Na semana passada devia ter ido com os meus amigos de férias para Espanha. Já tínhamos ido no ano passado, adorámos, por isso decidimos repetir a dose. Como estou grávida, eles gentilmente acederam a ir mais cedo. Ou seja, desistimos de Agosto e concentrámos forças em Junho, que também é um mês bem bonito. E já estávamos a contar os dias e a fazer tracinhos na parede quando, duas semanas antes, a miúda que carrego no bucho começou a manifestar sinais da sua personalidade. Estava eu muito bem no escritório quando me queixei às coleguinhas que a miúda não estava quieta, que estava só a empurrar, a empurrar. A coisa estava de tal maneira que achei que, a qualquer momento, ia ver aparecer um pé a sair-me da barriga.
Estive desconfortável o dia todo e, como não havia maneira de passar, achei por bem enviar uma mensagem à médica, que achou que era boa ideia ir ter com ela ao consultório. Lá fui, vá de fazer um CTG e... estava com contracções super regulares e assim nos píncaros. Quando a médica viu ia tendo um enfarte. Na gravidez do Mateus nunca me tinha acontecido nada do género, não tive uma contracção que fosse, por isso não fazia ideia que era disso que se tratava. Para mim, era só a miúda a ser chata e a empurrar, mas afinal não. Fui recambiada para o hospital, com ordens para repetir o CTG e, eventualmente, ter de ficar logo internada. As contracções já não estavam tão fortes, ainda fiquei um bocado a soro, mas deixaram-me voltar para casa, com ordens explícitas para ficar em repouso absoluto. Ou seja, tipo menino Jesus: nas palhas estendida, nas palhas deitada.
A semana passou-se assim, entre a cama e o sofá, um bocado a dar em maluca. Tive de desmarcar tudo o que implicasse sair de casa, só pus o nariz na rua para ir à médica ou fazer exames. E a coisa estava mais ou menos até voltar a ter novo ataque de contracções. Vamos embora novamente para o hospital, contracções ainda menos espaçadas do que da primeira vez, ai que o raio da miúda me nasce já hoje. Não nasceu, mas acabei por ter de ficar internada uma noite, só para garantir que corria tudo pelo melhor. E aqui pequena ressalva só para dizer que recorri sempre a hospitais públicos e, de facto, por muito que nos queixemos, temos um serviço incrível. Passei pela Alfredo da Costa e todas as pessoas com quem me cruzei foram absolutamente inexcedíveis no cuidado, na simpatia e no profissionalismo. Senti sempre que estava em óptimas mãos, que, se acontecesse alguma coisa, ali era o melhor sítio para estar e que o que até me parecia um bocadinho de excesso de zelo era só a tentativa de garantir que nada estava a ser deixado ao acaso e que nenhum detalhe lhes estava a escapar. Fiquei mesmo muito bem impressionada, mas já tinha uma óptima ideia dos hospitais públicos desde o nascimento do Mateus. Nessa altura já tinha cesariana marcada num privado, mas quando se soube que ia ser prematuro a médica aconselhou-me a ir antes para o público. Foi o que fiz e, sinceramente, tive zero razões de queixa, por isso a ideia é repetir a experiência. O que, eventualmente, se pode perder em conforto, privacidade ou algumas mordomias extra, ganha-se largamente noutras coisas. As que realmente importam.
Adiante. Fiquei essa noite de molho, tive alta na manhã seguinte e voltei para casa com a mesma ordem: repouso absoluto. Ou seja, em casa e o máximo de tempo deitada. Ainda sondei a médica, assim como quem não quer a coisa, do género "ahhh, estava só a pensar ir ali de férias a Espanha uma semanita, o que lhe parece?", mas não me safei, como é óbvio, e tive mesmo de desmarcar tudo. Na loucura, autorizou-me a passar uns dias fora de casa, mas perto de Lisboa, caso acontecesse alguma coisa. Acabámos por ir uns dias para o Praia d'El Rey (perto de Óbidos) e mais uns dias para o Vila Galé Sintra, depois de jurar a todos os santinhos que ia ficar sossegada, que ia estar (quase) sempre deitada e que não punha o rabo fora dos hotéis. Não pus mesmo e as únicas distâncias que percorri foram entre a cama e as espreguiçadeiras da piscina (ah, e mais umas quantas visitas ao hospital).
Depois desta "espécie de férias", o plano de festas mantém-se pelas próximas looooongas semanas. Ou seja, em casa e quieta, sempre que possível. Se fizer muita questão, posso ir à rua assim de vez em quando, apanhar ar ou beber um café, mas nada de andar a bater perna por aí. O Mateus nasceu às 34 semanas e eu já tinha sido avisada que havia uma forte probabilidade de a irmã também querer ser apressadinha, mas as contracções começaram cedo demais, muiiiiiito antes das 34. E como não quero mesmo ter um prematuro-tão-prematuro, que remédio tenho eu se não acatar as ordens da médica. Muiiiiiiiiiiiiiito contrariada, mas pronto.
Toda a gente diz "uaaaaaau, que sonho, poder ficar em casa o dia todo, na cama, a ler, ou ver séries ou a papar os jogos do Mundial", mas isso só é giro por um tempo limitado. E se não for por obrigação. Porque quando é, é só uma seca, e só conseguimos pensar que tudo o que há de giro para fazer na vida acontece fora de casa. Decididamente, não nasci para estar sossegada. E estar em casa, saber que há uma data de coisas para fazer e que estou limitada, é coisa que me esfrangalha os nervos. E então lá dou por mim a fazer umas máquinas de roupa, a arrumar coisas da miúda (que ainda não tem praticamente nada tratado), a dar um jeito à casa, a adiantar o jantar... Sempre que abuso um bocadinho as contracções atacam logo, já percebi que não dá mesmo para me esticar. Mas também não dá para ficar 24 horas deitada, começo a hiperventilar e, sobretudo, a sentir-me inútil. E ficar em casa com este tempo? É que com a chuva ainda vá, uma pessoa até agradece, mas com calor é só uma tristeza. Ontem tive de ir à farmácia e para mim já foi um programa espectacular, mesmo que seja a 100 metros de casa.
Esta clausura forçada também explica um bocadinho a minha ausência aqui do blog. Tenho 307 mil posts para fazer, mas como implicam passar mais tempo sentada ao computador (deitada na cama não dá grande jeito), tenho adiado a tarefa. E também passei ali por uma fase em que me sentia tão ratazana de esgoto que não me apetecia mesmo escrever nada. Tenho andando mais pelo Instagram, onde a comunicação é mais fácil e mais instantânea, por isso sabem que podem encontrar-me sempre por lá. Mas vou tentar voltar a ser mais regular aqui por estas bandas. Isto enquanto massajo o ego da miúda para ver se ela se mantém no forno mais uns tempos. Espero que depois me compense largamente e me dê noites santas, mas com o feitiozinho que já está a revelar, tenho para mim que não. Sacanas dos putos, ainda não nasceram e já são uma carga de trabalhos.
