vidinha das nove às cinco, até ter surgido o convite para a Time Out. Pensei 57 vezes, não sabia se queria voltar ao jornalismo, e caso ficasse no banco tinha mais perspectivas de carreira. Mas pronto, claro que vacilei e disse adeus ao banco. Claro que quando estou de mal com a vida acho que fiz uma má opção mas, regra geral, acho que sou muito mais feliz onde estou.
O ano passsado, comecei a sentir-me acéfala outra vez e lá comecei eu a pesquisar pós-graduações e mestrados. Uma vez mais, com a perspectiva de um dia vir a deixar o jornalismo, por isso escolhi Marketing Management. O primeiro ano foi puxadíssimo (vinte cadeiras em nove meses), o segundo está a ser feito às três pancadas, com uma tese pendurada. E já ando a inspeccionar mais um ou dois cursinhos que gostava a fazer. Haja tempo e dinheiro.
No meio disto tudo, fui sempre tendo colaborações: Nova Gente, Elle, O Jogo, Metro, Nós, I, 24 Horas, Playboy, Sábado online, and so on. Dão jeito pelo dinheiro e por se poder escrever sobre coisas diferentes.

Posto isto, e a toda a gente que me pergunta se vale a pena tirar um curso superior de jornalismo, eu digo logo que não. Que mais vale engolir pregos enferrujados. Acto suicída por acto suicida, venham os pregos. Se soubesse o que sei hoje, tirava um curso numa área mais específica. Direito, Economia, Relações Internacionais, qualquer coisa. E depois enfiava-me a tirar cursos no Cenjor (Centro de Formação para Jornalistas), que aí sim, aprende-se à séria. Fiz lá um curso de escrita e outro de rádio e acho que foram muito mais interessantes do que quatro anos de faculdade.  Ouçam-me, futuros jornalistas, ouçam-me que eu sei do que falo. Salvem-se enquanto podem!

79 comentários:

  1. Olá pipoca :) bem, há bastante tempo que sigo o teu blog e só agora decidi comentar. Pois bem, o tema também me diz respeito, no entanto, o "mal" já ta feito, curso tirado. LOL. Licenciei-me em Ciências da Comunicação o ano passado e agora estou a fazer mestrado em jornalismo. Tudo na UBI. Não me posso queixar do mesmo que tu, dado que o meu curso até é relativamente prático. Ok, o primeiro ano não é um sonho, mas suporta-se...depois começa a vir a prática e temos de tudo um pouco e estruturas físicas para desenvolver e aprender a trabalhar. A juntar a isso inda temos formações do CENJOR, pagas pela universidade (o dinheiro das proprinas tem que servir para alguma coisa, diga-se)que acaba por ser uma excelente ajuda.
    No entanto, e apesar de amar mesmo o curso que tenho hoje em dia sinto o mesmo que tu. E não sei se diria para não seguirem jornalismo, mas para pensarem. Hoje percebo que é muito difícil entrar num mercado de trabalho, não só em jornalismo é certo, mas é esse que me importa. Pior que isso, temos que pagar (casa, alimentação, transporte, etc etc etc) para trabalhar. E isso sim, assusta-me...porque depois a maioria acaba por não conseguir nada e é mais um monte de frustrados que para aqui anda... eu serei se não conseguir na área, confesso lol. Os estágios também é uma treta, vamos com o intuito de aprender e depois ninguém nos liga nenhuma. Vamos ver a portais de emprego e só querem estágios curriculares... Resta-nos esperar. Não me importava minimamente de trabalhar como freelancer, tal como tu, ate porque me parece bastante interessante e menos chatinho.lol. Mas querer querer eu queria rádio, mas neste momento temos é que querer o que nos aparece e o resto é conversa.

    Ok, agora sim, calo-me que já nem me deves poder V(l)ler à frente :P

    Beijinhos e desculpa ter-te tratado por tu :x

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  2. Ahah, ó pipoca, fui uma das pessoas q t mandou um mail desses, e digo-te um muitissimo obrigada porque andava meio perdida nas escolhas do curso... Exactamente por não gostar de coisas muito teóricas, já se sabe que o pessoal quer é pratica.. mas vá, encontrei um curso o ano passado que me parece muito bem e logo que o acabe enfio-me no Cenjor :) tb não percebo se aceitam licenciados em qualquer curso, ou se é só dos cursos de jornalismo/comunicação :S enfim... daqui até ao fim do meu curso (que se tudo correr bem começa em Setembro...) ainda posso mudar de opinião! beijoca x)

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  3. Eu gostava, gostava muito de tirar um curso no Cenjor. Mas eles só aceitam inscrições de pessoal que esteja ou já tenha feito algo na área. O que acho contraditório e ridículo.

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  4. Estou numa fase em que ainda nao sei bem que curso hei-de escolher, se bem que ainda me falta um ano para ter que tomar essa decisão. mas o tempo passa muito rápido e secalhar já vai sendo tempo de tomar uma decisão. Já penhsei em jornalismo, mas as opiniões que ouvi eq se vai para o curso com uma ideia muito mais "colorida", que é so prática e fazer entrevistas, com professores conhecidos que ajudam muito, mas depois o curso torna-se uma desilusão, professores conhecidos aparecem lá duas vezes no ano, entrevistas começam a fazer-se no final do curso. Por issõ estou muito indecisa se devo ou não escolher este curso. Também gostava de seguir turismo, mas nao sei. De qualquer forma, aquilo que escreveu foi uma ajuda, para poder saber mais uma opinião em relação ao jornalismo. Obrigada :)

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  5. Relações Internacionais não!! Também fui para este curso com muitas ilusões na cabeça e depois népias... Mas quê... e quem é que mete na cabeça de uma miuda de 18 anos o que quer que seja? Hoje, bato coma cabeça e digo mea culpa, mas enfim.
    Gostava era de ter a tua vontade para voltar a estudar...

    bjs

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  6. Ó Pipoca, muito obrigada. Eu que ando aqui a bater com a cabecinha nas paredes porque estou em enfermagem e o que queria mesmo era jornalismo, acabei de ganhar uma alma nova e uma vontade imensa de ir ali estudar Fisiologia (ou não).

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  7. Pois, tb tenho o curso de Comunicação e, se soubesse o que sei hoje, não o tinha tirado. Tinha escolhido outra coisa. Para breve devo fazer uma Pós Graduação ou Mestrado, a ver se a coisa melhora. Take care*

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  8. Eu quero ser jornalista desde o 7º ano mas inteligente como sou escolhi a área das ciências e tecnologias. Agora passado uns anos, e após ter perdido um ano por causa das excelentes notas que tirei a matemática decidi que irei concorrer a ciências da comunicação.
    Eu adorava ser jornalista de moda, não aqui em Portugal e nem preciso explicar porque... E isto tudo para dizer que apesar de todos os inconvenientes desta carreira, que são muitos em Portugal, devemos seguir aquilo que queremos, e tal como a Pipoca disse nem era um curso que desejasse muito, mas para quem realmente quer ser jornalista, apesar de nem saber se têm jeito para aquilo (moi) deve seguir os seus instintos e candidatar-se ao curso.
    Mais uma vez parabéns pelo blog Pipoca.

    Joana

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  9. O que há mais para aí são jornalistas arrependidos. E daí talvez não.Um bom exemplo é o da jornalista empregada de mesa:

    www.psshtomenina.blogspot.com

    E realmente isto é muito mais interessante que comentários parvos.

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  10. AHAHAH!

