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terça-feira, agosto 15, 2006
Todos os nomes

No outro dia estava com uma amiga que recebeu uma mensagem no telemóvel e vacilou uns minutos antes de dizer de quem era. Não que eu conhecesse a pessoa em causa, mas o gajo -era um gajo- tinha um nome estranho. Ok, estou a ser boazinha. O nome era mau, daqueles que têm que ser repetidos quatro vezes e com ar sério, para uma pessoa perceber que aquilo existe mesmo! Não o vou aqui reproduzir, não vá o dito cujo deparar-se com este blog, mas era qualquer coisa como Amândio. Amândio é mau, dizem vocês? O outro é pior, acreditem! A minha questão é: o nome de uma pessoa pode influenciar, de algum modo, a relação que viremos a ter com ela? Eu confesso que sou um bocado preconceituosa nesse aspecto. Não me imagino a andar com um Rúben, com um Teófilo, com um Sabino, com um Ramiro, com um Gervásio... até podem ser muito boas pessoas, mas eu é que não estou preparada para chegar ao altar e a ouvir "Pipoca, aceita o Ildefonso para seu esposo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte vos separe?". Não, meus amigos, peço desculpa mas não consigo. Eu sou uma moça de gostos simples. Gosto de um bom João, de um bom Pedro, de um bom Miguel, de um Manel, de um Duarte, de um Rodrigo. Nomes abetalhados, tipo Martins, Bernardos, Lourenços, Domingos e afins, também não sou grande adepta, mas sempre são nomes que uma pessoa não se acanha de apresentar à família e aos amigos. Eu até poderia concordar em andar com um, sei lá, Abílio, mas teria sempre que lhe arranjar um petit nom, uma coisa mais aceitável, mais aprazível à audição. Pelo sim, pelo não, futuras mães deste País, e se não querem que os vossos filhos venham a ser homens encalhados, esqueçam lá essas ideias de homenagear os tetravôs e ponham nomes decentes nos piquenos.

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