100 comentários:
Ola Ana.
Só para enviar muito forcinha e dar-te animo. que a miúda venha no tempo certo. Mas vai correr tudo bem, palavras de uma prematura de 26 semanas no momento com 33 anos (0 sequelas ^^)
Às vezes parece que as pessoas, no seu geral, ganharam de repente um enorme estigma em ter filhos nos hospitais públicos. E a marcar cesarianas quando não são precisas. Desculpem-me a franqueza, mas parece-me tudo uma "moda". Pelo menos nos grandes centros urbanos. Parece que mulher que não tem seguro de saúde para ir parir à CUF, à Luz ou aos Lusíadas, é como se fosse uma pobretanas que, coitada, tem de ir para o público. O que acho curioso é que, todas as minhas amigas médicas (por acasos da vida, conheço algumas), nem uma foi ter filhos ao privado. Nem uma! Enfim, um tema que dá pano para mangas. Quanto a si Pipoca, a sua saúde e da sua filha está primeiro neste momento. As férias podem esperar, tem muitos anos pela frente para gozar muitas férias, não se preocupe com isso. É só uma fase que vai passar rápido. Já agora, está de quantas semanas? Tudo a correr bem e, não se preocupe, vamos cuscando no Insta :)
Olá Ana. Tudo vai correr pelo melhor! Concordo consigo em relação aos hospitais públicos...o meu filho nasceu na MAC e fui muito bem tratada... Claro que se perdem mordomias, mas julgo que o mais importante são mesmo os excelentes profissionais que nos dão o melhor acompanhamento! Bom descanso!
beijinhos Ana!!!
Ah, nascida na MAC pois claro ^^
Coragem Ana, vai correr tudo bem!
Sandra
não há dúvida..pode acontecer algumas situações no público, não digo q não..mas é lá q existem todas as condições, todos os meios humanos necessários...tive a minha filha no público e 5*..é q quando alguma coisa corre mal nas privadas, vai logo tudo recambiado para os hospitais..
acho q estamos cada vez melhor no q se refere à saúde..
No meu caso a cesariana foi mesmo precisa, o miúdo estava atravessado, nunca deu a volta. De qualquer forma, sou pela liberdade de escolha. E se há mulheres que não se sentem confortáveis com a ideia de um parto natural, então força aí na cesariana.
Vai correr tudo bem, estive a gravidez TODA assim desde o 1º dia que soube que tava grávida a médica ORDENOU em casa e com gravidez de risco, e fiquei os restantes 8 meses sofá camita e mai nada, mas valeu tão a pena nasceu de 39+5 e correu tudo lindamente com a minha Mafalda já com 2 anos e 3 meses. Bjs Pipoca e Pipoca Júnior.
Ps. e o nome? híper curiosa...
Uma amiga minha foi a uma consulta no hospital e ficou lá três meses, deitada na cama, não se podia levantar nem para ir á casa de banho...aliás os garotos nasceram prematuros porque ela durante o sono levantou-de da cama e despoletou a coisa..por isso juizinho!
E sim, essa da perna traçada em casa é muito bom até não ser...o meu marido fez uma rotura total do tendão de aquiles há coisa de 3 semanas e está a modos que desesperado em casa...(E também perguntou a medica se depois da cirurgia que fez de urgência podia passados uns dias fazer uma viagem so ali ao lado, 8 horas de voo, nada de especial..."Ah mas eu tinha a viagem já marcada!"ahahahaha)
Pipoca, as melhoras e que tudo dê certo.
Como não podia deixar de ser, adoro " Sacanas dos putos, ainda não nasceram e já são uma carga de trabalhos."! que esse humor nunca falhe.
Sissi
Sei bem o que é ficar deitada (pelo menos no meu caso só podia sentar para comer e levantar para casa de banho e duche) durante um mês (e foi só um mês porque a minha filha só aguentou 31 semanas no forno) e chega mesmo a ser desesperante! Até o corpo doi todo a dada altura.
Do hospital público, maternidade e neo só tenho a dizer maravilhas. tudo correr pelo melhor!
Compreendo perfeitamente! Por outros motivos tb tenho uma gravidez de alto risco e estou enclausurada, e é uma seca!!!as pessoas não imaginam a solidão que se sente, o querer fazer as coisas em casa e não conseguir, querer sair para ir ver os saldos e não poder, não arrumar sequer nada para o bebe e ver o mundo todo a acontecer la fora e nos fechadas... Sabemos que a recompensa vai ser O Melhor da Vida mas não podemos sofrer em silêncio só porque os outros acham que estamos muita bem em casa. Obrigada pelo post já me sinto um bocadinho menos sozinha ���� tudo a correr bem!!!
Pipoca, confesso que quando referi o tema, nem me estava a referir ao seu caso concreto. Era mais às situações em que se escolhe fazer cesariana sem razão nenhuma médica para o efeito. Mas já se sabe que este é um tema quase tabu, até já me arrependi de o referir aqui.
Força Ana, que corra tudo bem =)
Um grande beijinho*
Anónimo, os hospitais publicos são muito bons. Mas nem sempre os profissionais são as pessoas mais atenciosas e prestaveis. em muitos casos (e neste caso refiro-me ao Hospital de Almada) os enfermeiros são antipáticos e parece que nos estão a fazer um favor, ao ponto de alguns doentes já terem receio de os chamar com medo de serem mal tratados. Infelizmente, depois por alguns maus profissionais o serviço publico perde qualidade. claro que no caso de médicos e enfermeiros a terem filhos nos públicos, eles têm toda uma rede de contactos que faz com que sejam muito bem tratados.
Vai correr tudo bem, aconteceu-me exactamente a mesma coisa as 23 semanas e o rapaz nasceu as 37.
Agora é só ter muuuita paciência e pensar que o melhor esta para vir, mas sei que não é nada fácil estar em casa por "obrigação".
um bj grande
Verdade verdadinha começam a complicar tudo e ainda não nasceram, mas calma vai correr tudo bem, e no caso que expõe não há grande opção de escolha, as outras guerras privado /público, cesariana /parto normal, mama /biberão deixem as mulheres decidir que raio de sorte !
