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terça-feira, maio 19, 2009
Enfim, os Globos de Ouro

Ir aos Globos de Ouro é mais ou menos a mesma coisa que ir jantar ao Eleven: vai-se uma vez e está feito. Fica assinalado no calendário, mas não deixa saudades. Ainda assim, é bem mais divertido (e barato) que desembolsar cem euros para comer um naco de carne com uma batata frita, mas isso fica para outras núpcias. O que nos traz aqui hoje são os Óscares portugueses, esse evento maravilhoso onde os vencedores são tão previsíveis que até faz sono. O que vale é que há tanta coisa gira para ver que o que menos interessa ali é o que se está a passar no palco. Quando o meu homem me apresentou o convite, pensei logo que não podia deixar passar tamanha oportunidade em branco. E só lamento não ter ido munida de máquina fotográfica, porque havia ali um ou outro detalhe digno de registo.

Não sei do que mais gostei: se do tapete vermelho que passa mesmo em frente a uma casa de frangos (o pessoal todo alapado a comer e a ver as gajas a passar, o glamour no seu expoente máximo), se das pessoas (contratadas, quer-me parecer) que estavam coladas às grades a gritar "dona Fátima, dê-me um autógrafo". E depois a fila. Há fila para entrar nos Globos de Ouro. Mais ou menos como se fossemos apanhar o 58 para a Damaia, só que mais bem vestidos. De resto era igual (só que sem o senhor presidente da câmara, que duvido que ande de autocarro). Um pára-arranca insuportável e muito pouco amigo de vestidos demasiado compridos (pisaram-me umas 700 vezes, estava quase a rodar a baiana). Quanto à gala propriamente dita, passou-se. Foi morninha. A Babá Guimarães a fingir que tinha menos 15 anos do que realmente tem (muito abanou aquele rabo, valha-me Deus). O Jorge Palma a tentar ser engraçado sem o Herman José, mas a parecer simplesmente com os copos. O discurso giganteeeeeeeesco do senhor Manoel de Oliveira, bem ao estilo dos seus filmes. A senhora dona Eunice Muñoz a ler o teleponto a dois à hora. Enfim, tudo muito maçadorzinho. Os textos pirosões que prepararam para introduzir os nomeados (do género "Portugal já não passa sem o teu talento" ou "precisamos de mais pessoas como tu"... boriiiiing).

Assim sendo, passemos aos vestidos porque, isso sim, merece ser tema de falatório. Em primeiro lugar, sugiro que mudem o nome do evento de Globos de Ouro para Mamas de Ouro. É que, a avaliar por este ano, notou-se um claro esforço no sentido de ver quem conseguia mostrar mais as mamas. Ou, pelo menos, de as juntar mais e de as pôr mais junto ao queixo.

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Teorias absolutamente espectaculares

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