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sábado, dezembro 16, 2006
Festarolas

É certo e sabido que toda a gente tem um qualquer talento e que o irá descobrir mais cedo ou mais tarde. Eu descobri ontem a minha verdadeira vocação. Adeus escrita, adeus jornalismo, adeus a um futuro como editora da Vogue americana. Não, no que eu sou mesmo boa é a infiltrar-me em festas de empresa. Foi o que fiz ontem. E, esperta como sou, claro que me infiltrei logo numa festa à grande, nada de festarolas de empresas medíocres ao pior estilo jantar na Feira Popular (Deus a tenha em descanso). Local: Kais. Traje: casual chique (ainda que houvesse gente que parecia saída dum casamento real... ou mesmo uma versão pirosa da Audrey Hebpurn, de luvas e tudo. Só faltava a tiara!). Pipoca super distinta, como é hábito, no seu salto agulha preto, a admirar tudo do alto do seu metro-e-oitenta-e-picos (com saltos, ninguém me bate). Prometeram-me comida e homens giros, e foi só por isso que me arrastei de casa, com um frio que não se podia, e me fiz passar por uma Cláudia-qqr-coisa. Comida havia, e óptima. Alapei-me ao balcão do sushi e não mais dali saí. Homens giros, nem vê-los. Portanto, tudo o que o horóscopo da Elle disse sobre um possível caso arranjado numa festa de Natal se revelou um flop. Tudo mentiras!! P´ra cima de 400 engravatados, todos iguais, cinzentinhos, todos a controlarem que colega é que iam sacar. Como dizia a pequena Inuska, outra que não perde bebidas gráteees, mesmo que seja num velório, notava-se no ar aquele "ambiente cabrão" típico das grandes empresas. Todos se odeiam, todos tentam lixar a vidinha dos outros, o patrão é um pulha mas vai para o microfone contar piadas e todos se riem muito enquanto pensam "devias era caír do palco abaixo e partir os dentes todos e se possível rachar a cabeça e entrar em coma". Uma alegria, no fundo! Ainda tive esperança que me saísse a viagem que sortearam, destino à escolha, States aqui vou eu. Já me estava a ver a subir ao palco, a pegar no cheque gigante (sim, eles existem mesmo, estive na presença de um, não são um mito urbano!!) e a agradecer à empresa por todo o companheirismo, pelo incentivo que me têm dado ao longo dos anos de trabalho, e aos meus estimados colegas, sem eles não seria nada. Mas não, saiu a um ranhoso de um Vítor, que tinha todo o arzinho de quem ia escolher uma viagem ao Luxemburgo. Dá Deus viagens a quem não tem gosto nenhum.
Atafulhada de sushi e de recheio de sapateira, lá me pus eu a andar pró Lux. E se uma pessoa pensa que pode saír à noite descansadinha, gozar de momentos de privacidade, está bem enganada. Estava eu sentadinha, com os pezinhos de molho, a apreciar os meus belíssimos saltos e a atribuir pontuações aos outfits alheios, quando um desconhecido se aproxima e pergunta "tu és a Pipoca Mais Doce, não és?". Ok, eu já sabia que o meu estilo é inconfundível e reconhecido a léguas, mas nunca esperei por isto. Juro que é verdade! As coisas que os meus leitores sabem. Medo! Mas pronto, se todos os leitores forem como este, que mandam oferecer bebidas e tudo, meus queridos, nada de vergonhas, quando me encontrarem venham daí falar-me e oferecer-me qualquer coisinha. Em caso de dúvida, favor consultar a lista de prendas de Natal abaixo publicada.

Se não aparecer aqui nos próximos dias, não se assustem. Estarei apenas concentrada a ler o livro da Carolina Salgado que, finalmente, chegou a este lar. Então com licença, sim?

2 comentários:

Johnny disse...

Pipoca, tu ganhas tanto! Que post engraçado.

Johnny disse...

Pipoca tu ganhas tanto. Que post engraçado!

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Teorias absolutamente espectaculares

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