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quinta-feira, setembro 27, 2007
Já disse que odeio tunas? Já, não já? Não faz mal

Quis o destino que hoje, ao voltar para casa de metro, me visse enfiada no meio de um grupo de jovens universitários. Não era um grupo normal, que não era. Metia trajes, metia tunas e metia pequenos ditadores que como não têm oportunidade de dar ordens em lado nenhum, rejubilavam de alegria e orgulho por poderem berrar a um desgraçado de um caloiro para que subisse, a correr, umas escadas rolantes na direcção contrária. São divertidos, não são?
Eu juro que não sei o que é que era pior ali. Se os trajes a cheirar a mofo, se as t-shirts que diziam "fui praxado e não guinchei" (????????) - e que se está mesmo a ver que os pobres foram obrigados a usar sob pena de serem chicoteados ou qualquer uma daquelas brincadeiras que para o comum dos mortais são tortura e parvoíce da pura, e que para os senhores que praxam é uma tradição inofensiva, "é só prós miudos se integrarem melhor na faculdade" - se a musiquinha da tuna que se esforçava por cantar em vários tons, numa bonita elegia à vida de estudante.
E eu ali metida, numa passadeira rolante que nunca mais acabava, com a malta a passar, a olhar, e eu quase a gritar "eu não faço parte disto!!! Eu já acabei o curso há muito, e até sou anti-praxe, e anti-tunas e anti-isto-tudo! Juro!". Mas não. Entre passar pelo meio deles todos e arriscar-me a levar com uma pandeireta na tola, optei por ficar quieta, com um ar levemente enojado.

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