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segunda-feira, junho 22, 2009
O dia em que eu ia indo desta para melhor

Pois é, afinal a brincadeira com o Pipoca-móbil ainda não tinha ficado por ali. Sábado lá lhe fui trocar os dois pneus da frente, mas parece não ter sido suficiente para o menino. Ontem vinha contentinha da vida para Lisboa, a ouvir um bonito cd dos anos oitenta, quando comecei a sentir o mesmo trepidar que tinha sentido no dia anterior. Achei que não devia ser nada, que estava a ficar obcecada com pneus rebentados, mas a coisa intensificou-se. Reparei que estava a dois kms da estação de serviço de Aljustrel, e decidi que ia parar lá, para ver que raio se passava com a merda dos pneus desta vez. Não deu tempo. O carro começou a tremer cada vez mais, tentei desacelerar, e BUUUUUUUUMMMM! Pneu rebentado, desta vez com barulho, vigor, drama , emoção, tudo aquilo a que tive direito. Perdi o controlo do carro, andei às voltas na auto-estrada, a bater nos rails e a ver a vidinha a passar-me à frente dos olhos. Só pensava quando é que aquilo ia parar e, pior, como é que ia parar: ou levava com um carro em cima, ou ia parar à berma da direita, que não tinha rail e era daquelas a descer, bastante inclinadinha, por sinal. Lá acabei por parar encostada ao rail da esquerda, depois de meia dúzia de piruetas ao melhor estilo Lago dos Cisnes. O primeiro instinto foi sair logo do carro, com medo que alguém viesse contra mim, ou que aquela merda explodisse. Depois ainda me deu para tirar o triângulo, toda eu a tremer de nervos, a pensar que não morria do acidente mas que corria sérios riscos de morrer atropelada com aquela brincadeira. Entretanto parou um jipe, e depois um camião, e dois senhores solícitos pararam o trânsito em plena auto-estrada e passaram-me o carro para o outro lado, para evitar ali uma desgraceira qualquer. Eu estava tipo anémona, sem reacção, a olhar para o pneu rebentado do cabrão do Pipoca-móbil (desta feita foi o de trás), e para os estragos (a traseira não ficou nada famosa). Posto isto, chegou a assistência da Brisa, depois a GNR, depois o reboque, e depois um táxi para me levar para casa. Não fosse eu ter andado metida nos copos às seis da tarde, tive de fazer um teste de álcool, e ainda fui avisada de que vou receber a continha dos rails que destruí. Fixe. Continuo abananada e mal disposta. E não sei se me vai apetecer pegar num carro nos próximos.... 32 anos?

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