Vai tudo correr bem a Pipoquinha vai sossegar. Depois vai compensar tudo. E se uma PMD é muito bom imagine-se agora uma PMD2 uuuiiii vai ser uma alegria imensa. Beijinhos e tudo de muito bom... vá lá fazer uma sestinha vááááá
Querida Pipoca, desejo do fundo do meu coração que tudo corra bem! eu já passei por isso na minha 2a gravidez, fiquei 3 meses de cama, praticamente só me levantava para comer e ir à casa de banho, é dificil e no meu caso também muito solitário! Mas é por uma boa causa :)
Beijinhos muito grandes...vai correr tudo bem :)
Beijinhos gigantes de solidariedade de uma mãe de uma prematura de 27semanas agora... descansa muito
Pipoca, às 25 semanas o meu miúdo decidiu que nao queria ficar mais cá dentro e resolveu nascer. 4 (longos) meses depois viemos para casa.
Imagino que não deva ser fácil para si mas, acredite, eu dava tudo para poder ter passado aqueles 4 meses deitada na cama a fazer o pino.
Força e aguente a princesa o máximo de tempo possivel aí dentro! Vai valer a pena 😉
Eu tive uma má experiência na MAC, em que às 10 semanas me mandaram fazer uma vida normal com perdas de sangue, visto que, na opinião da médica se o bb não fosse viável seguia o seu curso. Já um médico no privado ( mas médico da MAC) recomendou-me repouso absoluto e assim passou a gravidez e o meu filho nasceu, saudável. Às vezes temos sorte, às vezes não a temos, mas a verdade é que fui forçada a cesariana e não gostei da experiência, até porque já tendo outro filho tinha um termo de comparação. Mas acima de tudo esta má experiência para mim significa evitar colocar os pés na MAC.
A sério que os enfermeiros nesse hospital são antipáticos?? Não é isso que diz a sr.bastonária! Se fosse só nesse.... Força Ana e para a pipoquinha.😊
Bom, devido às condições menos dignas que têm dado aos profissionais de saúde, também é "normal" que o serviço público se possa ter degradado, mas não há dúvida que continuam a ser os melhores hospitais para ter filhos. Sem prejuízo de, obviamente, haver más experiências nos mesmos e de, no privado, também haver muitas histórias felizes. Quando escrevi o comentário inicial foi mais no sentido de me expressar quanto à "moda" que agora existe em não querer ir para público no que toca a ter filhos.
Aqui prematuro de 33 semanas...mais 3 longas semanas na Neonatologia para atingir os 2kg e aprender a mamar (e isto sem qualquer complicação ou sequela) ....
Pipoca,
o meu barril aguentou até às 40 semanas e 4 dias e o miúdo teve que vir à força. Também pode ser muito penoso (não me queixo muito, no meu caso, mas pode!), por isso bom bom é virem bem, preferencialmente sem serem prematuros, mas pronto, o Mateus foi prematuro e está óptimo!!
Muita força nessa hora e muito "cravanço" de favores aos paizinhos que nem sonham o que a vida (neste caso, literalmente vida) custa. Massagens nos pés diárias é o mínimo :)
Contrata um uber onde possa viajar o mais deitada possível, tipo ambulância, e vai estender-se na praia, parte das 24 horas.
Olá pipoca!Estou na mesma situação, pareço eu a escrever. Não consigo estar parada, mas estou a tentar controlar-me ao máximo! É um sacrifício, sem dúvida. Que corra tudo pelo melhor! Beijinhos
Os hospitais públicos são de facto muito bons.
O de Loures ou Cascais têm ótimas instalações, semelhantes aos privados.
A MAC é uma ótima maternidade para os bebés, o problema é se acontece algo à mãe, aí os hospitais como têm outras valência são melhores (ex. avc da mãe, paragens cardíacas etc).
Vai tudo correr muito bem. beijinhos e felicidades
O privado é super confortável, um óptimo hotel. Mas os bebes nascem à sexta feira às 16h de cesariana.. só assim se conseguem atingir os objectivos de todos (de faturação com cirurgias e incubadoras) sem imprevistos de última hora que os partos naturais podem implicar e bebés que decidem nascer de madrugada...
Sou pela liberdade de escolha de quem pensa pela sua cabeça, não pela manipulação de quem só ouve uma versão.
Felizmente o nosso SNS ainda é muito bom, não sei por quanto tempo aguentará porque não restam muitos médicos de vocação inata e pensamento crítico. Há sim demasiados 'by the book' que sem perceber entram nos novos modelos de negócio que a gestão privada exige (e isto é válido para advogados e consultores também).
Olá :) Ainda nao sou mãe, mas confesso que a ideia de ter um filho de parto normal me aterroriza. Nao quero saber, se engravidar e puder escolher nem pestanejo e sigo pra cesaria. Cada um é que sabe, que mania de apontar dedos!!!
MC
Como te compreendo!!! Tive 2 gravidezes de risco, com descanso absoluto (de cama) a partir dos 6 meses.. quase enlouqueço, mas valeu bem a pena. Força ai :)
Força Pipoca!
Faço votos para que tudo corra bem.
É difícil passar por tudo isso, mas no fim vai valer a pena.
Tudo de bom, estou a torcer por si.
Beijinhos!
Então mas se os profissionais de saúde lhe assegurarem que a cesariana comporta mais riscos para si e para o bebé, ainda assim, faria sem qualquer dúvida? Estou a perguntar sem maldade, mas para nos por um pouco a pensar sobre o tema.
Olá Ana percebo perfeitamente o que estás a passar, às 19semanas o meu piruças decidiu pregar-me o mesmo susto! Fiz repouso absoluto durante um mês agr ja posso sair mas sempre mega controlada. Eu que sempre quis trabalhar o máximo de tempo possivel, fui forçada a meter baixa até ao fim da gravidez! Estamos juntas na luta da clausura pelos nossos babys 😉 força nisso! Beijinhos grandes 😘
Tive os meus dois filhos no Santa Maria por opção já que na altura tinha seguro xpto da empresa, mas para mim é como diz a Ana, perde-se na qualidade das instalações e mordomias mas ganha-se num atendimento e humanismo imensos. Fui seguida no público e privado e também acabei por ficar uma noite internada, na minha opinião por excesso de zelo também! Mas pronto, eles preferem não arriscar! Fiz mil e um exames a tudo e mais alguma coisa, tudo a pagar zero € e super bem atendida e tratada. Muitas amigas minhas tiveram nos privados e não vejo vantagens ora além do conforto e privacidade, mas o que eu costumo dizer é que não vou de férias e são só 2 dias.