    Precisely. Vá, médio. O meu curso foi bom. Agora a vidinha..Well, é o que se sabe! :)

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  11. incrivel... ao ler o teu texto, parecia que estava a ler um relato do meu percurso. pelo menos no que diz respeito à licenciatura.
    sem tirar, nem por. sem retirar, nem acrescentar absolutamente nenhum adjectivo ao curso ou ao que sentiste em relação a ele.
    concorri para todos os cursos de comunicação do país, coloquei a nova em primeiro lugar (porque era a mais prestigiada...piu), concorri com 16,7... coincidencias atras de coincidencias. e foi uma enorme enorme, enorme decepção. até hoje me arrependo.
    até me arrepiei. ;)com o peso de uma desilusão, lá fui tirar uma pós-graduação em TV e cinema na UCP à procura da PRÁTICA. mas quê??? isso, pelos vistos, nos estabelecimentos de ensino superior portugueses parece não existir. mais um diploma e uns contos de rei meio gastos em vão. ando como tu na busca de mestrados mas numa area totalmente diferente porque só agora, infelizmente, é que me apercebi que o verdadeiro jornalismo não se aprende num curso superior.
    mas ja fui tarde... ou nao.
    ai quando me lembro de semiótica e teoria do texto..lol.

    beijo.

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  12. Para quem quer mesmo ser jornalista, é tirar Jornalismo (que é bem diferente de tirar Comunicação, que pode ser 20mil coisas) na Escola Superior de Comunicação Social, do Instituto Politécnico. Eu tirei lá os 4 anos de licenciatura (agora 3) e senti-me perfeitamente apta a trabalhar em qualquer redacção de jornal, rádio ou tv. É um curso onde se mete a mão na massa e onde se faz coisas, numa escola com bons meios. Sim, eu sou dos raros casos que afirma "adorei o meu curso. até fazia mais um ano".

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  13. Prefiro ler textos da Pipoca como o de hoje,do que respostas a comentários parvos...Mas a Pipoca é que decide e eu leio o que ela escreve porque gosto e como tal venho cá diariamente!=)

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  14. eu acho que o que disseste se aplica à maioria dos cursos em portugal. e à maioria das pessoas que aos 18 anos tem de escolher algo para fazer ( supostamente o resto da vida).

    é tudo muito teorico,não temos bases nenhumas de jeito para nos sentirmos aptos a sermos bons profissionais quando saimos da faculdade.olhamos para trás e pensamos:mas o que é que eu aprendi afinal????

    senti isso na pele também e dscobri que afinal o curso não era para mim.

    as faculdades ganham mt € à nossa custa,vamos inocentemente para cursos que nao tem saida nenhuma,a nao ser que tenhamos o forte factor "C" bem apertado ao pescoço.

    hoje mais do que nunca acredito que para sermos bem-sucedidos não é sinonimo de termos um curso superior.

    aprende-se é com a Vida.é o que é.

    Já ha tempos que decidi seguir com a minha mas desta vez lutando pelo que realmente gosto,não pelas pressões da sociedade em si,que gosta muito de dizer Sr Doutor ou Dra quando na verdade,isso não nos faz mais do que qualquer outro....às vezes +e mesmo o contrario..

    http://modabelezaconsultoriadeimagem.blogspot.com/

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  15. Pipocazinha,

    como eu te entendo.

    Desde sempre quis ser jornalista. Aé me arrepelava se não tivesse entrado na ESCS em jornalismo. Lá fui. Três anos e meio, cobaia de Bolonha. Gostei. Não me arrependo de nada. O primeiro ano é de vómitos, mas depois começam os atelier de Jornalismo Televisivo, Digital, Escrita, Rádio..

    Tudo muito bonito, mas neste momento estou a acabar o mestrado em Gestão de Marketing. Senti que em Portugal seria difícil ter uma boa condição de vida aliada ao jornalismo. Melhor prevenir...

    Beijo e parabéns pelo blog.

    http://300porcento.blogspot.com/

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  16. Olá pipoca,

    Eu estou a terminar o meu curso de comunicação social na UCP.E também estava interessada em tirar uma pos graduação fora,uma vez que ca não há nada interessante.
    Como te informaste das pos graduações no estrangeiro??
    Btw tbm estou à procura de estágios e a concorrer pa tudo o que me aparece à frente. Tu que estás na área,se souberes de alguma coisa podias passar a informação??Obrigada,hoje o teu post foi muito esclarecedor.

    Continuação de um bom trabalho.

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  17. Ninguém está preparado para Mourão!!!

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  18. Olá Pipoca,

    Independentemente da área em que trabalhas, o que acho mesmo interessante é a tua forma de encarar o trabalho e lutar sempre, mesmo quando tens algo a priori garantido.

    Acima de tudo, o que retiro do meu percurso académico é que não são as cadeiras que tivemos na faculdade que fazem os bons profissionais, mas a vontade de lutar com garra e crescer profissionalmente, o esforço e brio que colocamos naquilo que fazemos. A Faculdade apenas nos abre os horizontes, nos apresenta algumas perspectivas que desconhecemos... mas nunca nos prepara para uma profissão. Compete-nos a nós saber o que gostamos de fazer (se der bom dinheirinho melhor!!), e lutar muito muito muito.

    Adorei este post e acho que serve de exemplo para todos nós, quer os que já estão no mercado de trabalho, quer aqueles que ainda estudam.

    Muito sucesso! :)

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  19. Este post já me fez rir a bom rir porque me fez lembrar um Prof de Jornalismo que tive no Secundário era o Prof. Peixe que passava as aulas todas a dizer mal do Artur Albarran e das casas de "meninas" que este supostamente frequentava! LOL Resumindo: não fui para Jornalismo mas fiquei a par da vida intíma do Sr Albarran ;)

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  20. Chegaste tarde.

    Já sou licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto. Lamento informar-te mas o teu curso de CC já não é o melhor do país... é o meu. Prático até dizer chega, aprendemos que nos fartamos. Além disso é um curso 3 em 1: jornalismo, assessoria e multimédia.

    Agora estou, na loucura, em mestrado de Comunicação Política... no entanto, estou pronta para abraçar qualquer oportunidade que a vida me der. :)

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  21. Era bom ter ouvido tudo isto (que já ouvi de várias pessoas) antes de me ter metido "na toca do Lobo"... mas também é preciso tentar acreditar que vou conseguir encontrar alguma coisa de que goste... mesmo que não seja no Jornalismo!

    Quanto às médias, com a mesma média que tu não entrei na Nova =S andei uns meses bem desanimada, até porque foi por uma diferença de 0,05... mas passado todo este tempo, conhecido todas as pessoas que conheci, e tendo em conta que, pelo que me dizem, os cursos não são assim tão diferentes entre faculdades, não foi o pior resultado. De todo!

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  22. Gostei do post :) acho que todos nós te ficamos a conhecer melhor.
    beijinho

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  23. Olá Pipoca!!
    Acabei agora o 2º ano em Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa (Porto). Não me posso queixar de qualidade nem tão pouco de uma componente prática muita intensa no meu curso. Quantos aos professores, na sua maioria, são excelentes embora haja, como em todas as profissões, alguns professores que não são tão bons.

    No entanto, o curso contempla muitas áreas (jornalismo, publicidade, marketing, relações públicas, assessoria, tecnologias, fotografia, cinema) e isso, embora seja bom porque nos dá uma visão mais alargada de várias áreas, não nos especializa em nada. E claro, aqui entra o mestrado.

    E embora goste muito do meu curso cá, decidi fazer Erasmus. Não só pela experiência pessoal mas também para aprender mais sobre jornalismo (para onde eu vou o curso é jornalismo).

    Mas concordo contigo quanto a trabalho nesta área. Espero não me desiludir tal como tu e, caso aconteça, esperar ter um suporte nessa área.

    PARABÉNS pelo blog!! Sou fã :)

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  24. Fiquei bastante decepcionada com esta visão do mundo de Jornalismo. Cá estou eu a marrar Português, já que tenho um exame daqui a cinco dias para poder entrar em Ciência da Comunicação. Não é a minha prova de ingresso, mas continuando.

