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quarta-feira, março 31, 2010
Todas as manhãs, quando saio de casa, dou de caras com uma cigana que anda a ler a sina. Assim que a avisto agarro-me logo ao telemóvel, a fingir que estou a ter uma conversa da mais alta relevância, tipo com o primeiro ministro, ou acelero o passo para ver se ela não me vê. Esta manhã distraí-me e lá veio ela atrás de mim. "Ai, ó menina, tem uma cara tão linda, deixe-me lá ler-lhe a sina, deixe-me ver o futuro". E eu nada, um sorrisinho ao de leve, um abanar de cabeça em sinal de "não estou interessada, obrigadinha", e ala que se faz tarde. Não funcionou, por isso vá de me seguir. "Ai, ó menina, mas porque é que não pára? A cigana não lhe faz mal. Tem medo da cigana? A cigana não faz mal a ninguém. A cigana não rouba ninguém. É por ser cigana que não fala comigo? E mimimimimimimimimimi". Às tantas lá parei para lhe dizer que não, que não era por ser cigana, era só por não gostar nem acreditar naquelas coisas das sinas e afins. Irra, que ele há gente que quando lhes dá para apelar ao preconceito ninguém lhes tira aquilo da cabeça. Devia ter dito "não, não é por ser cigana, é por ser chata como a potassa!".

1 comentário:

  1. Ora eis uma realidade muito irritante! As pessoas acharem que não queremos nada com elas porque são pretas/ciganas/brasileiras ou o que seja.

    Não é por isso minha gente, nós não gostamos de pessoas chatas sejam elas de que raça ou credo sejam!

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Teorias absolutamente espectaculares

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