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terça-feira, março 23, 2010

Blog meu, blog meu, haverá comentador mais parvo do que o meu? #2

E eis chegado o dia da vossa rubrica favorita. Gostam muito, não gostam? Eu também, ao ponto de já ter criado um documento no word intitulado Comentários Idiotas. Ainda só leva uma página, mas tenho a certezinha que vai crescer num instante.

Pois bem, hoje decidi brindar-vos com DOIS comentários parvos! Dois logo assim de uma vez! A verdade é que são todos tão bons que depois uma pessoa tem alguma dificuldade em escolher. É uma chatice. Mas pronto, vamos lá começar.

"lol...percebes tanto de futebol como eu de lagares de azeite. De volta para a cozinha, que é o que fazes de melhor... imbecil. Não passas de uma cretina."-

Antes de mais nada, uma pessoa que responde pelo nome de Tó devia estar sossegada e não andar a espalhar parvoíces pelos blogs alheios, mas não. Ele chama-se Tó e não tem medo de o dizer. Pois, doce Tó, tenho más notícias para si. Eu nunca, em tempo algum, disse que percebia de futebol. Nem quero perceber. Eu quero é ver o Benfica ganhar, isso é que me dá alegrias. Agora saber a regra do 4-3-3 ou quantos milímetros faltam para o fora de jogo... sinceramente, estou-me nas tintas. Mas como o Tó parece ter demasiado tempo entre mãos, convido-o a passar os olhos pelos seis anos e tal de blog e descobrir quando é que eu disse que percebia de futebol. Não percebo. Agora uma grande pena é o Tó não perceber nada de lagares de azeite. Isso é que é uma maçada das grandes. O país estava a contar com o Tó, e o Tó desilude-nos desta maneira. Português que se preze tem uma tese de mestrado em lagares de azeite. E agora? Como é que o azeite Galo vai continuar a cantar desde 1919? Com gente assim não nos safamos, Tó!

Depois disto, o Tó manda-me de volta para a cozinha, que é o que faço melhor. A minha cozinha é bonita e confortável, que é, mas já estou como a Carrie: uso o forno para guardar camisolas. Infelizmente, o que faço melhor não é cozinhar. Eu gostava, Tó, a sério que sim, mas não nasci com esse dote, que fazer? Sim, eu sei, segundo a sua perspectiva troglodita, se sou mulher e não dou uso à cozinha, fogueira comigo. Estas mulheres moderninhas que não gostam de cozinhar, era corrê-las todas à pedrada. Grandes vacas.

Enfim, pequeno Tó, antes cretina que pré-histórica e usar argumentos que podiam ter alguma piada em 1937, mas que agora reflectem apenas o troll que há dentro de alguns homens. Afinal reformulo: pior que ser cretina, só mesmo chamar-me Tó. Yack.

E vamos ao segundo momento brilhante do dia. A propósito da wishlist de ontem, com roupa da Hoss Intropia, temos o seguinte comentário de uma... anónima (uau, surpreendente):

"minha querida, eu trabalho na loja em questão...isso é o quê? publicitar a marca e dizer o tamanho e tal para ver se a marca te ofereçe alguma coisa ?! vives das ofertas dos outros e depois andas por ai a pavonear-te, figurinha...."

Tratar outra mulher por "minha querida" está quase ao mesmo nível que responder pelo nome Tó (desculpem, não resisto, o Tó aqueceu-me o coraçãozinho). É logo começar bem. "Minha querida", em termos práticos, é o mesmo que dizer "oh, minha grande cabra". Quando me vêm com o "minha querida", já sei que atrás deve estar uma unhaca de gel e uma poupa com farripas. Mas pronto, este comentário levou-me à conclusão que há gente commuito pouco amor ao emprego. Em vez de esta anónima ficar contente por eu publicitar (GRATUITAMENTE) a marca que lhe dá de comer, vem para aqui queixar-se. Não lhe passa pela cabecita esvoaçante que estou a dar notoriedade à marca. Que mais gente a fica a conhecer. Que mais gente fica interessada. Que mais gente vai comprar. Que, se calhar, até vai ganhar mais umas quantas comissões. Sendo que, com este espírito, não deve vender nada. Estou mesmo a vê-la a dizer às clientes "mas vais levar isso para quê? Já viste a lontra que ficas dentro dessas calças? Pousa lá mas é isso aqui outra vez e vai antes à Helena Mirò, que aí é que há roupa para cachalotes como tu. Olhamesta!".

E depois, anónima de mi corazón, o que é que lhe afecta a si se a marca me decidir oferecer umas cuecas ou um guarda-roupa inteiro? Vão-lhe ao bolso? Cortam-lhe no salário? Tiram-lhe o subsídio de alimentação? Obrigam-na a trablhar mais horas para compensar as peças ofertadas? A resposta foi não a tudo? Então o que é que lhe interessa, minha boa amiga? Eu sei que trabalhar numa loja pode ser chato e a malta tende a ficar de mal com a vida, mas quer dizer... trabalha na Hoss, só pode ser uma alegria, um deleite para os olhos. Eu não achava nada mau. Se calhar só ainda não conseguiu perceber que as wishlists das segundas-feiras são, simplesmente, coisas que eu gosto e partilho com os leitores. Para lhes lavar a vista, está a ver? Porque me diverte e porque gosto de ver coisas bonitas. E sonhar com elas. E comprá-las quando estou para aí virada e quando o meu salto não anda ali a rondar os 17,20€. Diz que vivo das ofertas dos outros e eu gostava. Juro que sim, não tinha nenhum probleminha com isso. É que nenhum. Deixava de trabalhar e era um regalo ficar em casa a receber presentes. Eu bem que lanço a escada à Louboutin e à Vuitton, mas nada, está difícil. Já agora, a figurinha tem desconto na Hoss? Se tiver avise, que vou lá e ainda lhe dou dois beijinhos. E digo à sua patroa para a promover a empregada do mês. Com esse espírito merece.

Ai, ai. Não se porte bem não, que qualquer dia é recambiada para a Cadena.

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Teorias absolutamente espectaculares

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