Acredito que não deve ser nada facil, mas continua com um ar muito saudável:)
Com a vida acelarada de hoje em dia, vamos ouvindo cada vez mais casos parecidos.
Eu tive de ficar uns meses a descansar, por causa de um descolamento da placenta e ia ficando maluca:)
Força nesta etapa final, depois esquecemos rapido:)
Se a médica recomenda repouso absoluto, então porque insiste em ir para aqui e para ali, nomeadamente para os dois hotéis onde esteve?
Isso não é abusar da sorte? Ok, compreende-se que estar em casa dias a fio nos dê cabo dos neurónios, mas não é preferível fazer esse esforço agora para que a sua gravidez seja o mais descansada possível e a sua filha nasça no tempo adequado e saudável?
A moda dos hospitais privados, tem a meu ver dois motivos:
Um pela alocação de recursos. Não tenho duvida que tecnicamente os do publico têm mais experiencia e devem estar melhor preparados, mas por outro lado todos sabemos de greves, falta de numero de funcionários, falta de recursos materiais. Eu ja ouvi quem foi mandada embora de uma sala de espera já estando em trabalho de parto, e disseram para ir a outro hospital porque so tinham um obstetra e já estava a tratar de nao sei quantos partos, simplesmente não conseguia fazer mais um. E de quem teve de fazer parto natural sem epidural porque houve um acidente de transito, alguem tinha de ser operado de urgencia e nao havia mais anestesistas e obvio que entre a epidural e a operação o anestesista foi para a operação.E quem ficou com um filho com problemas porque o cordao se enrolou à volta do pescoço e os medicos demoraram demasiado tempo a tomar a decisao de ir para cesariana por indicações que têm de cumprir de poupanças de custos.
Outro motivo tem a ver com as cesarianas a pedido: no publico não é possivel (obviamente) e no privado sim. E não percebo qual o problema. alguem critica quem faz uma rinoplastia, uma lipoaspiração ou um aumento mamario? e nao sao operações sem motivo medico? então qual o problema se eu me apetecer pagar para ter uma cesariana no privado para ter maior conforto?
Eu vou ter uma cesariana no privado, POR OPÇÃO! Porque é assim que quero, e ainda bem, posso! Eu sei que Deus Nosso Senhor nos deu esta fisionomia para o parto natural, mas Deus Nosso Senhor e a mãe natureza também nos deram esperteza e meios para quando precisamos ou queremos, podermos e sabermos fazer as coisas de outro modo. Como qualquer outra coisa na vida... O público tem a fama que tem porque sabemos que se as verbas são fatores a ter em conta e desenganem-se os inocentes que acham que não. Os médicos que lá estão são os mesmos que no privado, só que no privado ninguém impõe restrições nem tetos orçamentais. Não se trata de modas ou achar que quem não vai para o privado cortar à faca é pobretanas, trata-se simplesmente de uma escolha sobre nós próprias que a mais ninguém diz respeito. Opinar sobre as opções que os outros tomam é só um não-assunto.
Assino por baixo.
Se uma pessoa tem pânico do parto natural e tem um seguro ou simplesmente pode pagar uma cesariana, porque não o há de fazer?!
E quem achar a ideia de ter parto natural bonita, força nisso também. Não percebo esta coisa de ter que se ser forçosamente a favor de um e contra o outro. Eu sou simplesmente pelo que a mulher quiser.
Estou solidária porque passei pelo mesmo...tive de ficar em repouso absoluto desde as 27 semanas e ainda fiquei internada algumas vezes até o miúdo nascer...depois acabou por se sentar e teve de nascer de cesariana =) que corra tudo muito bem! Beijinhos
Talvez porque a médica a autorizou a isso.
Eu tive o primeiro de parto normal no público e o segundo de cesariana no privado. Mil vezes parto natural, posso garantir!!! Quanto ao hospital, apesar de não ter nada a dizer do público, o privado é muito melhor para quem já tem filhos e querem visitar sem restrições
Concordo totalmente!
Sílvia espero que a sua filha esteja bem.
Comigo tudo pacífico, e nunca senti diferença nenhuma por ter sido prematura. Talvez o ser filha única que os meus pais não ganharam para o susto. =D
Os profissionais de saúde tb asseguram que fazer uma cirurgia plástica acarreta mais riscos do que não a fazer! E então, as pessoas não são livres de decidir?! Pois eu já ouvi histórias terríveis de partos naturais em hospitais públicos! E se o nosso SNS está como está é por culpa da sua gestão e dos profissionais que lá estão! Como já aqui alguém disse e eu sei que é verdade, mandam fazer exames e mais exames, internamentos e medicações que muitas das vezes não são necessárias, com a desculpa de que gostam de ser preventivos! Pois deviam era ser competentes em vez de preventivos! A única coisa em que estão ensinados a poupar é nas cesarianas, pois são capazes de deixar mulheres 48h em trabalho de parto a sofrer só para não fazerem uma cesariana, mas esse custo provavelmente já o fizeram no acompanhamento dessa grávida quando a mandaram fazer exames desnecessários entre outras coisas.
O de Vila Franca de Xira também tem boas instalações.
Ora vamos lá esclarecer uma coisa: o parto normal é menos "agressivo" QUANDO CORRE BEM!!! Praticamente não se vêm mortes nem problemas graves nas cesarianas feitas voluntariamente (vê-se nas qua são feitas quando se tentou antes o parto normal), já nos partos normais vê-se com muita frequência mazelas em mãe e bebé. As pessoas não estão a par das estatísticas… Como podem dizer que a cesariana comporta mais riscos para mãe e bebé? Aposto que nunca leram artigos científicos decentes sobre o assunto, apenas de baseiam no diz que disse do povo e páginas da net.
Força Pipoca, estou na mesma situação há quase dois meses. Casamentos de amigos a que não fui, férias pensadas (e uma delas com aviões pagos) que não aconteceram, situações no trabalho em que não estive presente. A seguir à médica me passar a baixa entrei numa "depressão" por ter de ficar em casa, em que não tinha vontade de fazer nada, sem ser olhar para a tv a ver conteúdos sem sentido, e de vez em quando chorar. Com todos a dizer assim podes pôr as séries em dia, tens de descansar por um bem maior. Como eu dizia era uma incubadora humana, e o sentimento de culpa era gigante, por querer ser mais que isso. Daqui a mais umas semanas verá que tudo parecerá menos dramático. Eu confesso que já me habituei, apesar de haver dias menos fáceis, mas as compras online, bons livros e visita de amigos cá a casa ao fds têm feito milagres. Beijinhos e força com essa pipoquinha teimosa ����
"Não querer ir para o público no que toca a ter filhos"?! Não quero ir para o público no que toca a nada… Salvo raras excepções no público muitos profissionais de saúde agem como se nos estivessem a fazer um favor. Tentam sempre os métodos e medicações mais económicas.