    Tenho uma perguntinha: haverá muita diferença entre faculdades? Se tudo correr bem, vou para a Católica para o curso de Ciências da Comunicação e Cultura. Quando fui ao dia aberto, uma das alunas admitiu que estava a adorar e que, ao contrário das outras faculdades, na Católica começavam a realizar trabalhos práticos logo no primeiro ano.

    O que achas, Pipoca?

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  25. Meus amores, Ciências da Comunicação não é Jornalismo. Se fosse Jornalismo chamava-se... Jornalismo. É claro que Ciências da Comunicação é teórico, então mas queriam que fosse o quê? Querem prática? Vão para Jornalismo, para Relações Públicas, para Marketing. Curso profissionalizantes. Querem teoria? Sigam tudo o que, dentro das Humanidades, começa com "Ciência(s)" ou tenha pelo menos 30% das cadeiras com a palavra "Teoria" no nome. Os cursos não são maus, mas é natural que indo ao engano, se acabe a pensar que o curso é uma bela treta onde não se aprende nada. Claro, não se aprendeu nada daquilo que se pretendia aprender. Quem procurou a vertente teórica da coisa, certamente ficou bem servido. A culpa é das úniversidades, que temem perder alunos ao explicitar as suas vertentes teóricas. Em Lisboa, para a área de Comunicação ligada ao Jornalismo, vejo duas grandes hipóteses: querem Jornalismo, querem a prática, metam-se a caminho da ESCS. Querem teoria, querem investigação, comunicação em geral, sigam para a Nova. Uma mistela de tudo isto, é no ISCSP. Está feito.

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  26. Bem tiras-te o mesmo curso que eu estou a tirar (embora em universidades diferentes) e as tuas palavras podiam bem ser as minhas: curso muito vago, pouco prático, não deixa nos preparados para trabalhar e cadeiras... enfim cadeiras que nada têm a ver com jornalismo e servem só para encher as chouriças e ocupar a rapaziada que anda lá a pagar propinas. É impressionante como isto não é de agora, porque juro que pensava que antigamente as coisas eram mais a sério e aprendia-se realmente uma profissão nas universidades portuguesas. Mas tambem te digo outra coisa, há universidades e universidades. Uma amiga minha está a tirar o mesmo curso (CC) na UP, enquanto que eu estou na UBI, e afirmo que os cursos têm pouquissimas parecensas! Uma ou outra cadeira que têm o mesmo nome mas o resto é tudo tão diferente que nem parece que estamos ambas a estudar Ciências da Comunicação.

    Continuação de bom trabalho

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  27. Aliás, Comunicação Social e Cultural.

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  28. Olá Pipoca.

    Estou a terminar agora o 12ºano. Já há alguns meses que ando a pensar no que hei-de seguir mas tenho algumas dúvidas. No entanto no topo da minha lista, encontra-se o curso de marketing. Gostaria de não me arrepender da minha escolha. Por isso peço, que se tiveres disponibilidade, me possas dar uma opinião sobre esta área ou aconselhar-me outras.

    Beijinhos e parabéns pelo teu excelente blog.

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  29. Este comentário foi removido pelo autor.

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  30. Ufa! Não sou só eu que tenho imensas dúvidas em termos profissionais. Eu tirei o curso de psicologia e, embora, goste, a razão que inicialmente me levou a ser psicóloga clínica desapareceu. Entretanto estou a morar na Escócia e aprendi que sei e gosto de fazer outras coisas. Estou bastante confusa que rumo tomar, mas sabe bem (se calhar não se é suposto dizer isto) ter conhecimento de outras pessoas que partilham a mesma confusão. Tirei o curso no ISPA e também senti que não aprendi muito... se calhar é mal geral. Enfim! Boa sorte para o resto do teu percurso, seja ele qual for, aqui estamos nós.

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  31. è bem verdade pipoca. Também eu tirei comunicação, com especialização em assessoria de imprensa, e hoje, 5 anos passados me pergunto: mas que raio aprendi lá??? Nada, aprendi e aprendo no meu trabalho.

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  32. ai se me tivessem dito isso em 98 quando entrei para a escola Superior de Jornalismo no Porto... provavelmente tinha sido teimosa e ia à mesma, mas de facto se soubesse o que sei hoje... Subscrevo totalmente o que disseste e parabéns pelo blog

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  33. Olá pipoquita!

    O post foi, sem dúvida, realista! Retrata todos os senãos de quem se "mete" num curso de comunicação. Ora bem, eu daqui a umas 3 semanas espero estar licenciada, nem mais nem menos, em ciências da comunicação, vertente jornalismo, pela universidade Lusófona de Lisboa.Lá está , o primeiro ano, é levar com cadeiras que não interessam niente. A partir daí, o meu já foi bem mais prático,o que tornou as coisas bem mais interessantes.Sendo eu uma vítima de bolonha, não tive inglês ou qualquer tipo de lingua estrangeira,ou seja, uma vergonha!Para melhorar o meu inglês tive que recorrer ao Cambridge e ainda me pus a aprender espanhol.E sim, saimos do curso com zero conhecimentos à seria de jornalismo.No estágio, é que vao iniciar o vosso curso a sério!Propostas de estágio profissional( a ganhar), emprego e estc..? uma merda!
    Por isso,vou fzr o que já vi k mt gente por aqui tb optou por fzr, mestrado na area de marketing e R.P. E,mesmo assim...nessa área,é como 7 cães a um osso! Em suma, que quiser ir para esta área, muita paciência e muito gosto pelo que fazem e já levam muita informação, em relação às perspectivas futuras!
    Boa sorte ;)

    http://lyricsless.blogspot.com/

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  34. Bem, isto está mal! Os professores recomendam vivamente que ninguém tire curso de ensino porque arrisca-se a ficar em casa a ver TV, os jornalistas que o seu curso não é grande coisa, e tenho a certeza que ainda existe uma mão cheia de curso que também não dão perspectivas nenhumas. Afinal o que é que uma pessoa pode tirar, para além de engenheria? É que quase tudo é curso de engenheiro e direito também já não rende pois há-os à carradas.
    Uma pessoa que ainda está no secundário, fica confusa...

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  35. Pelos visto não é só na UCP que o curso é teórico, repetitivo e com cadeiras que não servem de muito. É mais cultura geral que outra coisa.

    A um mês do fim do curso ando um bocado às aranhas com o que vou fazer a seguir... Mas com o tempo isto vai lá (espero!)

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  36. Minha cara Chloe nem a engenharia já é o que era. Palavras de uma futura Engenheira que vê os se seus colegas que já acabaram no desemprego.

    Medicina se se quer ter emprego, o resto é conversa.

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  37. Eu sempre gostei de jornalismo, mas nunca tive paciência para estudar e tive de começar a trabalhar com 16 anos, então foi sempre a descambar!!!
    Mas, admiro o teu empenho e a tua coragem! Surge uma pontinha de inveja (saudável, nada de maldade) porque era o que queria ter feito!
    Espero que consigas atingir os teus objectivos e nunca desista de fazer e procurar aquilo que te dá prazer. Pior do que um curso secante e parecer que perdemos tempo, é ficar a pensar que podiamos ter feito! (pareço uma velha a falar)
    Felicidades!!!

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  38. Descriçao da FCSH... perfeeeeeiiita! So de pensar em Semioticas e Logicas e afins. Aquela faculdade devia ser demolida, era um serviço a comunidade.

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  39. Concordo com tudo! Temos um percurso muito semelhante, à excepção daquela coisa insignificante que é já teres trabalhado em montes de sítios e eu não.

    Acabei o secundário em 2005 com média de 16 e nas opções pus... um curso de uma universidade apenas: Jornalismo e CC na Universidade do Porto. A última pessoa a entrar tinha 15,8, por isso arrisquei um bocadinho, mas lá me safei. Sempre achei que me safava a tudo. Até ter acabado o curso e perceber que não safava um emprego (pago, que para ser eu a pagar para trabalhar não havia falta de oferta). Por isso aconselho toda a gente a pensar muito na vidinha, porque é muito bonito pensar "ahh mas eu quero ser feliz e vou estudar aquilo que quero. Certo, a pessoa é feliz durante 3 anos e depois acaba a trabalhar em promoções de supermercados, call centers, shoppings e tudo aquilo que não tem a ver com jornalismo, porque o jornalismo está cheio e é extremamente precário e mal pago para quem quer começar (e não só...).

