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sexta-feira, agosto 18, 2006
Pipoca Mais Doce, carpinteira ao seu serviço

Não vejo a hora de dizer que o meu quarto está, finalmente, pronto! É verdade que já está pintadinho, que já tenho uma king size bed, uma estante maravilhosa e repleta de livros e dvd's, almofadas azuis, verdes e rosas, mas faltam pequenos pormenores que, por este andar, só lá para 2014. Hoje foi dia de ir buscar a minha mesa de cabeceira a essa grande superfície comercial que dá pelo nome de Moviflor. Duas horas para encontrarem a porcaria da mesa de cabeceira, que estava encomendada há não sei quanto tempo, e eis que o rapazola me chega com um pacote. Fiquei a olhar para aquilo com ar de dúvida, do género "eeerrrrrr.... eu pedi uma mesa de cabeceira, não uma caixa de Chocapic, onde raio está a minha mesa, hein?". Mas não, era mesmo aquilo, ao melhor estilo monte-você-mesmo se conseguir perceber como cabem tantas peças numa caixita tão pequena. Perguntei se aquilo seria fácil de montar e fui logo brindada com uma brilhante explicação da senhora que estava ao balcão. "Ai, eu comprei uma sapateira e levei um dia inteira a montá-la. Mas ficou muito bem, durou-me mais de dez anos, nem abanava". Não sei se era suposto aquilo animar-me, mas não animou. Refiz a pergunta: "tendo em conta que sou que a vou montar, quanto tempo levará?" Desta vez, foi o miúdo que resolveu armar-se em espertinho e respondeu-me "aaaaah, sendo assim vai demorar mais". "E isso quer dizer exactamente o quê?", perguntei eu ao mesmo tempo que lhe lançava o meu olhar de "alguém te perguntou alguma coisa, sabichão???". Explicou-me que quem não estava habituado podia ter mais dificuldades, mas ele sabe lá a minha experiência no mundo da montagem de móveis! Nacida e criada em Paços de Ferreira, capital do móvel, percebeu, criancinha impertinente?? Que mania de dar palpites!
Bom, lá me dediquei eu ao processo de construção da minha mesa de cabeceira, que é daquelas complicas que mete rodinhas, gavetas e outras coisas assim estranhas. Uma pessoa olha para o manual de instruções e o primeiro impulso é ligar para a loja e dizer "desisto, venham cá vocês", mas não quis dar esse gostinho ao sonso da Moviflor. Lembrava-me dele a dizer "sendo assim vai demorar mais" e isso dava-me forças para continuar, para continuar a minha árdua caminhada. Duas horas, certinhas, e a mesa estava montada e pronta a usar, num processo que implicou colar, atarrachar, pregar e, acima de tudo, perceber como é que aquela porra funcionava. Tudo sob o olhar atento dos meus pais, que iam dando palpites. Acho que estavam preocupados, não fosse eu martelar um dedo ou enfiar um prego num pé. Pfffffffff!

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