Tive um caso na família de uma amputação em acidente de trabalho, a pessoa foi para um hospital público de emergência, sabem quantas horas teve que esperar pela equipa médica que não estava de serviço para poder fazer um reimplante? Quase 8 horas. Sabem o quão importante é fazer um reimplante o mais rápido possível? A diferença está em ter ou não movimentos nos dedos por exemplo. Sabem que equipa o operou? Internos de estágio. Claro que não ficou em condições… Sabem onde ficou a dormir depois?! Na ala psiquiátrica!!! Acham isto normal?! Uma pessoa a tentar recuperar disto internada ao lado de pessoas dementes? Amarradas às camas sempre aos berros?! Quando havia enfermarias disponíveis (vistas vazias?) Deram a justificação de que era o único utente de cirurgia plástica e não tinham ordem de abrir uma enfermaria apenas por um utente!!!! Acham isto normal?! Teve que se andar com o seguro para trás e para a frente para se pedir transferência para o privado para a pessoa poder ter a recuperação que necessitava em paz?! Pf. É este o fabuloso serviço público que vocês apregoam que temos. Sei que há casos de sucesso, só posso achar que se atribuem puramente à sorte.
Já esteve num hotel?! Garanto-lhe que se tal como a Picpoca apenas fizer piscina faz ainda menos do que em casa minha senhora. Não tem que fazer nada num hotel… Nem a cama.
Haja paciência.
Eu bem disse que me tinha arrependido de escrever o comentário inicial... trocar opiniões é uma coisa saudável, discutir não, e aqui discute-se muito. Tudo de bom para si Pipoca, e para a sua pequena. Depois revele-nos o nome que estamos curiosas!
A Pipoca escreve: "Fiquei essa noite de molho, tive alta na manhã seguinte e voltei para casa com a mesma ordem: repouso absoluto. Ou seja, em casa e o máximo de tempo deitada. (...) Na loucura, autorizou-me a passar uns dias fora de casa, mas perto de Lisboa, caso acontecesse alguma coisa."
Na minha interpretação parece-me que houve ali alguma pressão da Pipoca para sair à força. Continuo a achar que é tentar a sorte.
Não sou a comentadora original, mas optaria pela cesariana mesmo sabendo que tem mais riscos. É como disse outra comentadora - também fiz uma rinoplastia por motivos puramente estéticos e sabia que comportava riscos; mas, tal como no caso da cesariana, são mínimos.
Para quem aqui crítica os médicos mandarem fazer exames e mais exames, internamentos e medicaçao, que na maior parte dos casos nao sao necessários, com a "desculpa" que estão a ser preventivos. É bonito falar quando são feitos e afinal está tudo bem... mas se os médicos não tivessem sido preventivos e tivesse acontecido algo ao vosso bebe já nao falavam assim...
Só para refletir...
Assinado alguém que já perdeu um bebe
"no privado ninguém impõe restrições nem tetos orçamentais"
Aí é que o Anónimo26 junho, 2018 13:43 se engana! É precisamente ao contrário. O privado está orientado para o lucro, para a repetição de procedimentos tipo "linha de montagem" de modo a custarem o mínimo possível e poder originar o maior lucro possível. Não lhes compensam as situações que "correm mal", compensa-lhes as situações normais que é vira o disco e toca o mesmo. Acha que lhes compensa terem o aparelho xpto que só vai ser usado em 1% dos partos, caso a mãe ou o bebé tenham algum problema? Não. Daí esses casos serem logo reencaminhados para o público, às vezes tardiamente, por os privados não conseguirem dar assistência. Há inúmeros artigos a relatar essas situações e recomendações médicas contra essas práticas. O público é universal, tem de servir todas as situações e estar preparado para asistir todos os casos, dos mais normais aos mais graves. Daí ser dotado de todos os recursos, embora com alguns constrangimentos durante a crise, é certo.
Quanto à cesariana poder ser uma "escolha", a partir do momento em que, se não for estritamente necessária, acarretar mais riscos para a mãe e para o bebé, não me parece que seja algo que deva estar na disponibilidade da mãe. Aliás, há também recomendações para, em Portugal, os hospitais baixarem a taxa de cesarianas (30% no público, 60% no privado), porque não é recomendado serem tão altas.
As pessoas quando têm mais dinheiro, estão suscetíveis a todo um conjunto de campanhas que lhes criam necessidades, medos e vontades (às vezes até achando que é pelo melhor), seja ter um filho no privado com quarto particular com wifi, seja comprar uma série de coisas que não precisam, etc... e eu digo isto estando grávida, tendo 2 seguros de saúde (minha empresa e do marido), podendo perfeitamente ter o bebé no privado e pagar 0 e vou ter no público.
Se a médica me tivesse dito um “não” absolutamente inequívoco, é óbvio que teria ficado em casa. Mas não, disse-me que podia ir, para perto, e com as devidas precauções, nomeadamente não andar muito bem fazer esforços. E eu cumpri. Não andei mais no hotel do que se tivesse ficado em casa. Aliás, em casa é-me mais difícil estar quieta, porque há sempre coisas para fazer (cozinhar, arrumar, etc e tal). Num hotel não tinha trabalhinho nenhum, descansei muito mais do que se tviesse passado a semana em casa.
Anónimo26 junho, 2018 16:18,
Não se trata necessariamente ter mais dinheiro.
Eu só teria um filho se pudesse recorrer a cesariana eletiva, é que nem engravidaria se o único método disponível fosse parto vaginal. E não sou rica, aliás, nem tenho seguro de saúde e se pensasse ser engravidar passaria a ter só por esse motivo. Era o que faltava, ser obrigada a um parto vaginal.
Minha senhora, no privado não há tetos orçamentais porque é você quem paga e não o estado. Nem as seguradoras, que têm o seu plafond bem delimitado. Não percebeu o que eu quis dizer. Quanto à cesariana não dever ser opcional… Nem vou perder tempo a comentar porque é mau de mais.
Tem seguro e vai para o público por opção, faz muito bem. Está a fazer o que acha ser o mais certo para si. Deixe-me então fazer o que acho mais certo para mim também.