    O curso na Universidade do Porto é muito prático, se tivesse de aconselhar uma Universidade, era essa. Ainda por cima temos os nossos meios de comunicação e podemos ter contacto com o trabalho logo desde o 1º ano se quisermos. No fim o meu estágio foi no JN Online.

    Mas como também acho que o jornalismo realmente é muito geral, lá me mudei eu para Lisboa para fazer um mestrado em Relações Internacionais. Pensei em comunicação e RP mas é um mundo que não me diz nada, pelo que achei que ir para uma área que ainda tem mais desemprego do que jornalismo era uma boa opção. Porque, claro "eu safo-me sempre"...

    Estou agora a acabar o 1º ano e arranjei um estágio num site de agenda cultural cujo nome não vale a pena dizer, mas que começa em 'Vou' e acaba em 'Sair'. Se no fim não ficarem comigo paciência. Vou mandar o currículo para a Time Out e pedinchar muito e dizer que compro todas as quartas-feiras (por acaso esta parte é verdade) lol.

    Ah, e também fiz Erasmus em Itália. Foram os 6 meses mais lindos da minha vida no país mais bonito do mundo. Estou a ver que agora só me falta começar a escrever em condições no meu blogue e a seguir o mundo será meu :P

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  40. Para desfazer algumas dúvidas que li aqui gostava de dizer que de facto Ciências da Comunicação não é jornalismo mas contém jornalismo. Ciências da Comunicação inclui outras áreas como o marketing, a publicidade, as relações públicas, multimédia, etc.

    Não conheço a fundo a realidade nas outras faculdades mas na minha (Universidade Fernando Pessoa) o curso é mais prático do que teórico. E logo no 1ºano, os alunos têm acesso a laboratórios (TV, rádio, imprensa, multimédia e a agência de comunicação da universidade)onde podem realizar não só trabalhos para as cadeiras mas também trabalhos que não se insiram propriamente em nenhuma cadeira. Pode até parecer que estou a 'idolatrar' a minha universidade mas de facto, é isto que acontece.

    Quanto à minha experiência pessoal, posso dizer que acabei o secundário com média de 16 e sempre gostei de jornalismo. Entrei na pública em Coimbra em jornalismo mas depois comecei a pensar e optei por ir para a UFP. Não só porque a nível económico iria dar ao mesmo porque se fosse para Coimbra tinha que pagar casa e todas essas coisas, mas também porque na UFP o curso daria-me uma panóplia de áreas além do jornalismo e que, deste ponto de vista, poderá ser mais seguro.

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  41. Bem, como finalista do Curso de Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, e não no ramo do jornalismo - Publicidade e Relações Públicas - tenho a dizer que percebo a tua frustração de ser 'licenciada em coisa nenhuma'. Contudo, também não me parece que estivesses melhor em Direito (área cada vez mais lotada) ou em RI (que, a meu ver, é tão específica e profissionalizante como CC, ou menos ainda!). Economia sim, foi uma opção que não considerei à 3 anos atrás, e hoje arrependo-me (até porque eu segui a área das Ciências no Secundário, tinha bases matemáticas para isso, acho eu).

    Abc.

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  42. Pipoca, também andei na Nova onde tirei Ciências da Comunicação. O curso: Um tédio, uma desilusão para quem teve médias tão altas. Semiótica, Linguagem para as Humanidades, urgh!!! Salve-se o Erasmus em Madrid que, é claro, adorei. Curso terminado, o jornalismo foi outra grande cabeçada na parede (até porque o curso não nos prepara grande coisa). Mas ainda não desisti, apesar de me estar a dedicar uma pós-graduação na área do marketing e estar prestes a embarcar num mestrado em relações públicas. Hoje em dia trabalho num orgão de comunicação online, mas sinceramente ainda não sei se é isto (o jornalismo, entenda-se) que me vai preencher a vida toda.

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  43. Pior que a Nova, só o ISCSP (que tem o curso mais antigo de Comunicação, e bota antigo nisso!), credo...aí é que morrias Pipoca :)

    Crianças, querem ser jornalistas? Acabem o 12º e comecem a trabalhar. Não se enterrem aos 18 anos numa universidade. É o maior erro. Cenjor é bom, mas o melhor é Cenjor e trabalho. Seja em jornalismo, seja no que for. Aí é que realmente se aprende.
    Se mais tarde, pelos 27, 28 anitos, sentirem falta de algo que vos encha a mente, tirem um bendito de um curso, mas à noite, enquanto trabalham.
    A universidade aos 18 anos é boa para quem quer ser médico ou advogado. Para tudo o resto, não é necessária.

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  44. Também eu, se soubesse o que sei hoje, teria optado por um curso mais específico. Não, não sou de jornalismo, mas de um curso que é tão geral tão geral que não é de coisa nenhuma. Terminei-o há 5 anos e tenho trabalhado sempre, mas nunca na minha área. Quero dizer, sempre sempre não: vou recomeçar a trabalhar agora, no dia em que cumpro 1 ano e 15 dias de desemprego (boring!).

    Por que é que temos de decidir uma área de formação aos 14 anos, do 9º para o 10º ano? Sabemos lá nós o que queremos da vida nessa altura! Eu fui para letras e abandonei os números, convicta de que, felizmente, nunca mais teríamos de nos cruzar. Enganei-me redondamente. Claro que se fosse hoje elegia a matemática.

    Ah e tal o que interessa é estudar o que se gosta… Não. Pode ser mais fácil estudar o que se gosta, mas o resultado pode ser um grande flop.

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  45. Olá!

    Achei muito interessante o texto que escreveste! O meu irmão é jornalista, trabalha no DN, mas ele não se arrepende do curso que tirou. Ele tirou na Universidade do Minho, Braga, curso de 5 anos. Mas saiu com uma formação óptima!
    Muito sinceramente eu começo a achar que as faculdades de Lisboa estão a perder a qualidade de formação. Eu estudei na Ese de Lisboa, curso de Ensino Básico, e ao fim de 4 anos percebi que não aprendi a ser professora, e muitas das disciplinas que tive não tiveram qualquer utilidade. Recordo-me de um professor de História, no 1º ano de faculdade, que nos disse "vocês aqui nunca vão aprender a ser professores, nem vão aprender a leccionar", é um facto, nós ali não aprendemos a ser professores, é a prática que nos ensina tudo isso! Eu posso leccionar no 1ºCiclo, e nunca tive nenhuma disciplina que ensinasse qual o melhor método para ensinar os meninos a ler e a escrever. Foi tudo muito teórico e pouco prático, a nível de disciplinas!

    E pronto desculpa o testamento, conheço o teu blog a pouco tempo e hoje lendo isto não resisti em comentar!

    Beijinhos

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  46. Tal como tu o meu sonho tambem era frequentar a FCSH nesse mesmo curso, mas felizmente não entrei :D hoje estou a tirar Relações Públicas e Comunicação Empresarial na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, e foi a melhor coisa que me aconteceu! Ao contrário do que tenho visto nos comentários que por aqui se vão fazendo, o meu curso é super prático!! Aprendemos a fazer de tudo, temos muito mais cadeiras práticas, que dão de facto muito trabalho a fazer, mas que também são óptimas recompensas para o futuro profissional. Neste momento já ando a pensar em vários mestrados porque quero consolidar tudo aquilo que tnho aprendido, e nunca é demais para o currículo.. :)

    Hoje em dia quando oiço as pessoas falarem com algum altruísmo de andarem ou terem andado na Nova, só penso que é pena que não conheçam o mercado.. Porque nem sempre o facto de ser conceituada abre portas, não é por se andar na melhor faculdade do país que se sabe mais ou se é mais profissional, e isso é algo que muitos ainda desconhecem, e é por isso que não conheço uma única pessoa que goste do curso de CC na FCSH, mas que continuam pelo "Prestígio" e pela (desculpem-me a expressão mas..) cagança das médias..

