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segunda-feira, maio 05, 2008
Este é o post número 1000

É a milésima vez que repito o processo: tenho um tema para um post (diferente de dizer "tenho um tema INTERESSANTE para um post"), abro o blogger, ponho o e-mail, ponho a password, carrego no botão para criar uma nova mensagem, escrevo (ou ponho imagens, ou vídeos, ou só uma frase), gravo e ponho on-line. Às vezes abro o blogger mesmo sem ter assunto, só porque me apetece escrever. Outras vezes abro o blogger e não escrevo coisa nenhuma. O que interessa é que esta é a milésima vez que aqui estou perante vós, estimados leitores.

Como ando numa fase de retrospectivas, decidi ir inspeccionar o que é que eu andava a fazer nos últimos anos, por esta altura. É o que dá ter um blog com mais de quatro anos. Relembram-se coisas que já se tinham eclipsado da mente, ri-se (ou chora-se) com muita parvoíce que se escreveu, tem-se alguma... vergonhazinha, vá, de algumas coisas que se fizeram, disseram e sentiram, recordam-se pessoas que nos passaram pela vida, dá-se graças por outras com quem já não nos damos, sente-se alívio pelas coisas menos boas que já passaram e que parecia que não iam passar nunca.

Maio de 2004: trabalhava no jornal A Capital (Deus a tenha em descanso) e, posso dizê-lo com tranquilidade, era feliz. Tinha um trabalho do qual gostava muito, tinha um namorado do qual gostava muito e com quem passava a vida a rir (e que, acho, também gostava de mim). Em suma, levava uma vidinha santa. Em Maio escrevi sobre o Benfica, claro, sobre celulite, claro, e sobre outros assuntos igualmente relevantes.

Maio de 2005: já não me lembro porquê, devia andar extremamente ocupada, mas só escrevi um texto no blog, para assinalar a conquista do campeonato pelo glorioso SLB. Trabalhava no mesmo sítio (que viria a fechar dois meses depois). Já não tinha o namorado de quem gostava muito. Tinha um caso que me fez a vida negra (um claro erro de casting) e que eu viria a despachar algum tempo depois (que os casos é suposto serem coisas boas, e não terroristas psicológicos que, se uma pessoa se distrai, nos podem fazer às postas em menos de nada).

Maio de 2006: vivia em Madrid e vivia a paixão da vida. Porque me consumiu muito tempo e muitos nervos e muitas lágrimas, porque foi irracional, porque foi infantil, porque foi desesperada e desgastante, porque foi pouco correspondida, claro. Os momentos bons foram os melhores e faziam-me percorrer as ruas de Madrid quase a correr, os momentos maus foram de caixão à cova e também me fizeram andar por aquelas calles de phones nos ouvidos e lágrimas a escorrer cara abaixo. Levou muito tempo a passar e hoje tem graça pensar nisso, até porque me dou lindamente com o sujeito em causa (beijinho, beijinho) e é um grande alívio, enorme, pensar que os sentimentos, da maneira que existiam, já lá vão e dificilmente voltarão. Ufa! Pelo meio, estagiava numa agência de comunicação e estava a acabar o meu master em Comunicação (também conhecido por férias de um ano em Madrid).

Maio de 2007: foi o mês mais importante do ano. As grandes decisões aconteceram todas nesse mês. Comecei um novo emprego que deixei ao fim de apenas um mês, para começar noutro projecto que achei que tinha mais a ver comigo. Até agora, Maio de 2008, estamos felizes com a decisão. Dias melhores, dias piores, mas até ver, ainda não há lugar para arrependimentos (daqueles grandes). No que toca a amores, pôs-se fim a uma relação fugaz (mas fofinha) e deu-se início a outra, mais duradoura, a que viria a ser conhecida como a relação "encontrei, a minha busca chegou ao fim, é ele a pessoa com quem eu quero casar, juro, tenho mesmo a certezinha absoluta, nunca quis com mais ninguém, com ele quero, é ele e não vai ser mais ninguém, recuso-me, se não for ele mato-me!". Não foi a maior paixão, mas foi o maior amor, for sure. Infelizmente, só eu é que tinha essa certezinha. Mas não me mato, que o meu amor é grande mas a minha vida, ainda assim, vai sendo maior.

Maio de 2008: é o que se vê. Não está a ser um mês fantástico, estou a modos que abananada com acontecimentos mais ou menos recentes, já percebi que este vai ser um daqueles anos complicados. Estou à espera das coisas boas. Assim que me atrever a voltar a abrir as portinhas da alma, tudo correrá pelo melhor.

E mais mil se seguirão.

1 comentário:

  1. Engraçado como ninguém te lia nesta altura. Eram os primórdios.

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Teorias absolutamente espectaculares

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