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terça-feira, dezembro 05, 2006
Procura-se

Este bebé vivia em minha casa. Era bem tratado. Nada lhe faltava. Amor, um tecto, roupa lavada, cozido à portuguesa aos domingos. A última vez que o vi foi a tomar o pequeno almoço na cozinha. Bebia uma caneca de leite com Ovomaltine e vestia apenas uns boxers pretos, justinhos, nham nham. De repente, dou com ele na televisão a dizer "eu fiz as contas, eu fiz as contas", qual papagaio amestrado. Está, concerteza, dopado. Raptaram-no e fizeram-lhe uma lavagem cerebral, para esquecer a vida humilde- mas feliz- que levava. O meu menino, o meu mais que tudo, cutxi-cutxi-coisinha-boa. Lanço aqui um apelo desesperado para que mo devolvam. Preferencialmente vivo e sem grandes estragos no corpo. Mas podem usar da força, que uma boa chapada também nunca fez mal a ninguém.
Ele pode tentar alegar que não me conhece, pode dizer que eu sou a louca desta relação, que nunca me viu na vidinha. Mas é mentira. Ele não está é bem, ele está fora de si, pode até estar a sofrer de um pouquinho de Alzheimer. Ignorem-no e tragam-no de volta. Ajudem esta pobre mulher desesperada- eu- que nunca mais foi a mesma desde que o viu a vender a alma ao BPI. Volto a insistir neste ponto: ignorem-no se ele gritar, espernear, disser que nunca me viu ou que vos manda prender. É uma pessoa doente, está em fase de negação e o lugar dele é nesta casa.

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