    De qualquer forma, tens um percurso invejável e espero que isso te permita ter muito sucesso! Gostava de saber mais sobre essa pós-graduação que fizeste, na área que estudo actualmente.. Se poderes conta melhor aqui no blog como foi essa experiência :$

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  47. Também eu andei em CC na Nova, mas uns anos antes (1995/99) e já na época as perspectivas de emprego não eram muitas nem boas.
    O curso é de Ciências da Comunicação ou seja, são ciências e não jornalismo... Mas depois podíamos especializar-nos em Jornalismo ou noutra área. Apenas na especilização as disciplinas eram práticas. O balanço, apesar das semiologias, semióticas, pragmáticas, cálculos lógicos e afins, foi muito positivo. Os profs eram os primeiros a dizer que aquele curso não nos ensinava a ser jornalistas, mas que nos dava bagagem cultural ampla e nos ensinava a pensar.
    Fiz estágio e trabalhei como jornalista durante 3 anos. O que aprendi no curso serviu como iniciação à prática jornalística, mas a verdadeira aprendizagem fi-la nas redacções.
    Posso dizer que os empregos que tive como jornalista nunca resultaram de anúncios de jornal/internet, mas sempre de conhecimentos: alguém ouviu dizer que é preciso alghuém ou um estagiário num local qualquer. Ou seja, uma pessoa tem de se mexer, de fazer contactos, de se mostrar, de perder a timidez e a vergonha e ir directamente aos locais entregar CV's e pedir para falar com os responsáveis. Até porque um jornalista não pode ser tímido...
    Se aconselhava alguém a ir para jornalismo? Depende. Amo o jornalismo de paixão, mas não estava disposta a uma vida precária, com salários mesmo muito baixos, sem feriados, fins-de-semana, sem perspectivas de carreira, super-explorada em todos os sentidos, sempre na perspectiva de ficar sem emprego (sim, porque não se compram jornais em Portyfgal e porque a net só dá emprego a "meia dúzia").
    Por isso, quando alguém me diz que quer muito estudar uma coisa porque só gosta daquilo, a minha resposta é: não temos só uma vocação, temos várias, temos é de as descobrir!
    Pipoca, tiveste sorte por teres tido sempre trabalho! Boa sorte e continua a escrever bem (e a lixar-te para os que te querem mal!!).

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  48. Lorena,

    tenho mesmo de te responder porque ando na católica em CSC e tenho GRANDE conhecimento de causa:

    essa rapariga que disse isso, provavelmente negociou com uns professores umas notas!

    os tais trabalhos práticos são recensões, fichas de leituras, trabalhos de história e ... hum... mais recensões, e mais fichas de leituras e portefólios!! como é que me podia esquecer dos tão queridos (deles-professores) portefólios. e pronto... depois tens um semestrezeco de rádio em que fazes umas gravaçõezitas e escreves umas notícias, em TCA (técnicas de comunicação audiovisual)fazes uma curta e fazes (ou fazias) um directo e uma apresentação de notícia (na sala de aula "normal") e tens fotografia... que aprendes a arte de revelar, que de nada te servirá a não ser se gostares muito de fotografia e mesmo assim, as noções que te irão dar, não vão servir assim de muito.

    A nível de organização do curso... esquece! é pura ilusão. tu escolhes as cadeiras, quando fazes, sem teres alguém que te aconselhe. Eu, por exemplo, no meu primeiro ano, fiz uma cadeira de 4º ano, com alunos do 4º ano. Quer isso dizer que a preparação em nada se comparava e como podes calcular, as notas das pessoas do 1º ano foram um desastre!

    Por isso minha querida, pensa bem se queres mesmo que os teus pais gastem 300 e tal euros - quase 400! - por mês, num curso que não vale nada, com professores da treta e matéria que nem ao Menino Jesus interessa. CSC na católica, é só para fazer dinheiro. Que não foi investido em nós, não é investido em ti, e não será nos teus sucessores. Nem um estúdio de televisão há e os de rádio são miseráveis.o de fotografia dá para 8 pessoas, mas eles conseguem pôr 16!

    Poderia escrever aqui os maiores escândalos da católica, mas vou esperar por receber o meu certificado de habilitações, não vá um qualquer professor (aponta nomes - Rogério Santos, Carlos Capucho, Nelson Ribeiro e companhia) lerem isto. Mas posso-te já dizer que se optares mesmo pela católica, finalizado o teu cursinho, o mais provável é PAGARES PARA ESTAGIAR! é uma verdade...

    e pronto, aqui tens uma opinião de alguém que não diz umas palavrinhas só porque fica bem, mas sim a realidade. e como a minha, é a de 90% das pessoas que lá andam ou andaram.

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  49. Pipoca

    Fomos "colegas". Acabei o mesmo curso que tu há 3 anos e sei bem do que falas quanto ao "aprender a escrever grandes reportagens"; mas valeu tudo a pena e confirmo que é o melhor curso de comunicação. Aturar Braganças de Miranda e afins não é pêra doce, mas consegue-se. Dá-nos estaleca para aturar bosses chatos.
    Tirei as especializações em Jornalismo e Com. Inst.
    Tudo de bom!

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  50. Gostei deste post :)

    Sempre soube que queria a área de Humanidades - precisamente porque aquilo que amo fazer é escrever. Mas como da escrita é raro se conseguir viver... pensei noutra área. E escolhi Comunicação, sempre com o intuito de seguir Jornalismo. Meio por acidente, à ultima hora optei ir para a Católica e hoje sinto que foi o melhor não ter ido para a Nova. Já ouvi inúmeras queixas de o curso ser demasiado teórico - o da UCP também o consegue ser, especialmente com a reestruturação de Bolonha. Só que, se bem aproveitadinho, é muito mais do que cultura geral. Há é que saber espremer os limões para ter uma boa limonada ;)

    Como cereja no topo do bolo, o curso não se foca apenas no Jornalismo, pelo que me abriu novos horizontes: tenho umas luzes de Marketing, de RP, de Comunicação Organizacional. E, por isso tudo, decidi investir num Mestrado em Gestão, na Nova de Economia. Sempre a explorar outros interesses!

    Com isto tudo... tenho a dizer que tudo o que dizes é verdade - em especial que, em termos práticos, mais vale um curso do Cenjor do que muitas das cadeiras que se fazem em Faculdade. Continuo a achar que a cultura geral e o ensinamento teórico que nos passam é essencial para a nossa formação - mas haja equilíbrio e não se desdenhe a vertente prática, porque senão o que mostramos ao chegar ao primeiro emprego?

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  51. E eu que gostava tanto de ter tirado um curso de jornalismo... LOL... Boa dica aquela do Cenjor... quem sabe um dia não me meto por aí mesmo...

