Pub SAPO pushdown

domingo, setembro 20, 2009
Há mais ou menos um ano, quando era uma jovem solteira e saltitante, fui sair à noite com uma data de amigas, tudo mulheres. Andava há mais de meio ano a ressacar o final de uma relação e aquela saída foi dos primeiros momentos realmente felizes e divertidos em muito tempo. Quis a noite que acabássemos no Jamaica, onde os meus olhinhos de águia Vitória descobriram um jovem com muito bom aspecto e com um ar vagamente familiar. Depois de dar muitas voltas à cabeça, lá percebi de onde é que o conhecia. Não sei se era do barulho das luzes (do álcool não era de certeza), mas achei que o jovem em causa também tinha reparado na minha humilde pessoa. Por isso, e depois de algum incentivo por parte do mulherio que me acompanhava, decidi dar o primeiro passo e meter conversa. O pobre ficou intrigado (assustado é capaz de ser a palavra) por eu saber o nome dele e onde trabalhava, e eu disse que lhe explicava tudo em troca do mail. Que ele deu. Um ou dois dias depois enviei o mail prometido. E nada, silêncio absoluto. Passou-se um dia, dois, três, uma semana, e nada. Enviei novo mail, na hipótese remota de o outro se ter perdido para sempre no universo virtual, e novo silêncio eterno. Os mails não vinham devolvidos, por isso restou-me a triste conclusão que o jovem não respondia... porque não lhe apetecia. Aquela coisa pragmática do "he's just not that into you". Ultrapassei o trauma da negação e nunca mais pensei no assunto. Até há duas ou três semanas atrás, quando recebi uma mensagem do dito, via Facebook. UM ANO PASSADO! Que pedia desculpa por não ter respondido. Que na altura havia outra pessoa que tinha ficado com muitos ciúmes. E blá blá blá.
Ora bem, eu tenho várias perguntas: 1º Se o rapaz era comprometido, para que é que me deu o mail? Que tal ter-me dito logo na altura, para evitarmos situações infelizes? Deve ser aquela coisa que os homens gostam de fazer, do género "hoje sou comprometido, mas amanhã sabe Deus, por isso mais vale guardar aqui o contactozinho e não fechar portas"; 2º Qual é a lógica de dar o mail a uma mulher e depois ir contar tudo à namorada? Qual era a ideia, tirando a hipótese de ela me querer fazer às postas logo a seguir? 3ºNão me podia ter explicado isto tudo na resposta ao mail? Hmm? Era assim tão complicado? Foi preciso esperar UM ANO?? E os danos que isto me podia ter provocado na auto-estima? E as hipotéticas sessões de terapia? Hmm? Não há homem que pense nestas coisas? Trastes.

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Teorias absolutamente espectaculares

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