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quarta-feira, agosto 20, 2008
Toda a verdade (ade, ade, ade...)

Submetemos o médico que fez a pequena-cirurgia (ou baby-intervenção) à Pipoca ao teste do polígrafo. Eis os resultados:

À pergunta: "a anestesia é só uma picada ou são mais?", o médico respondeu "é só uma". O polígrafo diz que o médico: MENTIU
A Pipoca foi acometida uma primeira, e mui dolorosa, anestesia, seguida de várias picadinhas para ver se já estava a surtir efeito. Tendo a Pipoca sentido todas essas picadinhas, teve que levar nova dose cavalar. A Pipoca não gostou.

À pergunta: "depois da anestesia a Pipoca já não vai sentir mais nada?", o médico respondeu "já lhe disse que não". O polígrafo diz que o médico: MENTIU
De facto, tirar o sinalito não custou nada, apenas uma ligeira impressão. O mesmo não se passou na altura do senhor coser os pontos. "Eeeerr... está a doer! A sério, está mesmo a doer! Muito! Ai! Está a doer! Mesmo. Senhor médicooooo???". Envolvido pela simpatia que lhe é característica, o senhor disse apenas "pois.... não estava a contar com isto... a anestesia passou mais depressa do que o previsto". Obrigadinha, isso eu percebi. O que eu desejava era que me tivesse dado outra (não sei se isto é possível, que não sou médica, mas pronto), em vez de continuar a dar pontos alegremente, qual costureira sádica.

À pergunta: "o penso precisa de algum cuidado especial?", o médico respondeu "não. É só mudar uma vez por dia e desinfectar com Betadine". O polígrafo diz que o médico: MENTIU
Estava a Pipoca mesmo à beirinha de sair da clínica quando calhou olhar para o seu pezinho e quase desmaiar ao ver que o penso estava ensopado em sangue. Pipoca arrastou-se de novo até ao gabinete do médico (que, claro, já se tinha posto a andar) e perguntou à enfermeira se aquilo era normal. Não, não era. "Sente-se aqui outra vez, que EU faço-lhe o penso". Como quem diz, "o médico é um incompetente que nem umas compressas sabe aplicar, e eu que só por uma décima é que não entrei para medicina é que tenho que andar aqui a fazer pensos, ó cara***".

À pergunta "quando passar a anestesia vai doer alguma coisa?", o médico respondeu "não, no máximo sente uma impressão", o polígrafo diz que o médico: MENTIU.
Pipoca acordou às quatro da manhã com o pezinho a latejar. Levantou-se, deu uns passinhos, e ficou a doer quase ao ponto da Pipoca guinchar. Voltou para a caminha, drogou-se, e só às seis e meia conseguiu adormecer outra vez. Pelo meio viu andebol, voleibol, voleibol de praia, o Pedro Póvoa a apanhar no taekwondo, e ping-pong.

À pergunta "a Pipoca vai poder andar normalmente?", o médico respondeu "sim". O polígrafo diz que o médico mentiu.
Ou isso ou o conceito de "normalmente" varia muito de pessoa para pessoa. Porque com o tamanho do penso que eu tenho no pé, não só ganhei 7 centímetros de altura (apenas do lado direito do corpo, claro), como não consigo assentar bem o pé no chão. E dói! E tenho que me arrastar. Por isso já andei aqui por casa a experimentar umas bonitas e muito sensuais canadianas, e hoje e amanhã é assim que me vou deslocar (ao menos tenho direito a lugar no metro, espero). Só tiro os pontos daqui a dez dias. Nada de praia, nada de vida muito activa.

E não. O Quique não apareceu.

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Teorias absolutamente espectaculares

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