    Beijos

    Rita

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  52. Confesso que ultimamente tenho lido os teus post's e até me têm arrancado algumas gargalhadas.
    Neste em particular, tinha que comentar, afinal tirei Jornalismo na ESCS há, precisamente, um ano. Lá, prática foi o que não faltou (ao contrário da Nova), mas, mesmo assim, quando vemos a realidade jornalísticas sentimos sempre que ainda sabemos muito pouco.
    Concordo muito com o teu último parágrafo: tirem uma Licenciatura numa área mais específica e depois vão fazer uns cursos no CENJOR. Assim, as garantias de trabalho são maiores e melhores.
    Após um estágio com ajudas de custo e outro onde não ganhei nada (os dois juntos fizeram um total de 6 meses), lá consegui arranjar um contrato no núcleo de comunicação e imagem do último sítio onde estagiei :)


    P.S. - já vi que anda por aqui muito pessoal Escsiano ;)

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  53. Ola Pipoca
    eu devo ser a excepção á regra! Tirei comunicação na Católica e por acaso adorei! Não é nada do que estamos á espera. O primeiro ano parece uma desilusão porque parece que não aprendemos nada do que deviamos. Não há aulas que nos ensinem a escrever bem ou que puxem pela nossa escrita livre ou jornalistica. È um curso muito teorico mas sempre achei as matérias super interessantes. Talvez porque temos possibilidade de escolher umas tantas opcionais. Para alem disso temos sempre 1cadeira de ingles e uma 2a lingua á escolha. Acho que na nova não é assim!
    Já o mestrado é um terror! Estou praticamente a repetir tudo o que já tinha dado até agora. È um gasto de tempo e dinheiro! Por isso aconselho os que puderem a tirarem sempre mestrados e pos graduações em áreas diferentes das que se licenciaram. Ficam com 1bagagem maior!

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  54. Ora bem, por onde começar?
    Não vou comentar a qualidade bastante dúbia do conteúdo deste blog, nem as restantes polémicas que pelos vistos têm envolvido a autora, dado que nunca tinha lido nada seu, até hoje.

    Como hoje passei por cá (apenas porque me falaram deste último post) não posso deixar de comentar que acho incrível alguém ponderar a escolha ou não de um curso, a partir daqui!
    Francamente só levem isto a sério, se se quiserem tornar a nova pseudo-carrie de Portugal!

    Digo isto porque quem quer realmente jornalismo, quem sempre quis, quem não se limitou a escolher o "menos chato", "até porque as opções já eram poucas", quem realmente sabe o que quer da vida não vai em tretas,vai à luta!
    *

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  55. Eu, que estou a terminar a licenciatura em Comunicação Empresarial, sinto-me completamente perdida, como bem disses-te licenciei-me em coisa nenhuma. E sim, também levei com a semiótica, com teorias da argumentação e outras coisas mais que no final não têm utilidade nenhuma, só para terem uma ideia, no final do último semestre do curso é que tive uma professora que se lembrou de nos perguntar se alguém nos tinha ensinado a escrever um press release e para espanto dela a resposta foi NÃO! Se eu me tinha deixado estar no primeiro curso onde entrei é que tinha sido inteligente!

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  56. Pipoca,

    Como te entendo! O percurso é parecidíssimo, incluindo os testes psicotécnicos, a entrada na FCSH, a desilusão geral, e a continuação de estudos com um mestrado em Marketing Management (no meu caso na Bélgica, que nuestros hermanos não me dizem nada).

    O mais válido daquilo que dizes é a sensação de que não aprendi nada. Nem é a falta de componente prática, que isso é mais ou menos irrelevante na minha perspectiva (pessoal, pequenina e específica). É mesmo o olhar p trás e pensar - aprendi filosofia?? heh... aprendi história? nem por isso... economia? pouco, pouquinho. técnicas de jornalismo? quase nada. Espreme-se alguma coisita específica?? nem por isso... Qd vejo outros amigos que tiraram curso do quais se pode, gabar de um tipo de conhecimento, sinto que passei 4 anos a perder tempo em futilidades (hahaha, a famosa e absurda semiótica!) que não me serviram de nada e tb já n vão servir.

    Mil vezes preferia ter tirado uma coisa em que me tivesse "especializado" - história, engenharia, biologia, economia.

    Já tenho o meu olhito em mais um mestrado, desta feita nos states e numa área completamente diferente.

    Aqui fica o meu conselho - se querem ser jornalistas, tirem um curso de conhecimento (quem diz história, diz direito, diz outra coisa qquer) e depois atirem-lhe umas técnicas de jornalismo em cima, do cenjor como a pipoca diz. Se querem ser marketeers ou relações públicas, tirem gestão e aprendam o resto no mercado de trabalho. Se querem cinema, fujam do país já. E se querem a parte de cultura, então força! boa sorte com isso. : )

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  57. Oi :-)
    estou a acabar o 12 ano e quero seguir comunicação social, jornalismo..
    QUAL A MELHOR UNIVERSIDADE PARA O FAZER?
    OBRIGADA kiss :-)*

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  58. Lorena,

    Também tenho de te responder. Na minha perspectiva, a única solução para Jornalismo em Lisboa é a Escola Superior de Comunicação Social. Informa-te mas só para dar uma ideia, eles têm um programa de televisão que passa na 2, um de rádio, um jornal e uma revista (q saem em suplementos de grandes jornais)
    A Univ Beira Interior e Minho tb são referencias

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    1. São? Estava a pensar em candidatar-me em Relações Internacionais e em CC na Beira Interior, devi a minha media ser insuficiente para ir para a Nova.

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  59. Acabo o curso de ciências da Comunicação na FCSH na Nova em Setembro (tenho 3 cadeiras em atraso).

    Apesar de concordar com algumas coisas da Pipoca, penso que o essencial não foi dito.

    Eu entrei em Novembro de 2009 para a FCSH (foi o último colocado da terceira fase).


    O ambiente entre colegas tirando algumas excepções é mau, muitos grupinhos, muito individualismo e pessoas que apesar de exceelentes notas que tem, tem uma visão limitada...

    No segundo ano começei a estagiar e praticamente não fui as aulas. Nos últimos dois anos foi mais-ou-menos a 20 aulas, cerca de 10 aulas por ano, 5 por semestre.

    Fiz cadeiras com 15 e 16 sem por os pés nas aulas, conhecendo os professores só no dia da frequência.

    Basta-me tirar 13 nas cadeiras que tenho em atraso para ficar com média de 14.

    O que dada a minha assiduidade considero-me feliz...

    Vou tentar resumir aquilo que aprendi.

    Não indo praticamente a aulas nenhumas, desenvolvi o meu método de estudo com uma enorme autonomia. Tentar estudar, perceber as coisas por mim próprio, contextualizá-las à minha maneira.

    Nas cadeiras em que estudava 3/4 dias antes os resultados foram bastantes bons, nas outras nem por isso mas safei-me sempre.

    Hoje, findo estes 3 anos considero que evolui intelectualmente a um nível que julga inimaginável. Hoje questiona a realidade, vejo em toda a teoria que aprendi um exemplo prático da minha vida. Fundamentalmente o curso ajudou-me a saber comunicar melhor (numa linguagem teórica) e sobretudo a pensar melhor. A pensar sobre o papel do homem na sociedade, sobre as transformações da comunicação e a perspectivar o futuro.
    Hoje considero-me muito mais capaz de me relacionar com os outros e de saber aproveitar as oportunidades.
    É para isto que serve o curso de ciências da comunicação. Para nos ajudar a ter ideias, sedimentar ideais e criar projectos, estimulando a criatividade em nós.

    O jornalismo é uma coisa completamente diferente. No jornalismo não exsite tempo para aprender nada e muito menos para reflectir. O tempo e as necessidades do jornalismo são curtas e o jornalista é por isso um profissional de acção e não pensamento, questionamento ou reflexão.

    Por isso para quem quer ser jornalista evidentemente que vai detestar o curso, muitas vezes porque não tem nível intelectual para perceber a teoria que recebe...

    Quem precisar de mais esclarecimentos, pode deixar o contacto neste espaço que eu tenho toda a disponibilidade em ajudar.

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  60. olá pipoca :) qual é que achas que é a faculdade mais conceituada de jornalismo, neste momento (públicas e privadas)?

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  61. Olá pipoca :) Tenho 17 anos e já falta pouco para acabar o 12º, estou no curso de Línguas e Humanidades. Bom, jornalismo é o meu sonho desde pequena. E a verdade é que a área onde estou já não me proporciona muitas escolhas, dado a empregabilidade dos dias de hoje. Pelos post's que metes sobre jornalismo, o ideal era mesmo não seguir esta área, mas eu adoro a área de comunicação e era mesmo o que eu queria. Se seguir o curso de jornalismo, quero tirar na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa. O que me aconselhas?

