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Anemia: uma nova atitude para um velho problema

quarta-feira, novembro 23, 2016

Tal como vos tinha dito aqui, este ano voltei a aceitar o convite para ser Embaixadora Mudar a Anemia. Estive presente num almoço organizado pelo Anemia Working Group (AWGP) e, uma vez mais, tive a oportunidade de fazer o rastreio. Boas notícias: não estou anémica e os meus "depósitos" de ferro estão suficientemente abastecidos. Depois dos valores assustadores do ano passado, estava à espera do pior, mas está visto que a suplementação tem dado efeito. Ainda assim, e segundo uma apresentação do Dr. António Robalo Nunes, imunohemoterapeuta do Centro Hospitalar Lisboa Norte e presidente do AWGP, os resultados da população portuguesa não são animadores: um em cada cinco portugueses adultos sofre de anemia, sendo que 84% não o sabem. "A anemia é uma condição extremamente democrática, atinge todas as faixas etárias e é, habitualmente, menosprezada. É um verdadeiro flagelo", diz o Dr. Robalo Nunes. A verdade é que a maioria das pessoas que sofre de anemia ignora os sintomas. Por exemplo, palidez, palpitações, cansaço extremo, dores no peito, tonturas, fraqueza muscular ou dores de cabeça. Para além disso, um em cada três portugueses adultos tem défice de ferro, uma das principais causas para a anemia. Perante este cenário, são necessárias mais medidas de sensibilização da população, mais estratégias de rastreio e, claro, idas frequentes ao médico, até porque, como explica o Dr. Robalo Nunes, "a anemia pode ser um primeiro sinal de alerta para uma doença mais grave", pelo que é preciso "definir a sua causa" e ter "uma nova atitude para um velho problema".

No almoço do AWGP esteve também presente o Dr. João Mairos, ginecologista obstetra, que nos falou da incidência da anemia na mulher. 37% das mulheres portuguesas sofrem de anemia, com maior incidência na faixa etária dos 25 aos 34 anos. Por causa da menstruação e da gravidez as mulheres necessitam de mais reservas de ferro (em Portugal 53,8% das grávidas são anémicas), por isso temos de estar ainda mais atentas a esta questão.

Posto isto, minhas boas amigas, relembro que é MUITO importante estarem atentas aos sintomas, que é MUITO importante que vão ao médico, que é MUITO importante que peçam análises específicas para a anemia e para aferir os níveis de ferritina, que é MUITO importante que façam uma alimentação rica em ferro  (animal e vegetal) e, se necessário, suplementação. O ferro ajuda o corpo a produzir energia e melhora o humor e concentração, tudo aquilo que precisamos. 

Relembro que no dia 26 de Novembro - Dia da Anemia - haverá rastros gratuitos no Colombo e no Arrábidashoping, entra as dez e a meia-noite. Passem por lá e vejam como está essa saúde. Se tiverem dúvidas sobre a deficiência de ferro passem em www.deficienciadeferro.pt

Entretanto, podem ver a campanha de sensibilização para a anemia aqui.

#umasaudedeferro



3 comentários:

  1. Aos 18 anos tive anemia, e tive que fazer suplementação. Demorou dois anos a conseguir a ter os níveis aceitáveis. Faço análises de 6 em 6 meses, para prevenção.
    Uma alimentação equilibrada é a chave.

    Novo post: Wishlist - Trendsgal

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  2. Gostaria de saber em que zona do Colombo vai ser feito o rastreio. obrigada

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  3. Por acaso ainda esta semana fui à médica de família com a minha filha de 6 anos, que há uns tempo atrás acusou, numas análises, uma hemoglobina baixinha, como a minha (que tenho talassémia minor). A pediatra fez uma carta para se mostrar à médica de família a fim de se marcar uma consulta de hematologia. A médica de família desvalorizou o assunto, para se estar atenta e ir vendo a evolução. Como a anemia que eu tenho não necessita que se ande a tomar medicamentos, que em princípio a dela será igual. Mas eu pergunto se este tipo de anemia não devia estar diagnosticada como a minha, para um dia mais tarde se perceber o porquê do cansaço físico, a palidez da face... mas que não, que não é preciso. É apenas uma coisa que nos vai acompanhar toda a vida.

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Teorias absolutamente espectaculares

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