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quarta-feira, agosto 27, 2008
Pipoca tem fome...

Eu gostava, mesmo, que quando anuncio que estou de dieta não me lançassem olhares de desdém/ironia, enquanto perguntam, com enfado e pouca crença, "aaaahhhh... 'tá bem... dieta para quê? Vais perder peso onde? Nas orelhas?". Ora bem, meus amigos, passo então a explicar. Se calhar começamos pela definição de dieta, para facilitar. Segundo o Priberam, dieta é um "regime especial de alimentação". Diz ali que é para emagrecer? Diz? Diz? Não diz, pois não? Ora em assim sendo, vamos começar por estabelecer que há dietas para todos os tipos, inclusive para engordar (txaraaaaan!). E se o meu peso está ali no limiar da áfrica subsariana (apenas em comparação com a altura, porque à vista ninguém diria), já a massa gorda que abunda neste corpo é outra conversa. A palavra do nutricionista foi, para ser mais ilustrativa, "assustador". Coisa que eu já sabia, que já me tinham dito o mesmo no ginásio, e os níveis de colesterol assim o confirmavam (pra cima de 200, meus bons amigos). Foi por isso, e consciente que só como merda e que não mexo este rabo, que me arrastei para um nutricionista, porque se puder evitar um enfarte aos 27 anos é capaz de não ser má ideia. E pronto, pôs-me a dieta, com o magnífico objectivo de ganhar peso e perder massa gorda. A primeira parte eu até conseguiria cumprir na perfeição, se não estivesse aliada à segunda. É que o homem quer que eu ganhe peso, mas não quer que eu coma gelados, nem chocolates, nem doces assim em geral, nem batatas fritas, nem sandochas daquelas mesmo boas. Como é que isto vai acontecer, meu querido, como? É que à noite, no quentinho da minha cama, a ler ou a ver televisão, dão-me os ataques e sou capaz de revirar a casa toda em busca dum doce. Um docinho que seja. Uma goma, um rebuçado, uma bolacha, qualquer coisa. E mando uma tablete abaixo em menos de nada, e se for preciso até lambo o papel. E agora isso acabou. Pelo menos durante um mês, os doces estão completamente proibidos (se for ao ginásio posso cometer uma loucura uma vez por outra, se não for, no way... o que me faz pensar que se calhar vale a pena o esforço, só para poder comer uma bolachinha do Subway uma vez por semana). Se daqui a um mês os valores tiverem diminuído, os docinhos serão integrados na dieta, aos poucos (sim, sim, sim, sim!). Até lá, oito refeições por dia, com 75 mil doses de fruta (diz que substitui a necessidade de doces mas, pelo menos comigo, não está a resultar, que ainda hoje olhei para um Milka que estava na cozinha e a minha mãozinha já se estava a dirigir para ele, com tremuras). E apesar de praticamente só não poder comer doces, fritos e beber refrigerantes, parece que estou sempre esfomeada, parece que estou sempre a contar os minutos até à próxima (mini) refeição. Até o meu estômago de lontra se habituar a isto, vai ser difícil. É que eu lá sou pessoa que fique bem só com uma tostinha com queijo e um sumo ao pequeno almoço? Não sou, pois que não sou. E agora que olho para o relógio, vejo que está na hora do chá verde com meio pãozinho com fiambre (de peru, claro...). Lucky me! Por isso parem de ignorar a minha dieta, que eu sou uma Pipoca com fome.

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