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  62. Gostei muito de ler este post, assim como sigo o teu blog, com dicas fantasticas. Sou um daquelas casos meio louca ahah sou licenciada em contabilidade e finanças, porque sempre me disseram que tinha muita saida e bla bla, enfim, acabei no ano de 2011, que foi quando esta crise estourou, e o envio de cv foi praticamente o meu trabalho desde então e é provavel, que me empregue numa area completamente oposta a minha, mas continuando... a minha paixão como a tua, sempre foi a escrita, apesar de ter ido para outra area, o bichinho permanece cá... e então, pensei atirar-me num novo curso, e gostei do que vi da Nova, apesar de agora ter ficado reticente com o teu discurso. Não sei se na tua epoca era assim ou não, mas agora, existe o percurso de jornalismo, com ateliers, que parece interessante... gostava de saber se na tua altura todo o curso foi leccionado em portugues, porque apesar de gostar muito da area, ingles, não é muito o meu forte (maluca outra vez), gosto mais de espanhol, mesmo sabendo que sem ingles nao se vai a lado nenhum, preferia não ser avaliada nessa cadeira, não fosse correr o risco de ficar lá eternamente... e quando falas da CENJOR, não se deve tirar antes uma area relacionada e depois ir para lá, ou mesmo eu, formada em contabilidade posso entrar? E do quê que se trata a semiotica lol O que me aconselhas a fazer? Felicidades para o teu blog

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  63. Li com muita atenção este post e devo concordar com alguns factos que referes.O jornalismo não é e nunca será uma profissão fácil.Recordo que muitos jornalistas tiveram um duro percurso antes de estarem ligados a qualquer orgão de Cs conhecido.Ás vezes é o tempo e o factor sorte que ditam a entrada neste mundo.
    Tirei uma licenciatura em comunicação social e pelo menos o meu curso incentivou-me sempre a procurar novas soluções.É verdade que a oferta de trabalho escasseia e que pagam muito mal nesta campo...(e existe um certo aproveitamento dos jovens licenciados)mas é um curso que pode abrir caminho a outras áreas sem ser necessariamente o jornalismo puro e duro. O marketing (digital),assessoria, rps,audiovisual,fotografia...
    Também identifiquei-me contigo em certos aspectos.Não acho que seja uma profissão 100% segura e isso pesa quando penso no que quero fazer realmente na vida,principalmente sendo mulher com "responsabilidades futuras".Também fiz o meu estágio na antena1,até queria passar pela antena3 mas não consegui tive pena.Os primeiros tempos acho que nunca são fáceis mas isso em qualquer profissão,acho que nunca devemos parar por isso,caso contrário estamos "mortos".
    Felicidades.

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  64. Boa Noite a todos.
    Estou a acabar o 12º ano no curso de ciências, e o meu sonho é passar a vida a escrever... Só que a cena é que para ser jornalista preciso da média de 16, e a minha média é um pobre 14. Estive a ver e posso seguir ciências da comunicação na UTAD em Vila Real. Acham que devo seguir? Ou que é uma péssima ideia?

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    1. É um bico de dois gumes. Por um lado posso garantir que em universidades com pouca reputação por vezes encontram-se planos curriculares fantásticos, superiores até às faculdades bem cotadas e com estúdios montados. Agora, o mercado de trabalho infelizmente não vai ver isso - ele olha para o NOME da faculdade onde o aluno se licenciou, como se esta fosse um farol, uma garantia de qualidade - o que por vezes não é. No fundo se tiver talento e saber se "mexer", pouco importa onde se vai formar e a média com que o faz. Mas infelizmente é o percurso mais duro e com menos garantias, pois cada vez mais para entrar em qualquer lugar conta bastante a REPUTAÇÃO da instituição de ensino frequentada e o NÚMERO anexado numa folha de papel que indica a média final de nota. (Como isso ainda me revolta).

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  65. Querida Pipoca,

    Frequento Ciências da Comunicação na Nova e vim aqui parar, porque tenho uma amiga que quer jornalismo e anda super indecisa. Eu já tinha lido a tua publicação antes de entrar no meu curso e felizmente não me dissuadiu. Passo a explicar. Embora concorde que é um curso bastante teórico, penso que quem se desilude é quem entra apenas pelo prestígio e com uma ideia muito romântico acerca do curso. A faculdade não é uma redação nem é um estúdio de televisão. No primeiro ano é teoria atrás de teoria. Sim, também tive a fase de me apetecer bater violentamente com a cabeça na parede, no chão, nas mesas, em todos os sítios possíveis e imaginários. Mas foi isso, apenas uma fase. Houve quem desistisse no primeiro semestre, a meio ou no fim, e quem desistisse no segundo. Alguns não foram para lado nenhum outros foram para Jornalismo ou CC noutras faculdades e outros para outros cursos. Eu cheguei ao fim do primeiro ano, com uma média de 14. Espero não acabar o curso com essa média, acrescento, gostava de ter um bocadinho mais, se fosse possível. Mas estava a dizer que cheguei ao fim, cansada, mas contente. A FCSH é agora a minha casa. Tenho muito orgulho nela. Tenho orgulho no meu curso e gosto das pessoas que me acompanham. Não de todas obviamente, porque asquerosos há em todo o lado, assim como os tais cromos que nomeaste. Na verdade, cromos até nem há muitos, porque os que há eu mal os conheço. O espiríto competitivo no meu ano é quase nulo. Temos um grupo onde partilhamos apontamentos, frequências, exames, dúvidas e pânico. Há pessoas a digitalizar apontamentos de propósito ou a passá-los para o computador. Há pessoas que fazem resumos da matéria por todos. Já não há Lógica para as Humanidades ou Teoria do Texto. A semiótica continua indestrutível. Odiei, depois comecei a perceber e acabei a gostar da cadeira. As que mais me custaram fazer foram Teoria da Imagem e da Representação, Economia e Métodos. A primeira porque não meti os pés na maioria das aulas. As outras duas porque têm vestígios de matemática e eu fico logo aterrorizada. À parte isso, adorei História do Media, muito provavelmente a melhor cadeira do ano, Teoria da Comunicação, Teoria da Notícia e Comunicação e Ciências Sociais. O segundo semestre já foi mais para o depressivo. Mas nunca me senti prestes a desistir. Nunca achei que estou no sítio errado. Talvez porque sei que é isto que quero e porque escrevo no Espalha Factos e portanto ambiente de redação já conheço, ainda que seja uma redação digital, e também já entrevistei, já fotografei e já escrevi artigos próprios, além das noticiazecas. Depende tudo de como encaramos os desafios e o que fazemos para além da faculdade. A faculdade é para nos dar "massa", espírito crítico, ajudar-nos a descobrir o que gostamos e o que nem por isso, a experimentar, a trabalhar mesmo quando não nos apetece, a colaborar com quem for preciso. A prática aprendemos onde podermos: no CENJOR, a escrever para o jornal da faculdade, da terrinha ou para o EF, a fazer voluntariado em eventos, a ir ao teatro e a fazer uma crítica num blogue qualquer, a escrever diários de bordo quando viajamos.
    Da minha parte, estou satisfeita com a Nova, com o curso e com o ambiente académico. Tenho pena que haja pessoas com má experiências, mas se fossemos todos iguais não tinha piada. A verdade é que quando gostamos tomamos o risco e seja o que for e o que vier. Estou grata por ter arriscado mesmo depois de ler a sua publicação. Estou grata de a poder ler novamente e ter a oportunidade de dizer que afinal há possibilidade de ser feliz em CC na Nova. À parte isso, acho que tem um percurso admirável e que se calhar até foi o facto de não ter gostado do curso e ter querido experimentar trabalhar a sério que contribuiu para isso, para fazer muito, para aprender muito, para experimentar muito. De resto, parabéns pelo blogue.

