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sexta-feira, maio 19, 2006
Ir às compras com gajos? Tudo bem, se 'tiver drogada!

Sempre me tive por uma pessoa sensata q.b., de atitudes ponderadas e racionais (ah ah), mas a verdade é que às vezes dou por mim a fazer coisas que não lembram ao menino jesus! Deve ser do calor de Madrid, só pode. Ontem fui tomar café com um amigo meu, e eis senão quando ele me diz "a seguir vamos às compras". Uma vez mais, devo ter sido possuída por qualquer coisinha má, porque em vez de arranjar uma qualquer desculpa brilhante e me pôr a andar dali a 300 à hora, da minha boquinha saiu um "ok, tudo bem". Talvez imbuído do espírito Missão Impossível III, o miudo lembrou-se que queria comprar uma pulseira que tinha visto no pulso de outro gajo. Ainda tentou negociar com ele para que lha vendesse, mas o gajo não foi nisso e limitou-se a explicar-lhe onde é que estava à venda. Ou seja...na Fuencarral. Para quem não sabe do que eu estou a falar, eu explico: a Fuencarral é uma ruazinha aí com uns quatro kms, com lojas porta sim, porta sim. E tendo em conta que o anormal não sabia o nome da loja, de que tipo era nem a sua localização, achou que o mais inteligente era entrar em TODAS as lojas e perguntar. Meus amigos, eu sou gaja, estou sempre pronta para uma boa tarde de compras, mas poupem-me a isto! Estava com umas sandálias de madeira, novas e altíssimas, giras que só elas, mas longe, muito longe, do conforto das minhas pantufas do Garfield! Saímos numa estação de metro a meio da Fuencarral, e decidimos fazer metade da rua. E eu juro que entrei, sem exagero, numas 30 ou 40 lojas. Estava a dar em louca, só dizia que nunca na vida iamos encontrar a puta da pulseira, que era completamente impossível, e ele entrava em todas as lojas e mais algumas, sapatarias e o raio que o parta, e não parava de perguntar "de certeza que não deixámos passar nenhuma loja", e eu com uma vontade desgraçada de sacar da minha sandália de madeira e dar-lhe com ela em cheio num olho até o fazer sangrar... chegámos ao fim da rua e eu, toda contentinha, pensado que ele se ia render às evidências e desistir, quando o ouço dizer: "bem, vou fazer tudo para trás, até ao princípio da Fuencarral. Vens comigo?". Graças a Deus que não me deu nenhum ataque de bondade e simpatia, porque disse logo "não, vou para casa... mas depois manda uma mensagem a dizer se encontraste a pulseira". Passaram-se 24 horas, nem sinal dele. Ah ah!

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