Pub SAPO pushdown

domingo, fevereiro 21, 2010
Para contrariar a letargia típica dos meus domingos, hoje decidi ser produtiva. Às nove e meia estava a pé e cheia de energia. Felizmente, não me deu para actividades suicidas, tipo ir correr, andar de bicicleta, levantar pesos ou qualquer outra coisa que implique muito movimento. Ainda me resta alguma sanidade mental. Posto isto, deu-me uma fúria e ataquei as duas pilhas de roupa que andavam espalhadas pelas cadeiras do quarto há já demasiado tempo. O tempo suficiente para o meu homem me começar a olhar de lado cada vez que pousava os olhinhos naquelas verdadeiras instalações artísticas. Pus um incenso de chocolate a arder, para me acalmar os nervos, e lá andei a empurrar malas, sapatos e vestidos para dentro do armário (tudo devidamente ordenado, sem trafulhices). Ficou perfeito. Chegada a casa dos meus pais, entro no meu quarto e vejo mil e cinquenta livros espalhados pelo chão. Segundo a minha mãe, tinha tirado tudo dos meus armários para eu ver o que interessava ou não. Moral da história, os meus pais estão, assim como quem não quer a coisa, a despejar-me. Começaram pelos livros da licenciatura e da pós-graduação, mas cheira-me que a coisa se vai intensificar. Lá estive eu a arrumar tudo outra vez, alegando que eram livros importantíssimos, a base da minha instrução, instrumentos de trabalho da mais alta relevância. A verdade é que não estava com grande paciência para escolhas, por isso optei pelo mais fácil, empilhá-los ao acaso nas estantes. Depois de uma sesta retemperadora (três horas, nada de especial), deu-me novo ataque e decidi inspeccionar o armário. Dei-me conta que está a abarrotar, mas que não uso nada do que lá está, porque, basicamente, só uso a roupa que está em minha casa, mais à mão de semear. E que não é pouca. Ora se não a uso, é porque não me faz falta, por isso vá de atirar tudo para cima da cama e proceder à devida triagem. E, meus bons amigos, a quantidade de roupa que já não uso/quero é verdadeiramente obscena. Fiz uma pilha generosa para dar para a igreja e outra para uma venda que umas amigas estão a organizar. Pelo meio, a minha mãe ainda repescou algumas peças para ela, pelo que toda a gente fica feliz com estas minhas limpezas. Mais um moral da história: há que reduzir drasticamente os níveis de roupa adquirida. Claro que isto é o mesmo que dizer a um alcoólico para deixar a aguardente, mas pronto, eu juro, juro, juro que vou fazer um esforço. Mas, por outro lado, com o que é que vou encher o novo roupeiro que está para chegar a minha casa??

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Teorias absolutamente espectaculares

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