    Felicidades.

    http://espalhafactos.com/author/raquel-silva

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  66. O optimismo é uma virtude... como a paciência. Terminei RP em 2000 e nunca estive desempregada sequer 1 dia, graças às cadeiras que não tinham nada a ver com a práctica das RP: Economia, gestão, métodos quantititativos e o diabo a 7. Logística, serviço ao cliente, finanças e contabilidade , não me posso queixar, até sou responsável por um departamento e tenho carro da empresa... Já que vamos tirar um curso que pode não dar trabalho ao menos que se divirtam durante 3 aninhos (o meu foram 4 e a trabalhar, obrigada amigas!!). E deixem lá o mestrado e a pós graduação, a não ser que queiram ir dar aulas para a faculdade.

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  67. Pipoca, não sei para onde estagiar!!!!!!! help me!!! :( estou a terminar o segundo ano e isto já me assombra. Estou em CC e já me assombra esta questão. Quero algo mais na parte audiovisual, onde possa por em prática a minha criatividade. por acaso no segundo ano existe alguma unidade curricular que nos esclareça e informe a cerca das empresas que existem ? beijinho

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  68. Boa noite, preciso de saber uma coisa... Uma pessoa que tenha acabado o secundario no curso de ciencias e tecnologias pode ir para uma escola de hotelaria e restauraçao sem estar a repetir anos?

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  69. Olá!
    Não sei como vim parar a este post, mas achei-o de alguma forma interessante e dei por mim a ler todos os comentários.
    Também sou licenciada em CC na Nova e com muito orgulho disso. Foi a minha primeira opção na candidatura ao ensino superior e entrei com média superior a 18. Segui a variante de Jornalismo e quando terminei os 3 anos do 1o ciclo, comecei por fazer um estágio de 6 meses não remunerado numa redação de televisão (de que não vale a pena citar o nome).
    Embora gostasse imenso da profissão de jornalista, ao longo do estágio fui-me apercebendo de que não queria essa vida para mim... Então decidi apostar mais na área da Comunicação Institucional e RP. Mesmo sem acabar o meu estágio, consegui ser seleccionada para trabalhar num gabinete do Governo e acabei por fazer em paralelo um Mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, sempre na Nova.
    Depois de 3 anos de trabalho em Lisboa, decidi ter uma experiência no estrangeiro e despedi-me. Sim, despedi-me de um emprego excelente, na minha área e com boas condições a todos os níveis. Muitas pessoas julgaram-me louca, poucas me compreenderam e algumas apoiaram-me! Mas eu sou daquelas pessoas que não vivem em função do que os outros pensam, por isso fiz as malas e parti sem emprego, sem garantias, sem dinheiro! Fui por minha conta à procura daquilo que mereço e do que sei que sou capaz.
    E posso dizer-vos que o início não foi fácil. Tive que aprender uma língua nova e agarrar-me a trabalhos pouco qualificados para assegurar a minha sobrevivência sem recorrer a ajudas dos meus pais. No prazo de um ano, estava de novo a trabalhar na área da Comunicação, num país que não é o meu, numa língua que nunca tinha sido a minha e sem qualquer tipo de favorecimento especial.
    Com isto, não quero dizer que foi tudo graças ao curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa! Foi sobretudo devido ao meu trabalho e ambição, mas não posso ignorar que esse curso me tem servido de excelente trampolim!

    Numa altura em que o que menos falta em Portugal são pessoas licenciadas nas mais diversas áreas, e tendo em conta todos os comentários que li a este post, eu gostaria de poder deixar aqui a minha humilde opinião: se gostam de Comunicação e é isso que gostariam de fazer na vida, sigam essa área (que por si só é muito vasta)! E se a escolha do curso já está feita, apostem numa instituição com prestígio que vos facilite mais tarde a entrada no activo. Para tal, só posso recomendar o curso de CC da Nova, que é o único que conheço de perto e que funcionou perfeitamente comigo. Sim, muitas vezes disse com orgulho que tirei o curso na Nova - qual é o problema, se é mesmo verdade e me esforcei para tal?! :)
    Convém relembrar que o curso de CC da Nova não é, nem nunca foi, um curso profissionalizante. Trata-te de uma formação universitária e como tal, a componente científica (aka teórica) é indispensável e fundamental. E a licenciatura é apenas uma base... Depois há que fazer especializações, mestrados e sobretudo trabalhar! Quem procura uma formação profissional de jornalismo, que faça uma escola vocacionada para isso, com as vantagens e desvantagens que lhe são associadas.

    Desejo-vos muito sucesso e coragem!

    O caminho faz-se caminhando...

    Andreia

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  70. olá! tenho uma questão a fazer-te que me tem andado a incomodar. na tua opinião consideras a lusofona um bom local para tirar uma licenciatura de comunicaão? falam me da escs mas muitos nem conhecem o nome, os que conhecem dizem que é muito prestigiada.
    gostava de ouvir a tua opinião.
    beijocas

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  71. Que rico espelho encontro aqui. Sinto me completamente vazia apesar de ter feito mestrado em património e turismo cultural. Mas vejo que isto deve ser efeito da licenciatura. Estou é numa situação daquelas. Estou a viver na Alemanha e não sei em que me focar para procurar emprego porque escrever em alemão é propriamente que na nossa língua depois não sei como explicar em que consiste o curso de ciências da comunicação isto é o fim e a minha frustração aumenta ainda mais...

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  72. Olá! Descobri hoje este post numas pesquisas que andava a fazer e gostava de saber a opinião de quem tiver conhecimento sobre a escola ETIC em Lisboa! Alguém já frequentou ou conhece alguém que por lá tenha andado? Em que trabalham agora? Eu tirei licenciatura em Economia no Porto, mas por vários empregos que tenho já passado e vai sempre dar ao mesmo: não me revejo, não gosto desta área e o bichinho da comunicação está sempre lá a chamar por mim. Daí achar que é altura de fazer algo prático quanto isso e parar de apenas sonhar acordada. Depois de uma pesquisa entre Porto e Lisboa e tirando as restrições de ou cursos em que têm como critério de entrada ser-se da área do jornalismo, ou são muito longos ou são diurnos (sim, isto porque para haver dinheiro para pagar o curso seja ele qual for vou ter de vergar a mola mais um tempito num qq trabalho na capital na minha rica área, antes de começar a trabalhar finalmente em algo porreiro!). Logo, e no meio disto, o curso de JORNALISMO E COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL // ANUAL no ETIC pareceu me uma boa opção mas antes de me atirar de cabeça queria algumas referências. Obrigada.

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  73. Olá Ana!
    Fui tua colega de turma... sim, da mesma turma.
    Tivemos aulas de semiótica com o "Monge excomungado", aulas de cultura contemporânea com o já falecido prof. "bolinha semiótica", muito rimos com o professor de direito "Gigi", super querido; sofremos com a Teoria do Texto da "Babosa", e tivemos aquele professor que dizia "prontos, prontos, prontos"...
    Enfim... Até gostei! De algumas cadeiras: Produção jornalística; jornalismo televisivo, as aulas do orelhinhas (ele até levou o Carlos Fino à aula, lembras-te?); realização televisiva; Guionismo com o professor "essa foi a pergunta mais estúpida que eu já ouvi"; Média Interactivos, etc...
    Aprendi muito com o curso. Ainda hoje utilizo diariamente esses ensinamentos na minha prática profissional.
    Fui também tua colega na Capital... entrei no jornal seis meses antes daquilo falir (juro que não tive culpa!!!). Pouco nos cruzámos por lá, eu estava noutro andar.
    Este ano, vinte anos depois, vou voltar à nossa faculdade. Um misto de ansiedade e entusiasmo... Wish me luck.
    Beijinhos

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Teorias absolutamente espectaculares

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