Ana, por amor da santa. Cuidado. E muito quietinha. Nao quero ser pessimista mas as complicacoes podem ser muitas se nascer prematura. Juízo. (Estamos todos a trocer p q tudo corra bem)
O anónimo das 16h18 tem toda a razão. O público responde muito melhor a situações complicadas do que o privado, vocês nem imaginam, simplesmente no privado as complicações são abafadas e acordos estabelecidos rapidamente para não passar para a comunicação social. E, como utente, já apanhei imensos profissionais agressivos no privado. E, como profissional no público, não há dia em que não apanhe utentes mal educados e agressões verbais...que atiram a primeira pedra a profissionais sorridentes. Se calhar por isso é que alguns profissionais respondem na mesma moeda. É desgastante e leva a burnout ser-se maltratado diariamente, não imaginam, e ter que engolir os maus tratos, ainda por cima por motivos que fogem à nossa área de competência. Por isso ponham a mão na consciência (se é que a têm...) antes de escrever barbaridades como "os enfermeiros de almada são mal educados". Querem que eu fale da população de almada e generalize?
Anónimo das 15h21, é "só" a OMS que o afirma...você é um cómico :)
As pessoas, regra geral, não sabem que há uma diferença entre cesariana de emergência e cesariana eletiva. A cesariana que comporta riscos comparáveis ao parto natural é a de emergência, a que é feita depois de uma tentativa frustrada de parto natural. Os riscos de uma cesariana eletiva (em que simplesmente a mãe preferiu e programou assim) são estatisticamente muito menores que no parto natural. Infelizmente as pessoas falam sem saber e não sabem do que falam.
Eu acho é que a moda é criticar as cesarianas! É um estigma uma mulher ter feito uma cesariana! Temos logo que dizer que foi por necessidade, caso contrario, somos horríveis! Temos que sofrer para ter filhos. Eu fiz uma cesariana por necessidade. Sabem o que é recuperar de uma cesariana? Logo a seguir a ter sido sujeita a uma cirurgia ter que tratar do bebé! Cada uma que escolha. Ninguem é menos por isso!
17h19: Sabe que numa cesariana eletiva lhe podem dar um corte onde não deviam, por exemplo na bexiga? Ou um dos pontos ficar a drenar sangue? Ou fazer uma infeção grave? Não fale é você do que não sabe...
Eu juro que, até estar grávida e começar a ler estas coisas, nunca tinha percebido que havia tanta mulher com aversão ao parto normal e a querer uma cesariana. Eu nem sou nada naturista nem dessas cenas, mas parece-me mil vezes melhor um parto normal que uma cirurgia. Por todos os motivos e mais alguns. Só farei cesariana se tiver uma recomendação médica nesse sentido.
Quanto ao anónimo mega fã do privado, por muito dinheiro que tenha e queira pagar determinada assistencia, simplesmente não o vai poder fazer, porque o privado nao está a partida dotado desses recursos. Num hospital central público tem todo o tipo de máquinas e especialistas disponíveis a qualquer hora do dia ou da noite. Máquinas de milhares de euros que sao usadas 1 vez por mês ou mesixos e enfermeiros com dezenas de anos de experiência e de topo nas suas áreas. Num privado nao tem isso. Tem máquinas e aparelhos para o dia a dia, para o normal, não para urgências que não dão lucro. Ai vai ser recambiada para o público, provavelmente em pior estado do que se tivesse sido assistida logo. E isto nao é uma "opinião" ou uma "opção", é a realidade, experimente ler um pouco e informar-se. Mas desejo que lhe corra tudo bem e passe pela experiência de privado = hotel, que é o que acontece na maioria dos casos. Mas eu quero estar preparada para a hipótese de me poder acontecer a exceção.
Aquilo a que acho piada é ao facto de ninguém perceber porque razão uma mulher grávida fumadora não consegue deixar totalmente o tabaco, mas ninguém comenta ou culpabiliza uma mulher grávida que não consegue render-se ao repouso absoluto quando essa será a melhor forma de garantir a saúde do seu feto!
Tive as minhas duas filhas no público (não bem por opção porque onde vivo não existem hospitais privados) e não tenho razões de queixa.
Creio que em muitas coisas mas principalmente no que diz respeito à maternidade e saúde infantil, estamos muito bem servidos no público.
A sério que está MESMO a comparar fumar com não conseguir estar 100% em repouso? Fumar é um vício, ainda por cima nocivo, jamais conseguirei perceber grávidas que não conseguem abdicar disso durante nove meses. Já mexer é uma necessidade básica, por mais que tentemos respeitar a ordem de repouso há sempre alguma coisa que temos de fazer, por pouco que seja. Acho muito mais difícil ficar 24 horas imóvel, durante meses, do que largar a merda do cigarro.
Se calhar para si é mais difícil ficar de repouso do que fumar porque não é fumadora.
Diz bem que o tabaco é um vício e infelizmente há grávidas que não conseguem deixá-lo mesmo que apenas por 9 meses. Muitas vezes porque o tabaco serve como calmante e há até quem defenda ser melhor fumar pouco do que stressar por isso...
Apenas acho que a decisão do que fazer deve ser tomada por cada mãe sem que esta seja penalizada ou ostracizada pela decisão que tome.
Repare como o meu comentário a levou logo a colocar em causa a responsabilidade de uma mãe fumadora. No entanto, em situações que afetem de forma semelhante a saúde do feto, não existem reações tão dramáticas...
Mesmo em repouso eu tenho de me levantar para fazer xixi, tomar banho, comer, tomar conta de outro filho, etc e tal. Não tem a ver com responsabilidade ou falta dela, tem a ver com necessidades básicas que têm de ser cumpridas. A menos que a grávida esteja hospitalizada, acho mesmo muito difícil que consiga estar em casa e não mexer um dedinho que seja. Já fumar durante a gravidez... sim, parece-me um acto ligeiramente irresponsável e em nada comparável. Mas não fui que levantei esta questão ou que falei em penalizar ou ostracizar mães. Foi a Maria que veio de dedinho no ar dizer que acha piada a que critiquem as mães fumadoras mas que ninguém culpabilize as mães que não conseguem ficar em repouso absoluto. Afinal, quem é que quer ostracizar quem?
Depois de uma cesariana de emergência e dezoito pontos de recordação, só posso dizer que tem tem pouco juízo quem preferir um procedimento tão invasivo como primeiro recurso.
Dois bebés no privado - um às 17:05 e outro as 24:00. Part normal em ambos e obstetra em correria desde a clinica (primeiro) e casa (segundo) para me acompanhar. É tão tonto generalizar...
