Pub SAPO pushdown

sexta-feira, setembro 08, 2006
O Sol nasceu

A Pipoca está cansada. A Pipoca tem umas olheiras até Beja, um ar abatido e quatro cafés em cima. No fundo, a Pipoca tem sono, e só não ficou a dormir porque é uma pessoa que trabalha, e diz que de vez em quando até dá jeito não faltar ao trabalho. Pois que ontem foi dia (noite) de festarola de apresentação do SOL, o novo semanário cá do burgo. Peguei na Caty (a que não só diz kispo, como agora também diz "banco é caixa") e lá fomos nós, chiques e distintas como só nós sabemos ser, passear a nossa beleza avassaladora. Confesso, eu fui pelos croquetes e coxinhas de frango que me prometeram que ia haver em abundância, mas foi feiamente enganada. Havia um sushi a atirar para o morno e já foi uma sorte. Toda a gente que interessa estava lá e foi uma pena não ter levado currículos para distribuir. Dei por mim a pensar que podia ter arranjado o emprego da vida! Era só levar aí uns 500 e a coisa dava-se. Tipo, "senhor Américo Amorim, meu querido, como está? A esposa? Essa saúdinha? Olhe, aqui tem o meu CV, mas não precisa de ler já! Termine a sua bebida, eu vou dar uma voltinha, e depois venho aqui ter para discutirmos salários, horas de entrada e de saída... enfim.. burocracias. Vá, então até já e não se engasgue com o acepipe". Ou então ao José Manuel Fernandes. "Olá, pequeno, lembra-se de mim? Entrevistei-o o ano passado! Veja lá as voltas que a vida dá... o ano passado estava a entrevistar figuras como o senhor, agora ando para aqui aos caídos. Vá , tome o meu currículo e pense no meu caso com carinho! Com o carinho de um pai que vê uma filha sem emprego". Ou ainda "Felícia Cabrita, minha boa amiga! A menina que anda aí sempre metida em escandaleiras, que sabe de todas as tricas, pegue lá aqui no meu CV, faça fotocópias e descubra onde é que eu posso ser útil".
Quem não estava nada bem era a Margarida Marante, coitada! A culpa foi dos senhores do bar, que deviam saber que ela está em recuperação! Mas não, passaram-lhe os copos para a mão e foi vê-la quase a cantar o fado, e gorda que nem um texugo. Como se não bastasse, no final ofereciam garrafas de vinho. Acho que nessa altura alguém lhe devia ter dito "não, a D. Margarida não pode, para si temos três pacotes de sumo. É pela sua saúde. Nãaao, largue as garrafaaaaaaas!". A filha, que ela insistia em chamar aos altos berros, estava deserta por se pôr a andar, tal era a vergonha. \nBom, no final (e mesmo sem croquetes), o balanço foi positivo. Deu para matar saudades dos amigos jornalistas, para (re)encontrar amigos, para rir muito, e ainda para ouvir o chefe dizer "amanhã às nove e meia no escritório". A caminho do carro, um momento de "ai-que-é-agora-que-vou-ser-assaltada-por-um-gang-da-Damaia". E lá acabámos nós a noite, junto ao rio, a correr para o carro nos nossos mega saltos altos. Felizmente, acho que ninguém assistiu à cena.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis