Pub SAPO pushdown

domingo, julho 01, 2007
Inspiraaaaar, expiraaaaaaar

Se uma gaja já foi encornada, abandonada ou trocada por uma mais gira ou mais nova ou mais boazona, ai dela que ouse queixar-se disso a um homem. Ai dela!! E muito menos ao namorado actual. Ui, erro dos graves! À maior parte dos homens activa-se-lhe um qualquer instinto de Rambo à simples menção do nome do ex-namorado da sua mais que tudo. E, como é óbvio, segue-se um chorrilho de insultos, sem nunca terem posto a vista em cima do desgraçado, e por mais exemplar que ele tenha sido enquanto namorado. Mas a gaja também não se pode queixar. A gaja não pode dizer que foi maltratada, que saiu magoada de uma relação, que patati-patata. Os homens não têm pachorra para estes assuntos, acham sempre que estamos a exagerar, a ser 'drama-queens', que de certeza que se alguém correu connosco foi porque alguma aprontámos, que o rapaz não devia ser assim tão mau, que a culpa só pode ter sido nossa, e blá blá blá.
Mas se a história foi ao contrário, aí pára tudo! Um homem pode ter levado com os pés quando ainda andava na quarta-classe que nunca mais na vida se vai esquecer disso. E, em qualquer discussão que haja, mesma que seja sobre o que fazer para o jantar, lá vem o argumento do "não grites comigo que eu sou um homem traumatizado, fui abandonado por uma mulher andava eu na quarta-classe! Foi horríveeeeeeeeeel".
Não há cuzinho que aguente homens com traumas. E quando se juntam DOIS homens com traumas e ficam ali quase ao despique, a ver quem é que sofreu mais, quem é que tem mais razões de queixa? "Ai tu apanhaste-a na cama com o teu pai?? Pois olha, a minha foi pior! Foi com o meu pai e com a minha mãe!". Quando querem dar aquele ar de quem já ultrapassou a coisa, fazem piadas sobre o caso, mas o recalcamento está lá para quem quiser ver. Para mim a coisa é simples: se ao fim de um ano... vá, dois, ainda falam do caso, é porque a coisa ainda não está ultrapassada, é porque ainda há ali muita terapia para fazer e muito Prozac para tomar.
E se eles guardassem estas coisas para eles, eu ainda podia achar a coisa mais ou menos normalzinha. Mas depois uma gaja tem que levar com cenas como "levaste quatro minutos e trinta e cinco segundos a lavar os dentes... foi exactamente esse o tempo que a Ildefonsa levou no dia em que acabou comigo". Ou "é Agosto e está calor. Também estava calor em Agosto de 87, quando a Ildefonsa acabou comigo". Ou "oh, o dia tem 24 horas. O dia em que a Ildefonsa acabou comigo também tinha 24 horas!". For God sake!
Homens, meus queridos, isto é coisa que toca a todos! É óbvio que nos toca mais a nós, mulheres, porque vocês são mais cabrões, mas deixem-se de merdas e parem de andar uma vida inteira a lamentar-se por terem levado com os pés. É a chamada vidinha real. E também não me fodam com a história do "nunca mais vou conseguir ser o mesmo, nunca mais vou conseguir gostar de alguém da mesma maneira", porque se cada mulher que já sofreu um desgosto deixasse de se interessar pelos homens, era o fim da espécie humana! Cambada de bambis! Se calhar o problema, ao longo dos tempos, tem sido exactamente esse: levam pouco com os pés. Se estivessem mais habituadinhos, custava menos.

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