Porque é que não pode estar simplesmente agradecida por termos um SNS espectacular e um complemento privado de luxo? Acha mesma do alto da sua sabedoria que o nosso SNS se aguentava sem a iniciativa privada? Onde acham que batem com os costados os milhares de utilizadores da ADSE? Tem noção que o SNS já tinha morrido não fossem
os bichos papão dos privados? Juro que não entendo este pensamento pequeno... Eu sou utilizadora do SNS e também do privado. Recorro a um e a outro dependendo das situações e acho que pessoas que têm seguros de saúde deveria sim usar o privado e libertar o SNS para quem dele realmente precisa. Já fui com o meu filho à Estefânia, tal como já fui a Luz. Numa das situações optei por um noutro por outro, simples assim. Tive os dois filhos no privado por opção, uma cesariana por apresentação pélvica e um parto natural que começou de madrugada imagine-se! Se fossem prematuros teria ido para o público sem hesitar. Obviamente não sou naïf, os privados existem para o lucro as simple as that, daí à sua teoria 6a feira as 4 da tarde vai uma distância enorme (esse gestor teria os dias contados se fosse assim que geria um negócio de milhões). Voltando ao inicio aprecie o facto de viver num país com este SNS, com esta excelente oferta privada e felizmente com excelentes médicos e enfermeiros que by the way trabalham em ambos ao mesmo tempo...
Então é assim,antes de mais muita paciência para si Ana e que o parto da sua pequenina corra pelo melhor.
Respondendo as pessoas que dizem que os enfermeiros dos hospitais são antipaticos,muitos dos enfermeiros do publico São os mesmos dos privados...se mudam a antipatia não me acredito! Enquanto que no publico têm muitas vezes 10 doentes para cada enfermeiro no privado têm 5...agora imaginem todo o trabalho dos enfermeiros...não os enfermeiros não dão só injecções! Primeiro vejam tudo o que um enfermeiro tem que fazer durante um turno em que muitas vezes não consegue parar para comer ou simplesmente para ir a wc...se por vezes vos dao uma resposta menos boa pensem nas vezes que os chamam desnecessariamente e que interrompem o trabalho deles muitas vezes com perguntas inapropriadas! Boa noite a todos
Ir para um hotel é não ter juízo? Tanto julgamento só porque a Pipoca está grávida.
Também tive de ficar de repouso dos meus dois fofos. Ao quinto mês. E já lá vão uns anos portanto não me lembro do nome mas tomei uns comprimidos para parar as contrações. No último mês de gravidez da mais nova fiz a mudança de casa e arrumei tudo sozinha pq estava em casa, claro. Se a miúda nascesse não seria grave. Pois nasceu às 40 semanas por parto induzido, e dilatação zero. Cesariana com ela...o primeiro também sofreu comigo 12 longas horas e nada de dilatação. Cesariana, óbvio. Veio a descobrir-se que se fosse parto normal teria sido muito complicado pois o cordão umbilical era muito pequeno em ambos os casos. Há males que vêm por bem. Se fosse hoje, fazia outra vez. Desculpem a lamechice mas vou agora fazer uma homenagem à excelente médica que me acompanhou sempre nas gravidezes e parto e que já não está entre nós. Dra Rosa Trindade.💕
Coragem Ana. Só lamento por não poder vê-la no Alive😭😭😭😭
Anónimo das 17:15. Daqui é o cómico. Anexe então aqui pf o link onde aparece a OMS a afirmar que um parto NATURAL é mais seguro (estatísticas pf) que uma cesariana ELETIVA. Quero ler se não se importa...
Não podia estar mais de acordo com a anónima das 22:00.
Faço exatamente o mesmo. Vou ao SNS e ao privado. Basicamente evito o SNS para urgências porque sei que nos privados as esperas são muito mais pequenas. Mas consulto imenso o meu médico de família. Aliás ando a ser acompanhada na gravidez pelo médico de família e pela obstetra privada. Vou complementando os exames de que tenho direito no SNS com os do meu seguro privado. Sou igualmente atendida nos dois locais. O privado peca muito pelas listas de espera. Se quiser ir uma consulta de especialidade opto pelo seguro que sei que a marcação é rápida em vez de esperar meses no público… Enfim, há que se tentar tirar partido do melhor dos dois mundos. Não percebo esta coisa de apontar o dedo ao privado como se de uma coisa dispensável se tratasse.
Anónimo das 17:17 sabe tudo de mal que pode acontecer num parto natural?! Sabe que o seu filho pode simplesmente não ter um canal que alargue o suficiente para nascer e entrar em sofrimento respiratório e terão que lhe rasgar até ao costado para poderem tirar o bebé? Sabe que pode ficar com mazelas na bexiga na mesma? E nos intestinos? Sabe que os seus pontos têm muita mais probabilidade de infecionar dada a sua localização? Sabe que o cordão pode estar a esganar o bebé e uns minutos sem oxigénio no cérebro lhe podem causar severas paralisias graves? Sabe que se na hora o bebé não saír e o tiram a ferros e o seu crânio ainda "mole" pode sofrer graves deformações? Vá analisar as estatísticas do que pode correr mal num caso e noutro e depois falamos. Já para não falar que a nível psíquico as mães de parto natural sofrem muito mais quando tentam voltar à sua vida sexual. Não é preciso um doutoramento para perceber que ali as coisas nunca vão voltar a ser as mesmas...
Anónima das 19:01, sabe que ter um seguro lhe assegura assistência privada noutro país certo?! É que ainda há bem pouco tempo o um sr. que conheço que estava internado num privado foi enviado pela seguradora para a Suiça para tratamentos… Sabe que se ler os contratos que faz com a seguradora (letras pequeninas)vai conseguir ler que na impossibilidade de resposta da rede a nível nacional se assegura tratamento se disponível noutro país. Sem seguro se fosse preciso tinha que se fazer um peditório nos programas de tv da tarde. Sabe, já tive um familiar com mais de 70 anos que estava com as funções vitais comprometidas devido a um problema cardíaco e o mandaram embora das urgências do SNS. Foi para o privado, sem seguro. ficou internado e foi operado de urgência. Custou muito caro mas está aí para mais uns bons anos. A opinião médica foi unânime, de médicos que trabalham no publico: jamais lhe fariam essa cirurgia no público porque a idade não compensa o investimento. E isto veio da boca de um senhor que já foi chefe de cirurgia cardiovascular num grande hospital do estado. Já tive uma experiência péssima com outra internação no privado… Portanto não tente passar a sua ideia à frente da minha. Se para si é válida, para mim é só uma palermice de quem, das duas uma: ou tem tido muita sorte, ou ainda não precisou do público a sério.
Anónima das 21:56, por favor não compare uma cesariana de emergência com uma que não seja de emergência. Só não faz sentido nenhum.
