Pub SAPO pushdown

domingo, janeiro 22, 2006
"Sí, Lola, sí"

Se há coisa que eu sou é uma pessoa de espírito aberto, pronta para novas experiências e sem qualquer espécie de pudor! Aliás, situações de risco são comigo! Mas quer-se dizer, quando o assunto é ter que levar com as cenas de risco dos outros, aí pára tudo, meus amigos!!! Pois bem, Domingo em Madrid. Por tradição, dia de limpezas lá em casa. Enchi-me de coragem e, ao fim de uma semana a tentar perceber quantos sacos de lixo caberiam na cozinha, lá fui eu levá-los lá abaixo. Abro a porta de casa e sou logo brindada com uns barulhos sinistros vindos lá de baixo, da zona das caixas de correio. Ainda de luz apagada, dei uma vista de olhos lá para baixo e a primeira vista que eu tenho é a de um rabo feminino. Como tinha saído da cama há meia hora pensei que ainda estaria a alucinar, mas não! Quando olho de novo, vejo a gaja a tentar encontrar as calças perdidas algures no chão do meu prédio e o gajo a puxar as dele para cima. Bem, decidida a ir pôr o lixo na mesma, acendi a luz e lá fui eu escada abaixo, como se nada se passasse. Claro que quando voltei para cima fiz questão de olhar para o parzinho, que estava abraçadinho como se fosse a coisa mais normal do mundo. Bem, voltei para casa, decidida a esquecer o caso, mas começaram a ecoar gemidos pelo prédio. Pronto, foi o fim! Quer dizer, estava eu na minha casa, sossegadinha, dedicada a tarefas domésticas, e vem-me aquele parzinho lembrar o quão paradinha anda a minha vida sexual. Ainda por cima, NO MEU PRÉDIO!!! Claro que tive que me insurgir. Afastei a sonsa da Caty que estava coladinha à porta a ouvir a rambóia e, claro, quando olhei lá para baixo vi o gajo a agarrar a gaja, que estava de costas para ele, e vi o dito cujo do gajo. Que noooooojo!!!! Blarghh blarrghh blarrghhh! Quando eles deram pela minha presença, lá dei eu início ao meu discurso de moral e bons costumes, que incluiu frases tão bonitas como: "um pouco mais de decência, por favor", " vão pra vossa casa" e "se nao saem daqui já chamo a polícia e aí sim, a festa continua". Bem, os gajos deviam estar bêbados, porque ela começou a dizer que se chamava "Lola" (a Caty jura que ouviu um "oh, si Lola, si") e que estavam a ser decentes, e em lua de mel, e trá lá lá. Bati com a porta, furiosa, e continuámos à escuta. O gajo começou a perguntar à mulher (que tinha ar de prostituta colombiana) qual era a nossa porta e começou a subir as escadas e a gritar "policiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa". Enfim, muito medo! Já o estava a ver a arrombar a porta e a entrar por ali a dentro, pronto a distribuir uns belos duns tabefes. Mas pronto, o ímpeto raivoso durou pouco porque, talvez intimidados com a ideia da polícia, puseram-se a andar. Realmente, só me faltava isto! Quer-se dizer, eu não como ninguém no meu prédio (pelo menos assim, à grande e à francesa) e vêm-me estes gajos sabe-se lá de onde fazer das minhas escadas um motel! Era o que faltava! A Caty ficou triste por eu ter dado cabo da festinha dos senhores. Segundo ela, que já estava pronta a ir buscar uma cadeirinha e ficar ali, de camarote, a assistir à cena, deviamos ter esperado pelo final e gritado um "bravooooo!!! Muy bien!! Bis bis". No way! Se não há brincadeira para mim, não há brincadeira para ninguém. E mais nada!

1 comentário:

Teorias absolutamente espectaculares

AddThis