Deixe lá 22:12h é para compensar os turnos em que consegue dormir umas horas nas poltronas.
Pipoca, que tudo corra bem! Estou de 28 semanas e tem sido uma gravidez tranquila até agora, mas tento não abusar da sorte... Já agora, está lindíssima! Esse vestido é de onde?
Pois para mim invasivo seria ter um ser humano a sair pela vagina. Já passei por uma cirurgia e, apesar de não ser agradável, não acho tão mau como um parto vaginal, que me parece algo muito bárbaro.
E que culpa tem o doente da má gestão vivida no SNS?? Quem tem um seguro de jeito ou dinheiro suficiente para ser bem tratado mesmo que seja o mesmo enfermeiro do público mas mais relaxado e mais humano no privado, nem pensa duas vezes!
Sou eu das 11:29
E sim, apanhei na maternidade enfermeiras antipáticas e más!!! Para mim e para a minha criança!! Horrível. Não desejo a ninguém. Mãe de primeira viagem... Foram umas cabras. Sem rodeios.
Sim, muitas vezes dormem nos turnos e só se queixam quando têm muito trabalho. Azar!
Às vezes o mau humor era porque as acordavamos porque tínhamos dores e vinham todas lixadas porque tinham o dono interrompido nas poltronas.
*sono
Se a médica quisesse que a Pipoca não se mexesse totalmente não lhe tinha dado liberdade para ir de mini férias, ou tinha-a internado. Está a comparar uma situação em que a mãe mete em risco o seu bebé durante 9 meses, sabendo o mal que isso lhe traz, a uma mãe que foi literalmente descansar para um sitio onde tem quem lhe cozinhe e arrume o quarto
Concordo com a das 11:40. Acho o parto vaginal muito primitivo. Como tudo nesta vida, são gostos próprios. Quem não achar que faça. Quem achar que opte por outra alternativa. As mulheres deviam ser menos contra as mulheres. É LAMENTÁVEL.
Acho curioso como é que em 2018 as pessoas dizem coisas como "invasivo seria ter um ser humano a sair pela vagina". Somos humanos, somos mamíferos, somos mulheres, o nosso corpo está preparado e feito para, entre coisas coisas, ter um ser humano a sair-lhe pela vagina. Podem não o querer fazer e preferir uma cirurgia, é certo, o estarmos também em 2018 permite haver um avançado estado da ciência para permitir essa escolha. Mas é normal e natural acontecer da outra maneira. Não é nenhum bicho de 7 cabeças ou algo que deva parecer aterrorizante. É como amamentar ou fazer tantas outras coisas biológicas (qualquer dia urinar ou defecar também vos faz impressão e querem andar com uma álgalia para não terem de o fazer), é natural, deixem-se de merdices, é tudo um filme e uma complicação.
8h30: A probabilidade dessas complicações é muito menor. Uma infeção decorrente de um parto vaginal, nos pontos, é muito mais facilmente tratada do que numa sutura de cesariana, nem é comparável. Num parto vaginal nunca se corre o risco de cortarem uma bexiga. Mulheres com várias cesarianas correm o risco de rotura do útero. Recomendo ir ao website da OMS ver as recomendações sobre o parto normal. Felizmente que é prática em Portugal ter as senhoras ligadas ao ctg no parto, é precisamente para despistar situações de sofrimento fetal, portanto o que escreve só faz sentido se os profissionais forem negligentes e não ligarem ao ctg. E, por exemplo, numa cesariana também se usam fórceps.
Recomendações da OMS face à cesariana:
http://www.who.int/reproductivehealth/topics/maternal_perinatal/cs-statement/en/
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/maternal_perinatal_health/cs-statement/en/
http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2015/caesarean-sections/en/
Mulher com cesariana anterior - não há diferença entre cesariana eletiva e parto vaginal seguinte:
https://extranet.who.int/rhl/topics/pregnancy-and-childbirth/care-during-childbirth/caesarean-section/planned-elective-repeat-caesarean-section-versus-planned-vaginal-birth-women-previous-caesarean
11h52: Infelizmente em todo o lado há pessoas para tudo, também já conheci mães que são umas verdadeiras cabras, sem rodeios, até para os próprios filhos, nem lhe passa pela cabeça...
Coragem!! Acaba por ser chato mas compensa muito. Estive em repouso absoluto nas minhas duas gestações e a primeira acabou por nascer induzida às 41+3 e a segunda nasceu espontaneamente às 41S :) no meu caso em concreto tive encurtamento muito prematuro do colo do útero mas no segundo parto confirmaram que afinal o arco púbico era tão estreito e subido que as miúdas dificilmente nasceriam cedo demais. Bom, em resumo, foram no fim duas cesarianas por incompatibilidade feto-pélvica. E tudo acabou super bem :D bebés do S. João <3 bem haja aos nossos profissionais de saúde do SNS!
E foi uma amiga que segue o seu blogue que me disse: "sabias que a história da pipoca mais doce é muito parecida à tua?? Hás-de ir lá espreitar!" E vim! De facto, tive um menino às 33 semanas e que está agora a caminho dos 4 anos e estou novamente grávida... desta vez a contrações começaram muuuuito mais cedo e estou em repouso tota desde as 26 semanas. Até as análises fui fazendo ao domicílio. Passámos um susto tão grande quando foi o nascimento do mais velho que desta vez não quis arriscar NADA. Nem sei como conseguimos mas completo 37s este domingo. Foi muito duro estar sempre em casa e mesmo em casa não poder fazer quase nada sem começar logo a sentir as malditas contrações mas a minha motivação veio precisamente daquilo por que passámos na primeira gravidez. Houve dias que quase só olhei para as paredes tal é já a monotonia até de "só poder" ver tv...
Muita força. E muito cuidado. Valerá a pena.
Cara Pipoca,
Leio o seu blog esporadicamente, principalmente a parte dos comentários. Por vezes (admito!), nem leio a publicação em si, mas leio os comentários um a um. Parvoíces, eu sei. Isto tudo para lhe dizer (achei interessante uma seguidora ter comentado isto numa outra publicação): deixe de responder aos comentários negativos. Não se justifique. Não dê azo a mais conversas da treta. Não quero dizer com isto que deva responder a todos os comentários positivos que recebe que, felizmente, são muitíssimos, mas simplesmente não responda a comentários que só têm uma função: "emerdar", como diz uma senhora minha amiga emigrante na Suíça.
Espero sinceramente que tudo corra bem na gravidez e no parto e que a pequenita venha cheia de saúde (e estilo!)
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